12 dezembro 2016

Com Cervi, Carrillo e Samaris no banco...


Uma aposta que nos ia sendo fatal!


Quero começar a dizer que este artigo nada tem contra o jovem internacional canarinho, muito pelo contrário. O Danilo é um miúdo cheio de talento e futebol para dar. É um jogador que no meio-campo consegue-o preencher na sua totalidade, sendo um médio muito completo, tanto nas tarefas defensivas como ofensivas, fruto do excelente controlo de bola e mobilidade que possui. No entanto, vem sem ritmo competitivo e uma má exibição colada com um mau resultado poderia ter sido bem nefasto para a equipa e para ele. Rui Vitória explicou, à sua maneira o porquê da entrada de Danilo, como poderemos ver pelo video seguinte, na conferência de imprensa após o dérbi contra o Sporting de Jorge Jesus. Os motivos teoricamente são válidos, mas mesmo assim tenho duas questões.

A primeira é que se o técnico encarnado defende que o melhor naqueles momentos é mexer o mínimo possível, e leia-se aqui "mexer" como alterar a estrutura da equipa (o sistema de jogo), então porque razão não apostou no Cervi? O argentino até vinha sendo titular na equipa encarnada. Com a sua entrada, o Rui Vitória, poderia fazer descer o Gonçalo Guedes para uma posição que tão bem conhece da época passada: a de extremo direito. O "Chucky" iria para a esquerda e o Rafa seria o novo parceiro de Raúl, como fez frente ao Nápoles. Vantagem nesta solução é que tanto o Cervi, como o Guedes e o Rafa poderiam ir alternando nas suas posições. Ah! E ainda tinha no banco o peruano Carrillo que motivos óbvios poderia detonar ainda mais o jogo.

A segunda questão prende-se com o facto de nesta situação em que tem de mudar forçosamente a equipa e pretenda aproveitar para alterar um pouco a estrutura da mesma, não se compreende porque é que usa o Danilo quando tem o Samaris muito mais rotinado? O grego também é um jogador que tem um enorme raio de alcance e que gosta de progredir com a bola controlada. Aliás, este é um dos maiores defeitos que muitos dos críticos lhe apontam ele ter para jogar a "6". Curiosidade foi verificar que o jogo encarnado só serenou quando o grego entrou em campo. Sinceramente, não compreendi esta entrada do Danilo e acredito que poucos adeptos perceberam. A única explicação que vejo é que o Rui Vitória tenha querido dar minutos de jogo ao Danilo porque na 4ª feira deverá ser titular frente ao Real Massamá. De qualquer maneira, esta ordem de substituições fez-me recordar aquela que vi na segunda-parte em Istambul, frente ao Besiktas...



5 comentários:

  1. Totalmente de acordo.

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  2. E por uma vez não há grandes discussões. Volto à questão do que se anda a fazer nos treinos, porque o plano de contingência foi claramente pouco ou nada tabalhado. Isso e a desculpa do mudar o menos possível que tu tão bem explanas.

    E quanto ao Sálvio e ao Jiménez, se dizer mal é o segredo então prometo não lhes tecer um elogio, um só, até Maio.

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    1. Eu já esperava que seria difícil haver um plano B sólido, até porque não foi testado nem com o Marítimo, nem com o Nápoles. Ontem, a escolha certa teria sido a entrada de Cervi, quando saiu o Salvio.

      Eu até posso perceber que o Danilo ainda não tinha sido opção por causa dos mesociclos da periodização táctica adoptada. Por exemplo, acho que o Danilo, o Celis e o Zivkovic, fruto da sua adaptação deveriam agora neste final de ano e início de janeiro a acumularem minutos e serem integrados. Os jogos terão níveis de exigência que eles poderão suportar, como são os jogos das taças. Agora, esperava que ele tivesse feito mais com o Samaris e até mesmo com o Carrillo. O grego poderia e deveria ser visto não apenas como alternativa ao Fejsa, mas também ao Pizzi, num contexto diferente (o 4-4-2 com extremos invertidos, ou um 4-2-3-1 mais clássico).

      Mas, o que não gostei mesmo nada, foi que quando o Danilo entrou, o Pizzi foi para segundo avançado/terceiro médio, e os restantes colegas não estavam em sintonia. Claramente, a preparação foi deficiente, tal como já tinha criticado em Istambul. É isto que me preocupa. É preciso que a equipa de Rui Vitória corrija isto "asap".

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    2. Concordo com tudo e ainda acrescento que a sintonia com o Fejsa também foi deficiente. O número de ocasiões que o Danilo andava a fazer de sombra do Fejsa era assustadora. Buracos, crateras naquele meio campo só porque os jogadores não sabiam falar um com o outro.

      Estou como tu, Cervi tinha "cervido" melhor a equipa. Até o Carrillo, que na ânsia de mostrar serviço poderia mostrar "demais" tinha sido preferível a um tipo que poucos minutos contabilizou até agora.

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    3. Talvez assim o pessoal que pensa que é só colocar os jogadores em campo possam entender que não é bem assim.

      ;)

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