Neste sistema, mais de 90% dos jogadores que constituem o plantel profissional do Benfica não sentiriam qualquer dificuldade de se adaptarem, pois vai ao encontro das suas características em prol de um futebol dinâmico e colectivo, como se pretende. Com este sistema, o Benfica poderá adoptar qualquer princípio de jogo que achar necessário. Poderá ter um modelo mais defensivo, como também mais ofensivo. Um modelo que previlegie as transições rápidas, como um modelo que faça da posse de bola uma imagem de marca, como poderá adoptar um modelo de futebol total. Vejamos em que posição os jogadores do plantel poderiam ocupar.
#1 Guarda-redes: Artur, Paulo Lopes, Oblak, Mika e Varela. Aqui não há dúvidas.
#2 Lateral direito: Maxi, André Almeida, Sílvio e João Cancelo. Aqui também não há dúvidas.
#3 Defesa central direito: Luisão, Steven Vitória, Jardel e Fábio Cardoso. Aqui destaco a polivalência de Steven Vitória e Jardel para esta posição, pois também poderão ocupar a posição #4, conforme poderemos ver de seguida. Nota: os centrais Lisandro López e Sidnei também podem jogar nestas duas posições, caso o Benfica os traga de volta.
#4 Defesa central esquerdo: Garay, Steven Vitória, Jardel e Stefan Mitrovic. Para além de Vitória e Jardel, também os emprestados López e Sidnei podem ser soluções para esta posição.
#5 Lateral esquerdo: Siqueira, Cortez, Sílvio e Hélder Costa. Destaco a polivalência do lateral internacional português Sílvio, que pode actuar tanto à direita como à esquerda. André Almeida também poderá fazer o mesmo, mas Sílvio tem mais experiência de vários anos a jogar nessa posição.
#6 Médio centro/interior defensivo: Matic, Fejsa, André Gomes, Enzo Pérez e Rúben Amorim. Tirando os dois primeiros veremos que os outros três têm futebol para jogar nas restantes posições do meio-campo.
#7 Médio ala/extremo/avançado direito: Nico Gaitán, Sulejmani e Bernardo Silva, pensando num futebol apoiado. Salvio, Markovic, Ola John e Ivan Cavaleiro, pensado num futebol de transição. Rúben Amorim, Enzo Pérez e Djuricic são também soluções para esta posição.
#8 Médio centro/interior: Enzo Pérez, Rúben Amorim, Matic e André Gomes. Incluo aqui o Matic, pois este também poderá jogar mais à frente, caso o Fejsa ou outro jogador mais defensivo jogue na posição #6.
#9 Avançado centro/ponta-de-lança: Cardozo, Lima, Rodrigo, Funes Mori e Djuricic. Para esta posição temos ainda emprestado o Nélson Oliveira que tem feito excelente temporada e que neste sistema não teria muitas dificuldades de se integrar.
#10 Médio centro/interior ofensivo: Djuricic, Rúben Amorim, Enzo Pérez, Nico Gaitán, Sulejmani e Bernardo Silva.
#11 Médio ala/extremo/avançado esquerdo: Markovic, Salvio, Ola John e Ivan Cavaleiro, pensando num futebol apoiado. Nico Gaitán, Sulejmani e Bernardo Silva, num futebol de transição. Enzo Pérez, Rúben Amorim e Djuricic também podem ser opções nesta posição.
Uma nota final: temos excesso de jogadores no plantel. Poderão pensar que isso não é mau, pois é preferível ter excesso do que escassos recursos. O problema é que a maioria desses jogadores, têm potencial, mas não estão feitos. Ou seja, precisam de ser trabalhados diariamente para constituirem opção. Ora quantos mais jogadores o treinador tiver nestas situações, menos atenção poderá dispensar por treino a estes. Sendo assim, quais seriam os jogadores que poderiam dispensar/emprestar/vender?
Uma nota final: temos excesso de jogadores no plantel. Poderão pensar que isso não é mau, pois é preferível ter excesso do que escassos recursos. O problema é que a maioria desses jogadores, têm potencial, mas não estão feitos. Ou seja, precisam de ser trabalhados diariamente para constituirem opção. Ora quantos mais jogadores o treinador tiver nestas situações, menos atenção poderá dispensar por treino a estes. Sendo assim, quais seriam os jogadores que poderiam dispensar/emprestar/vender?
Mika, e Rodrigo - emprestar, têm de se impor para serem peças no clube.
ResponderEliminarJardel, Stefan Mitrovic, Lisandro López, Sidnei, Ola John, e Funes Mori - vender, temos na equipa B melhores e mais proveitosos futebolisticamente.
Obrigado e Saudações!
De todos esses só não vendia o Setefan Mitrociv e o Lisandro López, isto porque apesar de podermos ter jogadores na B com maior potencial, não são neste momento melhores. Depois, no caso do Stefan, penso que ele tem algo que gosto muito num central: poder de antecipação. Por exemplo, Luisão e Garay não jogam tanto nesse tipo de jogo defensivo.
Eliminarboas pessoal! Antes de mais um elogio aqui ao vosso blog, está bem catita e fala de uma coisa que nós no bujas também curtimos: BOLA
ResponderEliminarComo em todas as discussões de bola há opiniões contrárias. Já ontem tinha discordado muito do post sobre o Djuricic, mas no entanto deixaram-me a pensar sobre o tipo de jogador que o Djuricic é. A minha opinião pessoal é que o Djuricic está neste momento no ponto "David Simão". Tem técnica, qualidade no passe mas é lento a decidir na moleirinha e, pior que isso (porque podia ser um Douala!) é lento também nas canetas.
Mas adiante, vocês diziam ontem que o Djuricic era vítima do sistema... Então e hoje vêm dizer que o Djuricic é alternativa para avançado centro? Mas em que ficamos? Outra coisa é considerar o Helder Costa para lateral esquerdo, assim como o Cancelo, o Cardoso, etc... Têm visto jogos da nossa equipa B? Sabem que sofremos golos às pazadas não sabem? Helder Costa e Cancelo a defender são o medo! Podem ter bons pezinhos mas... Medo... Muito medo! Outra coisa... Parece-me que há aí um bocado de confusão quando falam no processo ofensivo das equipas. Então consideram jogadores melhores no futebol curto como o Gaitan e o Bernardo Silvo como sendo melhores para transições e outros mais rápidos como o Ivan Cavaleiro e o Markovic para futebol apoiado? Parecem-me jogadores melhores para combinações directas, quanto muito, enquanto os primeiros que mencionei seriam melhores para combinações indirectas.
Mas vá, malta, continuem. Positivo. Cumprimentos
Ai Vale Bujas,
EliminarObrigado pelo elogio! ;)
Quanto às discussões, ainda bem que colocas o teu ponto de vista, pois também quero que este espaço seja um espaço de debate.
Sobre:
1 - Djuricic vs David Simão:
Não acho que o problema do Djuricic seja falta de intensidade. Mas, também acho que o problema do David Simão tenha sido falta de intensidade. Acho sim, que nunca souberam colocar na posição correcta. Uma coisa é ser 10 nos júniores, onde os melhores jogadores do país estão dispersos por 3 ou 4 equipas e o nível a para as outras decresce exponencialmente. Outra é ser 10 numa liga profissional e jogar contra jogadores com mais do dobro de experiência. Ou seja, e correndo o risco de ser mal interpretado, por vezes um "10" nos júniores corresponde a um "8" ou um "6" nos séniores, tal e qual um "7" ou um "11" corresponde a um "2" ou um "5". (Já ouviste falar que os laterais ou fizeram formação como extremos ou como centrais, certo? Se não estás convencido, faz uma pesquisa sobre os melhores laterais e médios de transição do mundo e vais ver o que eles eram na formação... vais achar um piadão, prometo-te!)
De qualquer das formas, o problema do Djuricic não é a velocidade. É sim sentir-se confortável na posição que joga, e que claramente não está habituado, pois nas outras equipas (que jogavam praticamente em contra-ataque) ele transportava a bola de trás para a frente. Era nesse contexto que ele realmente era exímio. Ora em que posições poderá ele fazer isso no Benfica? Como médio mais ofensivo, por exemplo, daí eu ter colocado o "10" numa linha mais recuada que os "7", "9" e "11". Óbvio que isto é tudo um esquema estático e que haverá muitas liberdades dentro da dinâmica colectiva.
2 - Djuricic versus médio ou avançado:
Ó Bujas, remataste ao lado nesta, meu caro! Então eu ontem já não falei disso? Eu sei que o texto ficou bem longo. E, ficou porque quis abordar vários ângulos. Eu não vejo o jogador como avançado ou médio desde a formação até terminar a carreira. Acho que isso é um erro. Os grandes jogadores acabam por ser aqueles que conseguem adaptar-se a várias circunstâncias e posições. Ontem escrevi que a melhor forma do Djuricic se adaptar rapidamente no Benfica, é o Jesus colocar onde ele se sente mais confortável. E é o que escrevi dando uma figura da organização ofensiva e hoje dando este sistema de jogo preliminar. A minha visão é ele começar a ganhar confiança e estaleca na equipa. Até dei o exemplo do Özil para esta fase de adaptação. Depois com o tempo, e com um bom treinador, poderemos trabalhá-lo para outros níveis. Por exemplo, o Guardiola não viu no Messi um avançado centro goleador, quando ainda era um extremo direito? Mas, as coisas não aconteceram assim de repente! Ele trabalhou o argentino nos treinos, foi-lhe dando minutos de jogo nessa posição até que o Messi se sentiu confortável e deu garantias de uma aposta segura. O mesmo faria com o Djuricic. Daí que pense que ele poderia ser um excelente avançado, daqueles que fazem os extremos jogar e aparecerem em zonas de finalização.
(Continuação...)
Eliminar3 - Hélder Costa, Cancelo e Cardoso, estão quanto a mim a uma ou duas épocas de entrarem para outro nível. Como acho, pelas personalidades que têm, que poderão cair na má vida (sobretudo os dois laterais), era importante começarem a exigir-lhes comportamentos mais profissionais, mas também abrir-lhes umas janelas para terem sempre a cenourinha à frente da cara... Tens toda a razão de dizer que eles não estão prontos, mas para estarem têm de ganhar jogos nas equipas Bs, mas com consciência e rigor. Quanto a saber defender... muitas vezes, para não falar na maioria, a culpa não é de apenas deles. Os erros que posso não lhes perdoar são os de concentração. E isso é o reflexo das personalidades deles, daí estar a falar no reforço dessa componente por parte dos seus treinadores. Nota: há muito erro que atribuimos aos laterais, que não se deveria atribuir. Muitas vezes, até são os centrais, que ficam ancorados lá atrás e que com isso, não conseguem matar logo a jogada lá à frente. Mais uma vez, sobrescrevo o sistema defensivo do Barcelona de Guardiola. Vê, se tiveres oportunidade, como os centrais eram basicamente guarda-costas dos laterais. É óbvio que é um sistema arriscado... mas, só jogam assim quem são os melhores... não é isso que o Benfica pretende?!
4 - Transição vs Apoiado:
Basicamente a única distinção que fiz, no texto, sobre futebol apoiado e de transição foi a utilização ou não de extremos falsos. E isto, porque considero que em transição pretendes um jogo mais directo ao golo (diferente de jogo directo para o avançado, ok?), ou seja, pretendes que os jogadores em dois ou três passes consigam chegar à baliza adversária. Tendo extremos puros, eles tenderão a não perder tempo com laterizações e a vericalizar os movimentos, tornando a transição mais rápida. Já em posse, queres que a equipa ande com a bola de um flanco para o outro até haver uma abertura na zona defensiva adversária que possas aproveitar. Por exemplo, repara que coloquei o Bernardo Silva na posição "7" como uma opção de futebol apoiado, para interiorizar mais os movimentos, trocando a bola com outros médios e avançados e deixando o flanco para as subidas dos laterais. Mas, também coloquei-o na posição "11", agora numa opção de futebol de transição, ou seja, dar profundidade e velocidade ao flanco esquerdo, para chegar o mais rapidamente possível a zonas de finalização e aproveitar vantagens numéricas na zona defensiva do adversário.
De qualquer modo, o que escrevi não foi nada vinculativo, foi só apoiado numa possível ideia de construção de jogo.
Já agora, não há jogador de transição e jogador de posse de bola. Há aqueles que melhor sabem interpretar esses estilos de jogo e que se adaptem melhor a um ou outro.
Espero que isto tenha ajudado a esclarecer alguns pontos.
Cumprimentos
Obrigado pela resposta e pelo tempo que dispensaste.
ResponderEliminarDjuricic: discordo mais uma vez. Gostei do apontamento sobre a formação onde concordo plentamente contigo. O Heerenveen não é equipa de contra-ataque. Uma das características que muitas vezes se aponta à Liga Holandesa (então se vires jogos da Erste Divisie isso ainda é mais gritante) é o jogo "partido". Claro que contra o Ajax, PSV, AZ ou Twente as equipas se fecham mais e os jogos muitas vezes se aproximam do que vemos com o Benfica ou Porto, no entanto, em jogos do meio da tabela, enquanto que em Portugal vemos as equipas a jogarem num espaço muito mais reduzido em comprimento e largura, lá acontece o contrário. As caracteristicas do Djuricic, obviamente, evidenciam-se. Foi isso que captou a atenção do Benfica. No entanto, um jogador com as características do Djuricic, que funcionava bem na Liga Holandesa pelo espaço que tinha ao seu dispor, em Portugal, sofre. Essa posição de vagabundo atrás do ponta de lança, muitas vezes a receber de uma ala a partir para o meio ou a beneficiar do espaço libertado pelo ponta de lança mais fixo, requer algumas coisas fundamentais que o Djuricic (ainda) não tem, na minha opinião: posicionamento, decisão e (muito importante em Portugal) força ou mesmo experiência para aguentar a pressão adversária (Saviola, Miccoli ou Aimar, franzinos, fazem isto como ninguém). Visto isto, resta-nos um Djuricic que dificilmente poderá ser lançado em 2013/14, com regularidade, no Benfica. O tempo provará que tenho razão mas, sublinho MAS, espero enganar-me e que o Jesus consiga retirar o melhor do jogador. Na minha opinião ele devia ganhar ritmo competitivo e experiência portuguesa na equipa B. Não o acho, de todo, superior ao Bernardo Silva e olha que eu vi jogar este rapaz no ano passado porque sou um gajo doente que vê estas ligas exóticas para a maioria dos adeptos em Portugal (e com uma pontinha de vicio nas apostas que me faz ver jogos destes)
Helder Costa, Cancelo, etc: 100% de acordo contigo. Acho que não entram para as contas do plantel principal porque temos André Almeida, Silvio, Siqueira, Maxi e Cortez. Talvez para o ano. Não acredito que o Helder Costa resulte num bom lateral, espero enganar-me. Vejo mais futuro no Gianni, por exemplo.
Transição vs Apoiado: percebi a mensagem e apesar de muita gente achar que o Bernardo Silva tem que jogar no centro, também acho que ele poderia beneficiar de um posicionamento como o que mencionas. Acho que o puto tem-nos mostrado tanta coisa que já nos faz acreditar que ele pode ser qualquer coisa em qualquer lado. Só queremos é que jogue. É um prazer vê-lo jogar.
Não há equipas puramente de transição/contra-ataque. O que escrevi acaba por ser um exagero, mas que reflecte bem o estilo que acabas por ver nos jogos holandeses. Repara que o facto das equipas acabarem mais partidas em campo, tem a ver com dois fenómenos que acontecem dentro do terreno de jogo:
Eliminar1 - O facto de preferirem atacar em transições, impondo velocidade, acabam por ir aos poucos esticando a equipa.
2 - Depois, como não há tanta exigência nas recuperações, aqueles que vão ao ataque, descem mais lentamente e às tantas ficas com dois blocos em campo, o atacante e o defensor.
Em Portugal, por exemplo, não há tanto essa cultura do risco, mas já começa a ver um futebol mais positivo...
Voltando ainda ao Djuricic, a minha intensão não é ainda torná-lo um vagabundo atrás do ponta-de-lança. Quero isso sim ser o elo de ligação entre a dupla Enzo e Matic e os dois ou três da frente (Cardozo, Markovic e Gaitán). Quero também que ele tenha como primeira referência o Nico Gaitán e em conjunto consigam construir jogadas, pois lá na frente, são talvez os dois com melhor visão de jogo e tomada de decisão. Mas, escrito isto, não invalida que ele não possa ir lá à frente. Jogar desta forma obrigaria ao Djuricic ter que ir de trás para a frente e aí eu penso que se sentiria mais confortável.
Se ele não rendesse assim, então teria ser reavaliado. Mas, estou convicto que ele se singraria.
Quanto ao Bernardo Silva, o que eu mais gostava era que o Benfica colocasse a jogar o quanto antes na equipa A. Eu acho que temos jogadores a mais na equipa A. Então nas alas e como médio ofensivo, podes ver pela lista que apresentei acima, verificarás que temos pelo menos umas 3 ou 4 opções. Assim vai ser dificil para o Benfica apostar nos miúdos.
Verdade que antecipámos e contratámos o Sulejmani esta temporada. Mas, na prática que utilidade tem tido? Ainda por cima não foi vendido o Gaitán. (E mesmo que vendamos este, ficamos sem um extremo esquerdo velocista e mais puro, pois Sulejmani e Bernardo Silva, são jogadores mais de bola no pé e não tanto no espaço.)
O mesmo poderei discutir o espaço que o Ivan Cavaleiro tem: Salvio (quando regressar será um titular), Markovic (é um talento brutal) e depois temos o Ivan Cavaleiro, tudo avançados interiores (daqueles que partem da ala para o centro).
E, no meio campo? Ainda não percebi porque fomos contratar um Fejsa, quando já havia um trabalho da época passada para dar continuidade: André Gomes.
É por isso que sou tão crítico com a política desportiva do Benfica. A ânsia de estar querer sempre a fazer dinheiro com compra e venda de jogadores, prejudica e muito o planeamento e crescimento destes putos. As equipas Bs ajudam um pouco a diminuir o impacto, pois os jogadores têm competição, mas se queremos ter estrelas nacionais e na nossa formação, temos de apostar nos grandes palcos e durante algum tempo.
Voltando ao Bernardo, fosse eu seu pai ou seu agente, só esperava por esta temporada na equipa B. Depois ou pedia para ser emprestado a um clube que me garantisse jogos e a um bom nível (que o treinador o fosse buscar e acreditasse nele) ou então ser mesmo vendido, outra vez para um clube que apostasse nele, quase como estrela da companhia.
"Já agora, não há jogador de transição e jogador de posse de bola. Há aqueles que melhor sabem interpretar esses estilos de jogo e que se adaptem melhor a um ou outro."
ResponderEliminarSó uma coisa, sobre isto, não sei se tens alguma experiência ou alguma formação na área, mas se reparares nos putos, na formação, em escalões como os benjamins tu já começas a perceber pelo modo de "jingar" do puto que tipo de jogador ele vai ser e de que forma vai reagir a esses dois estilos que mencionas. Nesse ponto, discordamos. E aliás, é mesmo esse estilo do jogador que dita depois o que ele vai ser no futuro. Se o jogador interpreta melhor a posse do que o tal jogo de transição de que falas (estes termos são um bocado diferentes dos que costumo usar, desculpa), então é porque de facto há jogadores mais para um tipo de jogo e mais para outro, tal como eu tinha mencionado no meu primeiro comentário. Dou-te um exemplo. Na formação do Benfica uma das primeiras coisas que os putos aprendem é o termo "FIXA". Pela forma como o jogador interpreta este comando do treinador tu percebes logo, desde muito cedo, onde o vais colocar no campo. Nos seniores a mesma coisa. Não podes pedir por exemplo ao Gaitan que fique colado à linha, estilo Varela à espera de uma diagonal que o faça ganhar as costas do lateral. São jogadores para a mesma posição mas com um estilo diferente.
PS: desculpa lá se o comentário está confuso, estou a morrer de sono para aí desde há 3 horas atrás mas como a conversa está boa um gajo vai ficando. Depois amanha leio isto melhor. Vou dormir! Cumprimentos
Bujas,
EliminarUm jogador nunca é 100% de transição ou 100% de posse de bola. São conceitos muito relativos, porque a meu ver também depende do adversário que defrontas. Por exemplo, uma Académica, que prefere jogar em transição na 1ª liga, quando joga frente a uma equipa da distrital, tem logo uma postura e um jogo mais de posse e os jogadores são os mesmos.
É nesse sentido que não gosto de afirmar que o jogador A ou B é de transição. Obviamente, que se tivermos a comparar dois jogadores no mesmo plano de competitividade, as coisas diferem um pouco. Mas, uma coisa te garanto: os melhores jogadores do mundo, são aqueles que se sentem confortáveis a jogar nos dois estilos, até porque ao ritmo que o futebol é praticado a grande nível, precisas de ser bom nos dois registos.
As transições são excelentes para desequilibrar e forçar o erro das zonas defensivas, mas precisas muitas vezes de fazer posse para gerir e recuperar fisicamente em segurança.
Se formos a ver bem o futebol do Barcelona de Guardiola, verificamos que eram exímios nesses dois momentos, apesar da visão global do adepto comum ver que eles tinham um futebol de posse. É-o em 80% do tempo da sua posse de bola. Os outros 20% desse tempo, é quando, por exemplo o Iniesta ou o Xavi, encontravam um buraco por onde um lateral ou extremo aceleravam o jogo até ao Messi, criando assim mini transições no espaço do adversário.
Esta conversas são como as cerejas, é uma atrás da outra.
;)