... neste mercado de inverno.
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O guardião Bruno Varela foi emprestado ao poderoso Ajax, neste mercado de inverno. |
O Benfica aproveitou este defeso de inverno para "arrumar a casa", ou seja, reorganizar o plantel para poder atacar o que falta desta época futebolística.
Ao todo foram 5 jogadores os que saíram neste mercado: o guarda-redes Bruno Varela, o defesa Lema, o médio Alfa Semedo e os avançados Castillo e Ferreyra. Tudo jogadores que chegaram à Luz no verão passado, pelo que
à primeira vista podemos pensar que a política de contratações foi um insucesso. Na minha opinião,
não é correcto afirmar isso, pois estes 4 atletas chegaram para colmatar as possíveis saídas de vários jogadores que entretanto não saíram. Falo de Rúben Dias (que esteve muito próximo de sair para o Lyon), de Samaris (em último ano de contrato e não contava para o Rui Vitória), de Seferovic (visto pelo 3º anel como um péssimo jogador) e de Jonas (com propostas milionárias da China e das Arábias). Numa tentativa de
antecipar logo na pré-época possíveis saídas e, com um orçamento restringido, fruto da visão e estratégia de investimentos do Benfica, adquiriu-se aqueles atletas, muitos deles autênticas oportunidades de mercado (sobretudo, Lema e Ferreyra).
O problema é que nenhum saiu e criou-se um excedente, que não foi mais problemático porque durante este tempo os supostos substituídos andaram lesionados (Jonas e Seferovic por exemplo), ora depois foram os supostos substitutos (Ferreyra e depois Castillo) a se lesionarem.
De qualquer maneira, penso que as coisas poderiam ter-se processado de outra forma. Por exemplo, fomos emprestar o Raúl Jiménez, quando poderia ser esta temporada o nosso avançado de referência, em vez de ter ido buscar um Ferreyra. Isto para não falar no não aproveitamento do Talisca e, mais recentemente, do Jovic.
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Mais dois empréstimos para Alfa Semedo e Ferreyra (este último com opção de compra) para o Espanyol de Barcelona. |
É exactamente por causa do exemplo do jovem avançado sérvio que aprovo agora a passagem de Jota e dos restantes três companheiros da equipa B para a equipa principal. Contudo, penso que estão a cometer exageros que têm sido recorrentes ao longo destes anos.
Com esta subida dos 4 jovens, voltamos a ter um plantel muito extenso 26 jogadores. Ora, tendo em conta estes 4 miúdos, mais os miúdos que já se encontram no plantel principal (Svilar, Rúben Dias, Yuri Ribeiro, Gedson, Zivkovic, Krovinovic e João Félix), estamos a falar de 11 jogadores para desenvolver. Reparem, que não escrevo potenciar, escrevo mesmo desenvolver, pois potenciar é quando os jogadores já têm uma base e só precisam de acumular jogos de alto nível para render.
Agora, desenvolver é algo mais profundo, pois é formá-los para um modelo de jogo de elite. Isso requer mais tempo e, acima de tudo, mais atenção por parte da equipa técnica, que receio não virem a ter, fruto da exigência de uma segunda metade da época que se requer imaculada para podermos conseguir atingir o primeiro lugar do campeonato. Espero que esta chamada destes jovens para a equipa principal seja mais para mostrar qual o caminho que o clube está a percorrer, do que propriamente manterem-se no plantel principal até ao final da temporada.
Acho que Zlobin, Ferro, Florentino e Jota precisam de continuar a jogar com regularidade e somente em último caso (castigo, lesão, etc de um jogador da equipa principal) é que deverão entrar em acção, até porque após estas saídas de inverno, temos duas alternativas para cada posição do 4-4-2 que o Lage está a implementar, conforme podemos verificar na figura abaixo.
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Castillo já foi vendido ao América do México. Falta ainda a saída de Lema, mas parece ser inevitável. |
Nesta nova arrumação,
a baliza é entregue a Odysseas e a Svilar, como é óbvio. Na defesa, não há alterações quanto aos laterais, ou seja,
André Almeida tem a concorrência do emprestado Corchia, enquanto do lado oposto
Grimaldo continua a ter como concorrente o jovem Yuri Ribeiro. Relativamente, ao centro da defesa, o caso muda de figura. O jovem
Rúben Dias tem concorrência directa do argentino Conti, enquanto Jardel, na minha óptica, terá concorrência de... Fejsa. Sim, escolhi o sérvio para dar corpo a esta posição, não só porque poderá fazer subir a linha defensiva, como este renascimento do Samaris a meio-campo ao lado de Gabriel, está a fazer esquecer rapidamente o camisola 5 nessa zona do terreno. Passando para o meio-campo, mais alterações. A começar
na ala direita: o concorrente de Pizzi será o Zivkovic. Apesar de alguns cruzamentos para golo do jovem sérvio jogando na esquerda, são notórias as dificuldades dele e, já agora, de todos os que jogam na ala esquerda. Isso só se resolverá com uma pequena alteração ao modelo de jogo: o lateral esquerdo deverá ter tendência para flectir para o corredor central, enquanto o ala deverá permanecer o mais próximo da linha lateral, criando dessa maneira uma pressão sobre o quarteto defensivo adversário para estar mais expandido. Essa expansão poderá ser aproveitada para atacar a última e 3ª fase de construção: a finalização. Mas, isto será tema para um futuro artigo. Continuando... o camisola 17 sente-se mais confortável do lado direito, podendo colocar a bola para o flanco contrário ou para as costas da defesa contrária de forma muito mais fácil e de frente para o jogo. Tanto Pizzi como Zivkovic terão tendência para fugir para o centro do terreno, permitindo que André Almeida e Corchia subam no terreno como
cariellos. Desta forma,
no lado esquerdo coloco o Cervi e o Rafa, que bem abertos poderão não só tentar explorar as costas do lateral adversário, como explorar situações de um-contra-um com este.
No centro do meio-campo, Samaris e Gabriel são para mim os titulares, com o Gedson e o Krovinovic como opções. Aqui, as dinâmicas são de que tanto um como o outro deverão ser "6" e "8" consoante o momento de jogo. Desse modo a melhor opção à dupla helénica-brasileira é o jovem Gedson. Para uma opção mais defensiva, pode-se sempre ir buscar o Fejsa. Já para uma opção mais ofensiva, temos o Krovinovic. Aliás, caso o Lage pretenda mudar o 4-4-2 para um 4-2-3-1, o Krovi poderá ser o tal "10", atrás do avançado. E, por falar em avançados,
as minhas duplas são Seferovic e João Félix (estão bem, portanto não se mexe)
e, Jonas e Salvio. Já pensei no argentino para lateral direito, mas como o lateral francês não saiu neste mercado, apostaria no camisola 18 para o ataque, até porque tem golo e pode funcionar um pouco como as dinâmicas do Marega, i.e., do centro para a faixa e da faixa para o centro. Os miúdos entrariam se houvesse necessidade, conforme escrevi acima, até porque
há muita miudagem já no plantel principal que ainda está longe de serem um valor seguro na equipa. Por esse motivo é que queria na defesa um jogador como o Raúl Silva.
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Proposta de reorganização do plantel encarnado num 4-4-2, após mercado de inverno (falta apenas a inclusão dos 4 jogadores da equipa B integrados na equipa principal). |
Uma coisa só, os 4 que subiram continuam jogar na equipa B. Ainda hoje jogaram 3. Os únicos que já não são júniores é o Zlobin o Ferro. Os outros 2 ainda espero vê-los também na Youth League.
ResponderEliminarPor isso dizer que o plantel é demasiado longo com 26 não está correcto, na minha opinião. Estão a prepará-los para o próximo ano enquanto um ou outro poderá entrar na equipa principal.
Verdade. E se reparares eu escrevi isso mesmo, ou seja, na prática só vão estar com a equipa principal sempre que for necessário.
EliminarQuanto à preparação penso que estão muito verdinhos. Deste lote, acredito que apenas o Jota tenha o necessário para agarrar o lugar na equipa principal e dar cartas como o Félix está a dar.
Só seria um plantel longo se se tratasse de jogadores consagrados que criam problemas de balneário quando não jogam, não é esse o caso. Estou de acordo com esta promoção dos 4 jovens.
ResponderEliminarIsto é o que eu defendo: "Acho que Zlobin, Ferro, Florentino e Jota precisam de continuar a jogar com regularidade e somente em último caso (castigo, lesão, etc de um jogador da equipa principal) é que deverão entrar em acção"
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