Apesar da derrota...
... o jogo foi decidido em pormenores
Como foi referido pelo Pizzi, o Benfica antes de sofrer o primeiro golo do Nápoles por parte de Calléjon, poderia ter marcado no lance que a figura acima retrata. Tanto o Raúl como o Rafa se atrapalham na altura de rematar à baliza de Reina, após um passe delicioso do camisola 21 encarnado. Não invalidando tudo o que já escrevi sobre este jogo, não podemos ficar indiferentes à história do mesmo e aos pormenores de alguns momentos chave. Com certeza que se o Benfica tivesse chegado à vantagem nesse lance a história do jogo poderia ter sido bem diferente, como também poderia não ter sido. Uma coisa é certa, penso que com um golo encarnado, o estádio acordaria...
⚡💬 Pizzi, na flash do #SLBSSCN: "Foi um jogo equilibrado, decidido em pormenores."— SL Benfica (@SLBenfica) 6 de dezembro de 2016
.... «eu amo o Benfica»
O estádio da Luz, recebeu nova enchente de Benfiquistas, neste último encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões. Mas, tal como os jogadores encarnados, estiveram mais focados no jogo do Besiktas em Kiev, do que propriamente no jogo frente ao Nápoles. Resultado, foi que durante mais de uma hora, pouco ou quase nenhumas manifestações vibrantes se fizeram sentir no "inferno da Luz". Caso para perguntar onde está o inferno da Luz? É que somente quando a equipa ficou a perder por 2 a 0 é que uma parte do público acordou e começou a cantar o célebre cântico do «eu amo o Benfica». Curioso ou não, foi nesse momento que reduzimos a desvantagem no marcador por intermédio do Raúl. Pergunto-me se o ambiente tivesse sido aquele vulcão que já fomos (inclusive em 2008/2009 com este mesmo Nápoles) se o resultado tivessse sido o mesmo. É difícil responsabilizar por completo os adeptos, mas verdade seja dita também nós não estivemos à altura, não acham?
E, já agora, queria também dar uma achega ao departamento de marketing e comunicação do Benfica. Jogou-se na 3ª feira o último encontro da fase de grupos, um encontro que na pior das hipóteses poderia significar a nossa despedida da Champions, um encontro que face ao poderio do adversário requeria superação da nossa equipa, e mesmo assim não se preparou todo o palco, toda a envolvente, para todos entrarmos no espírito? O próprio minuto de silêncio por causa do desastre aéreo que vitimou a equipa do Chapecoense poderia ter sido mais especial, sobretudo tendo em conta que estiveram representantes desse clube no estádio da Luz. No fundo, o que estou aqui a salientar é o que o Dortmund faz em sua casa nestes encontros de Liga dos Campeões, as tarjas, os cânticos, o envolvimento. Em termos de momentos solenes, o exemplo da Juventus no último fim-de-semana, é a referência, como poderão ver de seguida.
... estamos na fase seguinte!
Essa é que é essa! Se há jogos que poderíamos perder, este é um deles. É verdade que só o podemos por causa dos acontecimentos em Kiev, mas se, perante este cenário de derrota do Besiktas frente ao Dínamo, me dessem a escolher entre ter que ganhar este encontro frente ao Nápoles e perder no domingo contra o Sporting, penso ser unânime a escolha pela derrota de 3ª feira. Agora, isto não invalida que tenhamos de ser mais exigentes connosco próprios e ter como objectivos ganhar todos os jogos. No entanto, realço a importância de poder escolher os jogos e os momentos das competições em que podemos perder, até porque ganhar sempre não é algo muito comum. Estatisticamente falando até é pouco provável que aconteça a qualquer equipa. Por isso, e apesar de ter ficado muito desiludido com a nossa exibição (no mínimo deveríamos ter procurado arrancar o empate), estou muito satisfeito com o nosso apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões, pelo segundo ano consecutivo. Parabéns Rui Vitória! Parabéns equipa! Mas, vocês podem fazer muito melhor!
O estádio da Luz, recebeu nova enchente de Benfiquistas, neste último encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões. Mas, tal como os jogadores encarnados, estiveram mais focados no jogo do Besiktas em Kiev, do que propriamente no jogo frente ao Nápoles. Resultado, foi que durante mais de uma hora, pouco ou quase nenhumas manifestações vibrantes se fizeram sentir no "inferno da Luz". Caso para perguntar onde está o inferno da Luz? É que somente quando a equipa ficou a perder por 2 a 0 é que uma parte do público acordou e começou a cantar o célebre cântico do «eu amo o Benfica». Curioso ou não, foi nesse momento que reduzimos a desvantagem no marcador por intermédio do Raúl. Pergunto-me se o ambiente tivesse sido aquele vulcão que já fomos (inclusive em 2008/2009 com este mesmo Nápoles) se o resultado tivessse sido o mesmo. É difícil responsabilizar por completo os adeptos, mas verdade seja dita também nós não estivemos à altura, não acham?
Onde está o verdadeiro inferno da Luz? Está-se a poupar para o dérbi? |
E, já agora, queria também dar uma achega ao departamento de marketing e comunicação do Benfica. Jogou-se na 3ª feira o último encontro da fase de grupos, um encontro que na pior das hipóteses poderia significar a nossa despedida da Champions, um encontro que face ao poderio do adversário requeria superação da nossa equipa, e mesmo assim não se preparou todo o palco, toda a envolvente, para todos entrarmos no espírito? O próprio minuto de silêncio por causa do desastre aéreo que vitimou a equipa do Chapecoense poderia ter sido mais especial, sobretudo tendo em conta que estiveram representantes desse clube no estádio da Luz. No fundo, o que estou aqui a salientar é o que o Dortmund faz em sua casa nestes encontros de Liga dos Campeões, as tarjas, os cânticos, o envolvimento. Em termos de momentos solenes, o exemplo da Juventus no último fim-de-semana, é a referência, como poderão ver de seguida.
... estamos na fase seguinte!
Essa é que é essa! Se há jogos que poderíamos perder, este é um deles. É verdade que só o podemos por causa dos acontecimentos em Kiev, mas se, perante este cenário de derrota do Besiktas frente ao Dínamo, me dessem a escolher entre ter que ganhar este encontro frente ao Nápoles e perder no domingo contra o Sporting, penso ser unânime a escolha pela derrota de 3ª feira. Agora, isto não invalida que tenhamos de ser mais exigentes connosco próprios e ter como objectivos ganhar todos os jogos. No entanto, realço a importância de poder escolher os jogos e os momentos das competições em que podemos perder, até porque ganhar sempre não é algo muito comum. Estatisticamente falando até é pouco provável que aconteça a qualquer equipa. Por isso, e apesar de ter ficado muito desiludido com a nossa exibição (no mínimo deveríamos ter procurado arrancar o empate), estou muito satisfeito com o nosso apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões, pelo segundo ano consecutivo. Parabéns Rui Vitória! Parabéns equipa! Mas, vocês podem fazer muito melhor!
⚡💬 Raúl, na flash do #SLBSSCN: "Apesar da derrota, estamos na fase seguinte." pic.twitter.com/OrIg5hmLL3— SL Benfica (@SLBenfica) 6 de dezembro de 2016
O Dortmund, e as equipas alemãs de uma forma geral, têm um envolvimento dos adeptos na gestão diária do clube com que nós só podemos sonhar. Aliás, quando confrontados com a forma como se publicita e encoraja a participação em Assembleias Gerais ficamos logo esclarecidos!
ResponderEliminarAcho que os pormenores que decidiram os jogo não foram episódios individuais nos lances dos golos, mas concordo com "pormenores". E caramba, não foi só no jogo do Nápoles que sofremos depois de uma ocasião claríssima. Já na Madeira foi a mesma treta! Vamos lá a corrigir isso ó Professor Vitória!
Já aqui tive a oportunidade de escrever na caixa de comentários de outro artigo que o exemplo alemão deveria ser bem visto e revisto pelo nosso futebol.
EliminarPara o ano querem retirar as cadeiras do topo sul um pouco à imagem do que acontece em Dortmund. Mas, acho que o nosso marketing pode fazer muito mais.