Um artigo que visa analisar a mais importante competição de selecções do continente sul americano.
Disputada no Chile, a Copa América de 2015, revelou um futebol Sul Americano intenso, agressivo, aguerrido,... muito coração, mas com pouco futebol mágico. Caso para perguntar: onde está a magia dos astros sul-americanos?
Não deixa de ser curioso que dos 4 semi-finalistas, apenas constava a talentosa selecção Argentina. Perú, Paraguai e Chile completavam esse quarteto. As maiores desilusões da prova foram sem sombra de dúvidas o escrete canarinho e a Argentina de Messi. O Brasil outrora selecção de enorme nota artística está actualmente confinado ao talento de Neymar. Dunga parece continuar a desprezar o "pedegree" Brasileiro e tentar transformá-lo à força numa máquina de futebol Europeu defensivo. Por outro lado, a alviceleste pelo andar da carruagem também vai pelo mesmo caminho tal o foco do seu jogo em Messi e utilização de duplo pivôt defensivo. Ainda está para explicar-se o amor que tanto Sabella e Martino têm pelo Biglia.
No entanto, nem tudo vai mal. A Colômbia, o Chile, o Perú e também o Uruguai, procuram dentro dos respectivos estilos agressivos tentar fazer algo mais com a bola nos pés, sobretudo as duas primeiras selecções. Estão de parabéns José Pékerman e Jorge Sampaoli, respectivamente. Curiosamente dois Argentinos com competência para fazer mais e melhor que o Tata Martino. As últimas duas selecções referidas ainda preferem o jogo do "contra".
Um factor transversal a todas as equipas é a recorrência excessiva do transporte de bola por quase todos os jogadores sul-americanos, mesmo daqueles que já jogam na Europa à várias temporadas. Estes, parecem mudar de "chip" quando vão para aquelas paragens. Por conseguinte, o jogo torna-se muito partido, confuso, quezilento e cheio de paragens. É difícil ver jogadas de toque rápido e com princípio, meio e fim. Mais fácil é ver um roubo de bola a meio-campo e o consequente contra a alta velocidade, ou então uma jogada de bola parada. Enfim, como já tinha escrito, pouca magia!
Na figura abaixo consta o melhor onze eleito pela competição da Copa América. Na minha opinião, o melhor onze seria outro, formado pelos seguintes jogadores e em 4-3-3 que se poderia desdobrar facilmente num 4-4-2:
- Guarda-Redes: David Ospina
- Lateral Direito: Mauricio Isla
- Defesa Central Direito: Gary Medel
- Defesa Central Esquerdo: Jeison Murillo
- Lateral Esquerdo: Marcos Rojo
- Médio Centro Direito: Arturo Vidal
- Médio Centro: Juan Manuel Vargas
- Médio Centro Esquerdo: Ángel Di María
- Avançado Direito: Lionel Messi
- Avançado Centro: Paolo Guerrero
- Avançado Esquerdo: Alexis Sánchez
P.S.: À atenção do departamento de "Scouting" encarnado, o polivalente canhoto peruano, Juan Manuel Vargas, está neste momento sem qualquer ligação contratual, depois de várias temporadas no Calcio Italiano ao serviço de equipas como a Fiorentina. Pode jogar como lateral esquerdo, médio esquerdo e até mesmo médio centro, ou seja, faz todo o corredor. É um jogador explosivo, tecnicista, intenso e inteligente tacticamente. É a par de Paolo Guerrero, o melhor jogador da selecção do Perú. Possui experiência como internacional A do seu país, mas também das principais Ligas Europeias, incluindo a "Champions". Embora já com 31 anos, penso que tem futebol para pelo menos mais 3 temporadas. Estou certo que seria um reforço para a nossa lateral esquerda. Depois de a outra solução de qualidade do mercado a custo zero ter terminado a sua carreira desportiva - escrevo do Alemão Marcell Jansen - espero que o Vargas seja um nome a equacionar neste defeso. Fica aqui a sugestão.
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