Se bem que ligeiramente alterado, este até poderia ser o provérbio perfeito para a performance do jovem ponta-de-lança brasileiro Alan Kardec, na passada quarta-feira, frente à Académica, em encontro para a taça da liga. Será que o AK finalmente percebeu qual a atitude que deve ter em campo?
O que é certo é que após o segundo golo da Briosa (100% de eficácia...), Jesus decide mexer. Tira o mago Aimar e mete o brasileiro com nome de mágico Kardec. E não é que ele fez magia ao marcar o segundo golo encarnado e a fazer a assistência para o Lima marcar o seu segundo da noite, numa tabelinha perfeita?! Espectáculo digno de deixar o David Copperfield boquiaberto. A explicação mais científica reside no facto de termos deixado de jogar tanto em "rodriguinhos" sem objectividade nenhuma para jogarmos com mais objectividade e movimento. Para isso também contribuíram as entradas de Carlos Martins para o meio-campo e de Salvio para a ala direita.
O Benfica venceu (3-2) e acabou por demonstrar que está aqui para as curvas, com grande confiança para virar resultados e mais do que isso a fazer ver que a equipa não são apenas onze ou treze como noutros tempos. Assim é que se criam soluções para uma época com tantos jogos e competições e muitos dos que na quarta tiveram menor rendimento, de certeza que irão melhorar com estes jogos e minutos. A meu ver, este tem sido uma das marcas de sucesso de Jesus esta temporada e isso revê-se no espírito de equipa.
O paradigma do ritmo de jogo
Se há algo que podemos debater sobre este encontro é a já muito afamada questão dos atletas terem ou não ritmo de jogo. Escrevo isso quando olho para as exibições de dois jogadores: Aimar e Kardec. Ambos têm tido poucos minutos esta temporada. O argentino é verdade que esteve meses lesionado e só agora recuperou, o que pode explicar a sua exibição mais cinzenta. Mas, o brasileiro, embora não lesionado foi algo posto de parte da competição, o que lhe abalou de certa forma a confiança. Para além disso, sem jogar regularmente, seria expectável vê-lo "pesado" dentro de campo.
No entanto, não foi isso que aconteceu. Muito pelo contrário! AK foi um jogador muito solto de movimentos durante o tempo que jogou e isso contradiz os estereótipos criados à volta do ter ou não ritmo de jogo. A meu ver, não é apenas uma questão física, técnica ou táctica, mas também mental. Kardec entrou decidido a demonstrar que é um jogador que o Benfica pode contar. E só isso faz toda a diferença. Quem olhou para a sua linguagem corporal nos minutos que esteve em campo percebia que ele estava focado apenas para ajudar o Benfica a ganhar. E, foi o que ele fez!
O Benfica precisa do AK?
O herói encarnado frente à Académica
Quem é que diria que o AK seria o herói encarnado frente à Académica? O Benfica não estava propriamente a jogar mal. No entanto, a falta de ritmo competitivo, de algum entrosamento e de identificação das ideias da estratégia técnico-táctica do técnico encarnado, de jogadores como Aimar, Nolito, Bruno César e Roderick Miranda, explicava os erros defensivos e ofensivos que a equipa encarnada presenteava quem se tinha deslocado à Luz a meio da semana.O que é certo é que após o segundo golo da Briosa (100% de eficácia...), Jesus decide mexer. Tira o mago Aimar e mete o brasileiro com nome de mágico Kardec. E não é que ele fez magia ao marcar o segundo golo encarnado e a fazer a assistência para o Lima marcar o seu segundo da noite, numa tabelinha perfeita?! Espectáculo digno de deixar o David Copperfield boquiaberto. A explicação mais científica reside no facto de termos deixado de jogar tanto em "rodriguinhos" sem objectividade nenhuma para jogarmos com mais objectividade e movimento. Para isso também contribuíram as entradas de Carlos Martins para o meio-campo e de Salvio para a ala direita.
O Benfica venceu (3-2) e acabou por demonstrar que está aqui para as curvas, com grande confiança para virar resultados e mais do que isso a fazer ver que a equipa não são apenas onze ou treze como noutros tempos. Assim é que se criam soluções para uma época com tantos jogos e competições e muitos dos que na quarta tiveram menor rendimento, de certeza que irão melhorar com estes jogos e minutos. A meu ver, este tem sido uma das marcas de sucesso de Jesus esta temporada e isso revê-se no espírito de equipa.
O paradigma do ritmo de jogo
Se há algo que podemos debater sobre este encontro é a já muito afamada questão dos atletas terem ou não ritmo de jogo. Escrevo isso quando olho para as exibições de dois jogadores: Aimar e Kardec. Ambos têm tido poucos minutos esta temporada. O argentino é verdade que esteve meses lesionado e só agora recuperou, o que pode explicar a sua exibição mais cinzenta. Mas, o brasileiro, embora não lesionado foi algo posto de parte da competição, o que lhe abalou de certa forma a confiança. Para além disso, sem jogar regularmente, seria expectável vê-lo "pesado" dentro de campo.
No entanto, não foi isso que aconteceu. Muito pelo contrário! AK foi um jogador muito solto de movimentos durante o tempo que jogou e isso contradiz os estereótipos criados à volta do ter ou não ritmo de jogo. A meu ver, não é apenas uma questão física, técnica ou táctica, mas também mental. Kardec entrou decidido a demonstrar que é um jogador que o Benfica pode contar. E só isso faz toda a diferença. Quem olhou para a sua linguagem corporal nos minutos que esteve em campo percebia que ele estava focado apenas para ajudar o Benfica a ganhar. E, foi o que ele fez!
O Benfica precisa do AK?
Olhando para o nosso vasto plantel, em particular para as opções atacantes, mas também tendo em conta a habitual estratégia de jogo encarnada, facilmente verificamos que o jovem brasileiro vai ter muitas dificuldades em se impor no onze titular. Cardozo, Lima e Rodrigo têm estado de pé quente. Por outro lado, Aimar é... o Aimar! Ora, como lá na frente só podem jogar na melhor das hipóteses dois avançados, Kardec fica um pouco sem espaço se Jesus estiver a equacionar o astro argentino para a dupla atacante.
Caso o técnico encarnado veja o camisola "10" para o meio-campo, abre uma vaga para o centro do ataque. Vaga essa que pode ser preenchida pelo brasileiro. De facto, se olharmos para os nossos avançados, o único com um estilo de jogo mais parecido com o Tacuara é mesmo o AK. Lima também desenrasca nessa posição, mas tem dinâmicas diferentes, o que pode não ser o indicado face a certos adversários. Para além disso, o camisola "11" é hoje um avançado que tem de ligar o meio-campo ao ataque e que orbita em torno do ponta-de-lança mais fixo, como o Cardozo... e agora o AK... aliás, basta ver o segundo golo do Lima frente aos estudantes. O mesmo poderei dizer de Rodrigo, muito embora na sua selecção espanhola seja o homem mais avançado...
Conclui-se assim que há espaço para o Alan Kardec no plantel encarnado. Se o seu lugar é no onze titular, ou no banco, ou na bancada, só dependerá da sua atitude e capacidade de trabalho. Penso que com a humildade, o espírito de sacrifício e a atitude competitiva demonstrada na quarta, está claramente no bom caminho e será mais uma boa dor de cabeça para o "Jota-Jota". Agora é preciso dar continuidade a todo esse processo de crescimento/evolução e não deixar-se encostar à sombra da bananeira, até porque ele tem em Jorge Jesus um treinador que acredita no seu potencial!
PS 1: Seria engraçado que o Alan Kardec mudasse o número da camisola de 31 para 47... AK47 soa mais a arma secreta... Ah! Parabéns Kardec pelas 24 primaveras!
PS 2: Já votaram no melhor jogador encarnado de 2012 para a posição 5 do onze titular encarnado?
PS 2: Já votaram no melhor jogador encarnado de 2012 para a posição 5 do onze titular encarnado?
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