... destes quartos-de-final da Taça de Portugal contra o Leixões.
Na conferência de imprensa de Rui Vitória antes do embate frente ao Leixões para a Taça de Portugal, o técnico encarnado apenas abriu o jogo com:
«Irão jogar os melhores para aquilo que é o jogo e o contexto. Os melhores tem a ver com o nosso passado recente e o adversário. Com aquilo que temos hoje em nosso poder, no que respeita a jogadores, tenho a certeza que amanhã ficarão de fora jogadores que têm tido excelentes desempenhos, qualidade nas suas exibições e rendimento, mas só podemos escolher onze. Irão ficar alguns de fora que também poderiam estar facilmente no 11.»
Por Rui Vitória
Ora, sendo assim, passo a explicar nas mesmas duas premissas as minhas escolhas. O jogo será contra o Leixões que luta para não descer na 2ª Liga. Neste momento a equipa nortenha está em lugar de descida de divisão. Ora, isto reflecte um pouco a qualidade desta equipa. Por outro lado, não podemos embandeirar em arco com esta análise, porque na realidade o Leixões está onde está nesta competição da taça, por mérito próprio. Ponderando estes dois factores, penso que o Benfica tem mais que qualidade para levar de vencida este Leixões, e até por uma margem significativa. Sendo assim, qualquer jogador que esteja à disposição deixa-me confiante de um belo resultado.
Relativamente, ao contexto, o Benfica vem de um jogo menos feliz em casa. Há por isso uma dívida para com os seus adeptos que merecem uma boa exibição da equipa, ou seja, uma exibição que não deixa dúvidas sobre o poderio da «melhor equipa em Portugal», conforme o treinador leixonense e, ex-jogador encarnado, Kenedy, se proferiu do Glorioso. Contudo, é preciso dar minutos aos jogadores menos utilizados da equipa e que estão de regresso após longos períodos de lesão (como é o caso de André Horta e Eliseu). Para além disso, e para fazer a ponte entre este constrangimento e a necessidade de uma boa exibição, penso que seria o momento ideal para testar uma variante ao habitual sistema de jogo encarnado, apostando numa espécie de 3-4-3, que na prática serve para que a equipa esteja constantemente em ataque planeado no encontro.
Assim sendo, apostaria então no seguinte onze:
- Guarda-redes: Júlio César, que teria que estar atento quando fosse chamado a "varrer" a zona defensiva nas costas dos centrais.
- Defesas: Lisandro, Jardel e André Almeida, com o argentino a jogar sobre a direita, no corredor do meio-espaço direito, e português no lado esquerdo, sendo o brasileiro o jogador do corredor central.
- Médios: Salvio, Samaris, André Horta e Cervi, na prática quero que Salvio e Cervi funcionem como carriellos para faixas, enquanto André Horta e Samaris funcionem de perfil e à vez sejam dois "8".
- Avançados: Rafa, Gonçalo Guedes e Zivkovic, pois pretendo mobilidade e quero que seja o nosso avançado (Guedes) a procurar explorar as costas da defesa do adversário (que deverá estar preparada para enfrentar o Mitroglou e o Jonas), através de combinações com os dois criadores como Zivkovic e o Rafa.
Na segunda parte, daria minutos a Carrillo e Eliseu nos lugares de carriellos, mas também a Jonas, funcionando de forma diferente que o Guedes, ou seja, jogando mais na ligação do meio-campo ao ataque, tentando servir Rafa e Zivkovic.
O meu onze e sistema de jogo para logo à noite frente ao Leixões. Este 3-4-3 é para melhorar o nosso jogo posicional ofensivo tendo em conta as limitações das ausências de certos jogadores. |
Sálvio... bom está bem é contra uma equipa da IIª Liga! Eu na defesa metia ou o Almeida ou o Samaris ao meio e o Jardel na esquerda. Mas por mim era nao mudar estrutura e processos, para permitir aos "retornados", em particular Eliseu e Horta, re-integrarem-se (por motivos diferentes, entenda-se). Já na frente, Jonas e Rafa, aí está uma coisa que gostaria de ver!
ResponderEliminarTu e eu! Infelizmente hoje não deu para ver nada disso.
Eliminar;)
Olá PP . Gostei de seu time mas colocaria Lindelof na direita , Lisandro no centro e Jardel na esquerda . Da equipa inicial só retiraria Guedes para colocar Mitro que me parece mais capaz de finalizar especialmente porque essa equipa iria fazer muito cruzamento .
ResponderEliminarOlá Fernando! O Lindelöf numa defesa a 3 era top... ;)
EliminarNão o coloquei neste onze, porque o Lindelöf é só o terceiro jogador mais utilizado do plantel e quis por isso gerir a sua condição física. Aliás, repara que também poupei o Semedo e o Pizzi pelos mesmos motivos.
Sobre isso dos cruzamentos, é esse o meu receio com um 3-4-3. O que menos quero é que façam cruzamentos do meio-campo. A intenção é ter mais gente envolvida no processo de construção e quando a bola entra no meio-campo, estes terem mais opções de passe. Com isso melhorar o jogo interior.
Ora, com a atracção do adversário sobre o corredor central, irá abrir espaços para os alas subirem e explorarem. Aí uma bola metida do centro para o meio-espaço/lateral, de preferência nas costas da linha defensiva, é meio-caminho andado para o ala depois cruzar rasteiro para uma finalização fácil do avançado.
Na prática não é muito diferente do que acontece com a saída "La Volpiana", em que o médio desce para 3º central, ao mesmo tempo que os laterais sobem para o meio-campo.