17 dezembro 2016

Pressão?


Ora nem mais Rui!


Já na quinta-feira tinha alertado para a pressão que o Porto estava a tentar criar ao anteceder o seu encontro da 15ª jornada frente ao Marítimo. Ontem, na conferência de imprensa que antecede o jogo do Benfica no Estoril, frente à equipa local, confirmaram-se as minhas suspeições. Engraçado como os jornalistas acabam por ser os meninos de recados de outros. Hoje mais do que mensageiros das notícias são os criadores das mesmas... mas, isso é tema para outra altura. O que é importante referir é a forma como o Rui Vitória os calou. E não foi preciso tirar da algibeira uma resposta escrita por outros, ou até mesmo recorrer a um exercício de dicciopinta para explicar melhor uma ideia por riscos e rabiscos. Apenas bom senso e língua portuguesa. Se não vejam por vocês mesmos:


Mas, sobre o jogo frente ao Estoril... penso que é claro para todos os adeptos, jogadores e equipa técnica encarnados, que o circo está montado. Já não andamos aqui à pouco tempo para perceber as forças que estão em jogo e que estão a tentar inclinar o campo num sentido contrário ao da qualidade e competência que o Benfica tem demonstrado esta temporada. Por isso mesmo, venho propor uma ligeira alteração à ideia e modelo de jogo encarnado. Uma ideia baseada nos problemas que a falta de um lateral esquerdo de raiz canhoto pode causar ao caudal de jogo ofensivo do Glorioso, mas também à necessidade de colocar mais gente entre a linha defensiva do Estoril que muito provavelmente teremos que ter. E, não esquecer da problemática das transições defensivas. Sendo assim, em termos de onze, a única alteração defensiva que faria relativamente ao último jogo do campeonato (frente ao Sporting na Luz), seria a entrada do central Lisandro em troca com o capitão Luisão. Faria isso, porque a intenção era transformar o 4-4-2 encarnado, numa espécie de 3-4-3. Como o Luisão jogaria como central pelo lado direito, sendo na prática um defesa direito, penso que o Lisandro sendo um jogador mais móvel, veloz e agressivo, teria maior sucesso na anulação dos contra-ataques do Estoril. Por outro lado, a lesão de Salvio sendo sempre um infortúnio, até vem em boa altura para testar esta estratégia. Com Cervi a entrar no onze, para o flanco esquerdo, o Rafa vai para o centro do terreno e o Guedes sendo um jogador mais vertical iria para o flanco direito. Contudo, se sem bola ajudaria o Semedo a fechar o flanco, com bola seria um terceiro avançado. Do lado contrário, Cervi seria um ala puro que procuraria a profundidade do flanco. Nas suas costas, André Almeida funcionaria como um terceiro central. Jogando numa posição mais interior que a de lateral esquerdo, poderá procurar mais vezes o passe vertical para as costas do flanco direito do Estoril, onde Cervi poderá aparecer. Raúl, Rafa e Guedes lá na frente e com dinâmica darão água pela barba aos defensores estorilenses.


O meu onze, táctica e estratégica de jogo encarnado
para o jogo frente ao Estoril.

Sem comentários:

Enviar um comentário