... global do futebol nacional.
Joga-se este final de tarde/início de noite, a 5ª eliminatória da Taça de Portugal que opõe o Real de Massamá ao Benfica, tendo o clube da linha de Sintra pedido emprestado a casa do Belenenses para se disputar este importante encontro. Antes que as vozes da discórdia surgem, é importante referir que este empréstimo é a maneira mais barata que o Real Massamá tem de capitalizar o máximo da receção do maior clube nacional, permitindo um encaixe financeiro que possa sustentar as suas contas. Coisa que com os custos que teria para adaptar o seu estádio em Massamá não conseguiria.
Este jogo traz para a orla do dia as diferentes realidades que se vive o nosso futebol nacional. Numa Alemanha, ou numa Noruega pode existir diferenças de orçamentos e de qualidade, mas os clubes pequenos nesses países não andam tanto com a corda no pescoço como por cá. No país campeão da Europa, penso que a Federação Portuguesa de Futebol deveria ter um papel mais dinâmico na resolução destas discrepâncias. Não digo que o orçamento do Real tenha de ser equiparado ao do Benfica, mas os clubes pequenos deveriam ser obrigados a terem uns mínimos. Bem, falando assim até parece que o Real de Massamá é muito mal gerido. Muito pelo contrário, é um bom exemplo de como com pouco e com as dificuldades contextuais que o país vive, a carolice e a criatividade aliada à capacidade de trabalho conseguem ainda fazer milagres. Estão nesta fase da competição rainha por mérito próprio e se o Benfica não tiver cuidado, poderão novamente ser uns tomba gigantes.
Da parte do Benfica, Rui Vitória já veio a público dizer que trata todos os adversários por igual. E, isso acredito piamente que o faz. No entanto, também ele sabe que precisa de gerir o plantel e de encontrar novas soluções e recuperar outras para que em Fevereiro, no mês de todas as decisões, a equipa esteja a 110%. Como ta, antevejo muitas mudanças. A começar pela inclusão de jogadores que não sendo titulares absolutos têm estado a jogar com regularidade. São os casos de André Almeida, Lisandro, Samaris, Cervi, Carrillo, Rafa e Mitroglou. Por outro lado, não deverá perder a oportunidade de integrar jogadores como Zivkovic, Danilo e Celis. Da mesma forma, todos nós esperamos pelo regresso do Jonas e do Jardel, que acredito que hoje poderá acontecer. Também seria interessante observar in loco alguns jovens da equipa B, nomeadamente o Yuri Ribeiro, uma vez que temos os dois laterais esquerdos do plantel principal lesionados, e o Nélson Semedo estar a precisar de algum descanso, fazendo derivar o André Almeida para lateral direito. Por fim, porque não conceder a titularidade ao Paulo Lopes neste jogo, uma vez que Júlio César está lesionado? Eis então o meu onze titular e possíveis substituições para o decorrer da segunda parte. Destaco para o posicionamento de Cervi como lateral esquerdo adaptado, pois acredito que com André Almeida, Lisandro e Jardel, poderemos muitas vezes jogar com um tridente defensivo. Assim libertamos mais o Samaris para funções de ligação e construção. Espero do grego e do Danilo uma dinâmica muito semelhante à que Matic e Kanté têm no Chelsea de Antonio Conte.
O meu onze titular encarnado frente ao Real Massamá e possíveis substituições. |
Começando pela baliza: Paulo Lopes não, mas não há outro né? Nem sei quem levar, acho que descanso ao Ederson é bom, acho que o Varela não sendo top, era a melhor aposta de futuro (espero que "hajam para lá umas cláusulas" tipo Ederson, espero...). Neste momento não vejo tanta B que tenha conhecimento do valor dos putos.
ResponderEliminarCelis era metê-lo num caixote e despachá-lo para a Crimeia, como diria o Cota. Pelo que vou ouvindo há putos na B já uns passos à frente.
Interessante a potencial adaptação do Cervi a LE. Não percebo a vantagem de o Almeida passar para a direita se vai ter de fazer a posição mais uns tempos. Não seria mais interessante o Almeida manter-se à esquerda e testar outro na direita?
Jardel para mim fazia o jogo todo. Rafa e Mitro na frente, gosto, mas se Jonas já pode jogar, ou íamos full monty com Rafa e Jonas, ou Jonas e Mitro. O grego precisa de recuperação anímica e não sei qual dos dois apoios tem mais dotes de psicólogo!
Quanto ao Samaris, seria um bom jogo para se ir testanto como alternativa ao Fejsa. Ou então como alternativa central. A diferença do que preconizas? Para mim ficava o jogo todo com as mesmas funções, não mudava. Acima de tudo acho que precisa de rotinas.
A ideia de colocar o Almeida à direita prende-se por dois motivos: descansar o Nelsinho e conferir estabilidade defensiva por causa da entrada de Cervi e da tendência atacante de Samaris. Assim, o Almeida mais o Lisandro e o Jardel formam sempre um tridente defensivo que na pior das hipóteses será sempre superior ou igual ao número de jogadores que o Real conseguirá colocar na transição ofensiva.
EliminarPoderia fazê-lo do lado esquerdo, mas assim não testaria a solução Cervi. E quero que a jogada ofensiva seja intermediada por este.
😉
Olha, Jonas de fora. Por mim Jovic a titular.
EliminarQuanto aos laterais... Pois. Hesitei ali em cima. O Semedo pode descansar uns tempos com o Almeida à direita. Gostava, genuinamente, de ver o que Cervi daria a LE, face ao teu "lançamento", mas por outro lado, mais tempo de jogo ao AA não se perdia nada.
O Rv já mandou o meu gif para o galheto... lol! 😅
EliminarEu poria o Celis como defesa esquerdo. Tem tendências defensivas, é raçudo, acho que faria bem o lugar. O Yuri não me convence. Vejo todos os jogos da equipa B e francamente acho que o jovem jogador estagnou. A quem eu daria oportunidade durante o jogo seria ao João Carvalho.
ResponderEliminarPara o lugar do João tens tantos do plantel principal a necessitar de jogar...
EliminarFL, não estará a precisar de outro contexto? Gostei do que vi no jogo com o Santos, mas lá está, não sigo a B com a regularidade que queria.
EliminarO Celis está em adaptação... também está a precisar de jogar mais. Só aí podemos ver o que vale. Sempre que joga não o faz confortavelmente. Mas, gosto da sua agressividade.
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