E é dia de crónica do dérbi.
Começo esta crónica por referir que o Bruno Lage foi o único treinador que tirou bem a fotografia ao adversário neste dérbi lisboeta. De tal forma que a equipa encarnada manietou por completo a equipa do Sporting, através de um bloco compacto, com a linha defensiva bem subida no terreno, uma pressão alta e intensa à primeira fase de construção leonina e uma contra-pressão com várias armadilhas defensivas devidamente localizadas. A verdade é que se, no plano teórico, a equipa do Keizer, tinha superioridade numérica a meio-campo, devido à presença de 3 jogadores, isso não foi de todo observado em toda a partida. O técnico holandês pode queixar-se (e de certa forma bem!) de que os seus jogadores não estiveram bem no capítulo do passe. Contudo, o posicionamento das suas unidades foi de todo anulado pela preparação do Benfica, que com menos unidades a meio-campo, teoricamente, parecia ter não mais um, mas mais dois e por vezes mais três a cinco jogadores naquela zona do terreno. Para além de Samaris e Gabriel, o Pizzi sempre foi mais um apoio em termos defensivos. O próprio Rafa pressionou muito e não esquecer do João Félix que teve vários lances em que acompanhou bem a transição defensiva, compensando um colega de equipa, quer fosse ele o Pizzi ou o André Almeida, ou até mesmo, o Rafa. Depois, o André Almeida e o Grimaldo estavam muito atentos na transição defensiva, assim como o Jardel e o Rúben Dias, muito graças à linha subida que os aproximava do meio-campo, podendo estancar logo qualquer situação. Quanto ao ponta-de-lança suíço, o Seferovic pressiona, luta e chateia imenso os defesas adversários... é o nosso primeiro defesa.
Como disse o nosso amigo @Yoko1904, "Diz-me a quem tiro fotos, dir-te-ei quem sou". Lage! pic.twitter.com/JMx1b6AHpK— Sou Benfica (@SouBenfica1904) 4 de fevereiro de 2019
Por isso, com alguma naturalidade ficámos em vantagem no marcador. Primeiro, através de um lance desenvolvido pela esquerda, com o Grimaldo a ir à linha de fundo e cruzar para a cabeça de Seferovic. Apesar deste belo golo e de, finalmente, uma excursão do lateral espanhol pelo flanco esquerdo com princípio, meio e fim, penso que ainda falta alguma coisa àquela ala canhota. É que o Rafa apesar de não ter estado mal, não conseguiu aparecer no jogo, totalmente. E, a sensação que tenho é que não tanto pela culpa do jogador. É mais por ele estar a ser um pouco sacrificado em prol do resto da equipa, uma vez que para o Grimaldo ter espaço para subir no terreno, sem uma marcação muito cerrada, o extremo português tem de flectir para dentro, ou seja, para o corredor central, ficando ensanduichado no meio da defesa e do meio-campo adversário.
🎥 Le 1-0 dans ce derby de Lisbonne par l’Aigle lucernois, Haris Fußballgott Seferovic. #SCPSLB pic.twitter.com/1HcXJv9bTF— HoppSuisse 🇨🇭 (@HoppSuisse) 3 de fevereiro de 2019
Pessoalmente, preferia deixá-lo colado à linha e com as progressões do camisola 3, que também gosta de flectir para dentro, conseguir atrair marcações que permitissem ao nosso extremo esquerdo ficar isolado ou em condições de um-contra-um com o adversário, tal como já referi aqui. Aliás, dessa maneira, poderia treinar facilmente o Rafa e o Cervi para essas funções, pois têm o perfil ideal para isso. Contudo, também entendo a ideia do Lage. Este pretende que os médios-centro sejam mais posicionais e no máximo possam ter movimentos laterais, para as coberturas aos laterais e médios-ala, mas também para manter o equilíbrio defensivo nas transições (e para que a linha média do adversário suba um pouco mais). Daí que, quando estamos a atacar: (1) o lateral funciona como um extremo puro; (2) o ponta-de-lança procura a profundidade nas costas da defesa adversária (para arrastar a linha defensiva deles); (3) o segundo avançado desce para o espaço entre-linhas e para não ficar sozinho nessa zona, (4) os nossos médios-ala tendem a flectir para o corredor central entre-linhas desde os meios-espaços. No fundo, desta forma ele pretende alongar a linha defensiva e de meio-campo adversário. Portanto, potencialmente e teoricamente, haverá espaço para que Rafa e Cervi possam exibir-se ao seu melhor plano. No entanto, neste momento, ainda não conseguimos fazer isso. Podemos fazê-lo daqui a algum tempo, com mais treinos em cima. Mas, tenho algumas dúvidas que esta ideia de jogo consiga vingar com jogadores como o Cervi a jogar no flanco esquerdo e numa toada em que o Benfica tem de jogar em ataque organizado. É engraçado, porque na raiz desta descrição está basicamente o posicionamento em ataque de um 4-2-3-1, o que pode ser um dos motivos para o Bruno estar a implementar este modelo. Em jogos mais complicados, podemos adoptar esse sistema de jogo sem grandes complicações, uma vez que as ideias não mudam quase nada (só a do jogador da posição "10").
#Sporting vs #Benfica— Ricardo Alves (@TheRicardoAlvez) 4 de fevereiro de 2019
Golo #JoãoFélix
-Equilibrados para a transição
-Reação à perda da bola
-Aproveitar o espaço entre linhas e inter linhas
-Coordenação da linha defensiva#RicardoAlves @CoachPaintCH @Sporting_CP @SLBenfica #SLB #SCP #Football #coach #analysis #tactics pic.twitter.com/xWE6FRs0NB
Continuando, ainda sobre o passar despercebido no jogo por parte de Rafa, pode também ter explicação na forma como ainda circulamos a bola. Não é a forma mais eficiente, nem tão pouco a forma mais eficaz. E, para perceberem esta minha crítica basta só verem como o Samaris complica no lance que depois origina o golo do Bruno Fernandes. O médio grego quis dominar a bola, quando naquela situação deveria procurar no máximo dos máximos jogar a dois toques. E, tinha colegas para poder passar quer de primeira, quer de segunda. Não lhe faltavam linhas de passe. Bem, mas quem diz aqui o Samaris, posso dizer as perdas de bola do Grimaldo, do Almeida, do Rúben Dias, do Jardel, do Seferovic, do João Félix, do Rafa, do Pizzi e até mesmo do Gabriel. Em engenharia, temos uma espécie de mnemónica anglo-saxónica KISS, que significa Keep It Simple Stupid, ou seja, para este contexto futebolístico, a tradução mais correcta será: "joga simples, seu tolo". É que jogando simples, sobretudo a meio-campo, não se perde tempo e isto é muito importante, pois a tal ideia de alongar as distâncias entre as linhas de meio-campo e da defesa adversárias, só acontece durante um reduzido período de tempo, pois o adversário irá sempre tentar reequilibrar-se. Dessa forma, quando o nosso meio-campo complica em coisas que pode simplificar, das duas uma, ou falha redondamente, como no caso do Samaris, ou consegue sair a jogar, mas já não consegue activar o Rafa. Perante um Sporting ou outra equipa deste campeonato, isto é suficiente para conseguirmos a vitória. Agora, perante equipas de Champions, sobretudo, os tubarões europeus, se não jogarmos com essa intensidade e velocidade de decisão, somos completamente comidos. E, já que estamos a reformular e a renovar a equipa, convém desde já ter este grau de exigência para os habituar desde tenra idade.
E, por falar em tenra idade, o que dizer de mais uma exibição de luxo do nosso "miúdo-maravilha" João Félix?! Começa a ser um caso sério e o Jonas que se cuide, porque este miúdo tem a centelha dos craques que atingem a categoria de extraterrestre daqui a poucos anos. Aliás, penso mesmo que o Cristiano Ronaldo por trás dos seus óculos escuros redondos com que viu o dérbi deve ter franzido o sobre-olho, como quem "Elá!! Temos concorrência!" E, não é para menos. Acredito que entre o Félix e o Jota estarão os melhores jogadores portugueses da sua geração e dos que irão continuar a elevar o futebol português ao nível das selecções. E, se o Benfica conseguir manter-los por cá mais uns dois ou três anos, vamos ter uma senhora equipa para atacar a Europa. Veremos se entretanto conseguimos manter-los... Já agora, lamentei que o primeiro golo do Félix não tivesse sido considerado válido, pois foi um golão. Ontem valeu-lhe o prémio de melhor jogador em campo, daqui a uns tempos ganhará uma bola de ouro? Quem sabe...
Another weekend, another MVP award for João Félix 🥇— UEFA Europa League (@EuropaLeague) 4 de fevereiro de 2019
Which players will star in the #UEL knockouts? 🤔 pic.twitter.com/Rgow8s5qvR
Não foi só a exibição do Félix que me deixou feliz. Também a exibição do Pizzi encheu os olhos e não só. O camisola 21 encarnado esteve a ensinar ao menino mimado do Bruno Fernandes como é que são as coisas. Muito bem Pizzi, pois aquele Bruno Fernandes é uma espécie de Rúben Micael, i.e., fala mais do que joga. Quem joga muito, mas parece falar pouco é o Gabriel. Mais um jogão. Roubos e mais roubos de bola, passes para as costas da defesa adversária, visão de jogo, gestão de ritmo de jogo, enfim, enorme contratação! Um reforço que há muito eu já pedia para a equipa (não tanto quanto ao nome, mas sim às características dele). Com mais treinos, só vai melhorar ainda mais.
Queria apenas fazer uma ressalva para a importância e condicionalismo que a nossa equipa tem estado sujeita nestes dois últimos anos (desde que este novo conselho de arbitragem entrou em funções). Reparem no lance em que o Seferovic remata ao poste, naquele que seria o 0 a 3 para os encarnados. Reparem bem para o comportamento do guarda-redes leonino Renan. Agora, vejam o lance do Odysseas quando o pinheiro do Bas Dost lhe cai em cima. Advinhem quem o VAR marcou grande penalidade e quem o VAR expulsou de campo? Pois é, o jogador do Benfica. E, tem sido sempre assim. O leitor pode ter a certeza que o Porto e o Sporting só estão nos lugares onde estão devido às arbitragens que coagidas ou não acabam sempre por em caso de dúvida beneficiar estes clubes. O verdadeiro protocolo do VAR da aliança "dragarta". Isto tem de ser realçado por parte da estrutura do Benfica. Não digo o treinador Bruno Lage, porque ele faz bem em ter o discurso de foco no treino e na tarefa, porque é a única coisa que pode controlar. Agora, que alguém da estrutura tenha de vir a público e fazer a nossa defesa isso sim. Até para evitar que os adeptos encarnados possam ser iludidos por outros media afectos à aliança de Porto e Sporting.
br />Disto ninguém fala. Disto não houve repetições. Porque será? https://t.co/Uo4R7dZovR— O Guerreiro da Luz (@PP_OGDL) 4 de fevereiro de 2019
Por fim, quase tenho a certeza que se tivéssemos feito o 0 a 3 nesse lance, o Benfica teria voado para uma goleada das antigas sobre o Sporting, pois a atitude que o Bruno Lage incutiu aos jogadores para estar sempre a procurar mais um golo iria contaminar e, de que maneira, toda a equipa...
P.S.: E quarta-feira há mais! Carrega Benfica! Rumo à RECONQUI37A!
Off topic: e o Pornhub que começa finalmente a pensar fora da caixa?
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EliminarÉ um facto que demos um grande baile, mas julgo que devemos ter cuidado para não embandeirar em arco. Estas equipas medianas agigantam-se sempre nos jogos da taça, e esta em particular tem todo o perfil para ser o tomba-gigantes destas meias-finais...
EliminarO Sporting? Epá, não! Temos é que entrar ainda mais fortes e com a ambição de fazer um resultado histórico. E, atenção que na taça não há VAR...
EliminarAmanhã é como quando éramos putos: cinco muda, dez ganha! :-P
EliminarNão, a sério: o excesso de confiança da equipa amanhã é o maior obstáculo a transpôr. Se o evitarmos, podemos perfeitamente fazer um resultado histórico, sim. Aquele 1-7 ainda me está entalado - no pressure :-D
Eu estava a ser irónico, sobretudo. É um dos meus passatempos favoritos, constatar a pequenez daquela agremiação. Na verdade, não creio que, se nos mantivermos como nas últimas partidas, eles amanhã tenham jogo para nós. Mas mais vale prevenir… e esperar que eles não se lembrem de ir buscar inspiração ao exemplo do Gondomar, há uns anos. ;)
EliminarPP, o facto de não haver VAR não me deixa mais descansado… O VAR também serviu para lhes anular um golo em claro fora-de-jogo. Se não houvesse VAR, se calhar esse teria passado em claro… E mesmo com VAR, a dualidade de critérios continua gritante, como também referes… Na dúvida, se o nosso golo não puder ser escrutinado — como têm sido todos —, será anulado à partida. Por isso, descansado, descansado só mesmo se vir a equipa a produzir jogo ofensivo como tem feito: se aquele não contar, há-de contar outro daí a pouco.
E já agora, sem diminuir em nada a excelência do post, não resisto a notar a «marcação muito cerrada», no segundo parágrafo. É que marcação muito «serrada» é outra coisa — a do Filipe-vale-tudo, por exemplo… ;)
De resto, força, ambição, confiança sem excesso, e venha de lá o resultado histórico!
Mudar aos 5 e terminar aos 10 não é excesso de confiança se os jogadores entrarem em campo para jogar para esse desempenho.
Eliminar;)
The Man in Red, interessante o teu primeiro parágrafo, porque o Lage hoje na conferência de imprensa falou exactamente na falta de tempo para treinar e assim conseguir corrigir muito bem os erros. Utilizou a metáfora do aluno em exames. Engraçado, porque eu até acho que aquilo foi uma grande indirecta para o Sporting. Não estou à espera que a turma de Alvalade consiga fazer um grande jogo, porque pouco ou nenhum tempo teve para preparar este jogo. O Benfica também não, mas pelo que vimos no domingo estamos anos de luz à frente deles.
EliminarConcordo com a tua leitura sobre a ausência do VAR. Vai dar azo a muitas desculpas e a uma arbitragem conservadora.
Obrigado pelo reparo, de resto já corrigido. ;)
O único caso da arbitragem é a expulsão do Odysseas... Que até pode ser uma benção para o Benfica, vamos ver logo.
EliminarTudo o resto é pensar assim: se fosse ao contrário?
Nunca é ao contrário. Estatisticamente falando já há muito que deveríamos ser beneficiados e não somos. Isto significa que estes erros são propositados.
EliminarQue banho de bola, meu Deus! Vejo derbies desde 1980 e contam-se pelos dedos de uma mão os derbies tão desequilibrados como este! Estava muito confiante e optimista antes do jogo (desde 2015 que não sabia o que era encarar estes jogos com optimismo e confiança, que saudades...), pelos vistos com razões para isso :-).
ResponderEliminarDantes o espaço mais promissor de todos no ataque ficava deserto, agora temos lá sempre 3-4 jogadores. Falo do espaço entre-linhas no corredor central, já de frente só para a última linha defensiva. O Rafa não ficou nada ensanduichado, foi um dos 3-4 que esteve sempre a habitar esse espaço e que mais contribuíu para termos posse de bola em boas condições (igualdade ou superioridade numérica) nesse espaço onde costuma estar o tesouro. Se eles fechavam no meio, abriam espaço exterior para o AA e Grimaldo, senão era entrar por ali, que não há melhor sítio para entrar na área com a bola no pé...mas o losângulo nesse espaço, com o Sefe no vértice mais alto, o João Félix no vértice mais baixo e os alas nos vértices laterais, esteve sempre presente...grande, enorme Bruno Lage!
Mesmo assim, o melhor de tudo neste jogo nem foi em ataque posicional, aí concordo: a pressão alta, a contra-pressão com recuperações altas e o ataque rápido foram de antologia! Outra diferença obscenamente descomunal para os tempos do Mister Fezadas: perdíamos a bola e abríamos uma avenida para a transição ofensiva do adversário, que acabava quase sempre em golo sofrido ou oportunidade flagrante; agora perdemos a bola e, juntos no centro de jogo, recuperamo-la e lançamos ataques rápidos venenosos!
A assimetria que defendes, com Grimaldo mais dentro e Rafa ala puro por fora, vai ser uma variante que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver em alguns jogos...neste fez sentido a simetria, até para o Grimaldo nunca estar longe do corredor, para o momento defensivo...
Subscrevo tudo o que dizes da arbitragem e do lance - se a do Odysseas é um penalti, aquela são dois ou três! E justiça seja feita à SIC Notícias e ao Duarte Gomes: ontem no Dia Seguinte Duarte Gomes salientou este lance e afirmou que ficou aqui um penalti por marcar. E o comentador lagarto concordou que era penalti. Assim é que é bonito.
João Félix...já não tenho palavras! É Aimar, Saviola e Cardozo no mesmo jogador...Remeto para o meu primeiro comentário a este post ;-P
Mais uma vez de acordo: ele e Jota têm potencial para chegarem ao nível Bola de Ouro! Assim tenham cabeça, humildade, bons treinadores e bons apoios à sua volta.
Carrega Benfica!!!! Carrega Bruno Lage!!!
Passou-me subscrever todos os teus elogios ao Gabriel, e mais alguns! No primeiro golo teve uma decisão sublime, devidamente bem executada: tínhamos tentado entrar pelo lado esquerdo, não tinha dado, bola para trás para reiniciar ataque posicional, chega aos pés de Gabriel e toda a equipa lagarta já está a bascular para a nossa direita pois tudo dava a entender que íamos virar o flanco - a começar pela posição corporal e orientação dos apoios do Gabriel! Só o Grimaldo parece que antecipou a decisão do Gabriel pois começa a recuperar e depois pára por ali...
EliminarNo fundo, o 4-4-2 do Lage, é mais um 4-2-2-2, podendo muitas vezes ser um 4-2-3-1, quando um dos avançados recua para entre-linhas. Por exemplo, o golo do Félix (o validado) é disso um belo exemplo, pois o Seferovic vem atrás à zona da posição "10" fazer o passe para isolar o miúdo. Outro belo exemplo disso, é o golo invalidado do João Félix, onde ele vem até à posição "10" e é dali que dribla um ou dois para rematar com a canhota.
EliminarTacticamente, estivemos irrepreensíveis. Como tu dizes, estivemos pornográficos.
;D
O Gabriel tem estado fantástico, mas é importante que nos jogos caseiros comecemos a preparar outras opções. O Gedson tem de dar corda aos sapatos e começar a interiorizar as ideias de jogo do Lage, para o meio-campo.
EliminarAcho que o miúdo pode fazer pelo menos 5 posições: as duas do meio-campo, a do Almeida, a do Pizzi e a de "10" num claro 4-2-3-1.
O Gedson e o Krovinovic...continuo a achar que, em grande parte dos jogos caseiros, o Krovi devia estar na dupla de médios-centro, acompanhado do Gabriel, Samaris ou Gedson. Está no meu top 3 de talento do plantel (depois do adolescente gangbanger e do Jonas), tem que jogar mais.
EliminarJá agora: sabes aqueles meus pedidos insistentes pelo Paulo Fonseca ou o Quique Sétien? Esquece...Bruno Lage tem tudo para ser o nosso treinador de projecto! Deu-me particular gozo ir à tasca do Cherba - esse museu vivo do humor involuntário! ;-P - e ler tanto lagarto a dizer que este era o jogo mais desequilibrado de que se lembravam em Alvalade! O jogo, não o derby! Isto para quem conhece a dificuldade quase infinita que eles têm em reconhecer algum mérito ao Benfica, quer dizer muita coisa! Houve por lá um diálogo que foi mais ou menos assim:
Lagarto1: não sei se é de estar a ver o jogo na TV, mas não me lembro de nenhum jogo nosso em casa tão desequilibrado como este
Lagarto2: não é da perspectiva da TV - aqui no estádio PARECE QUE ESTAMOS A JOGAR CONTRA O BARCELONA DE GUARDIOLA.
Coisa mais linda.
Sobre o Gedson, concordo com tudo o que dizes. Cheira-me que ele está a ser o projecto de desenvolvimento individual do Bruno Lage...;-)
EliminarEu também o vejo nessas posições todas, mas deixava a de 10 para o fim - não só, mas também, pela concorrência que tem no plantel para essa função. Embora eu ache que ele é um médio centro/box to box puro, também acho que ele podia dar um lateral direito de topo europeu! Lateral convencional, de corredor, ou lateral interior à Guardiola...também na função do Pizzi, mas aí já temos Pizzi e Ziv...
Concordo com essa utilização do Krovinovic. Pessoalmente, na 2ª parte do jogo da taça e caso tivéssemos o resultado fechado dava-lhe minutos de jogo. A ele, ao Jonas e ao Gedson.
EliminarSobre este último, concordo que a última posição para lhe dar minutos seja a "10", porque para isso temos outros jogadores (Jonas, João Félix, Krovinovic, Pizzi, Zivkovic, Rafa, Gabriel e só depois Gedson).
Para a lateral direita, o Benfica tem de perceber a situação do Diogo Gonçalves e se o Forrest vai accionar a opção de compra ou não, porque a meu ver está ali o projecto de lateral direito para a próxima temporada.
Por fim, é preciso desenvolver o espaço para o Salvio e o Cervi se afirmarem. São jogadores com muita qualidade técnica e uma emprestam uma intensidade de jogo muito boa.
Deixa lá estar o Salvio e o Cervi sentadinhos no banco, que estão muito bem 😉
EliminarVais precisar deles, nem que seja para roda a equipa. Outro jogador que é necessário incluir é o Zivkovic.
EliminarNão sou fã do Rafa, mas gostei do jogo sóbrio dele. Sem inventar mt e no equilíbrio da equipa.
ResponderEliminarO Rafa é dos jogadores portugueses com mais potencial. Estagnou um pouco. No domingo penso que foi o jogador que mais recuperações teve em toda a partida, muito porque ele tem uma reacção à perda de bola muito forte.
EliminarAgora, é preciso limar o processo de construção de jogo para ele. Hoje o Lage falou na questão do posicionamento para receber a bola entre-linhas. Sem falar no camisola 27, eu quando ouvi ele a falar pensei logo no pequeno Rafa.
Andas um mês sem escrever e depois são uns 4 ou 5 de uma vez. Assim nem consigo ler tudo.
ResponderEliminarO Dérbi foi desequilibrado, não por termos sido espectaculares mas por o Sporting ter sido muito inferior. Ora isto não quer dizer que não estejamos muito melhores. Acima de tudo estamos melhor na reacção à perda. Diria que com Lage a equipa ganhou 30 metros no terreno, com o ataque a dar tempo à defesa de se posicionar. Só por isso é que Samaris parece mais jogador e Jardel tem as suas fragilidades menos expostas.
Rafa ajuda mais que Pizzi a defender, mas Pizzi ajuda mais a construir com qualidade que o Rafa. Precisávamos era do Pazza, assim o Gedson treine para ser essa figura.
Simpático o Keizer em tirar o Nani ao intervalo. Não via um golpe tão amigo do Benfica desde que Pacheco entrou para o lugar de Paulo Torres.
Mais logo vemos como é que o SCP vai abordar. No caso do Benfica parece que vamos a jogo com os Bs. In Lage we trust?
Eu acho que foi desequilibrado por termos sido muito melhores que o Sporting. A nossa transição defensiva foi muito forte e não foi ao calhas. Vi ali muito trabalho.
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