15 fevereiro 2014

Ainda há muito para melhorar


No final do "derby", Jorge Jesus comentava que ainda havia «muito potencial para melhorar». Não poderia estar mais de acordo. E é exactamente sobre o que ainda falta melhorar que escrevo este artigo.


Melhorar em...
Para vos ser sincero, a exibição do Glorioso frente ao Sporting soube-me a pouco. Penso que face ao nosso potencial futebolístico poderíamos e deveríamos ter feito mais golos. Verdade seja dita, que oportunidades para o fazer não faltou-nos. Contudo, a dinâmica e o controlo do jogo encarnado poderia ter sido melhor. Daí que "Jota-Jota" tenha falado no final que há muito a melhorar. Mas, o que falta melhorar?

A meu ver existem três pontos fundamentais a melhorar na equipa encarnada. São eles:
  1. A dinâmica da dupla atacante.
  2. As funções dos médios-ala/extremos.
  3. As funções do médio mais defensivo.
Wenger, Pellegrini, ancelotti e Rodgers. Alguns dos treinadores que
Jesus poderá tirar ideias para implementar e melhorar o seu Benfica.
Isto porque o actual jogo encarnado é ainda demasiado rígido e muito pouco fluido para as características criativas dos seus jogadores. Vejo muitos jogadores agarrados à posição, com poucas liberdades. Por outro lado, vejo pouca entreajuda quando há uma mudança de posições. Contudo, está muito melhor do que no início da temporada. Por isso mesmo, para resolver todos estes pontos, penso que o Jesus poderá basear-se um pouco no bom trabalho efectuado por outros técnicos, noutras equipas e noutros campeonatos. Entres estes encontram-se o Brendan Rodgers do Liverpool, o Manuel Pellegrini do Manchester City, o Arsene Wenger do Arsenal e o Carlo Ancelotti do Real Madrid. Destes quatro, aquele cujo modelo poderia ser mais facilmente adaptado pelo Benfica seria o do Liverpool, muito por culpa das características dos habituais avançados encarnados...

SAS como referência para a dupla "Ro-Ro"
Em Liverpool existe muito provavelmente a dupla atacante mais espectacular do futebol actual. Ela é formada pelo internacional uruguaio Luis Suarez e o internacional inglês Daniel Sturridge. Dupla esta que é muito parecida em termos de características futebolísticas à dupla atacante que mora em Lisboa: Rodrigo Moreno e Rodrigo Lima. Têm dúvidas? Então reparem no que Brendan Rodgers diz sobre os seus avançados:
«Tanto o Luis como o Daniel podem jogar nas alas, mas quando um deles joga, damos-lhe liberdade para mover e penetrar, especialmente o Daniel porque o seu movimento de penetração é muito rápido e é um ponto chave do jogo para nós.»

«Eles permutam muito porque são jogadores de grande mobilidade e os seus movimentos são muito dinâmicos. Quando não têm a bola eles trabalham que nem animais pois têm grande responsabilidade para defender os seus lados do campo.»

«Eles são jogadores de tipos diferentes que cabem dentro de um sistema. O que temos são duas individualidades com qualidades que são diferentes. Ambos têm o desejo de marcar golos, mas eles não formam o tipo de parceria tradicional.»

Transportar a dinâmica por detrás da dupla atacante do Liverpool para o
Benfica. Lima a fazer de Sturridge e Rodrigo de Suarez.
Digam lá se substituirmos os nomes de Luis por Rodrigo e de Daniel por Lima, não estamos a falar praticamente o mesmo? Recordo-vos que tanto o Rodrigo como o Lima embora sejam avançados centro, já jogaram ao longo das suas carreiras como alas/extremos. Lima por exemplo, quando surgiu no Belenenses há vários anos atrás, jogou durante muito tempo como falso extremo esquerdo, procurando fazer movimentos de penetração fruto da sua velocidade. O mesmo, fazia o Rodrigo no Bolton, em Inglaterra. Para além disso, ambos são jogadores muito móveis e que gostam de ter liberdade na frente de ataque, até porque fazem das movimentações em diagonais uma grande arma no seu reportório. Depois já têm rotinas defensivas de jogar na alas. Contudo, também são diferentes. Rodrigo apresenta uma técnica e uma predisposição para o drible que o Lima não tem, apesar de ambos terem um arranque explosivo.

Faltará ao Rodrigo uma maior maturidade na tomada de decisão e um maior jogo colectivo, tal como o Suarez possui. Por isso até sou dos que concorda com a actual atribuição de tarefas de construção de jogadas que o Jesus dá ao hispano-brasileiro do Benfica. No entanto, acho que ele está demasiado agarrado à posição central. Tanto ele, como o próprio Lima. E este ponto também mexe com o segundo ponto mencionado na lista acima e que passarei a descrever.


Sterling e Coutinho um exemplo para Markovic e Gaitán...
Para que Luis Suarez e Daniel Sturridge possam ter aquela dinâmica fabulosa, o resto da equipa precisa de adaptar-se e equilibrar-se consoante as suas movimentações. Por isso mesmo, é que o sistema de jogo que o Liverpool joga pode ser interpretado por muita gente como desde um 3-5-2, a um 4-4-2, passando pelo 4-2-3-1 e o 4-3-3. Isto acontece não só por causa do dinamismo da dupla atacante, mas também dos laterais ofensivos, da movimentação do médio mais defensivo, da dinâmica de um dos médios-interiores e de um dos extremos. É precisamente, sobre estas duas últimas dinâmicas que penso que o Gaitán e o Markovic poderão melhorar ainda mais o seu jogo.

Se lá atrás, já verificámos que o Rodrigo tem de melhorar, também penso que mais trabalho terá que ser feito com o sérvio e o argentino, do mesmo modo que o técnico do Liverpool tem trabalhado com o Sterling e o Coutinho. O brasileiro jogava no Internazionale como um médio-ofensivo/extremo esquerdo. No Liverpool, Rodgers tem-no feito crescer como interior, número "10" e extremo esquerdo/direito, conforme as necessidades e dinâmicas que a equipa exige. O Coutinho acaba por conseguir ter mais bola nos pés, estar em posições previligiadas para conduzir e transportar a bola e acaba por ser mais decisivo e adquirir melhores tomadas de decisão, para além de estar muito mais activo no jogo, quer do ponto de vista ofensivo como defensivamente. Olhando para estas características, faz-me pensar logo no Nico Gaitán. Não digo o Markovic, porque vejo mais o sérvio como um jogador do último terço do terreno, enquanto o argentino, já demonstrou várias vezes que se sente também bem no meio-campo. Actuando dessa forma, o Benfica ao defender acabaria por ganhar mais um médio centro, criando vantagem numérica no centro do terrreno. Por outro lado, ofensivamente, aquela posição seria ideal para ele atacar pela zona central ou fugir pela faixa.

Aliás, este tipo de movimentação é aquele que o Carlo Ancelotti está a ensinar ao Di Maria no Real Madrid. E é o que transforma o 4-3-3 do Real num 4-4-2. O Di Maria que inicia uma jogada de ataque como interior esquerdo, vai ter tendência para abrir na faixa esquerda, preenchendo o espaço criado pela desmarcação da faixa para o interior de Cristiano Ronaldo, quando este se junta a Benzema no ataque.

A dinâmica dos alas e interiores do Liverpool também é algo que o
Benfica pode transportar para a sua equipa. O papel de Coutinho pode
ser desempenhado por Gaitán e o de Sterling por Markovic.
Quanto a Markovic, daria-lhe o mesmo papel que Sterling tem tido no Liverpool, até porque está a fazer do jovem inglês um jogador mais maduro e mais conciente do ponto de vista táctico. O Sterling, é responsável por ser uma espécie de referência para os dois avançados do Liverpool. Sobretudo, quando atacam, uma vez que a bola é muitas vezes direccionada para o inglês que vem em corrida pelo flanco direito ou esquerdo (conforme o momento), dando-lhe permissão também a ele de criar e finalizar. Ora isto vai muito ao encontro do que o Markovic gosta de fazer em termos ofensivos. Por outro lado, o Sterling é dos jogadores que mais tenta fechar o seu flanco e o que mais trabalho vai tendo em termos defensivos. Isto acaba por ser vantajoso pois faz com que o inglês aprenda mais funções e o torne mais completo. Relativamente a esta aprendizagem defensiva, penso que o Jesus nos últimos meses fez um trabalho espectacular com o Markovic nesse capítulo. Faltará então dar-lhe uma dinâmica ofensiva como a que mencionei e que parece ainda faltar.

Verdade seja dita, que o Jesus nos jogos contra adversários de menor nomeada, tem incutindo aos nossos dois extremos uma dinâmica muito parecida àquela que o City de Pellegrini tem com David Silva e Jesus Navas. Para ser mais correcto, até acho que é o chileno que anda a copiar um pouco as ideias do Jesus, pois já vi o português fazê-lo com Salvio e Gaitán. O Toto na direita actuava como um extremo direito puro, agarrado à linha, tal como o Navas faz agora, enquanto que o Nico saia da ala esquerda para o centro do terreno procurando a bola e organizando jogo, tal como o Silva faz no City. Se jogar um jogador mais fixo na área, como por exemplo o Cardozo, esta abordagem faz mais sentido. Agora, com um duo tipo Lima e Rodrigo, será preferível outro tipo de dinâmicas... por isso é que falta alguma coisa durante os jogos em termos atacantes, para além do individualismo exagerado de Rodrigo...


Steven Gerrard o modelo para médio-defensivo...
Ainda nesta semana, frente ao Fulham, ficou demonstrado a importância de ter um médio-defensivo que tenha uma visão e qualidade técnica (para além da física e táctica) de um Steven Gerrard. Aquele passe para o golo do Sturidge define a classe, a inteligência,... epá a qualidade psoitiva que quiserem... de um jogador de futebol. Será que o Fejsa tem isso tudo? Talvez tenha. Mas, neste momento, e olhando para os momentos de forma dos jogadores e suas características vejo um jogador que poderia acrescentar rapidamente toda essa mais valia técnica e de inteligência de jogo àquela posição "6" do Benfica. Falo de Rúben Amorim.

Parece ser quase criminoso pedir a posição para o Rúben após uma excelente exibição do sérvio frente ao Sporting. Mas, será mesmo assim? Será que os adeptos do Liverpool não poderão ter uma questão do mesmo tipo quando o Lucas Leiva recuperar da lesão? Ainda por cima com o Handerson a jogar o que tem jogado "ao lado" (leia-se um pouco mais à frente) do Gerrard? Eu penso que sim! Podemos trazer para o debate a argumentação da questão física. É verdade que Fejsa aparenta ser mais corpulento que o Amorim. Mas, isso viu-se na entrega no derby da taça de Portugal? I.e., será que o Amorim vira a cara à luta quando tal é necessário? É claro que não! Sinceramente, acho que esse argumento não é assim tão definitivo.

Ter um Gerrard na posição "6" é claramente uma mais valia para qualquer
equipa. O mais parecido que temos no plantel é mesmo o Amorim.
Se pensarmos bem, um jogador com a qualidade técnica do Amorim naquela zona do terreno, permite maior segurança na primeira fase de construção do jogo e isso poderá valer muito mais do que ter 2 metros de altura caso venham bolas pelo ar do adversário. Já agora, o Gerrard (mesma estatura do Fejsa) é mais robusto fisicamente que o Lucas Leiva, que é um pouco mais baixo (mesma estatura do Amorim). No entanto, o habitual titular daquela posição é o Lucas Leiva, que agora tem estado lesionado. Ou seja, lá a questão física não é determinante.

E, o que dizer da invenção de Arteta como médio defensivo, pelo Wenger no Arsenal? O espanhol que foi durante várias temporadas o número "10"/falso extremo esquerdo da equipa do Everton, hoje em dia foi ocupar aquela posição e com grande preponderância no futebol da sua equipa. Este é mais um exemplo em que há treinadores que previlegiam a componente técnica à física inclusive em posições onde poderiam pensar o contrário.

De qualquer maneira, quando recordo o passe do Gerrard para o Sturridge, no último encontro frente ao Fulham, só penso num jogador capaz de fazer a mesma coisa no Benfica. O seu nome é Rúben Amorim. E, só de pensar que jogadores como Lima, Rodrigo, Markovic e até o Gaitán poderiam beneficiar muito de ter um jogador com essa visão lá atrás, faz-me perguntar porque não dar isso à equipa? É também por aqui que se criam dinâmicas que retiram mais proveito dos nossos jogadores atacantes!


Compactar para ganhar...
A criação destas três dinâmicas colectivas e individuais, é muito importante para o melhoramento da qualidade do futebol atacante da nossa equipa. No entanto, existe uma última nota e que visa jogar de forma bem compacta, com as linhas defensivas, de meio-campo e atacantes algo misturadas no terreno, dada a sua proximidade de uma das outras. Isso tem o seguinte efeito: localmente, a equipa terá sempre vantagem numérica frente ao adversário. Por outro lado, também significa que haverá sempre maior entreajuda.

Equipa encarnada compacta no terreno de jogo. Não
dá para distinguir que sistema de jogo está aplicado.
Para isso ser possível, é fundamental o trabalho e concentração da dupla de centrais, que muitas vezes terá que jogar bem subida no terreno. Mas, também é exigido o mesmo grau de trabalho e concentração à dupla atacante, que deverá evitar estar entre os centrais adversários. Caso estes tentem chegar perto deles, subindo no seu meio-campo, os avançados devem criar movimentos para que essa linha defensiva recue. É pois um trabalho muito árduo para os avançados (e também para os defesas). Aliás, este tipo de jogo requer uma condição física excelente, pois é feito de muitas acelerações e travagens.

5 comentários:

  1. Bom artigo.
    Julgo que, infelizmente, Amorim cai por terra a partir do momento em que, mais jovem que Gerrard, não consegue ter a constância dele. Especialmente na vertente física.

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    1. POC,

      O Amorim nunca vai ser um clone do Gerrard, mas é o que temos dë mais próximo do capitão do Liverpool no nosso plantel, pois tem uma inteligência de jogo capaz de jogar em qualquer posição.

      Relativamente à (falta de) constância do Amorim, é fácil criticarmos pois o rapaz não tem jogado. Contudo, sempre que o fez, e já o fez em várias posições e funções no meio-campo, cumpriu sempre e foi quase sempre um dos melhores. Porque não testá-lo?

      A vertente física é bem diferente do Gerrard, mas também digo-te, só testando o Amorim numa série de jogos é que poderemos verificar in loco se realmente ele consegue ou não atingir essa dimensão física.

      As minhas dúvidas com o Amorim prendem-se apenas com questões clínicas, i.e., se ele terá ou não tendência para ter várias lesões. Tendo em conta o seu historial, poderei levar a dizer que sim. No entanto, se alargar a linha temporal, noto que ele em 2008-2009, 2009-2010 e 2010-2011 esteve sempre à disposição de Jorge Jesus. Ou seja, este recente historial clínico poderá ser apenas pontual...

      Eu arriscava, até porque o futebol português não tem nem metade da dimensão física do futebol inglês.

      Depois há outro "pormaior", com Amorim naquela posição o mais certo é termos ainda mais posse de bola. Face a isso, quantas vezes é que realmente o Amorim tinha de impor o físico, sobretudo, em tarefas defensivas?

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  2. Desde quando o Liverpool é exemplo para alguém?! Uma das equipas mas irregulares da Premier League ... Com um dos melhores avançados do Mundo, Suarez. Não podemos comparar Lima ou Rodrigo a este.

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    1. Ricardo,

      É verdade que o Liverpool, não tem sido regular. Contudo, está a apenas 4 pontos do líder, numa temporada em que tem tido sempre imensos jogadores importantes lesionados. Só para tu teres a noção: Skrtel, Glenn Johnson, Lucas Leiva, entre outros estavam lesionados para jogarem frente ao Fulham, a última partida que jogaram. Frente ao City e ao Chelsea, não puderam contar com Sturridge que esteve lesionado, se não me falha a memória, nem tão pouco com o Gerrard, que só regressou agora. Tudo isto ajuda à inconsistência de resultados deles.

      Contudo, não é argumento para vermos o que de positivo a equipa tem mostrado.

      Eles não têm apenas um dos melhores avançados do mundo, o Suarez. Eles têm é uma dinâmica atacante espectacular, que penso dadas as características do nosso ataque, podemos importar.

      Lima e Rodrigo são jogadores, conforme tive oportunidade de dizer no texto, que gostam de ter liberdade no ataque. Gostam de vir atrás, cair nas faixas, fazer diagonais de penetração, ter bola nos pés. Acho que o Rodrigo, poderá vir a ser uma espécie de Suarez, se quiser. Aliás, penso mesmo que poderia evoluir muito se o fizesse. E o Lima poderá ter facilmente o papel de Sturridge.

      Esta dupla inglesa não para quieta e o mais engraçado é que eles normalmente nunca estão na posição "9" (do avançado entre os centrais), apenas aparecendo nela nas situações de finalização.

      Depois a forma como o Coutinho tem evoluido é brutal e muito interessante. Brendan Rodgers está a fazer crescer um jogador que à pouco mais de um ano apenas jogava como falso extremo esquerdo tentando procurar desiquilíbrios frente aos laterais adversários. Hoje, é vê-lo fazer carrinhos, pressão intensa sobre médios adversários, pegar na bola, transportá-la, pelo centro, fugir para a faixa, criar desiquilíbrios, temporizar, penetrar na área,... o que tu quiseres. A fluidez do seu jogo é por demais. Algo, que por mais que gostemos do Gaitán, não o vemos fazer no Benfica... muito por culpa de ficar demasiado agarrado à linha. Já agora, também não vemos muitas vezes o Lima fazer o que o Sturridge faz, porque está demasiado agarrado aos centrais adversários.

      Depois a entrada de Gerrard para médio defensivo, foi das melhores coisas que aconteceu no 'Pool. Ganham ali um leão e um "playmaker" por excelência, garantindo desde logo uma melhor qualidade de saída de bola.

      Faltará ao Liverpool, talvez o nosso quarteto defensivo... já pensaste nisso?

      ;)


      P.S.: Já reparaste que Lima e Rodrigo têm as suas melhores exibições, quando fogem muito às suas posições "naturais", i.e., quando procuram as faixas, as entre-linhas,... Ora para isso acontecer com maior fluidez, é preciso que os jogadores que tempos nessass posições também eles se movam para outros espaços dentro de campo.

      O Brendan Rodgers e o Liverpool, dão-nos exactamente uma forma de fazer isso.

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  3. Pessoal,

    Hoje há Arsenal - Liverpool, em jogo dos oitavos de final da Taça de Inglaterra. No Arsenal faltará o Walcott, assim como no Liverpool faltará o Glenn Johnson.

    Será muito interessante ver este duelo e observarmos as dinâmicas das duas equipas que falei no texto, para podermos avaliá-las melhor.

    Não deixem de ver o encontro!

    ;)

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