Apesar da vitória a qualidade poderia ter sido melhor.
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Rafa ainda está ainda à procura do seu espaço no Benfica. |
Modéstia à parte, esta é a grande diferença do nível de exigência de um adepto encarnado, face aos outros adeptos. E, neste caso há razões para essa exigência. O Benfica venceu o Paços de Ferreira no primeiro jogo do grupo D da fase de grupos da Taça da Liga CTT desta época 2016-2017, por uma bola a zero. Foi um resultado magro que não espelha as oportunidades que tivemos durante a partida. Mas, foi um resultado que permitiu ao Benfica atingir novo recorde de vitórias num ano civil, 44, igualando o Barcelona, que precisou de jogar mais jogos para atingir a marca encarnada, neste 2016.
De qualquer forma a exibição encarnada merece um reparo, porque poderíamos e deveríamos ter feito mais.
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A tomada de decisão do Guedes é normalmente uma das suas armas mas não foi neste encontro. |
O que veio ao de cima neste jogo é que apesar do talento de Rafa Silva, de Franco Cervi e de Gonçalo Guedes, estão ainda muito longe de oferecer a consistência de jogo que o Benfica precisa para outros patamares - estou aqui a pensar no encontro frente ao Dortmund.
Em termos defensivos, não tenho nada a dizer contra estes miúdos. Esse é o verdadeiro lado positivo deles, uma vez que apresentam índices de trabalho elevadíssimos e como tal estão sempre disponíveis para o trabalho defensivo, se bem que poderiam apresentar muitas vezes melhor qualidade nesses movimentos. A sensação que tenho é que esbanjam demasiada energia, quando poderiam ser mais eficientes e até mais eficazes com menos. Mas, uma coisa é certa: é sempre mais fácil trabalhar com jogadores que apresentam esta disposição para o jogo do que aqueles que são relutantes ao trabalho sem bola.
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Apesar do golo (já marcou em todas as competições que o Benfica está inserido) o Cervi ainda peca na tomada de decisão, abusando na jogada individual. |
A meu ver, o pior que podem oferecer ao jogo é aquilo que vimos ontem. Por cada bola recuperada, eles perdiam-na imediatamente. E, depois, porque eles sentiam a falha tentavam rapidamente compensar com algo tecnicamente ainda mais difícil, assim que a recuperavam novamente. O resultado não poderia ser outro que não nova perda de bola e um jogo atabalhoado a meio-campo. Como é óbvio, a melhor qualidade técnica dos jogadores encarnados faz a diferença e haverá uma dessas sequências aos repelões que resultará numa jogada de perigo. Foi o que aconteceu no lance do golo. Contudo, imaginem que do outro lado está uma equipa como o Dortmund? Se não for a qualidade do adversário a aproveitar esse atabalhoamento do nosso jogo, será com certeza o desgaste energético que a nossa equipa terá com tantas perdas e recuperações de bola.
P.S.: Preocupa-me os motivos para que o Celis tenha sido titular neste encontro. Fiquei com a clara sensação de que o colombiano jogou para ser exposto na montra e assim aumentar as hipóteses de poder sair já em janeiro. A meu ver ontem quem deveria ter jogado era o Samaris. Para jogar com um duplo pivot defensivo, mais valia ter-se jogado com o grego, até porque este no Olymipakos jogava a "8" ao lado do... Fejsa. De qualquer maneira, o internacional colombiano teve uma exibição segura e foi positivo, sobretudo, se se confirmar o interesse que se tem ventilado nos media.
Boa noite, PP
ResponderEliminarPercebo as tuas preocupações quando pensas na eliminatória frente ao Borussia à luz do jogo de ontem, mas os contextos não podiam ser mais diferentes.
Claro que no essencial, a qualidade de jogo, teremos de nos apresentar muito melhor. E assim será, à medida que o entrosamento dos extremos/avançados melhorar com o tempo e... com o nosso 10! A entrada do Jonas vai dar mais sentido àquelas ventoinhas que nós temos na frente e canalizar a energia em direcção ao golo!
Em relação ao jogo de ontem, gostei muito da nossa reacção à perda de bola e da seriedade com que os jogadores encararam o jogo.
Votos de Feliz 2017!
Reparaste como a reação à perda acaba por se diluir com o tempo de jogo? Esse é outro problema que o Rui Vitória tem de trabalhar para resolver.
EliminarBoas entradas ;)
Pois...eu sempre que vejo o Salvio, o Guedes e o Jimenez jogar, lembro-me daquela frase 'no futebol, mais do que correr muito, importa correr bem'...infelizmente, são os jogadores adequados para o modelo de RV: bola no espaço e correrias. Custa-me ver o Benfica, sobretudo na Luz com os Rio Aves da vida, jogar à Vitória de Guimarães...vertigem e transição rápida.
ResponderEliminarAcho que um onze com jogadores mais inteligentes, com mais pausa e leitura táctica, pode dar-nos melhor futebol no ataque organizado. Por isso o meu onze ideal incluiria sempre Pizzi, Horta, Grimaldo, Jonas e Rafa.
Ironicamente, com o Dortmund fora, o modelo de boa organização defensiva, reacção forte à perda de bola e transições ofensivas rápidas pode até ser o que mais nos convém...veja-se por exemplo a nossa vitória em Madrid.
De qualquer forma, seja a aposta mais na transição rápida ou mais no ataque organizado, com equipas tão fortes como o Dortmund, não podemos ter só dois médios centro. Sou mais adepto do 4x4x2, mas para esses jogos acho que devíamos jogar em 4x3x3, com Pizzi e André Horta à frente de Fejsa; Rafa, Jonas e Cervi na frente. Se Grimaldo e Nelson Semedo estiverem disponíveis, com este 4x3x3 e estes jogadores, podemos discutir a eliminatória. Agora, em 4x1x3x2 com os touros de olhos no chão na frente, temo uma humilhação...
Boas entradas! Que o tetra de 2017 venha abrir caminho para o hexa de 2019! ;)
A meu ver, mesmo jogando em transição rápida, temo pela tomada de decisão destes jogadores. É certo que nessas circunstâncias a decisão resume-se a apenas por duas hipóteses (jogada individual, ou passar ao jogador ao lado), enquanto que num modelo mais apoiado, a hipótese de jogar com o colega subdivide-se entre os vários colegas.
EliminarA meu ver, tudo se resume aos princípios básicos do futebol. Quer seja para o modelo de posse ou de transição os princípios são os mesmos. No entanto, porque as pessoas são preguiçosas a pensar, preferem ser instruídas de forma sistemática e isso faz com que elas pensem que jogar bem é acelerar vertiginosamente o jogo ou pelo contrário, retardar ao máximo. Não percebem que são duas faces da mesma moeda.
Quanto aos jogadores, acho-os que são imaturos na forma como jogam. E, por isso mesmo é importante que coloquem membros da equipa técnica em cima deles, para ver se estes aceleram a maturação. Seria muito importante e penso que seria exequível, dada a disponibilidade para aprenderem de Cervi, Guedes e Rafa.
Feliz 2017 para ti e para os teus Benfiquista Primário! ;)
Expliquei-me mal: concordo contigo - mesmo para um modelo de transição rápida, os jogadores inteligentes, que sabem ler o jogo e tomar decisões, seriam preferíveis aos 'touros de olhos no chão' Guedes, Salvio, Jimenez. Cervi e Rafa estão, a meu ver, num patamar intermédio, neste aspecto, entre aquele trio e o trio inteligente (Jonas, Pizzi, Horta). Se os incluo no onze, é porque não temos extremos mais inteligentes tacticamente e na decisão que eles, se excluirmos Pizzi por estar no meio e Zivkovic por estar proscrito...e porque, apesar de tudo, têm valências importantes para esse modelo de transição rápida em Dortmund - velocidade e técnica em condução, capacidade de desequilíbrio no 1x1, boa chegada à área,...
EliminarDe qualquer forma, parabéns por este espaço - por ser mais lateral esquerdo/eu visto de vermelho e branco/orgulhosamente lampião que novo geração benfica!...
Feliz Ano Novo para ti é para os teus! :)
Obrigado pelo elogio Benfiquista Primário! E, já agora faço votos para que tenhas tido umas excelentes entradas.
EliminarPor falar nos extremos, o jogo com o Vizela foi bom para termos mais confiança sobre os que têm estado no banco. Acredito que há muita matéria-prima para ser mais trabalhada. O próprio modelo de jogo do Rui Vitória pode evoluir. A propósito disso, a ver se não me esqueço de escrever um artigo sobre isso. Aliás, foi esse o motivo por ter a sondagem com a foto no topo do blogue. Mas, este período de festas foi complicado em termos de tempo. A ver vamos.
;)
Pois, também acho que o modelo de RV pode melhorar, é só determinados jogadores coexistirem no onze...a propósito do que publicou Guardiola sobre o Benfica de RV, escrevi recentemente o seguinte: Wow muito bom! Não sou entusiasta do nosso treinador, mas é evidente que tem mérito nesta nossa organização defensiva. Aliás, a nossa transição ofensiva também é, a meu ver, excelente. A transição defensiva tem dias de excelência e outros em que é só boa. Falta-nos só o ataque organizado, que acho ainda limitado. Nada que um onze com Nélson Semedo, Lindelof, Grimaldo, Pizzi, Zivkovic, Rafa, Jonas e Mitroglou não resolva facilmente!...
EliminarE ainda falta o André Horta, um excelente 8, que na minha opinião deve ser o segundo médio interior de um 4x3x3, naqueles jogos grandes (Dortmund e assim...).
Bom ano novo, que em 2017 nos aproximemos do hexa de 2019 ;)
O ataque organizado e a transição defensiva requerem muito mais trabalho e que os jogadores tenham outra maturidade tática. Por isso, é que vemos eles a jogarem ainda desta maneira. Mas, está a ser trabalhado. Como o RV costuma dizer: é o processo!
Eliminar;)