É esta a diferença!

... o vermelho seria mostrado ao jogador da Juventus!

O leitor tem dúvidas? Basta então verificar os lances do último jogo do Porto para o campeonato nacional, conforme escrevi aqui no blogue. Agora reparem no que acontece quando uma arbitragem é realizada de forma séria e idónea, sem estar sobre efeitos de coacção e por profissionais competentes. Ah, pois é! Muitos dirão que isto é num jogo da Champions e, como tal, estão não só os melhores jogadores como também os melhores árbitros. Mas, a verdade é que também existem erros de arbitragens nestas provas da UEFA. Não tenhamos ilusões. Contudo, nenhum clube ou dirigente tem coragem para fazer o ruído que fazem aqui em Portugal. Talvez devêssemos perceber porque isso acontece. Ou seja, talvez fosse correcto a FPF e a LPFP adoptarem o mesmo tipo de liderança que a UEFA tem para com estes casos.

Pois, a liderança... para mim a raiz do problema da arbitragem, em particular, e do futebol nacional, em geral, está na ausência de uma liderança forte e independente. O futebol nacional precisa mais de um CEO do que um fantoche para agradar a uns e a outros, consoante a direcção do vento. Imaginem o que seria se interditassem o Estádio do Dragão durante 2 ou 3 jogos quando a claque do Porto foi coagir os árbitros ao seu centro de treinos? Imaginem que o Sporting de Braga jogasse à porta fechada por causa das agressões bárbaras dos seus adeptos às famílias de Benfiquistas que estavam no parque de estacionamento para irem ver o jogo do passado domingo? Imaginem que o Bruno de Carvalho ou o Otário Otávio Machado eram castigados exemplarmente durante vários meses por incitar à violência no futebol nacional?

Eu acho que a verdadeira batalha do Benfica a partir deste momento deverá ser esta: como mudar as hierarquias do futebol nacional, para que as mesmas sejam mais profissionais e imunes a influências exteriores? No curto prazo, penso que seria sensato o Benfica promover que os seus adeptos fossem apoiar, repito apoiar, os árbitros aos seus centros de treinos. Escrevo apoiar, porque penso que estes precisam sim de apoio dos adeptos para sentirem uma certa áurea de protecção contra aqueles que estão a coagir com ameaças e ofensas. Isto faria com que os holofotes virassem para os centros de decisão, que perante esta situação das duas uma: ou iriam colocar as coisas nos mesmos moldes que os que realmente coagiam, ou então não fariam nada. De qualquer das formas, sabem o que isto significaria para a opinião pública: incompetência! E, era aqui que começaria o ataque encarnado. Um ataque que deveria ser apenas canalizado para o debate, mais do que apontar os dedos. Porque é no debate que não só as pessoas começam a perceber quem é quem e como as coisas realmente funcionam, como também começam sob a luz intensa dos holofotes a pressionar "quem de direito" fazer o que deve fazer. Por outro lado, não nos podemos esquecer que desta forma estaremos a alimentar a máquina da imprensa com folclore que ela bem necessita para vender jornais. Ou seja, é uma solução win-win para todos. E, sobretudo, para o futebol português!

A médio e longo prazo, e porque os estatutos do Benfica não o permitem prolongar muito mais, penso que até seria sensato, face ao trabalho de enorme sucesso que o Luís Filipe Vieira tem feito no Benfica, uma possível candidatura do presidente encarnado à Federação Portuguesa de Futebol e/ou à Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Mas, isso sou eu a pensar alto numa estratégia para mandar abaixo este sistema decadente e colocar em campo outro que permita o crescimento do futebol em Portugal. Mas, pronto. Fiquem agora com a estupidez do Alex Telles... se ouvissem o que os pundits da SkySports disseram dele...