... ou seja, a vencer!
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O cartaz promocional da competição Algarve Football Cup 2016. |
A participação do Benfica na Algarve Football Cup (Taça de Futebol do Algarve) foi um rotundo sucesso. Um empate com sabor a vitória sobre os sadinos vitorianos, na 5ª feira e uma vitória inequívoca, com direito a nota artística, sobre os ingleses do Derby County, no sábado, deram aos encarnados o primeiro troféu da época. Tudo isto, a concluir a primeira fase de pré-época, no qual não só se pretendeu trabalhar a vertente física - com jogadores a perceberem cada vez mais que parte da preparação começa logo em casa e nas férias, apresentando-se a um nível já muito aceitável - mas, também a componente técnica e táctica. Por isso mesmo, a qualidade do nosso jogo foi elevada e a nossa defesa esteve intransponível (0 golos concedidos neste torneio), se bem que o nível dos adversários não tenha sido o mais difícil. No entanto, em termos mentais é muito mais positivo manter esta dinâmica vencedora que não a ter. Sobretudo, quando estamos numa pré-época com tantos jogadores e caras novas. Por falar neles, referir que dos 29 jogadores que foram para o Algarve, Rui Vitória utilizou 23, deixando 6 no banco por vários motivos - prémio para uns, recuperação de lesões para outros e estatuto de transferível (?) para alguns. Olhando desta perspectiva, se calhar até não temos um número exagerado de jogadores na pré-época. Contudo, se olharmos para os lesionados como o Marçal e os que estão à espera de colocação como Taarabt, Nélson Oliveira, Hélder Costa, entre outros, o caso muda um pouco de figura. No entanto, mérito para o Rui Vitória que está a saber organizar a equipa.
Relativamente ao modelo de jogo, a meu ver em linhas gerais manteve-se. Se bem que, tem nuances que penso serão benéficas, mas que temo que sejam circunstanciais devido ao perfil dos jogadores em questão. Escrevo das duplas atacantes. Na época passada eram formadas por dois jogadores de corredor central (Mitroglou e Jonas), mas nesta temporada, parece que Rui Vitória está a tentar outra alternativa para a constituição das duplas atacantes, com um elemento mais fixo (Rui Fonte ou Jovic), de corredor central e outro de natureza mais de ala e que procure explorar os meios-espaços (Gonçalo Guedes ou Júnior Benítez). Para mim, este tipo de duplas favorece enormemente o nosso meio-campo, mas será que irá se manter quando Mitroglou e Jonas estiverem operacionais? Outro pormenor que gostei de ver trabalhado foi a articulação do controlo de profundidade e largura ofensiva com a dinâmica do lateral e do extremo. Enquanto noutras equipas o extremo fica sempre colado à linha e o lateral não sobre no terreno, ou noutras equipas em que o extremo vai para zonas interiores libertando o corredor para a subida do lateral, o Benfica já faz as duas coisas e ainda outra que poucos clubes grandes fazem: o extremo bem aberto na linha e o lateral a dar linha de passe procurando espaços interiores. Por fim, algo que caracterizava muito o Benfica da época passada era a construção de jogo feita pelos centrais. Mas, sobre estes temas quererei debater em maior detalhe noutros artigos futuros. Falemos agora um pouco das exibições dos 23 jogadores que jogaram neste torneio.
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Paulo Lopes. |
Paulo Lopes - O veterano guarda-redes encarnado teve pouco trabalho do torneio, mas sempre que foi chamado a intervir, marcou presença. O que mais gosto nele é a relativa facilidade com que joga com a bola nos pés - coloca a bola onde quer. Isto permite ser o libero que a defesa muitas vezes precisa caso tenha dificuldades em construir jogo ou sinta pressão do adversário. É, portanto, uma mais valia. Depois a experiência que ele tem de competição e a confiança com que sente o jogo, permite que seja com toda a segurança o nosso terceiro guarda-redes (ou segundo caso um dos outros dois esteja impedido de jogar). Esta segurança é tanta, que assinava já hoje a sua utilização como titular no jogo da supertaça frente ao Sporting de Braga.
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Nélson Semedo. |
Nélson Semedo - O jovem lateral só continua no Benfica porque infelizmente a época passada teve uma lesão que o impediu de apresentar-se a bom nível. Em condições normais, neste momento estaria a ser negociado em alta - por causa do título de campeão da Europa de Portugal - com os maiores "tubarões" do futebol europeu. Ele que já está referenciado pelos departamentos de
scouting dos grandes clubes, se tiver uma época como o início da época passada, será difícil de o segurar muito mais tempo. Muito provavelmente, será o senhor que se segue, da nossa formação, à imagem do Renato Sanches. Em termos futebolísticos, é um atleta que espero convictamente que entenda que o terá de ser ao longo da sua carreira e que se previna como tal. Tecnicamente é muito elevado. E, depois a nível táctico, se em termos defensivos ainda tem algumas lacunas, a nível ofensivo, sabe procurar bem o espaço vazio, criando linhas de passe para os colegas.
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André Almeida. |
André Almeida - Este jogador é um autêntico polivalente, mas penso que será a lateral direito/esquerdo que poderá realmente ser uma mais valia. Actualmente está a lutar pela titularidade com o Nélson Semedo e a verdade é que embora aparentemente menos tecnicista que este, as suas exibições não ficam a dever em nada a ele. Muito pelo contrário. O belíssimo golo frente ao Derby é um excelente exemplo da dimensão táctica deste jogador. Está feito um Facchetti, um típico lateral italiano. A luta pela titularidade da lateral direita está ao rubro. André Almeida poderá estar em vantagem fruto da excelente forma como terminou a época passada, mas vamos ver o que acontecerá no futuro.
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Luisão. |
Luisão - O capitão encarnado sempre teve um problema com as pré-épocas, pois sempre demorou um pouco mais que os outros a ficar em boa forma. Se juntarmos a isso o factor idade, mas sobretudo o factor da maior exigência de nível técnico no modelo de jogo de Rui Vitória, que faz dos centrais os primeiros construtores de jogo e da equipa jogar muito subida no terreno, estão reunidas as condições ideais para que o camisola 4 encarnado seja dos centrais o que está a jogar menos bem. No entanto, a sua experiência e dimensão no balneário não podem ser desprezíveis. Contudo, penso que perderá a titularidade tanto para o Lisandro como para o Lindelöf quando este entrar no grupo. Agora, outra questão poderá ser colocada: até quando poderemos ter um jogador como o Luisão no plantel sem jogar? Escrevo tanto a nível desportivo, i.e., se o jogador irá aceitar bem essa decisão (eu penso que sim!), como a nível financeiro, ou seja, admitir ter o jogador mais bem pago do plantel sem jogar? E, caso haja uma boa proposta pelo Luisão?
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Lisandro. |
Lisandro - Este há muito que não engana. É para mim um dos melhores centrais. Seria um erro desfazermos dele neste momento. Tanto joga à direita ou à esquerda do centro da defesa, com a mesma facilidade. Tanto joga na marcação, como na antecipação. É exímio no jogo de coberturas e tem velocidade para controlar o espaço nas costas da defesa. Tem índices de agressividade muito bons e sabe desestabilizar o adversário no confronto. Em termos técnicos, é exímio no jogo aéreo e com os pés é um jogador que já deu mostras que adora sair a jogar com a bola nos pés, transportando-a e quebrando linhas adversárias. Revela ainda mais potencial na construção de jogo que deverá ser trabalhado ao longo desta temporada. Qualquer proposta que chegasse à Luz por ele seria pequena face ao futebol que ele tem para dar. Que saibamos aproveitá-lo. Para mim, é actualmente titular nesta equipa do Benfica.
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Jardel. |
Jardel - Na ausência do capitão Luisão, tem sido o guerreiro o capitão dos encarnados. E, como é um orgulho vê-lo com a braçadeira. Já aqui falei da ascensão do Jardel enquanto defesa, mas nunca é demais reforçá-la, pois é um feito ao alcance de poucos. Dos perseverantes e dos talentosos. O central mais rápido do futebol português tem mantido a toada que finalizou a época passada, ou seja, continua em grande - se bem que frente ao Derby County poderia ter estado um pouco melhor a nível técnico com a bola nos pés. Por tudo isso, é talvez o nosso defesa mais cobiçado. No entanto, aos 30 anos de idade, o clube que o tentará recrutar irá tentar fazê-lo pelo mais baixo custo de investimento. Por outras palavras, tentando pagar o mínimo de cláusula de rescisão. Nesse contexto, acho que não valerá a pena o negócio para o Benfica. Ele vale muito mais do que o valor económico dado para ele. Claramente titular.
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Kalaica. |
Kalaica - O jovem croata de 18 anos, é um jogador recrutado através do departamento de prospecção de talentos do Benfica. A meu ver é o tipo de jogador que em Portugal não se consegue formar por uma variada quantidade de razões e motivos. É um jogador com 1.95m de altura, com enormes físicos e técnicos que permitem ter a base para se tornar numa referência no centro da defesa encarnado num futuro não muito distante. Não comprometeu neste torneio e até esteve em bom plano. No entanto, o seu próximo passo será o reforço da equipa B e ficar de prevenção esta temporada caso haja uma abertura na equipa principal. Com a estampa física que tem, estará aqui o substituto natural de Luisão quando este terminar a carreira.
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Grimaldo. |
Grimaldo - Vê-se à distância que o jovem catalão tem escola. E, que escola! Logo a do Barcelona. No entanto, penso que poderia ter-se precavido melhor nas férias para estar a outro nível fisicamente. Talvez por isso, não resistiu e não conseguiu recuperar o suficiente para estar disponível para o segundo jogo do torneio, frente aos ingleses. Agora, as combinações que teve com Cervi frente ao Setúbal, antevêem complicações para o campeão da Europa, Eliseu. Este que se cuide. Agarrando a titularidade, este é outro jogador que antevejo um enorme futuro pela frente. Sendo espanhol, tendo qualidade, prevejo um regresso à La Liga pela porta grande. Até lá, que nos dê pelo menos o 36... o 37 e...
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Reinildo. |
Reinildo - Ao contrário do espanhol, o jovem moçambicano, não tem "escola", mas tem um talento puro e uma intuição muito acima da média que o permita jogar da forma muito personalizada com que jogou o torneio. Fisicamente, é um jogador que vem com turbo, tendo uma velocidade que deixará a maioria dos laterais e extremos do futebol nacional para trás. Falta é trabalhar mais a vertente táctica, embora a sua intuição/inteligência de jogo esteja no bom caminho - basta ver a forma como ele vai ao lado direito da nossa defesa fazer um corte sobre o atacante do Setúbal no primeiro jogo do torneio, ele que é um lateral esquerdo. Embora tenha 22 anos, penso que o melhor local onde poderá trabalhar bem para evoluir segundo os nossos padrões é na equipa B. Inclusive, acho que poderá ser uma das referências dessa equipa nesta temporada. Decerto, com esta qualidade, ainda o vermos na equipa principal mais vezes esta temporada. Bom trabalho dos nossos olheiros em Moçambique.
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Salvio. |
Salvio - O quão estou a torcer pelo Toto. Não só porque acho uma barbaridade o que tenho lido sobre ele, tentando deitá-lo abaixo dizendo que está "acabado para o futebol", como também de já "não ser o mesmo jogador que já foi", sem sequer tentarem compreender o que é ficar mais de meio-ano a recuperar de uma lesão brutal. Tal como o
Éder da nossa selecção, ainda vou ver muita gente a engolir muito do veneno que andou a salivar em praça pública. Talento não falta ao Salvio. Capacidade física para alguns é uma incógnita, para mim é uma questão de tempo. E, já há indicadores nesse aspecto. Basta vermos as transformações do jogo frente ao Vitória de Setúbal e frente ao Derby County - lembram-se daquela nózada frente ao lateral esquerdo inglês?! Ah! E, não esquecer da sua capacidade goleadora. Há no entanto, trabalho que acho que o Rui Vitória deveria fazer com o camisola 18, nomeadamente trabalhar-lo como falso extremo esquerdo. A sua capacidade de drible é brutal e se aliarmos a sua capacidade de remate, o Benfica ganhará aqui uma importante arma. Para o Salvio, ganha outra dimensão táctica e até mesmo de imprevisibilidade. Só vejo vantagens nisso. Só mais uma coisa: esta será a temporada do Salvio. Não tenham dúvidas disso!
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Carrillo. |
Carrillo - Por motivos distintos ao Salvio, este é outro jogador que está à procura do seu melhor momento de forma. O facto de ter ficado parado tanto tempo foi prejudicial para a confiança do jogador. Depois, não é fácil apanhar este comboio do Benfica com tanta e tanta qualidade nos parceiros e competidores de posição. Quem sairá beneficiado será tanto o clube como também os jogadores, em particular o peruano. Não esquecer também, que agora camisola 15 encarnado, também está a procurar encontrar o seu espaço no modelo de jogo encarnado. A meu ver, ele poderá render imenso tanto como falso extremo (na esquerda) como extremo puro (na direita). O fundamental é recuperar os seus índices físicos e com os jogos ganhar a confiança para fazer magia com a bola nos pés.
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Fejsa. |
Fejsa - O sérvio é um abono desta equipa encarnada. Simplesmente não sabe jogar mal. Penso inclusive que tem jogado melhor agora do que antes das lesões que teve. Isto só por si só é de valorizar. E, não esquecer que o camisola 5 é uma espécie de amuleto da sorte para equipas campeãs. Com ele estou certo que estaremos sempre mais perto do título. É um jogador que parece um polvo no meio-campo, tal a forma como omnipresente como ocupa os espaços. Vejo muita gente a tecer críticas a nível técnico que não posso concordar em absoluto. É verdade que nem sempre os passes lhe corre tão bem, mas todo o jogador erra passes, e a nível estatístico o Fejsa é dos que menos erram. Claramente será titularíssimo esta temporada. Agora, faltará saber se fará a época completa ou se vai haver gestão. Por falar em gestão física do Fejsa, eu penso que um dos problemas poderá estar em pedir-se demasiado ao sérvio a nível táctico. Penso que seria benéfico para a equipa se Rui Vitória revisse o tipo de entre-ajudas e funções que os restantes jogadores de meio-campo devem ter após a perda de posse de bola.
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Celis. |
Celis - A recente contratação do Benfica, o médio colombiano, tem dado nas vistas pela positiva no curto espaço de tempo que teve disponível nos dois jogos do torneio do Algarve. Jogando como médio mais defensivo, revelou-se pela sua capacidade de ocupação do espaço (esteve em todo o lado), recuperações de bola e sobretudo no capítulo do passe (frente ao Vitória de Setúbal fez 22 passes concretizados em 22 tentativas, ou seja, 100% de eficácia). Isto vale o que vale, mas são sempre bons indicadores. Por seu turno, há outro característica que salta à vista desarmada: personalidade. Ele entra em campo e joga muito personalizado. Não se intimida. Penso que em pouco tempo estará completamente adaptado ao clube e ao país. Depois, tendo sido capitão de equipa na anterior equipa da Colômbia, não será de espantar daqui a pouco tempo começar a comandar o meio-campo encarnado. Seja bem-vinda a concorrência e com esta qualidade. Aparentemente, um bom trabalho dos olheiros encarnados na América do Sul, mas veremos como ele se desenvolve.
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Samaris. |
Samaris - Muito pouco tempo de jogo, talvez porque teve também mais tempo de férias, chegando um pouco mais tarde. Já deve ter percebido que este ano, vai ter que batalhar muito nos treinos para poder chegar à titularidade. Pessoalmente, há coisas que ele precisa de corrigir no seu jogo, mas não apenas individualmente, mas também a nível colectivo. Por exemplo, acho que com ele no meio-campo, o comportamento da dupla do meio-campo, não pode ser tão segmentada. Ou seja, a separação de funções no actual meio-campo encarnado é um do duo de meio-campo fica encarregue das tarefas defensiva (coberturas e recuperações) e o outro das tarefas ofensivas (passe e transporte de bola). Ora para o Samaris os dois têm de fazer as duas tarefas e o critério de quem faz o quê depende da proximidade da bola e do adversário. Recordar que o grego estava habituado a jogar como duplo pivôt no futebol grego, isto depois de já ter sido uma espécie de "10". Quero com isto dizer, que o Samaris tem escola ofensiva, o que muitas vezes faz-lhe subir mais do que o necessário em certos momentos sem bola que quando há perda, acabam por afectar o sistema defensivo. A meu ver, basta haver um compromisso tanto do jogador, como também do treinador em entender e modificar um pouco o funcionamento do meio-campo quando ele joga. Em termos futuros, e visto ser um jogador agressivo e com uma qualidade técnica muito boa, vejo-o a ser o nosso polivalente do meio-campo e defesa. Aliás, o seu enormíssimo jogo como central frente ao Zenit ainda ecoa como uma das suas melhores exibições de águia ao peito. Caso algum central saia, tenho sérias dúvidas em que iria necessitar de ir ao mercado.
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Pizzi. |
Pizzi - Se o Samaris é o polivalente do meio-campo e defesa, o internacional A português é o equivalente para o meio-campo e ataque. A prova disso, foram as posições que fez neste torneio. Começou como médio-ala/extremo direito, passando posteriormente para a esquerda, frente ao Vitória de Setúbal. Contra os ingleses, começou na segunda parte como segundo avançado e acabou como "8". A tomada de decisão e a qualidade do passe é talvez as suas maiores armas a seguir à visão de jogo. Neste momento, é o jogador que mais equilibra a equipa a meio-campo e o que empresta maiores ideias para o ataque. Titularíssimo, quer seja à direita, à esquerda, ao centro, ou no ataque. Ele é o cérebro da equipa.
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João Teixeira. |
João Teixeira - O jovem formado pelo Benfica não está a passar um grande momento. A meu ver, não é a questão técnica, táctica ou até mesmo física que o está impedir de libertar-se e jogar o que sabe. Penso que não está confiante e quando assim é qualquer perda a meio-campo por passe errado transforma-se num prego cravado nas ambições de jogar de águia ao peito. Está a sentir a pressão da competição e precisamente num momento em que não está confiante. De qualquer maneira tem pormenores de bom futebol. Recordo-me de um ontem, em que faz um movimento do centro para a meia-esquerda da grande área adversária, dando linha de passe ao lateral Reinildo que lhe mete a bola. Depois numa finta de corpo consegue abrir a marcação dupla do adversário para num excelente gesto técnico picar a bola com contra-peso e medida para os pés de Pizzi ficar isolado e descobrir Júnior Benítez rematar para defesa por instinto do guarda-redes do Derby. Mas, é pouco... vejamos como evoluiu nos próximos jogos. Até agora, a vantagem vai para o André Horta.
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André Horta. |
André Horta - Por falar no miúdo de 19 anos que teve coragem para assumir a camisola 8 encarnada, que entre outros já foi a de João Vieira Pinto, aka Menino de Ouro, quem sabe se não será o próximo menino bonito da Luz? A meu ver, tem tudo para o ser. É irreverente, tem confiança a potes e vê-se que fez o trabalho de casa, preparando-se fisicamente nas férias para esta pré-época. Não é à toa que vemos ele com uma rotação muito acima de muitos deles. Tanto o vemos a transportar a bola, como o vemos a fazer pressão e desarme numa recuperação defensiva. Ele está claramente a dar o litro para ficar no plantel ao comando de Rui Vitória. O único senão que temo poder ser contraproducente para ele, será o de querer imitar o Renato Sanches no estilo e na forma de jogar. André, tens muitas outras qualidades que o Renato não tem, por isso não te preocupes. Sê tu próprio! E, continua o excelente trabalho!
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Cervi. |
Cervi - Relativamente à alcunha dele, se a intenção é ser ídolo da pequenada e com isso ser um sucesso de vendas nas camisolas, então penso que deverá abandonar a ideia de usar "Chucky". A par de André Horta tem sido o jogador com maior rotação neste início de pré-época encarnada. Em termos técnicos, aquele pé esquerdo não engana! O drible curto e a movimentação em slalom constante, vai ser com certeza uma grande dor de cabeça para os adversários e com isso dar muitas alegrias aos adeptos encarnados. É um jogador na linha de Di Maria e Nico Gaitán, ou seja, um desequilibrador nato. Se com bola ele confirmou o que já conhecíamos dele, sem bola surpreendeu muito mais gente. Ao contrário de Di Maria e e Nico Gaitán quando chegaram à Luz, o Franco Cervi já vem com uma cultura táctica muito mais evoluída. O que destaco mais é a sua reacção à perda. Fantástico. Claramente é um reforço para esta temporada!
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Zivkovic. |
Zivkovic - Apenas 15 minutos em campo frente ao Derby County e mesmo assim uma assistência para o golo de Salvio (o quarto do Benfica nessa partida). Que melhor cartão de visita pode-se pedir de um jovem de 19 anos, que meia Europa estava à caça, no qual escolheu o projecto encarnado para prosseguir a sua carreira profissional, e que esteve parado desde o final do ano passado? De qualquer maneira, penso que a posição dele não será tanto como extremo esquerdo, ou como falso extremo direito (como jogava no Partizan), mas será como segundo avançado, um pouco à imagem do que está a acontecer com o Gonçalo Guedes. Veremos como irá evoluir. Talento ele tem. Agora é preciso ganhar condição física, para recuperar o tempo parado. Depois será importante verificar o seu jogo sem bola. É um jogador para trabalhar e fazer evoluir dentro do grupo.
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Gonçalo Guedes. |
Gonçalo Guedes - 18 aninhos e já muito futebol naqueles pés. Está a jogar na posição que sempre ambicionou jogar e onde parece ter maior potencial: segundo avançado. Com um índice de trabalho elevado durante o jogo, certamente será sempre um jogador ao agrado de qualquer treinador. Para além de outros atributos físicos como a velocidade e explosão, chamo atenção para os seus recursos técnicos. Claramente esteve a preparar-se durante as férias para entrar bem na pré-época. Isto demonstra inteligência e profissionalismo. É mesmo assim Guedes! Destaco outra característica que aprecio muito: não tem problemas nenhum em passar ao colega se este estiver melhor posicionado. Ah! E a sua capacidade nos lances de bola parada? Muito bem! Só espero que ele esta temporada tenha muitos mais jogos a titular do que acabou por ter a temporada passada. Estamos a falar de um jogador já referenciado pelos departamentos de
scouting dos melhores clubes europeus. Tem tudo, para ser o futuro da selecção nacional. Ele que coloque a vista na evolução do Antoinne Griezmann enquanto jogador, pois é um jogador com um perfil futebolístico muito próximo dele.
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Júnior Benítez. |
Júnior Benítez - O ex-ala do Lanús tem uma potência física assinalável. Tem igualmente uma entrega ao jogo muito elevada e está a dar tudo para manter-se no plantel encarnado. Em termos técnicos denoto-lhe dificuldades em jogar com os dois pés, i.e., tenta sempre receber, driblar e rematar com o seu pé dominante - o direito. Ora isso, por vezes faz-lhe perder muito tempo e espaço nas jogadas. Depois, falta-lhe golo embora aparece nos locais certos para finalizar. Como é óbvio isto é apenas uma avaliação muito preliminar, baseada em apenas dois jogos, que na realidade nem o são, mas sim duas segundas partes. No mínimo, Rui Vitória deverá continuar a avaliá-lo durante o resto da pré-época. Contudo, antevejo que com a chegada dos habituais titulares o espaço dele irá acabar por desaparecer. No fundo, é injusto para o jogador, pois desde início a intenção da integração dele no grupo foi mais para fazer as férias de outros do que propriamente para ele próprio. De qualquer maneira, mesmo que não seja nesta temporada, penso que poderá ser-nos útil num futuro a médio prazo (por exemplo na próxima temporada). Espero que o Benfica tenha o respeito e a elevação necessária para este atleta que nos tem dado tudo o que pode.
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Rui Fonte. |
Rui Fonte - O irmão caçula do campeão da Europa e ex-jogador encarnado José Fonte, está feito um avançado muito completo. Jogando na posição de avançado de referência, mas sem ter a dimensão física de um Mitroglou ou um Drogba, por exemplo, o camisola 25 encarnado usa da sua maior arma: a inteligência de jogo. Todos os seus movimentos em campo são pensados e orientados pela bola e pelos colegas. Há aqui uma evolução brutal no jogo do Rui Fonte. Diria que houve aqui algum trabalho bem feito de Paulo Fonseca com ele, o que significa que o empréstimo ao Sporting de Braga foi um perfeito sucesso. Frente ao Derby fartou-se de distribuir chocolates aos colegas, jogando ali como pivot ofensivo. O seu estilo de jogo é muito na linha do nosso Jonas. Isso poderá ser uma vantagem para ele ficar no grupo. Por outro lado, poderá ser uma desvantagem. É que o Jonas parece que vai ficar na Luz e se o Rui Fonte ficar no plantel, terá pouco tempo de jogo, o que é um crime para ele e para o futebol. Por outro lado, pode parecer quase uma heresia o que vou escrever, mas se houvesse uma proposta irrecusável para o Jonas e para o Benfica por este, não ficaria intranquilo, porque confio imenso neste Rui Fonte. E, vou mais longe, ele é o tipo de avançado que a selecção precisa para jogar ao lado do Ronaldo e com um estilo de jogo mais apoiado e controlador. Ficando ou não, uma coisa é certa, eu renovaria-lhe contrato e jamais o venderia. Está aqui o sucessor a curto prazo do Jonas.
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Luka Jovic. |
Luka Jovic - O jovem sérvio de 18 anos não está a saber aproveitar as oportunidades que lhe estão a ser concedidas. Em primeiro lugar, penso que não se preparou para a pré-época competitiva que estava à sua espera. Isso, faz com que se apresente algo amorfo nos jogos. Vê-se que tem talento e um índice técnico elevado, mas sem frescura física está condenado a não ficar no plantel. Se o Rui Fonte é o sucessor de Jonas no curto prazo, o Jovic é visto por muitos o sucessor de Jonas a médio e longo prazo no Benfica. A meu ver, o seu futuro na próxima temporada será na equipa B e ser uma das figuras de proa dessa equipa. Terá tal como todos os da equipa B que demonstrarem qualidades para tal, ser opção para a equipa principal ao longo da temporada, por um ou outro motivo. De qualquer maneira, é muito importante que alguém da estrutura comece a ficar mais em cima do miúdo. É muito fácil ele se perder e este aspecto de despreparação física para a pré-época é um indicador de preocupação.
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Sabe sempre bem vencer uma taça, mesmo em pré-época. Jogadores do Benfica celebram conquista da taça do Algarve Football Cup. |
Quanto aos não utilizados, os restantes 6 jogadores, há aqui casos de jogadores que estiveram a recuperar de lesões (
Júlio César e
Mitroglou), outros de jovens premiados por uma convocatória na equipa principal (
Miguel Santos e
Ivan Zlobin, ambos guarda-redes jovens), e outros que se falam de estarem a ser negociados para sair do clube (
Talisca e
Carcela). Sobre estes dois quero referir que sou contra as suas saídas. O Talisca penso que poderá ser o médio "8" que tanto precisamos, embora seja diferente em termos de perfil do Renato Sanches. Quero escrever um pouco sobre essa minha ideia num artigo futuro aqui no blogue. De qualquer maneira de referir que o perfil dos nossos extremos é bem diferente daquele que tínhamos à uns anos atrás e que fazia com que tivéssemos um perfil concebido para o tal médio de transição. Por outro lado, a ideia de ter uma dupla de avançados com características distintas diferente da época passada, conforme já mencionei acima, também interfere na mudança de perfil do médio 8 que mais adequa a este modelo. Quanto ao Carcela, estamos a falar de um extremo já com experiência e com muita qualidade, que está totalmente identificado com o clube. Como vejo o jovem Zivkovic para a posição de avançado móvel, faltará então um extremo canhoto nas alas que deverá ser do marroquino. Em ambos os casos, no final da temporada, tenho a certeza que ambos valerão no mínimo o dobro do que estão a oferecer por eles neste momento.
Já quanto aqueles jogadores que ficaram em Lisboa, na maioria por lesões, como o caso do lateral esquerdo
Marçal, do jovem médio polaco
Dawidowicz e do jovem avançado sérvio
Saponjic, um deverá sair em definitivo (lateral brasileiro), outro será emprestado (médio polaco) e outro irá ser referência na equipa B do Benfica (avançado sérvio). Entretanto, o central
Lindelöf e os avançados
Jonas e
Raúl já regressaram de férias e começaram a trabalhar no Seixal. Antevejo que seguirão de viagem para Inglaterra. Por seu turno, para uns entrarem, outros deverão sair. Assim de repente, os principais candidatos serão o Kalaica e o Jovic, até para começarem a trabalhar com a equipa B. Mas, vamos ver.
Eliseu é que por ser o único campeão da Europa a vestir de vermelho, está autorizado a chegar mais tarde. Isto pode ser aproveitado para o Reinildo cair ainda mais nas boas graças de Rui Vitória e o Grimaldo cimentar a sua titularidade no início desta temporada.
verdade seja dita temos imensos jovens talento no plantel, nao sei como sera possivel aproveitar todos. jovic saponjic guedes a avançados, zivkovic cervi diogo gonçalves extremos, horta pedro rodrigues dawidowicz joao carvalho a medios, nelson semedo lindlof kalaica yuri grimaldo defesas. estes penso estarem perto de se afirmarem na equipa a, o reinildo gostei nao sei se vao apostar nele espero para ver. entretanto temos de deixar de comprar jogdadores pk os que mensionei ja merecem estar na equipa a ou pelo menos no espaço de 1 ano ja tem de la estar
ResponderEliminarOlá alexanderson!
EliminarA política do Benfica é essa mesmo. A de sinalizar jovens de alto potencial e desenvolvê-los para entrarem na equipa principal que depois funcionará como montra para exportar o futebolista made in Benfica.
Como é natural e normal, vamos continuar a ter contratações de jogadores que têm como finalidade colmatar algumas lacunas que não são suprimidas pela formação, mas também jogadores que possam vir a elevar ainda mais o nível de toda a equipa e jogadores.
Por exemplo, na lateral esquerda, o aparecimento de Reinildo faz com que o Yuri, que é o miúdo que tem vindo a progredir da nossa formação, tenha de dar ainda mais corda aos sapatos, na equipa B deste ano.
O próprio Jovic acabará por dar maior competitividade e fazer com que João Carvalho tenha de evoluir o seu jogo. Mas, não é apenas os de fora, também os de dentro fazem com que os de fora tenham de evoluir, basta ver o caso do Rui Fonte com o Jovic, por exemplo.
Esta dinâmica de competitividade é muito boa, mas tem um senão. Se não obedecermos ao fino equilíbrio relativamente ao número de jogadores por posição, as coisas podem descambar. E, a competitividade que servia para fazê-los evoluir e concentrar nos objectivos, acabará por os encostar à sombra da impossibilidade de por mais que trabalhem terem reais hipóteses de conseguirem.
Se o Benfica conseguir manter esse equilíbrio, encontra aqui uma enorme fonte de receita desportiva e financeira, pois todos os anos poderá lucrar umas dezenas valentes de milhões de euros que terá sempre reposição com qualidade. Aí é preciso não haver medo de mudança. E é aqui que o Benfica depois terá que ele próprio evoluir. E, os próprios adeptos também.
Pelo menos, até o Benfica conseguir ter superavit e com isso começar a ser um clube totalmente independente. A partir desse momento, poderá seguir o exemplo do Barcelona.
;)
sim concordo absolutamente, mas esta epoca receio que ja atinjimos esse ponto XD repara a avançados tens o jovic e o guedes para 2 lugares onde tens jonas(melhor jogador e marcador da liga) mitroglu(+20 golos na sua primeira epoca) raul jimenez (jovem com grande potencial que so nao marcou mais por estar tapado por mitroglu) so aqui nota se em como pelo menos 1 deles esta tapado e nem estou a contar com o rui fonte. nos extremos sendo pizzi indiscutivel tens salvio carrilho cervi zivkovic (os 2 primeiros sao ja nomes consagrados na liga e so nao estao noutros campeonatos por lesao e problema de contrato) ou seja o zivkovic ou o cervi em principio ja tem o lugar um bocado tapado e ainda falta o carcela que tb mostrou ter bastante qualidade. esta geraçao do renato sanches tem imensa qualidade e para imensas posiçoes e aos 19 ja tem 1 ou 2 anos de seniores pela equipa b, mais que isso penso que estamos a desperdiça los. e o que fazer como nuno santos por exemplo? no setubal contra nos mostrou que nao foi para la para ser esquecido. eu concordo e apoio esta aposta na formaçao mas como dizes tem de ter cuidado pk ha imensa qualidade na equipa e muitos vao ser prejudicados por simplesmente nao terem espaço e temo que isso esteja a acontecer agora. pedro rodrigues yuri ribeiro joao carvalho digo gonçalves buta essa geraçao sub 19 ja tem estaleca para estar na nossa primeira liga
Eliminaralexanderson,
EliminarA forma para aproveitar todos estes talentos é seguir o modelo de negócio e este diz que assim que houver uma oferta vantajosa para todas as partes, é negociar o jogador.
Isto vai criando um efeito sucção dos talentos que vão à vez e mediante critérios meritórios preencher essas saídas.
O problema acontece quando colocamos o lado emocional no processo. Por exemplo, eu estou plenamente convicto que já esta temporada poderíamos vender o Jonas. Temos um Rui Fonte que está a jogar enormidades na pré-época e temos ainda um mexicano que poderá render muito mais se tiver as portas da titularidade livres. Agora, o Jonas simboliza imenso para a equipa e para o balneário e isso também deve ser tido em conta. Contudo, o grupo tem outros que fazem o mesmo trabalho.
Depois é preciso vermos uma coisa, talentos com 19 anos e sejam merecedores de titularidade absoluta num clube como o Benfica é preciso serem fora-de-séries. O Benfica tem um viveiro de talentos muito forte, mas sem querer ofender muito, haverá um punhado deles que são verdadeiramente uns fora-de-séries, por isso, é preciso entender que nem todos terão a mesma evolução e capacidade para entrar de caras na equipa.
Por fim, e porque falas no Nuno Santos, pessoalmente eu não o teria emprestado, nem tão pouco teria contratado o Zivkovic. De qualquer maneira, penso que o Benfica foi esperto e quis acautelar futuros negócios com o jovem sérvio que já tem meia Europa atrás dele, muito por culpa de ter levado a sérvia a ser campeã mundial de sub20. Logo, este jogador já era referenciado e mais facilmente transacionável. E, depois com a lesão do Nuno Santos, mais força teve para o contratar. Espero vivamente que o Nuno Santos não seja esquecido na próxima temporada.
Da maneira que eu vejo, esta será a temporada onde o Nélson Semedo será valorizado e vendido. O mesmo podendo acontecer com o Gonçalo Guedes (daí também não me opor à saída de Jonas agora, pois criaria espaço para o Guedes jogar tipo Griezmann no nosso ataque). Ora saindo estes abriria espaço para pelo menos mais outros dois da cantera entrarem na equipa...
;)