Ah e tal... (Parte 2)

... precisamos de um lateral direito... O quê?!

Não consigo perceber o porquê de continuar-se a alimentar a ideia de que precisamos de gastar uns milhões num novo lateral direito, com a mais que provável saída de Maxi Pereira do Benfica. Temos os dois laterais direitos internacionais A pela selecção nacional e temos ainda um miúdo que é simplesmente um dos mais talentosos da sua geração naquela posição!

Pergunta 1: Se formos comprar um lateral direito, então para que serve termos renovado com Sílvio (à direita na foto acima)? E para que serve manter o André Almeida (à esquerda na foto acima)?

Pergunta 2: Se formos adquirir um lateral direito e atendendo que os dois internacionais fiquem no plantel, que reais hipóteses terá o Nelson Semedo (ao centro na foto acima) de evoluir? Ou acham que o miúdo evolui só de ver jogar os outros? Para isso, mais vale colocarem no IMAX do Colombo a ver filmes dos melhores laterais do mundo... não?!

Pergunta 3: Esta talvez deveria ser a primeira questão... qual o lateral direito no mercado que seja superior aos que temos em termos de valor actual e potencial e que esteja ao nosso alcance em termos de verbas para contratar e para vencimentos? Ah! E já agora que esteja interessado em vir para Portugal?!

Sobre a novela Maxi... não sei se rio, se choro! Apenas vou ser-vos sincero. Em termos meramente racionais, não faz sentido o Benfica renovar com um jogador de 31 anos e pelos valores de prémios e vencimentos que estão em cima da mesa, sobretudo, quando a política financeira e desportiva da equipa é outra. Contudo, e porque se trata do Maxi, segui um pouco o coração e a parte emocional, ao escrever o artigo de que ele seria a primeira contratação do Benfica desta temporada (nem eu sabia o que estava realmente a passar...). Segui mal, porque o que temos visto é uma tentativa de pressão por parte do seu jogador e também do seu empresário para fazer com que o Maxi fique no Benfica aceitando os termos de ambos. Não é apenas ficar no país. Uma coisa é viver em Lisboa, com os miúdos a irem para a escola em Lisboa e a manter a sua vida em Lisboa. Outra é ir para o Porto. Ou seja, ir para o Porto ou ir para a Turquia, do ponto de vista logístico é quase o mesmo, pois vai sempre afectar a família.

O que se trata aqui é de dinheiro puro e simples. Por tudo isso, e apesar de simpatizar com o Maxi, não acho que o Benfica faça um bom negócio se aceitar os termos que o empresário exige (conforme tem sido dito nos bastidores). E, já agora o Maxi já é bem crescidinho para dar um fora ao seu empresário se é este que está a sabotar todo o processo. Afinal de contas vivemos num mundo livre... ou não?!

Sinceramente, incomoda-me toda esta indecisão do Maxi. São 8 anos de águia ao peito.
São 8 anos como ídolo dos adeptos encarnados. São 8 anos em que foi tratado e defendido
como um dos nossos. São 8 anos para serem desprezados por tuta e meia?

P.S.: Fala-se na vinda do jovem lateral direito ao serviço do Manchester United, o brasileiro Rafael, envolvido numa suposta transferência do Nico Gaitán para Old Traford. A meu ver, não iria adicionar nada do que as opções que temos podem dar ao Benfica.