O rescaldo da vitória do Benfica sobre o Nacional da Madeira.
Em primeiro lugar, o Benfica. Não podia estar mais de acordo com a afirmação de Nélson Semedo no final da partida de domingo à tarde, frente ao Nacional. De facto, por mais que quisessem dar a liderança ao Porto, a verdade é que o Benfica nunca a perdeu. Os excessos de linguagem como "líder à condição" é uma forma tenuemente camuflada de apoiar determinada equipa em detrimento do Benfica. É impressionante como ainda há muitos Benfiquistas a dar ouvidos e olhadelas ao que esta imprensa maioritariamente verde e azul diz e mostra, Por tudo isso, gostei ainda mais da resposta do treinador adjunto dos encarnados, Arnaldo Teixeira, que aquando da pergunta venenosa sobre a pressão ele no seu estilo muito descontraído diz apenas e só o seguinte:
⚡💬 Arnaldo Teixeira, na flash do #SLBxCDN: "Esta equipa não precisa de responder a ninguém"— SL Benfica (@SLBenfica) 5 de fevereiro de 2017
O adjunto foi ainda mais longe, dizendo o seguinte:
Provavelmente, eu teria outra postura, mais de confronto, pois há muita coisa que penso que devemos responder de forma lapidar, até porque considero que temos responsabilidade na forma como o futebol português se encontra, pelo simples motivo de deixarmos muita gente a chafurdar nele. Por isso, eu teria outro tipo de resposta. Mas, isto não invalida que eu tire o meu chapéu a esta resposta do adjunto encarnado. Aliás, se calhar no dia de hoje, penso que esta foi mesmo a melhor resposta. E, isto daria um bom tema sobre a variabilidade da comunicação. De qualquer maneira, o melhor deste tipo de resposta é que não dá aso a cedência de qualquer confiança sobre o adversário. Nem sequer proferiu o nome do Porto ou do Nuno Espírito Santo. É o mesmo que estes ficarem com o presente envenenado que tentaram oferecer ao Benfica nas suas mãos. Assim, é fácil entender quem é que vai sofrer com esse veneno, não acham?
Em segundo lugar, a vitória. Parece-me claro que só poderia haver um vencedor neste encontro: o Benfica. O Nacional da Madeira pouco ou nada fez para ganhar a partida. Dos 4 remates que fez A baliza de Ederson, nenhum deles foi enquadrado. Assim sendo, como é possível vencer o Benfica? E, por aqui temos de deixar um elogio meritório à defesa encarnada. Não sofrendo golos, estaremos sempre mais perto da vitória, até porque temos uma dupla de avançados excelente. Tanto o Jonas, como o Mitroglou estiveram bem neste encontro, se bem que a minha avaliação aos dois é apenas q.b., pois penso que poderiam e deveriam ter feito mais e melhor. De qualquer maneira, o que realço desta vitória é a melhoria dos processos de jogo. Antes da partida, eu apostava numa dupla de meio-campo diferente, sem Pizzi a titular, mas com o Filipe Augusto. Nunca saberemos se resultaria ou não. Contudo, não é isso o mais importante. Talvez neste jogo o Rui Vitória tenha explicado a muitos críticos a importância de acreditarmos no nosso processo de jogo. Foi isso que aconteceu. Por isso, Pizzi foi um dos melhores em campo, a par de Zivkovic e, claro está, do Jonas.
Por vezes, o adepto comum não entende as dificuldades que existem em operacionalizar uma metodologia de treino que seja eficaz e eficiente, com calendários competitivos tão densos como o que o Benfica tem tido, por estar em todas as competições. Depois, quando as coisas não correm tão bem, começam a surgir todas as formas variadas das leis de Murphy. Ou seja, quando uma coisa não dá certo, as outras também não darão. Talvez por isso, após a saída da taça da Liga, tenha vindo aquela derrota sobre o Setúbal, que por mais que queiram dizer o contrário, foi mais um euromilhões conquistado pelos sadinos, que propriamente um péssimo jogo do Benfica. Aliás, basta vermos o resultado do Vitória este fim-de-semana (regresso às derrotas com o Arouca), o que até nos dá uma certa revolta... mas, pronto. Isto é futebol! Temos que aceitar estas coisas e passar à frente e trabalhar sobre o que podemos controlar. E, é aqui que acho que a própria equipa técnica do Rui Vitória poderá e deverá evoluir ainda mais. É verdade que a gestão dos microciclos de treino torna-se um pouco complicada com a densidade de jogos. Não apenas porque é importante recuperar os jogadores, como também na definição dos exercícios que maximizem o pouco tempo que têm de treino e que consigam ser eficazes na resposta aos erros que a equipa possa estar a cometer. Como é óbvio, isto está longe de ser uma ciência exacta, pelo que acredito que com a experiência destas situações a equipa técnica vai aprender com os seus erros e melhorar ainda mais a sua performance. O que realço mais, é que eles mantiveram-se sólidos quanto ao plano principal. Daí a permanência de Pizzi no onze, assim como de Salvio e Luisão. E, isso também lhes conduziu ao sucesso neste último encontro, onde a equipa estava mais solta e melhor quanto aos momentos do jogo.
Em terceiro lugar, os reforços. O Jonas tem sido o melhor reforço de inverno. Em 9 jogos, já leva 8 golos e com ele em campo, o Mitroglou já leva 7 golos nos últimos 7 jogos. Não há coincidências! Para além do internacional brasileiro, destaco a inclusão e o entrosamento que o jovem sérvio Zivkovic tem tido de águia ao peito. Espectacular a forma como ele se incorpora tanto à esquerda como à direita do nosso meio-campo. É óbvio que jogando sobre a direita, como falso extremo direito, o seu jogo melhora a olhos vistos, uma vez que ele é um extremo cerebral, no sentido de que gosta de definir as jogadas com passes para os colegas. Isto é bem diferente do tipo de extremos como Salvio e Cervi, que sendo mais explosivos, gostam de definir as jogadas no último terço do terreno, com uma finalização. Estes têm sido da preferência do modelo de Rui Vitória, porque jogamos com 2 avançados centro (sendo um deles o Jonas que gosta de descer entre-linhas para ligar o jogo ofensivo pelo corredor central) e um médio "8" criativo como o Pizzi. Assim, os extremos ficam mais abertos nas alas deixando o corredor central para estes colegas. Ora, tenho a certeza que o camisola 17, mais cedo ou mais tarde irá revolucionar o nosso modelo ofensivo. Revolução que penso já está a ser equacionada num futuro a médio prazo, tal a forma como jogámos quando entrou o Filipe Augusto e o Rafa. Sobre este tema, deverei voltar a debruçar-me mais tarde.
Quero terminar por mencionar também a importância da entrada de Eliseu na equipa encarnada. A meu ver, não é que o André Almeida seja um mau jogador, como muitos o fazem querer. O que eu acho é que o André não estava devidamente enquadrado com a posição, nem a equipa estava devidamente enquadrada com o André naquela posição. Por exemplo, o Lindelöf fartou-se de fazer passes para o pé menos dominante do camisola 34, ou seja, para a frente do Almeida, quando ele estava à espera de um passe para o seu pé direito. Isto fazia-o perder o tempo e o espaço que poderia ganhar se o passe fosse feito tendo em conta o perfil do destinatário. E, com isto não ficar à mercê da pressão do adversário. Sobre este tema, também gostarei de vir abordar num futuro próximo, uma vez que penso que há uma dinâmica e velocidade na nossa zona defensiva que não está a permitir uma melhor fluidez nesta fase de construção. Como consequência disto, vem a quebra de jogo do Salvio, por exemplo. Por fim, apenas gostava que a equipa não desligasse o turbo após o segundo golo. Sinceramente, não me importo de ver o Jonas e o Mitroglou a resistirem apenas 60 minutos de jogo, desde que durante esse tempo estejam em alta intensidade dentro de campo. A meu ver, cabe ao Rui Vitória, passar essa mensagem de uma forma bastante simples: o primeiro a ser substituído terá que ser um destes jogadores. Até para que os restantes jogadores percebam que não podem relaxar. Não é a última vez que sinto que o Jonas poderia fazer o hat-trick na partida se toda a equipa forçasse um pouco mais. É verdade que temos tido várias chances de golo por jogo, mas penso que com um pouco mais de esforço poderíamos ter muitas mais. Depois, com um resultado mais avolumado, o próprio adversário perde força e controlo, pelo que será muito mais fácil chegar ao quinto golo, quando estás a vencer já por quatro, do que ao terceiro, quando estás a vencer por dois golos. A importância de golos tem a ver por um lado, pela forma como os adversários irão olhar para ti (irão definir mais o treino deles a nível defensivo do que ofensivo o que pode ser benéfico para nós) e, por outro lado, com o prestígio que uma equipa fica com a colocação dos seus avançados na lista de melhores marcadores.
No entanto, fiquemos com o resumo do jogo.
«Responde para nós, para a família benfiquista, para o clube. Procuramos em todos os jogos fazer isso e é isso que vamos continuar a fazer. Somos uma família e as famílias são para estar juntas. É assim que todos nós aqui dentro vemos o que é uma família. Todos juntos, a trabalhar para o mesmo objetivo final.»
Por Arnaldo Teixeira
Em segundo lugar, a vitória. Parece-me claro que só poderia haver um vencedor neste encontro: o Benfica. O Nacional da Madeira pouco ou nada fez para ganhar a partida. Dos 4 remates que fez A baliza de Ederson, nenhum deles foi enquadrado. Assim sendo, como é possível vencer o Benfica? E, por aqui temos de deixar um elogio meritório à defesa encarnada. Não sofrendo golos, estaremos sempre mais perto da vitória, até porque temos uma dupla de avançados excelente. Tanto o Jonas, como o Mitroglou estiveram bem neste encontro, se bem que a minha avaliação aos dois é apenas q.b., pois penso que poderiam e deveriam ter feito mais e melhor. De qualquer maneira, o que realço desta vitória é a melhoria dos processos de jogo. Antes da partida, eu apostava numa dupla de meio-campo diferente, sem Pizzi a titular, mas com o Filipe Augusto. Nunca saberemos se resultaria ou não. Contudo, não é isso o mais importante. Talvez neste jogo o Rui Vitória tenha explicado a muitos críticos a importância de acreditarmos no nosso processo de jogo. Foi isso que aconteceu. Por isso, Pizzi foi um dos melhores em campo, a par de Zivkovic e, claro está, do Jonas.
⏰ 41’ | #SLBxCDN 2-0— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) 5 de fevereiro de 2017
Tarde mas com pressa:
Jonas já leva 5⃣golos em apenas 27 remates na #LigaNOS 16/17
#CarregaBenfica pic.twitter.com/77ym0aPGym
Por vezes, o adepto comum não entende as dificuldades que existem em operacionalizar uma metodologia de treino que seja eficaz e eficiente, com calendários competitivos tão densos como o que o Benfica tem tido, por estar em todas as competições. Depois, quando as coisas não correm tão bem, começam a surgir todas as formas variadas das leis de Murphy. Ou seja, quando uma coisa não dá certo, as outras também não darão. Talvez por isso, após a saída da taça da Liga, tenha vindo aquela derrota sobre o Setúbal, que por mais que queiram dizer o contrário, foi mais um euromilhões conquistado pelos sadinos, que propriamente um péssimo jogo do Benfica. Aliás, basta vermos o resultado do Vitória este fim-de-semana (regresso às derrotas com o Arouca), o que até nos dá uma certa revolta... mas, pronto. Isto é futebol! Temos que aceitar estas coisas e passar à frente e trabalhar sobre o que podemos controlar. E, é aqui que acho que a própria equipa técnica do Rui Vitória poderá e deverá evoluir ainda mais. É verdade que a gestão dos microciclos de treino torna-se um pouco complicada com a densidade de jogos. Não apenas porque é importante recuperar os jogadores, como também na definição dos exercícios que maximizem o pouco tempo que têm de treino e que consigam ser eficazes na resposta aos erros que a equipa possa estar a cometer. Como é óbvio, isto está longe de ser uma ciência exacta, pelo que acredito que com a experiência destas situações a equipa técnica vai aprender com os seus erros e melhorar ainda mais a sua performance. O que realço mais, é que eles mantiveram-se sólidos quanto ao plano principal. Daí a permanência de Pizzi no onze, assim como de Salvio e Luisão. E, isso também lhes conduziu ao sucesso neste último encontro, onde a equipa estava mais solta e melhor quanto aos momentos do jogo.
Em terceiro lugar, os reforços. O Jonas tem sido o melhor reforço de inverno. Em 9 jogos, já leva 8 golos e com ele em campo, o Mitroglou já leva 7 golos nos últimos 7 jogos. Não há coincidências! Para além do internacional brasileiro, destaco a inclusão e o entrosamento que o jovem sérvio Zivkovic tem tido de águia ao peito. Espectacular a forma como ele se incorpora tanto à esquerda como à direita do nosso meio-campo. É óbvio que jogando sobre a direita, como falso extremo direito, o seu jogo melhora a olhos vistos, uma vez que ele é um extremo cerebral, no sentido de que gosta de definir as jogadas com passes para os colegas. Isto é bem diferente do tipo de extremos como Salvio e Cervi, que sendo mais explosivos, gostam de definir as jogadas no último terço do terreno, com uma finalização. Estes têm sido da preferência do modelo de Rui Vitória, porque jogamos com 2 avançados centro (sendo um deles o Jonas que gosta de descer entre-linhas para ligar o jogo ofensivo pelo corredor central) e um médio "8" criativo como o Pizzi. Assim, os extremos ficam mais abertos nas alas deixando o corredor central para estes colegas. Ora, tenho a certeza que o camisola 17, mais cedo ou mais tarde irá revolucionar o nosso modelo ofensivo. Revolução que penso já está a ser equacionada num futuro a médio prazo, tal a forma como jogámos quando entrou o Filipe Augusto e o Rafa. Sobre este tema, deverei voltar a debruçar-me mais tarde.
🔝🎁 Nos 303 mins que jogou na #LigaNOS, Zivkovic ofereceu 4,2 passes p/ ocasião a cada 90m. Só Payet tem mais nas Ligas Top-6#CarregaBenfica pic.twitter.com/LtQFqdriDP— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) 5 de fevereiro de 2017
Quero terminar por mencionar também a importância da entrada de Eliseu na equipa encarnada. A meu ver, não é que o André Almeida seja um mau jogador, como muitos o fazem querer. O que eu acho é que o André não estava devidamente enquadrado com a posição, nem a equipa estava devidamente enquadrada com o André naquela posição. Por exemplo, o Lindelöf fartou-se de fazer passes para o pé menos dominante do camisola 34, ou seja, para a frente do Almeida, quando ele estava à espera de um passe para o seu pé direito. Isto fazia-o perder o tempo e o espaço que poderia ganhar se o passe fosse feito tendo em conta o perfil do destinatário. E, com isto não ficar à mercê da pressão do adversário. Sobre este tema, também gostarei de vir abordar num futuro próximo, uma vez que penso que há uma dinâmica e velocidade na nossa zona defensiva que não está a permitir uma melhor fluidez nesta fase de construção. Como consequência disto, vem a quebra de jogo do Salvio, por exemplo. Por fim, apenas gostava que a equipa não desligasse o turbo após o segundo golo. Sinceramente, não me importo de ver o Jonas e o Mitroglou a resistirem apenas 60 minutos de jogo, desde que durante esse tempo estejam em alta intensidade dentro de campo. A meu ver, cabe ao Rui Vitória, passar essa mensagem de uma forma bastante simples: o primeiro a ser substituído terá que ser um destes jogadores. Até para que os restantes jogadores percebam que não podem relaxar. Não é a última vez que sinto que o Jonas poderia fazer o hat-trick na partida se toda a equipa forçasse um pouco mais. É verdade que temos tido várias chances de golo por jogo, mas penso que com um pouco mais de esforço poderíamos ter muitas mais. Depois, com um resultado mais avolumado, o próprio adversário perde força e controlo, pelo que será muito mais fácil chegar ao quinto golo, quando estás a vencer já por quatro, do que ao terceiro, quando estás a vencer por dois golos. A importância de golos tem a ver por um lado, pela forma como os adversários irão olhar para ti (irão definir mais o treino deles a nível defensivo do que ofensivo o que pode ser benéfico para nós) e, por outro lado, com o prestígio que uma equipa fica com a colocação dos seus avançados na lista de melhores marcadores.
No entanto, fiquemos com o resumo do jogo.
No comentário a um post anterior, mas sobre este jogo, esqueci-me de elogiar o Filipe Augusto! Gostei muito das primeiras indicações. Importantíssimo termos um substituto do Pizzi a 8, sobretudo com Horta lesionado - e mesmo com Samaris disponível...
ResponderEliminarDe resto, reafirmo o que já escrevi, mas agora on topic:
Perdi a conta às vezes que o Salvio assassinou jogadas de ataque promissoras. Foram tantas...e consecutivas! Safam-se as diagonais para a área e a raça...mas a balança pende claramente para o outro lado...mesmo que o lugar dele não fosse aquele em que Zivkovic joga melhor, se os critérios fossem puramente futebolísticos, o lugar dele seria no banco.
E por falar em Zivkovic, já me faltam palavras! É um bocadinho o inverso do Salvio actual: 95% das decisões são as melhores para aquele momento do jogo, 95% dos posicionamentos idem idem aspas aspas. Em ataque organizado, está sempre dentro do bloco adversário, rigorosamente entre-linhas; sempre a dar linhas de passe aos colegas e a passar ao melhor colocado quando recebe; joga bem por dentro e por fora; cruza como ninguém em Portugal. Em contra-ataque, perfeito seja na condução com bola, no drible curto ou no passe de primeira, sempre no timing certo e para o melhor espaço. Nas bolas paradas, o Pizzi devia pedir para ir à casa-de-banho. E sem bola, ainda defende muito e bem - pelas mesmas razões que ataca tão bem: técnica, inteligência táctica e rapidez de pensamento e de execução...
Jonas resolve. Mitroglou também. Que a dupla se mantenha estável, a coberto de lesões e de decisões técnicas de gestão de egos e/ou mercado...
Carregaaaaa!
O problema não está no Salvio. Por incrível que pareça, e quero ver se escrevo sobre isso, o facto de o Zivkovic estar bem nos jogos, sobretudo quando deriva para a direita, é porque o plano A do modelo de jogo do Benfica não está a ser executado na perfeição, porque se tivesse, o Salvio teria o espaço e renderia muito mais.
Eliminar;)
Vou bater no Sálvio, como de costume ;) e desta vez vou buscar o Mitroglou. Se para o defender logo se vê.
ResponderEliminarO Sálvio rende, como disse anteriormente, se entrar quando o adversário já está cansado. O número de jogadas estragadas sinceramente não compensa as boas que faz. Tem momentos em que só vê o que está no chão à frente das botas. Neste jogo então Sálvio vs 2 ou mais foi um fartote de bolas perdidas. Ao ponto de obrigar toda a linha atacante a jogar sem saber muito bem como. Caso: na primeira parte Jonas recebe a bola em posição frontal à baliza e controla virado para Sálvio sozinho na direita com "via semi-aberta" (o lateral estava a fechar). Jonas vê o argentino e nota-se que hesita em passar-lhe, controla a bola roda e quando percebe que só tem duas alternativas (no Sálvio ou lance individual) lá mete na direita. Jogada bloqueada.
No lance do golo do Mitroglou, assim que o grego vê que a bola vai para o Rafa dá dois passos atrás e quando o Rafa toca está calmamente a beber uma bica na área do Nacional. Até à saída do Sálvio o grego entretinha-se, neste tipo de lances, em andar ali a tentar uma recarga. Pode ter sido instrução, mas será só isso?
O problema do Salvio, volto a dizer que para mim não é do jogador, mas sim da equipa. O argentino é muito bom quando lhe colocam a bola na frente, ou quando ele fica de frente para o adversário. Quantas vezes o Semedo faz o passe vertical para o camisola 18 e este tem de receber de costas para o jogo?
EliminarTemos que acertar os tempos de combinações para a bola chegar nos momentos certos, no qual ele pode fazer a diferença. Por isso é que sentes que ele entra melhor quando o adversário está cansado. Não é ele, mas sim a nossa equipa, que com um adversário mais cansado e lento a bascular, a bola chega ao Salvio no momento certo, em que ele fica de frente para o adversário.
O Jonas também comete erros nos jogos. Todos cometem, por isso...
Quanto ao Mitroglou ele não é um avançado de ganhar a frente ao adversário no primeiro poste. Ele é um avançado de segundo poste. O pior é que o Jonas também o é... por isso, apesar dos golos, não fico extasiado com esta dupla, porque sei que perante adversários mais fortes e organizados defensivamente eles terão muitas dificuldades.
Todos cometem, não é isso que está em causa. O que está em causa será a frequência do erro. Jonas comete, por exemplo quando está tão convencido que vai marcar que adorna lances quando se pedem finalizações mais decididas ou passes para colegas. E Luisão erra às vezes a coordenação com o resto da linha. Ou Pizzi erra passes e entrega a posse em zonas proíbidas.
EliminarNo caso do Sálvio a frequência é elevada e a capacidade de correcção reduzida. Se o jogador não tem espasticidade suficiente para se adaptar à forma de jogar da equipa, então de facto o problema não é do jogador, é do treinador que insiste nele (quem sabe pressionado por um presidente sequioso de o vender).
E Mitro pode ser isso tudo que dizes, mas a verdade é que com Sálvio em campo já se sabe que a probabilidade de receber a bola, caso se coloque em zona priveligiada é reduzida, portanto procura por outros caminhos. Quer dizer, se eu que não treino com ele o sei...
Não será mais os restantes colegas a errarem a coordenação da linha defensiva com o Luisão? Por acaso, vi lances no último domingo que o Luisão até parecia que veio aqui ler as críticas que lhe fiz nos últimos jogos, pois ele até pressionou bem o adversário no momento da perda de bola do Benfica.
EliminarA meu ver o Pizzi erra passes muito por causa dos atrasos nos movimentos que restantes jogadores do Benfica fazem. Por exemplo, a dinâmica dos laterais e extremos é muita vez descoordenada. Já aqui falei do exemplo do Eliseu que chama atenção ao Carrillo para se movimentar no jogo frente ao Moreirense. Isto deveria ser automático e explana bem esta minha ideia:
http://o-guerreiro-da-luz.blogspot.pt/2017/01/agora-vamos-perceber-o-que-falhou-e.html?m=0
Se ele não tem espasticidade suficiente significa precisamente que ele é flexível o suficiente para se adaptar à equipa... 😜
O posicionamento do Salvio como extremo direito é táctico. Ele é um dos jogadores que será responsável pelos desequilíbrios ofensivos na 2a e, sobretudo 3a fase de construção de jogo ofensivo. No entanto, ele tem de ser servido com passes da esquerda ou do centro para a direita. Para ele ficar de frente para o adversário e não como tem sido servido: de costas para o adversário com passes verticais.
É por isso que critico mais o jogo do Semedo.
Missing the point, no que se refere ao Luisão e ao Pizzi e correcção aceite no caso do Sálvio... Em relação ao uso do "espástico" entenda-se.
EliminarNo que ao resto se refere o que dizes reduz-se de uma forma muito simples: como o Sálvio não consegue (não quer?) jogar de outra forma, toda a equipa tem de se moldar ao Sálvio. Para mim não dá! Até o Jiménez (lesionado desde que "recusou" ir para a China, quem diria!) dá mais que isso caramba. Por isso é que digo, Sálvio com uma vantagem física, mesmo que ligeira, sobre os adversário pode ser útil ali na recta final. A titular está só a roubar um lugar...
Não é o Salvio não querer jogar de outra forma. É não quererem que ele jogue de outra forma!
EliminarÉ uma grande diferença. A equipa técnica reconhece que ele é uma maior ameaça para o adversário naquela posição.
Mas o que é que a posição tem a ver com o que ele faz dela? Olha o golo de cabeça do Jonas. Alguma vez na vida o Sálvio faria aquela pausa do Zivkovic, mesmo antes do cruzamento? Ou comparando PP e Jiménez, porque é que jogam os dois "no mesmo sítio" com resultados diferentes?
EliminarComparando Mitroglou e Jiménez... Comecei outra frase e o teu nome ficou como resto!
EliminarBem vamos por partes...
Eliminar1) Quanto ao Salvio, ele fica na direita, para que a bola venha da esquerda para ele e que este possa no um-contra-um bater o adversário, ganhando a linha de fundo e cruzar para a área, onde estarão o Jonas e o Mitroglou. Um pouco como ele bateu a defesa do Vitória de Guimarães. Por outro lado, ele na direita poderá esconder-se e se o médio esquerdo assim o desejar, poderá solicitar a sua desmarcação para atacar o espaço nas costas da linha defensiva, tal como aconteceu várias vezes este ano, por exemplo, em Nápoles.
2) Quanto ao Raúl e ao Mitroglou estás a comparar jogadores com características muito distintas, mas que jogam na mesma posição. Eu a ter que escolher um único, escolheria o mexicano. Acho-o um jogador mais completo que o grego, quer com, quer sem bola. Ele é talvez o único avançado que sabe atacar a zona do primeiro poste, por exemplo. Talvez por isso mesmo e pela sua mobilidade era a melhor solução para fazer parceria com o Jonas e até com o tipo de movimentos que o Salvio gosta de fazer. E, com aquela disponibilidade e energia para pressionar o adversário seria fundamental para manter pressão constante sobre o adversário.
Entretanto, boas notícias: Salvio está em dúvida para a recepção ao Arouca...;)
ResponderEliminarEpa! Não! :P
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