A possível saída de...

... é irrecusável.

O jovem central sueco ao serviço do Benfica está prestes a incendiar o mercado de inverno com uma transferência recorde para o Benfica. Fala-se que o namoro de José Mourinho pelo jovem poderá levar ao gigante de Manchester a pagar 45M€ mais um prémio por objetivos que poderá atingir os 60M€, só para ter o Victor já a partir de janeiro. Se se confirmar, estamos a falar duma proposta que no imediato representa 50% a mais do valor da cláusula de rescisão do sueco, cifrada em 30M€, mas, que poderá representar no futuro o dobro deste valor. Qualquer que seja a perspectiva, é um negócio irrecusável!

Para o jogador será a entrada direta para a melhor liga do mundo. Para o melhor clube do mundo concordamos todos em duvidar que ele vai. No entanto, o United é um dos clubes mais ricos do mundo e possibilitará a ele condições salariais que em Portugal são impraticáveis. Por isso, muitas vezes debato tanto aqui no blogue para o desenvolvimento do futebol em Portugal, pois só assim é que poderemos crescer e com isso possibilitar a estes jogadores outro tipo de condições para os fixarmos por cá. Mas, isso é tópico para outra altura. Do ponto de vista, do Benfica, o encaixe financeiro não podia ser melhor. Logo à partida, estamos a quebrar o recorde nacional de transferências por um central. Assim de repente, a nível mundial, apenas a transferência do David Luiz para o PSG em 2014 foi superior (perto de 50M€). Contudo, se o Lindelöf atingir o seu potencial, o Benfica pode ter igualmente esse título de maior transferência mundial de um defesa central no portfólio de transferências. Isto também é bom para o negócio encarnado, que nesta fase da sua atividade económica e financeira, passa por ser um clube exportador de talento, representando prestígio e qualidade. Para os red devils, têm aqui o reforço que tanto precisam para a sua defesa. Um central de enorme futuro, que saiba sair da defesa a jogar, com capacidade de liderança, com ritmo de Champions League e que pode desde já ajudar o Mourinho e o Ibrahimovic a colocar o United na luta pelo título inglês e da liga Europa na segunda metade de temporada. Só vejo vantagens para todos eles.

O que poderia ser preocupante para o Benfica era se não houvesse soluções para a substituição do Lindelöf no plantel. Esse seria o caso da situação que o Benfica experimentou à uma década atrás, quando o central Ricardo Rocha saiu para o Totenham em janeiro de 2006, tendo sido substituído no plantel por um ainda inexperiente David Luiz. Penso que essa transferência acabou por sabotar as nossas reais hipóteses de conquista do campeonato pelo Fernando Santos e serviu de aprendizagem para Luis Filipe Vieira em matéria de timings de vendas e aquisições de jogadores. Hoje em dia, isso já não acontece. A possível saída de Lindelöf está bem colmatada pelas presenças de Jardel e de Lisandro, assim como da integração de outros jovens centrais, como por exemplo, Kalaica e Rúben Dias. E, não esquecer que com um excesso de médios-centro no plantel - temos 6 médios-centro (Fejsa, Samaris, Celis, Danilo, André Horta e Pizzi) para duas posições - o Rui Vitóia tem no grego Samaris uma opção adaptada para central que poderá ser de enorme sucesso, conforme já demonstrou sempre que foi chamado para essas tarefas, como por exemplo, em São Petersburgo na época passada.

O grego Samaris poderá substituir Lindelöf no centro da defesa, como central com
mais liberdades para sair a jogar, tão importante numa equipa como o Benfica.