A convocatória
Para o jogo deste final de tarde, às 18:00 portuguesas, em Leverkusen, na Alemanha, o treinador encarnado convocou 21 jogadores. São eles:
- Guarda-redes – Artur Moraes, Paulo Lopes e Bruno Varela;
- Defesas – Melgarejo, Maxi Pereira, Luisinho, Luisão, Garay, Roderick Miranda e Jardel;
- Médios – André Almeida, Ola John, Enzo Perez, Salvio, Matic, Nicolás Gaitán, Urreta e André Gomes;
- Avançados – Rodrigo, Lima e Cardozo.
Destes 21, três terão que ficar na bancada, pois só 18 poderão ir a jogo. Sendo assim, o jovem guardião Bruno Varela, o jovem central encarnado Roderick Miranda e muito provavelmente o lateral esquerdo português Luisinho, ficarão a ver o jogo das bancadas do BayArena.
O onze titular
Tendo em conta que a eliminatória frente ao Bayer Leverkusen realiza-se a duas mãos... tendo em conta que Matic e Cardozo não poderão jogar no próximo fim-de-semana... tendo em conta a quebra de forma demonstrada por Maxi Pereira, Ezequiel Garay, Eduardo Salvio e até Lima no último encontro frente ao Nacional... e, tendo em conta o excelente momento de forma de Gaitán e de Urreta, optei pelo onze representado na figura acima.
Na baliza, o guarda-redes Artur terá mais uma oportunidade de inverter as recentes exibições. Tive para colocar o guarda-redes Paulo Lopes como titular, mas poderia ser contra-producente, até mesmo para o próprio português.
Na defesa, o quarteto defensivo sofre três alterações relativamente ao último encontro. Contudo, este quarteto já jogou junto e com bons resultados. Assim sendo, André Almeida será o lateral direito, menos ofensivo que o Melgarejo, que será o lateral esquerdo. O português precisa de ter muita atenção às movimentações do número 9 do Bayer Leverkusen, o Andre Schürrle, que parte invariavelmente da esquerda para o centro, onde se transforma numa espécie de "10" da equipa germânica. Já o paraguaio, terá que ter atenção às subidas do Castro que deverá ser o titular nessa ala. No eixo defensivo, coloquei Luisão e Jardel. Estou certo que a experiência do capitão encarnado irá bloquear as movimentações de Kiessling, que tenderá a cair no seu lado. Portanto, neste encontro, o central que terá mais vezes a função de cobertura, será mesmo o Jardel.
No meio-campo, Matic e André Gomes funcionarão como um duplo pivôt capaz de proteger a defesa das entradas dos médios interiores adversários, mas também capazes de ajudar a proteger as subidas dos nossos laterais, em particular o Melgarejo que terá maior liberdade para subir pelo seu flanco, e dos nossos extremos, em particular o Urreta sobre a ala direita. Numa linha à frente desta dupla, coloquei um trio de jogadores rápidos: Urreta, Enzo e Gaitán. O uruguaio Urreta jogará como médio-ala/extremo direito e terá como missão principal, dar profundidade à ala direita, procurando depois cruzar para o coração da área, onde deverá aparecer companheiros de equipa para finalizar. Do lado oposto, estará Nico Gaitán, que terá também essa missão de dar profundidade à ala esquerda, mas partilhada e apoiada pelo lateral Melgarejo, como também terá liberdade para ajudar o meio-campo ofensivo na criação de jogadas. Tanto este como Enzo Pérez, que jogará pelo corredor central, serão as unidades mais criativas e decisoras do ataque encarnado.
No ataque, a missão do ponta-de-lança paraguaio Cardozo será de algum desgaste da defesa adversária, mas também será muito importante, para a nossa equipa conseguir respirar e avançar no terreno de jogo. Por este motivo, o Cardozo precisa de ganhar os duelos individuais na disputa de bolas com os centrais, quando de costas para a baliza. É fundamental que consiga temporizar e proteger o esférico. Mas, também é muito importante que saiba dar com qualidade para jogadores como Gaitán, Enzo, Urreta e Melgarejo que o acompanharão para o ataque. Se descer no terreno, irá atrair os centrais de marcação e com isso criar espaço nas costas da defesa, onde aquele trio rápido de meio-campo ofensivo poderá aproveitar se ele conseguir fazer o passe. Aos cruzamentos, é tentar colocar-se junto ao segundo poste, ou na zona central, deixando o primeiro poste para a entrada de um dos médios. Será fundamental a sua função neste esquema táctico.
A táctica e a estratégia
Conforme facilmente pode ser constatado, o Benfica que proponho joga em 4-2-3-1. Esta é a táctica principal do onze. No entanto, a polivalência dos jogadores pode facilmente modificá-la para uma espécie de 4-4-2, embora considere que é em 4-2-3-1 que melhor rendimento poderemos ter destes jogadores.
Estrategicamente, apostava no Benfica de contra-ataque, jogando com a defesa num bloco baixo, dificultando ao máximo as tarefas ofensivas de Castro, de Kiessling e de Schürrle, assim como as tentativas de penetração dos médios interiores germânicos. Por outro lado, isso significaria que o Leverkusen teria que usar com mais frequência os seus laterais, desposicionando-os. E, seria exactamente por aí que o Benfica, com Urreta, Enzo, Gaitán e Melgarejo poderiam numa transição ofensiva rápida apanhar a equipa do Bayer em contra pé.
Para lançar os nossos contra-ataques, será necessário muitas vezes a utilização de um pivôt ofensivo. Ou seja, um jogador que permita receber a bola de costas para a baliza adversária, e que consiga conservar um pouco a bola, protegendo-a e temporizando um pouco para que a equipa encarnada seja capaz de avançar no terreno. Por isso mesmo, acredito que a missão de Cardozo será fundamental nesta estratégia. O Gaitán, poderá também funcionar como uma espécie de pivôt ofensivo em alguns momentos, mesmo que esteja numa das alas, pois tem a capacidade técnica para isso.
Os suplentes
No banco de suplentes sentariam então os seguintes jogadores: Paulo Lopes, Garay, Maxi, Ola John, Salvio, Lima e Rodrigo.
Em termos de substituição, penso que uma que faria a meio da segunda parte, seria a entrada de Rodrigo pela saída de Cardozo, aproveitando o facto de a defesa germânica já estar algo desgastada e assim aproveitar com a velocidade e poder de desmarcação do hispano-brasileiro poder deferir outro tipo de contra-taque.
Enzo Pérez também sairia na segunda parte. Para o seu lugar entraria Ola John. No entanto, o holandês não iria jogar no centro do terreno. Essa missão seria agora de Nico Gaitán, um pouco à imagem do jogo em Braga.
A terceira substituição seria ou para Maxi, ou para Salvio ou para Lima e dependeria do momento do jogo e do que a equipa necessitasse. Por exemplo, Maxi poderia entrar para o lugar de Nico, fazendo com que André Gomes ocupasse a posição de estratega e André Almeida fosse jogar ao lado de Matic, deixando o uruguaio com a lateral. Já Salvio, poderia render o Urreta, numa substituição directa. Por outro lado, Lima poderia não só substituir o Gaitán, ficando o Benfica a jogar com dois avançados declarados, como também poderia substituir o Urreta, jogando o brasileiro sobre uma das faixas, ou na direita ou na esquerda, com o Ola.
PS: Queria aproveitar para desejar um feliz dia de São Valentim a todos.
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