05 dezembro 2016

Fomos parados de diversas maneiras...


... não é Mitroglou?


Uma espécie de "mannequin challenge"
A exibição do ponta-de-lança grego na Madeira, não me surpreendeu. Já há muito que tenho falado sobre o seu reduzido rendimento dentro de campo. Penso que ele pode fazer muito, mas mesmo muito mais do que tem feito, pois tem qualidade para tal. No entanto, o jogo no "Caldeirão", foi um "bater no fundo" a nível exibicional. Se não vejamos... sabem quantos toques na bola o Mitroglou deu em todo o jogo? 10! Em 90 + 6 minutos de jogo, o internacional helénico deu apenas 10 toques na bola. Destes 10, 2 foram remates não enquadrados e 6 foram passes, sendo dois destes efectuados nos pontapés de saída. Ah! E nenhum duelo de cabeça ganho. Só para colocar melhor em perspectiva, o Raúl, em menos de 15 minutos em campo teve tantos passes e remates que o grego em 90, e isto para não falar nos dois duelos ganhos de cabeça. Foi uma exibição toda ela à "mannequin challenge" e assim não dá "Mitro".


Jogar de costas para a baliza
Muitos adeptos continuam defendendo a sua utilização com o argumento de jogar de costas para a baliza. E, muitos pensam que jogar bem de costas para a baliza é segurar os centrais, como um porteiro de discoteca segura os prevaricadores, e mesmo assim receber a bola no pé e dar continuidade ao jogo. Nada de mais errado. Se assim o fosse, então as suas hipóteses de sucesso seriam sempre pequenas, pois os centrais jogando de frente para o lance acabariam sempre por se antecipar ou cortar o passe. Oh! Mas espera! É isso que acontece na realidade! Estão a ver como estão errados... o jogar de costas para a baliza não é "encostar" nos adversários e ter uma atitude passiva e expectante que a bola lhe seja endereçada. É preciso ser muito mais activo.


Seguir o exemplo de Zlatan
Um belo exemplo para o Mitroglou é o Ibahimovic. O sueco não é um jogador veloz. Mas, usa bem o seu poderio físico, a sua técnica e inteligência de jogo para compensar a falta de velocidade. Já falei aqui dele. Mas, apesar de ter a lacuna da velocidade, tem uma mobilidade em campo gigante que compensa tudo o resto. E é isso que o Mitroglou precisa de fazer. É certo que ele deve esticar o campo subindo no terreno, puxando um pouco a linha defensiva do adversário mais para trás, mas ao mesmo tempo ele tem de aparecer nos espaços entre-linhas e até de construção de jogo. Deve e tem de comunicar mais com o Gonçalo Guedes, podendo alternar posicionamentos de quando em vez com o jovem português. Não pode ser tão estático lá na frente. Ao contrário do que possam pensar, isso só contribuiu para quem defende. Primeiro, porque sabe sempre onde o jogador vai estar, i.e., deixa de existir factor de imprevisibilidade. Segundo, e talvez a pior consequência, é que ficando lá na frente de frente para o nosso jogo, acaba por ser mais um homem a ocupar um espaço que poderia servir de penetração para um jogador que viesse de trás. Ou seja, acaba por engrossar a muralha defensiva do adversário, em vez de a romper. Mais, nem sequer podemos falar muito de um desgaste físico, porque o Zlatan, muitas vezes joga a passo. Tem tudo a ver com o que deve ser feito em cada momento do jogo. Por exemplo, se estamos a lançar um contra-ataque, valerá a pena desmarcar-se ou procurar o espaço livre com a sua velocidade, ou deixar isso para um colega mais veloz e ficar entre-linhas para dar o apoio frontal? Reparem que é isso que o Zlatan faz muitas vezes e com um sucesso brutal, pois quando isola o colega, das duas uma, ou resulta no golo deste, ou este mais à frente devolve-lhe a assistência para o golo.


Diego Costa é o protótipo do avançado actual
O avançado hispânico-brasileiro ao serviço do Chelsea pode ter muitos defeitos, como por exemplo a sua atitude quezilenta em campo. Contudo, do ponto de vista técnico, táctico e físico é do melhor que existe. A exibição dele frente ao Manchester City de Pep Guardiola é digna de figurar como modelo para todos os jovens avançados. A meu ver, o nosso Raúl Jiménez pode-se inspirar um pouco nas movimentações que o camisola 9 dos blues faz em campo. É daquela mobilidade e objectividade que precisamos. Aliás, penso mesmo que o que o Diego Costa fez frente ao City é o que a integração do Raúl no onze encarnado pode oferecer. Cabe agora ao Rui Vitória dar-lhe as oportunidades que ele precisa, pois sem jogar torna-se mais difícil...



23 comentários:

  1. Caro PP não pudemos nem devemos comparar estilos de jogador, porque Ibrahimovic foi trabalhado como 2º Avançado sendo que ainda jovem chegou ao Ajax e lá esteve durante umas épocas, lá aprendeu a se relacionar com o espaço e tempo, o futebol holandes é muito evoluido nessas questões...ou pelo menos era...não te esqueças que a componente mental é muito importante e nesse aspeto Ibrahimovic é TOP, não te esqueças que ele é cinturão negro em Taekwondo, logo tem capacidades fisicas e mentais que mais nenhum jogador de topo tem.

    Queres comparar Mitroglou com algum jogador tem, só o podes compara com o Cardozo com o Bas Dost com o Higuain, que são jogadores que não se dão muito à equipa que são menos móveis, mas que ao mesmo tempo são finalizadores de alta capacidade.

    Mitroglou não encaixa com Guedes, até pode funcionar uma ou duas vezes, mas não encaixa o Grego é homem de área, nada mais que isso, e Guedes é furacão corre por todo o lado, mas poucas vezes levanta a cabeça para olhar, logo não consegue combinar muito bem com Mitroglou...
    Jonas embora mais lento que Guedes, joga de cabeça levantada e consegue perceber sempre onde está o grego e o que fazer para sair golo.
    Como é lógico as coisas não têm estado bem para Mitroglou, e com isso a sua confiança tb se foi um pouco abaixo, mas atenção não o subestimem, metam-lhe o Jonas ao lado e vais ver o que é o corropio de Golos...


    Agora Diego Costa, Luis Suarez, Benzema, são jogadores diferente mais versáteis e todos eles na formação passaram por outras posições, não te esqueças que o Suarez do Ajax era muito diferente daquele que saiu do Liverpool para o Barça, em contra partida o Mitroglou saiu cedo da Alemanha para a Grécia e se o trabalho fisico e tático estava bem feito o resto não evoluiu muito mais pois na Grécia não precisas de muito para ser bom....basta seres competente...

    Jimenez é um Guedes com mais fisico e mais cheiro de área, ainda assim ambos juntos têm muito pouco apetência pela baliza, falta-lhes sangue frio.

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    1. O Higuain é pouco móvel? Ou não se dá à equipa? E isso da versatilidade tem muito a ver com o que se pede do jogador à equipa.

      O Zlatan quando foi para a Juventus não se deu porquê? Porque não se deu à equipa. O mesmo aconteceu em Barcelona. No entanto, ele percebeu que tinha de mudar e mudou.

      O Mitroglou tem de mudar, mas se calhar pelas palavras que leio e oiço, o que tem realmente de mudar é a forma que queremos que ele jogue. Se calhar o Mitroglou até pode fazer diagonais, vir atrás, procurar o espaço nas costas dos defesas, etc (até porque já o vi fazer na sua carreira). O problema é que pensamos que o processo é ele ficar feito homem estátua quando não é isso que é necessário.

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  2. esse e o mesmo problema de um jogador como o chicharrito nao estar num clube de topo, vi isso numa analise no youtube que o mexicano tb so procura o golo e fase de construçao tb e 0. o jonas faz muita falta ao mitro isso e verdade

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    1. Por acaso, à primeira vista não concordaria com isso do Chicharrito. Pelo conheço dele é um jogador super voluntarioso, que está constantemente à procura e a criar espaços... se puderes coloca aqui o link desse video que falas. Fiquei curioso...

      ;)

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  3. Diego é um bom modelo para o Jimenez.
    Hoje gostei muito da exibição dele!

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    1. Dá-lhe 10 jogos consecutivos e não vais querer outra coisa.

      ;)

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    2. 10 jogos seguidos? E quantos perderemos?

      Viva o Benfica!

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    3. Tu não me digas que foi por causa do Raúl que perdemos frente ao Nápoles?!

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    4. Perdemos o jogo com o Nápoles por causa de todos menos o Ederson.

      A questão do Ppimenta 6 será mais quantos não ganharemos...

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    5. É preciso acreditar no processo. Penso que o Raúl é um jogador que serve melhor o nosso processo de jogo ofensivo. Neste momento emprega mais energia e o seu rendimento não é o melhor. Mas dá aquela energia que a equipa precisa. Penso que com maior número de jogos o rendimento dele que embora não seja mau vai melhorar ainda mais. Por isso defendo-lhe essa série de jogos.

      Mudar só porque perdemos é contra-natura. É sinal que não há um plano. Agora o assunto muda de figura se perdermos sucessivamente. Mas aí temos de identificar os motivos que nada tem a ver com a entrada do Raúl na equipa.

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  4. Diego Costa é um escarro que devia ser irradiado do futebol. Não destoaria num FCP de André Pai, João Pinto, Paulinho Santos e companhia.

    Quanto ao número de toques, como disse noutro comentário, Mitro consegue ser perigoso até sem tocar na bola, pelo que estes dados estatísticos têm de ser enquadrados. Jiménez no Caldeirão deu 7 toques na bola. Algum desses toques colocaram a equipa mais perto do sucesso do que os 10 do Mitro? E queremos muitos toques ou toques com critério?

    Ou indo para o jogo de ontem. Jiménez dá 40 toques (41, que o site de estatísticas que uso parece não considerar o ressalto que dá origem ao lance do golo). Desses 41 retiramos 2 (ressalto e remate). Dos 39 que sobram, quais os que ajudaram a equipa a ficar mais perto de ganhar o jogo? (E não digo aqui que não os houve, em certos momentos da primeira parte o Jiménez conseguiu intercepções importantes na rabia que o Nápoles veio jogar à Luz.) E quantas movimentações sem bola é que o Jiménez conseguiu que ajudaram a criar espaço para a equipa brilhar?

    Mitro está a precisar de descansar ou de se refocar, isso até o mais acérrimo defensor consegue perceber, só que Mitro em forma faz com que a equipa esteja mais perto de ultrapassar o adversário do que com Jiménez na mesma condição. Neste momento a única coisa que joga a favor do mexicano é a baixa de forma de Mitro. Eu preferia que fosse por estar efectivamente melhor...

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    1. Podemos não gostar da personalidade do Diego Costa, mas ele joga e luta muito. E não sendo um defensor da sua forma de estar em campo reconheço que por vezes é preciso ter uma personalidade daquelas do teu lado. Ele consegue mudar o jogo pela sua personalidade conflituante. Isso pode ser utilizado para o adversário perder o foco. Não gosto desse lado negro do jogo, mas não o entender e até de certa forma o abraçar não é inteligente.

      Dos 39 toques quais os que ajudaram a equipa a ficar mais perto de ganhar? Viste quantas vezes ele ajudou no processo ofensivo e nas transições ofensivas a equipa? Recordo-me de por exemplo ter ajudado a equipa em dois contra-ataques. Recordo-me de ter ajudado a equipa em dar-lhe profindidade de forma a aliviar a pressão que o Nápoles fazia. Lembro-me de ter retido um pouco a bola e esperar que a equipa subisse um pouco. Lembro-me de dar linhas de passe para apoiar as movimentações dos extremos (o chamado jogo de apoios).

      Depois estás a comparar 39 toques em 696 de toda a equipa, com 10 toques em 817 de toda a equipa frente ao Marítimo?! O simples facto de haver mais passes para o Raúl significa o seguinte:

      1) maior apoio do avançado no processo ofensivo
      2) maior mobilidade e descoberta de espaços para haver linhas de passe para ele
      3) maior retenção de adversários para ele

      Agora o problema não está nos 39 toques do Raúl. O problema está nos 37 toques do Cervi e nos 55 do Salvio. Olhas para outras equipas que jogam com 4 médios e percebes que estes deveriam ter números superiores.

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    2. Eu não estou a comparar nada, estou simplesmente a dizer que isto de número de toques é bonito, mas não te diz nada quando não enquadrado.

      Pensemos numa "assistência" que o Mitro fez, acho que no jogo contra o Paços. Aquele momento em que deixa passar a bola entre as pernas para o Sálvio ou o Guedes aparecer à entrada da área sem oposição e rematar para golo. Aquilo foi um não toque. Aquilo não conta como assistência, no entanto sem aquele movimento não se geraria o desequilíbrio. Como se contabiliza aquilo na estatística dos toques?

      Ou pensemos na acção de Mertens ontem (20 toques em meia hora). Se ele apenas tivesse os dois primeiros toques na bola que deu (ambos na jogada que dá o primeiro golo), teria tido um jogo fraco?

      Agora o Diego Costa. Eu não quero um avançado que na cara do golo prefere forçar o penalti e que me deixa a tremer com a possibilidade de ficar reduzido a 10, no decorrer de todas as partidas, por decidir armar-se em parvo. Infelizmente o seu feitio não é indissociável da sua forma de jogar. No thank you.

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    3. Sobre o DC: não se pode pedir uma elevação e uma atitude contra o anti-jogo e andar-se a usar o Diego Costa como exemplo do jogador moderno... Até o Callejón ontem, com os seus dói-dóis depois do golo, demonstrou genericamente mais sentido de fair-play do que o DC alguma vez na sua vida.

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    4. Mas isso é estares a misturar as coisas. O número de toques por jogo diz-te o envolvimento que estás a ter em termos ofensivos.

      Esse jogo do Paços é talvez o melhor exemplo de como o Mitroglou tem mais futebol que este "mannequin" que tem-nos apresentado. Nesse encontro foi vê-lo pressionar os defesas pacenses, foi vê-lo descer no terreno e combinar. Estava muito mais em jogo. E foi exactamente por estar em jogo que as jogadas tinham continuidade.

      No jogo frente ao Nápoles muitas das jogadas não deram continuidade por causa das perdas de bola do Cervi e do Salvio. Em vez de combinarem com os colegas, preferiam as jogadas individuais...

      Ora sem caudal ofensivo essas simulações em frente da baliza que são autênticos passes sem o serem deixam de existir. O que já de si é uma raridade, torna-se quase extinto. Daí a importância do número de toques.

      Mas, também tens razão quando falas do contexto. E, é exactamente pelo contexto do jogo contra o Marítimo que falo nestes termos.

      O Mitroglou tem de estar mais envolvido. É que com ele pode-se desenhar um triângulo com outros dois jogadores encarnados que possibilitarão uma situação de finalização. Sobretudo, frente a defesas compactas. Agora ficando tipo "mannequin" lá na frente não dá em nada.

      Sobre o Diego Costa. O exemplo foi dado como e emplo a seguir, não a sua personalidade mas o que ele faz em campo. O video que coloquei é um bom vídeo para um treinador mostrar o que quer que um avançado seja capaz de fazer.

      Agora, se é verdade que tem uma personalidade questionável, também é verdade que ela pode destabilizar um jogo em nosso favor. Já vi jogos em que o Chelsea ganhou porque o Diego Costa picou os defesas adversários e estes foram anjinhos e caíram na armadilha respondendo. Imagina um jogador desses no caldeirão. O tipo se não está confortável faz de tudo para ficar. Quer se goste ou não, tem os seus efeitos positivos.

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    5. RB: sem pensares que era o Diego Costa com a sua personalidade, se visses o video do City-Chelsea que coloquei o que dirias do avançado dos blues? É disso que estou a falar.

      Ah! E vou mais longe! Se o Raúl com a sua personalidade ter a mesma forma de jogar dele, e aqui leia-se o mesmo tipo de movimentações, passes, etc será top dos tops.

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    6. Vamos por partes: eu não nego o baixo momento de forma do Kostas nem sequer o estou a tentar defender só digo que o número de toques a seco não te diz nada. In extremis nem sequer o envolvimento! Seria muito mais útil um vídeo onde se mostra a falta de envolvimento (que como acho que concordamos nem sempre é um toque na bola), assim a malta tivesse tempo e disponibilidade para tal.

      Prefiro 2 toques de qualidade num jogo do que 20 que não dão em nada. Se o número de toques te dá uma medida de envolvimento, prefiro o tipo que se envolve como deve ser do que a barata tonta que se envolve por se envolver. Ah, e teremos sempre a questão dos não-toques de qualidade.

      Quando vejo o teu vídeo vêm-me lágrimas aos olhos. Não pelo DC, mas por ver um programa sobre futebol onde se fala de futebol e onde se pode aprender!

      Mais dentro de tópico: vamos ignorar por momentos a personalidade do DC (que, no Caldeirão teria sido inútil, basta ver as faltas que ficaram por marcar junto à área maritimista, umas quantas sobre o "inútil" Kostas). Aproveitamento do espaço entre os centrais, capacidade de fixar defesas, temporização para soltar a bola são precisamente as grandes pechas do mexicano. (A meu ver tem melhorado ligeiramente o terceiro aspecto.) A questão que se coloca é: sim senhor se ganhar será top. E se lhe juntar a imprevisibilidade do Messi será ainda mais top, mas temos de lidar com o que temos não com o que gostaríamos de ter...

      Em termos de amor-ódio o Jiménez é o novo Cardozo da Luz. O paraguaio aquando da sua chegada era um jogador mais estático mas com um bom sentido de ocupação de espaços. Vou aventar que dava poucos toques no jogo (seria pouco envolvido), mas os poucos que dava normalmente "contavam". O mexicano é a antítese em vários sentidos. Muito móvel só que com pouquíssimo critério o que faz com que dos muitos toques que dá, poucos sejam positivos para a manobra da equipa.

      Para estar ao nível do que o clube pede Jiménez precisa de mais do que movimentações. Precisa de critério e de melhorar coisas como o controle e a recepção sob pressão. O lance que o DC tem com o Stones não está sequer perto do que o Jiménez consegue fazer, nem sequer contra defesas muito inferiores ao inglês.

      A questão neste momento é: em dia sim Mitroglou senta o Jiménez na boa, por ser capaz dessa ocupação de espaços, por ser capaz de perceber razoavelmente quando deve passar ou rematar, por se ajustar com relativa facilidade ao companheiro que lhe dão (apesar de com um tipo como Jonas ficar tudo mais fácil). No momento de forma actual, o motivo pelo qual Jiménez merece o lugar é por falta de comparência do grego. E se o companheiro for um Guedes a precisar de descanso, então isso só fica mais acentuado.

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    7. E, o que leva-te a dizer que o Raúl tem jogado em dias "sim"? Não achas que as exibições dele possam estar condicionadas pelos nervos de querer demonstrar trabalho?

      Sobre recepções, etc, dou o exemplo do Guedes no final da época passada quando derivou da direita para o ataque. Aí parecia não render. E, não rendia por uma questão de receber bem. Ele simplesmente não estava a acertar o espaço e o momento para receber. O mesmo acontece um pouco com o Raúl.

      Por isso defendo que o Rui Vitória dê-lhe 10 jogos consecutivos. Assim não só ele irá se adaptar como o resto da equipa.

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    8. Bom, cada um viu coisas diferentes quando confrontado com a mudança do Guedes então. Ainda na pré-época eu dizia em comentários que a adaptação do Guedes ao meio seria um dos pontos de "avaliação" do trabalho do RV. E o problema maior nem era a recepção era a decisão. Pode-se dizer que ainda tem, mas neste momento está a anos-luz do que era.

      Só que acho que dotes técnicos não se melhoram necessariamente no jogo. O Guedes não melhorou as recepções e os passes por ter minutos de jogo, melhorou por ter treinado mais. Se me disseres que o entrosamento com o resto da equipa pede minutos de jogo (a questão das movimentações e de como ele e a equipa se comportam) então aí posso concordar contigo, apesar de achar que o treino também tem de servir para cobrir lacunas nesse campo.

      No que toca a "nervos de demonstrar trabalho" eu espero que ele mostre trabalho quer quando joga de início quer quando entra a 15/20 minutos do fim, como normalmente acontece (exepção feita ao jogo de Instambul). E mostrar trabalho aqui é o que foi dito sobre movimentações, temporização, etc. Se tiver critério no que faz, faça pouco ou faça muito, fico contente. E mais contente fico porque a alternativa não tem demonstrado o critério a que me habituei!

      E os dias "sim". Eu espero que o Jiménez não esteja sistematicamente a ser utilizado em dias não. Porque senão são demasiados dias não juntos e a nossa linha atacante é um puto de 17 anos da equipa B!

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    9. A maioria das críticas ao Guedes no final da temporada passada prendiam-se com as possíveis lacunas técnicas do miúdo, por causa das recepções. O pessoal associava as más recepções a problemas técnicos, quando na realidade os problemas eram outros, como viemos a perceber esta temporada.

      Da mesma forma, criticam o Raúl. Contudo, daqui a 10 jogos consecutivos, o mais certo é o avançado mexicano estar completamente alinhado com o resto da equipa e esta com ele. Nesse momento, deixará de haver estas más recepções e indecisões que ainda existem.

      Voltando ao Guedes, ainda noutro dia com outro adepto referi que o miúdo é realmente top a nível de decisão. Temos é que comparar o nível dele com a maioria dos jogadores da idade dele. Isto porque o factor experiência na tomada de decisão é muito importante. Ou seja, é ingrato compararmos o critério de jogo de um miúdo com um jogador super experiente. O que podemos fazer é dizer ao miúdo para pôr os olhos nos jogadores mais experientes e ver como estes fazem.

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    10. Caro PP
      Outra vez 10 jogos consecutivos??!! e desses 10 quantas vitórias? ;)

      Viva o Benfica!

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    11. Andava distraído com outros posts e não vi a tua resposta.

      No caso concreto do Guedes, lá está os outros viam coisas que eu não via, daí a minha surpresa com os surpreendidos. E também já o disse, comparar o Guedes com o Jonas ("alternativa" para a posição) é ingrato porque um tem quase tantos anos a jogar à bola, como o outro tem de vida.

      A questão do Raúl é simples: moldando-se a equipa em redor das suas limitações e o tipo continuando a marcar, então eu resmungo e aplaudo e estamos conversados. Agora, não tentemos fazer dele o que não é. Dificilmente será o avançado de 60 milhões, ao valor do "milhão" actual, que o "negociador implacável" quer vender a uns quantos (se bem que na Premiership o milhão é mais barato do que noutros lados). Até porque com 25 anos é tão "jovem promessa" como o Nélson Oliveira! Se me disseres que com tempo e trabalho Guedes ou Zé Gomes podem ser avançados de 60 ou 75 milhões (por motivos de inflacção...), então sim, estou disposto a dar para esse peditório. No caso de Jiménez?

      O que os 10 jogos que pedes dariam à equipa era um regresso o entendimento do que é jogar com uma espécie de Cardozo com mais mobilidade. Só que preferia um Cardozo-móvel mais criterioso. Mais do que andar a correr porque sim e, estatisticamente acabar por em alguma altura aparecer no sítio certo, correr com critério e às vezes estar fora do sítio. No fundo o mexicano e o paraguaio são muito parecidos e não falo da altura. Cardozo teve de aprender a movimentar-se fora da área para poder ser mais perigoso para o adversário. O Jiménez também. Só que o paraguaio precisava de se movimentar mais. O mexicano precisa de se movimentar melhor.

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