25 maio 2016

A Besta (Parte III)


A típica história do adepto que levado pelas emoções se transforma numa autêntica besta.

RAP e o coração na boca
É de conhecimento geral que o humorista Ricardo Araújo Pereira, aka RAP, é um Benfiquista assumidissimo. Não sendo apenas um adepto, é também sócio e, inclusive, accionista do clube encarnado. Mas, desde que se tornou numa figura pública tem tido um papel de maior destaque no que toca a assuntos do Benfica, sendo quase sempre chamado a proferir uma opinião sobre os mais diversos temas. E, foi por isso que em Junho passado, quando Jorge Jesus saiu do Benfica, ele questionou de forma emocionada as razões para que a "estrutura" encarnada tenha deixado o técnico bicampeão sair daquela forma para o rival da segunda circular. Nessa altura, RAP aproveitou para tecer duras críticas e demonstrar muita descrença no ano desportivo que viria a inicializar-se. Sendo figura pública e uma espécie de opinion maker nestas questões clubísticas para o Benfica, o seu estado de espírito rapidamente contaminou muitos adeptos encarnados, criando-se um clima negativo à volta da equipa, muito antes do começo. Reparem que a descrença do RAP era tal que ele apostou em directo para a televisão que se o Benfica ganhasse o campeonato ele viria a público dizer que era uma besta.





E, não é que ele teve que assumir-se como uma?! Não sem antes, ter expressado a sua visão dos temas, em tom cómico como que tentando fazer como Gil Vicente, ou seja, ridendo castigat mores. Destaco as seguintes afirmações, da sua intervenção no sábado passado e que o leitor pode ver no video acima, com as explicações que penso serem importantes para desmontar o RAP e o comum emocionado adepto encarnado:

«Uma equipa só de jovens não ganha.»
Este é o argumento mais usado pelos adeptos encarnados e até de outros grandes clubes para aceitarem os motivos para não se ter apostado na formação em Portugal desde os inícios dos anos 90 (com a geração de ouro). Mas, será que é realmente válido? É com toda a certeza se um clube grande apostar de hoje para amanhã num onze da equipa principal formada por seniores de primeiro ano, ou até de júniores de último ano. Isso, é o que os clubes tesos faziam - falo do Sporting durante muitas épocas - e com resultados paupérrimos a nível desportivo. Mas, será que isso era o suficiente para castrar a ideia? Claro que não! O Benfica desta temporada é o melhor exemplo de como fazer isso. A intenção do Benfica é daqui a 4 ou 5 anos ter um onze titular formado por uma maioria made in Seixal. Mas, isso não quer dizer que vão meter onze miúdos no onze titular nessa altura. Ou sequer que isso vai ser feito na altura. O projecto do Benfica, por tudo o que temos visto, visa exactamente um processo de adaptação e evolução até atingir essa meta. Logo, porquê criar ruído? Ainda para mais, depois da prova desta temporada?

«O Benfica tem que ser Renatos, Gaitáns e Jonas.»
Mas, isso não é o que todos nós queremos? Inclusive a própria estrutura? Contudo, uma coisa é o que desejamos e outra bem diferente é o que a realidade nos possibilita. Por exemplo, o que o Benfica poderia fazer para fixar mais algum tempo o Renato na Luz? O que o Renato vai receber no Bayern Munique é mais do que o vencimento de topo que existe no Benfica. Isto para não falar do montante irrecusável por parte do clube alemão. É que o mercado em que o Benfica está inserido, o mercado Português, é bem limitado em termos de receitas ordinárias que o alemão ou outro dos grandes campeonatos europeus. Logo é preciso para competir ao mais alto nível obter receitas de forma extraordinária, i.e., através de transferências de jogadores. Ora, o que o Benfica está a tentar fazer para nivelar as diferenças com os grandes europeus é simplesmente tornar estas receitas extraordinárias em ordinárias, no sentido de haver uma certa estabilidade a nível de valores obtidos anualmente nas transferências. Pelo menos, durante esta fase em que é importante pagar os investimentos feitos através da contracção de empréstimos bancários. Raciocínios idênticos pode-se fazer perante um jogador de classe mundial no pico da sua forma como o Gaitán ou um craque veterano como o Jonas, que recebam propostas acima da média tanto para eles como para o Benfica.

«Atravessar a auto-estrada a correr pode resultar, mas é estupidez.»
Esta afirmação foi preferida como argumento para a aposta no novo paradigma quando o anterior estava a funcionar. Logo a abrir, o RAP comete o erro de pensar que a solução anterior era a única e a melhor. Este é um erro muito comum das pessoas. Elas, nem sequer percebem que mesmo estando a ganhar, podem não estar realmente a ganhar. Por exemplo, se o Benfica para ganhar tem de se endividar mais do que as suas reais capacidades, isto é o quê? É má gestão! Depois, é preciso entender que não há apenas uma fórmula de sucesso. Se assim fosse, perante estas pessoas, era fácil perceber quem seria o campeão: o clube mais rico. Ora, como é óbvio isso não é condição necessária e suficiente para vencer-se no futebol. Numa altura que se fala cada vez mais em produtividade, o Benfica tomou a decisão acertada de melhorar esse indicador. Se formos a ver bem, o Benfica de Rui Vitória é talvez a equipa com melhor rácio de vitória por valor orçamentado em Portugal, para cada competição em que está inserido e comparando com as equipas dessas competições. Portanto, acredito muito pouco que isto tenha sido algo feito em cima do joelho por parte da direcção do Benfica. Há aqui muito de moneyball e de gestão de alto calibre que o comum adepto apaixonado não está habituado nem preparado para entender.

«Se estás a ganhar está quieto! Não mexas!»
Esta então é de bradar aos céus... no mundo empresarial... aliás, no mundo cão, isto só acontece quando tens o monopólio da tua actividade. Ora, o Benfica não compete sozinho. E, pelo que vimos esta temporada, os rivais estão cada vez a jogar mais com tudo o que têm e não têm, dentro e fora das quatro linhas. Ou seja, se o Benfica ficar parado no tempo, a fazer as coisas como sempre fez, rapidamente será alcançado pelos rivais na luta pelos títulos a nível nacional. Parar é morrer! É preciso inovar. É preciso estar sempre a efectuar correcções. E, é assim que vamos estando sempre à frente da concorrência.




P.S.: Quando o RAP fala da equipa ter que ter jogadores como Renatos, Gaitáns e Jonas, está a exprimir um receio de que a "estrutura" encarnada veja apenas os números das receitas e não tenha sensibilidade para perceber o peso desses jogadores no plantel e no terceiro anel da Luz. Talvez, a renovação de contrato de Júlio César (por mais duas temporadas) seja a melhor resposta a este tipo de dúvidas, não acham?!


14 comentários:

  1. .......uma (ou duas) coisa é certa............nem o Filipe Vieira se deve "armar" em HUMORISTA....nem o Ricardo A. Pereira, se deve "armar" em gestor de FUTEBOL.......qualquer deles fará "BORRADA".........cada macaco no seu galho...........

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    1. Ora nem mais. No entanto, isto não é um caso de dividir o mal pelas aldeias ou de que ambos estão a comportar mal. Houve sim um comportamento meramente emocional do RAP que se tivesse sido mais racional e feito as perguntas certas teria conseguido perceber algumas das respostas que aqui dei.

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  2. rap limitou-se a dar a sua opinião.

    era o que faltava não ter esse direito.

    e nem disse nada do outro mundo. nem sequer falou contra RV - o que ele pensa é que demos ao sporting uma arma. enquanto o jj estiver no sporting, o sporting-anedota não existe. é um sporting forte. o sporting este ano não ganhou nada mas foi muito superior ao sporting campeão de 2000 e 2002. eu prefiro o sporting que em dezembro esta a 12 pontos do Benfica.

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    1. Mas alguém aqui disse que ele não pode opinar?!

      Agora convém é saber opinar com alguma argumentação que a sustente, pois não o fazendo corre o risco de passar por besta.

      E vou mais longe. Sabendo da cultura do RAP penso que ele poderia ter sido mais racional quando expressou a sua opinião. Ou pelo menos pensado um pouco mais e procurado informar-se sobre qual era a ideia para o Benfica.

      Sendo figura pública, acaba por ser um opinion maker pelo que tem de assumir as suas responsabilidades.

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    2. Eh pá, esse argumento de que demos o JJ ao sporting deixa-me os cabelos em pé! Que argumento mais estúpido. Também demos Maxi ao porto? O JJ foi para onde quis ir. O erro histórico de que falou RAP nunca existiu porque JJ nunca ficaria no Benfica. LFV andou uma ano a dizer que a renovação com o treinador estava nas mãos dele, jesus, e este nunca se chegou à frente a dizer que sim, que ficava, até porque já andava nas nossas costas a ter encontros secretos com os lagartos.

      Além disso, esta época, a arma do sporting foram as arbitragens que lhes deram mais 10 pontos. Não fosse isso e a grande temporada do sporting tuinha sido a miséria que de facto foi.

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  3. Aqui não concordo.

    O RAP apenas se limitou a dar a sua opinião e que excepto a parte em que dá a entender que sem JJ o Benfica não é nada, até concordo com ele.

    Correu bem e ainda bem. Mas a realidade é que LFV arriscou tudo. Pelo menos para mim, se estás bem e arriscas é pura estupidez. E não é por ter saido o JJ que arriscou tudo, há uma série de coisas que complicam os processos, como por exemplo a venda de jogadores em excesso. RV está um pouco alheio a isto, embora naquela altura começou mal e as criticas vieram ao de cima, mas quanto a mim nunca foi o ele o "diabo" que dificultou o inicio de época, aliás, ele foi o principal obreiro do Tri.

    De resto partilho a 100% da mentalidade benfiquista do RAP. Eu não me contento com um Tri em cada 40 anos, eu quero mais. Claro que não se pode ganhar sempre, mas a maioria das vezes tem de ser nosso. Pelo menos tentar fazer isso e não aproveitar dois ou três titulos seguidos para mudar as coisas e vender metade do plantel. Mais do que querer eu preciso. Preciso que o Benfica ganhe. Aí revejo-me nas palavras do RAP, que na minha opinião foi injustamente criticado.

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    1. Ó Kamikaze, leste o artigo? Viste como facilmente se desmonta aquelas afirmações vazias?

      Porque se continua a pensar que ele está correcto e não a direcção neste caso? (Atenção que não morro de amores pela direcção mas há coisas que temos de tentar no mínimo entender para depois poder criticar.)

      Repara que o tri foi ganho pela estrutura. Foi ela que ao contrário de muita gente manteve o Jesus e este deu o bicampeonato. Foi ela que vendo que tinha de mudar o paradigma, deu-nos o tri. Porque é que afirmam que não conseguiremos o tetra?! De onde vem essa segurança nesse triste destino?! Porque é que um simples adepto acha-se mais competente e informado que profissionais da área?! Não será que muitos de nós adeptos não sofremos da PDM? Ou que achamos que somos doutores do futebol?

      Eu acho que sim. Acho até que é perfeitamente normal. Agora acho uma patetice completa quando chega a estes níveis. Ao nível do jornal da noite para toda a nação ver. Ao nível do opinion maker. É que isso até tem consequências mais negativas do que positivas.

      Para ti estás bem e arriscas é pura estupidez. Agora pergunto-te o que é estar bem? É apenas ganhar campeonatos? Para a maioria dos adeptos resume-se a isso.

      E o resto? E se o clube olhando para as suas finanças perceber que ao ritmo delas provavelmente nunca atingirá a independência financeira? Pior, e se ele perceber que está a gastar mais do que ganha? Achas que isso trás sustentabilidade e que a médio prazo conseguirá manter o sucesso?

      Exemplo: o que achas que aconteceria quando houvesse falta de liquidez financeira na tesouraria da SAD? Numa situação limite deixaria-se de pagar aos jogadores e haveria salários em atraso... onde já ouvi isso no Benfica? Lembraste do célebre verão quente? Houve também muita responsabilidade da direcção em ter chegado ao ponto que chegou. Tinham comprado o Futre por puro impulso emocional e esqueceram-se de fazer uma análise de sustentabilidade. Meses depois não havia dinheiro e depois houve a debandada...

      É um pouco isto que está em causa com esta mudança de paradigma no futebol encarnado. Depois há outras coisas que se pretende alavancar com este modelo: as receitas.

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    2. O Benfica efetivamente está bem a nivel desportivo e financeiro. Tem tudo para dominar o futebol português e alcançar outro patamar internacional.

      Todos sabemos que isto não funciona assim, mas o Benfica teria o passivo abatido dentro de uma década quando terminar o contrato com a NOS. Pode ir vendendo alguns jogadores a grandes preços todos os anos e reforçar devidamente os pontos fracos do plantel, sustentado numa base experiente. Isto tudo para ir subindo degrau a degrau o nivel até chegar ao topo. Pois o problema é mesmo esse, a vontade de diminuir as próprias dividas e as negociatas entre empresários superam a vontade de evolução do clube. Destronar uma equipa campeão é o mesmo que "atravessar a auto-estrada a correr", é demasiado arriscado e podia meter em causa tudo o quese tem feito nos ultimos anos. Um Bi não é rigorosamente nada a meio de um processo de passagem de hegemonia. Enfim... se calhar sou eu que sou demasiado lirico e que vivo o Benfica de tal maneira que a emoção supera a razão. Apesar de tudo eu gosto de viver o Benfica assim, porque foi assim que aprendi a gostar dele.

      Até posso estar redondamente errado, mas eu acho que este tipo de mudanças quando estás a ganhar não fazem qualquer sentido. Agora que temos um treinador competente e que fará de um mau jogador num bom jogador e de um bom jogador num excelente jogador e um plantel com Jonas, Fejsa, Jardel, etc que mantém um misto de experiencia com a juventude dos que entram para o plantel principal... temos de aproveitar para dar o salto para um dominio sustentado e seguro. O Benfica tem de estar sempre em primeiro na lista de prioridades. É apenas e só isso que eu enquanto sócio exigo a quem dirija o Benfica.

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    3. O teu receio já foi o meu, mas ultimamente tenho debruçado sobre a forma como eles estão a resolver os problemas e estou um pouco confiante com a forma que eles estão a resolvê-los.

      Um dos problemas no tempo do Jorge Jesus eram os gastos redundantes que se fazia nas contratações. Havia jogadores que eram contratados por indicação do departamento de prospecção encarnado e outros por exigência do treinador. Mais, realçar que o Jesus gosta de trabalhar com planteis extensos, da ordem dos 28 jogadores, sem contar com os da formação.

      Ora isso colidia um pouco com o modelo de sustentabilidade que estavam a querer impor. Por exemplo, o caso do Nolito versus Ola John. Algum de nós tem problema em afirmar que o espanhol se tivesse ficado teria rendido muito mais dinheiro que o holandês contratado por indicação do ex-treinador encarnado? É claro que não! Basta ver onde um e outro estão, apesar da diferença de idades. Em suma, embora estivéssemos a ganhar, os custos dos gastos que fazíamos ia empilhando a nossa folha de dívidas. Era preciso inverter isso.

      Depois, será que são assim tantas as negociatas com os empresários? Será que não são necessários vários negócios por vários motivos? Repara bem Kamikaze, o modelo do Benfica visa o aproveitamento do jogador da formação. A melhor forma de evoluir um jogador da formação é este estar inserido num contexto de excelência. Ou seja, ele tem de treinar com os melhores. Quer sejam no seu como noutros escalões. Mais, quando se aposta na formação, por mais que hajam jogadores com excelentes indicações aos 16 anos, até aos 18 ou 20 anos, isso pode-se alterar completamente. Logo, o que se pretende é que hajam mais valores por geração. E, que através da competitividade interna, as necessidades da equipa principal, possam os melhores serem inseridos nela. E é aí que entra os empresários. Neste modelo, é importante o Benfica nos escalões mais avançados, como os júniores de último ano e seniores de primeiro ou segundo ano (equipa B), crie uma "piscina" de jogadores de qualidade. Podes não acreditar, devido à quantidade de jogadores que vêm para o Benfica, mas esta é a forma mais barata de operar neste modelo. Mas é mais barata como? É porque, embora estejamos a falar de alguns milhões por ano, eles mesmo que não continuem na Luz acabam por ser emprestados e nesses empréstimos acaba-se por fazer algum encaixe em prémios. Isto para não falar que os custos dos vencimento e prémios de jogo, são suportados pelo clube que solicita o empréstimo. É essa a política do Benfica. Por isso, é que há poucos empréstimos de jogadores em clubes de 1ª Liga (um jovem craque do Seixal ganha cerca de 5k€/mês o que é bastante para a realidade do futebol nacional). Logo, em caso do jogador não render, o seu custo é minimizado. Depois, há outro fenómeno que os adeptos desprezam imenso, mas quem tem e está no mundo dos negócios percebe perfeitamente: as boas relações entre entidades. Não estou a falar em favorecimentos explícitos. Estou sim em falar de relações de proximidade tanto entre empresários que controlam diversas zonas do globo e clubes que operam nessas zonas do globo. Por exemplo, acredito que jogadores como o paraguaio Vera que nos custou cerca de 3M€, acaba por abranger não só o passe do jogador, mas também uma espécie de garantia futura sobre outros jogadores no viveiro do clube do ex-jogador do Benfica, o Carlos Gamarra.

      (Continua...)

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    4. (... Continuação)

      Obviamente, que tudo isto tem de estar sempre sob o nosso olhar atento, pois facilmente pode haver aqui situações pouco claras e o controlo do custo mínimo tem de ser sempre um dos objectivos a melhorar de ano para ano. E é por saber que esta gestão encarnada tem isso em mente, que me dá confiança para pensar que estou a atravessar a autoestrada numa ponte pedonal. Depois, penso que o Benfica tem tido uma posição de transparência bem superior à maioria do mercado e isso não é realçado por muita gente.

      O que me preocupa mais para te ser sincero é se eles desafinam o equilíbrio que a equipa principal tem entre jogadores veteranos e jovens, passando pelo número de jogadores de alta qualidade no melhor momento da carreira. É que esse equilíbrio é fundamental para a sustentabilidade deste modelo. Porque é ele o garante do sucesso desportivo e com isso a valorização dos jogadores (ninguém quer comprar jogadores perdedores).

      Mais, também estou convicto que o modelo actual seja algo que a direcção pretenda que vigore para sempre. Penso que eles têm ambição para daqui a poucos anos, poderem ter condições para manter um núcleo duro de jogadores de grande qualidade e assim tentarem algo mais a nível europeu e internacional. Mas, as coisas têm de ser feitas sustentavelmente.

      ;)

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    5. Acho interessante a tua visão sobre a gestão da direção.

      E só queria acrescentar no que diz respeito ás negociatas. Eu repudio completamente essas jogadas de bastidores do mundo do futebol e principalmente no Benfica, mas para ser um pouco mais realista tenho também de referir que ás vezes é dificil fugir desses esquemas, porque caso contrário perde-se influência em certos empresários e depois não se arranja jogadores. Mas mantenho que isto tem de acabar e devia ser tudo investigado, desde o Oriental até aos três grandes. O dinheiro tem forçosamente de ser canalizado para o Benfica e não para os bolsos dos dirigentes, empresários, seja quem for.

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    6. Kamikaze, não é só isso. Uma coisa que o pessoal não repara é que Portugal é o país da europa onde o TPO (third party ownership) é a ferramenta maid utilizada como fonte de financiamento dos clubes para comprar jogadores. Porquê? Para evitar juros elevados de empréstimos bancários e para reduzir o risco de investimento. Aliás este é um dos temas que tenho de ver se escrevo agora durante o defeso, pois talvez ajude muita gente a ter outra visão do porquê certos negócios. 😉

      Sobre negociatas à custa do clube para camuflar desvios penso que todos nós repudiamos. O que eu não condeno é alguns relacionamentos que foram sendo estabelecidos.

      Por exemplo, mal ou bem o Atlético de Madrid tem sido um comprador no Benfica. O Jorge Mendes tem fornecido uma excelente cadeia de distribuição dos jogadores encarnados, ajudando nas receitas do Benfica. Obviamente que ele deve receber os seus dízimos... mas todos os empresários fazem o mesmo.

      Mas o Benfica não negoceia só com eles e tem tido essa atenção pois sabe que as coisas estão sempre a mudar.

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  4. Caro Guerreiro da Luz,

    É extremamente satisfatório ver tão bem explicadas ideias que partilho. Também eu lancei um apelo ao RAP para que pondere melhor as suas opiniões públicas sobre a estratégia seguida pelo nosso Clube.
    http://chamaqueanima.blogspot.pt/2016/05/carta-aberta-ricardo-araujo-pereira.html

    Saudações Benfiquistas

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