17 julho 2016

No futebol, como na vida, é preciso...


A deliciosa história de superação de Éder.

Embora muitos pudessem entender como uma chapada de luva branca no momento em que o camisola 9 da selecção comemorou o mais importante golo do futebol nacional - e de facto, para muitos o foi, inclusive para mim que poucos minutos depois dele ter entrado e ter emitido algo como «tenho mais hipóteses de ganhar o Euromilhões que o Éder marcar um golo na final» estava a gritar algo como «Éder! Éder! Éder!» ficando afónico com tanta emoção e euforia - o jogador explica que não foi isso que se tratou. O simbolismo por detrás da imagem é muito mais forte e nobre:
«Tem a ver com a minha história de vida. Não é uma chapada de luva branca como muitos costumam dizer, mas sim com a superação de adversidades.»
por Éder 

Faz hoje uma semana... Poucas vezes os heróis casaram tão bem com as vitórias, como aconteceu com esta conquista nacional do campeonato da Europa. Não foi apenas pelo contexto de termos ficado sem o nosso melhor jogador (e o melhor jogador do mundo), na final que faltava-nos cumprir. Também não é apenas os exemplos de superação enquanto grupo de trabalho, baseado na união, do trabalho, do sacrifício e do talento depois de tantas críticas. É acima de tudo por causa desta história de vida e de superação de Éder.

São estas histórias de sucesso de superação de adversidades que fazem os heróis e os bons exemplos para seguir. Fico extremamente contente, por o herói do jogo ter sido o Éder. Sobretudo, depois de conhecer a história de vida dele. Uma história de um homem que talvez mais do que vir do zero, veio do negativo. Quantos como ele, tendo em conta o início da sua vida, conseguiriam atingir o que ele atingiu? Para mim, o Éder é um exemplo. E fico mesmo muito feliz por o destino ter-lhe concedido este importante prémio.

Já pediram desculpas ao Éder? Ou sempre acreditaram nele?

Pessoalmente, sinto-me envergonhado por ter proferido aquelas palavras e só eu sei o prazer que me deu ter que engolir cada uma delas. Talvez por isso o Éder mereça um pedido de desculpas da minha parte, e já agora, se não for muito incómodo podes dar-me os 5 números para o Euromilhões da próxima semana, Éder? É verdade, que a vida já me ensinou que não devemos fazer juízos de valor de ninguém e como tal, raramente critico os jogadores como muita gente o faz, ou seja, arrasando-os de alto a baixo. Isso é das coisas mais feias que vejo serem feitas gratuitamente nesta sociedade da (des)informação. É tão fácil criticar os outros, e tão, mas mesmo tão, difícil de calçar os sapatos dos outros. Talvez esta seja a maior lição que o europeu nos deu para aplicarmos na nossa vida: não julgar os outros, compreender as suas dificuldades e dar-lhes valor por tudo isso. Por tudo isto e pelo facto de seres como és:

Obrigado Éder!






P.S.: O exemplo do que aconteceu com o Éder que seja visto e revisto para muitos Benfiquistas que têm sido maus para o Salvio, dando o jogador como acabado. Tenho a certeza que o argentino será o exemplo de superação desta temporada. Não tenho dúvidas nenhumas, e ontem, foi apenas o primeiro sinal disso mesmo. Força Toto!

4 comentários:

  1. Primeiro o fel, depois o mel. Tudo o que o Eder passou, fez deste momento ainda mais gratificante. Nada vem sem sacrifício. Provavelmente foram as críticas, que lhe deram ainda mais força para dar a volta por cima ao panorama em que se encontrava.

    Se fizer jogos à lá Drogba como fez naquele jogo em que não perdeu uma duelo físico, então temos ponta de lança.
    Eu em vez de desculpa, apenas lhe digo obrigado e que continue assim, perseverante!

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    1. Há críticas e depois há maldade. Confesso que fui daqueles que critiquei e embora tenha querido fazer humor num momento tenso da final, sinto que poderia estar a contribuir para o aumentar daquelas críticas "maldosas". Mas, tenho a consciência que há muito mais adeptos que só fazem esse tipo de críticas "maldosas" e porque sim. Sem argumentos, sem nada. Pura e simples maldade, que quando confrontados, não o conseguem discernir.

      Ontem, ao ver o alta definição tocou-me imenso a história do Éder. E, toda ela acaba por realçar uma coisa que muitas vezes é desprezada ou diminuída: a influência negativa do exterior para o jogador.

      O Éder ontem poderia ter feito como muitos, dizendo as trivialidades do costume, de que as críticas exteriores não fazem mossa. Mas, não estaria a ser verdadeiro com ele próprio. Muita coragem e muita atitude da parte dele ao ter-se exposto daquela maneira. Para mim, essa exposição demonstrou bem a grandeza dele. Se estiveres a ler Éder, deixa-me dizer-te: ÉS UM GIGANTE!

      Uma coisa é certa, com esta mentalidade, podem até serem mais talentosos que ele, mas em trabalho, em entrega e em inteligência de jogo e emocional... jamais! Naquela final, frente à França, nem o Drogba faria o que ele fez naqueles 45 minutos que esteve em campo.

      ;)

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  2. "o nosso melhor jogador (e o melhor jogador do mundo)"? Não sabia que o Messi jogava por Portugal! Deixa-te de fazer afirmações que não têm sustentação.

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    1. Quem és tu para confrontares o quer que seja? Deves ser dos maldosos que fazia referência no texto.

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