31 agosto 2018

Se jogassem mais para...


... seria muito mais fácil.

O lance do golo de Pizzi foi todo ele um hino ao futebol, disso não tenho a melhor dúvida. Contudo, deve ser sujeito a críticas durissimas, porque num contexto mais exigente, não resultaria. Começo por alertar que as combinações 2 para 1 são dos movimentos ofensivos mais fáceis de anular no futebol. Basta para isso haver organização e qualidade individual no adversário para facilmente anular grande parte dessas situações. E quanto aquelas que não conseguem anular, acabam por ser anuladas numa segunda ou terceira tentativa de combinação. Por esse motivo e para aumentar o sucesso dos lances ofensivos utiliza-se o conceito do "terceiro homem", que é tão bem explicado pelo Xavi (ex-capitão blaugrana e um dos melhores médios-centro do mundo), da seguinte forma:


Reparem que no lance da "jogada espectacular" tanto o Grimaldo como o Cervi, procuram combinações 2 para 1 em progressão pelo flanco esquerdo. Neste caso em particular, tal era possível, pois os jogadores do PAOK não conseguiram manter a organização defensiva e depois de vários erros individuais na abordagem aos lances - a começar pela forma como o extremo grego foi à queima e saiu batido em drible pelo Grimaldo - tornou a progressão dos dois "anões" da asa esquerda encarnada, um autêntico treino de passe com pinos. De qualquer forma, é importante referir, que houve imensas oportunidades para ambos poderem atacar o corredor central. Perante adversários de maior qualidade seria essa a saída. Mas, como sei que tanto o Grimaldo como o Cervi são duas aves raras a pensar o jogo, tenho a certeza que esforçariam as mesmas combinações que fizeram aqui. É importante, que alguém na equipa técnica reveja estes lances, mesmo os de sucesso e que lhes transmita a visão global do jogo, para que não se estagnem nessa forma de ver o jogo. Até porque se ambos conseguiram fazer esta obra prima, também não é menos verdade que passaram o jogo todo a tentarem combinar entre si e sem grande sucesso.


Reparem no vídeo análise acima. Façam pausa no vídeo no segundo 15. Vejam bem a decisão do Grimaldo. À sua frente tem um adversário. Atrás de si do lado de fora tem um adversário. Do lado esquerdo colado à linha e mais apertado tem o Cervi. Do seu lado direito não tem adversários e tem Gedson e Pizzi no corredor central. Qual acham que foi a decisão do Grimaldo? Exactamente! Jogou para o amigo Cervi! Este por sua vez fica com a bola no flanco e com o mesmo tipo de passe poderia isolar o Pizzi no meio-campo. Mas, para quem o argentino passa a bola? Para o seu amigo espanhol! Num passe que apanha o camisola 3 de costas e que joga de primeira para o camisola 11 que vem em sprint. Desta vez correu bem, mas sabem quantas vezes eles tentam esta jogada e acaba com uma perda de bola (considerado um erro não forçado da equipa) e que acaba por originar uma transição ofensiva perigosa para o adversário? Sabem quantos golos levámos de forma directa e indirecta devido a estes erros?! Mas, o pior desta jogada ainda está para vir, vejam o seguinte gif com as opções de passe do Cervi. Qual a melhor opção de passe do camisola 11?

As três opções de passe para Cervi servir os colegas. Qual delas é a melhor?

O extremo argentino tem 3 hipóteses para servir os colegas. A solução A, para o seu ponta-de-lança que ataca sozinho a zona do primeiro poste e cujo passe, que apenas poderia ser interceptado pelo defesa na marcação ao Cervi que até poderia estar mais bem posicionado para defender, bem endereçado permitiria ao Seferovic finalizar de primeira. A solução B, a "velha" jogada do cruzamento ao segundo poste, de maior risco de intercepção por dois defesas adversários, onde Salvio apareceria para finalizar como tantas vezes já o fez. E, a solução C, a do cruzamento atrasado para a entrada na grande área do Pizzi, assistência essa de altíssimo risco, porque a linha de passe teria que vencer a possível oposição de 3 a 4 jogadores adversários. Qual foi a opção do Cervi? A mais complicada como é óbvio. Mas, será que teria a mesma decisão se lá estivesse o "amigo" Jonas?


A questão até pode muito bem a ser essa, i.e., um certo preferencialismo por certos jogadores nas tomadas de decisão. Contudo, isto não é nada bom. Por um lado, porque torna a equipa demasiado previsível, conforme pudemos ver pelo que foi escrito acima. Por outro lado, estamos a perder maior envolvimento dos nossos avançados deixando-os perder confiança. O Seferovic, o Castillo e o Ferreyra podem não ser propriamente o Jonas, na fase de construção, mas estão muito longe de serem apenas uns meros finalizadores. Frente ao PAOK o ponta-de-lança suiço já mostrou que pode ser muito útil a segurar a bola, combinar com os colegas e atacar o primeiro poste, tal como o Castillo fez nos primeiros minutos em Istambul. E, quanto ao Ferreyra, apesar de ainda não ter atingido a sua melhor forma física conhecemos o seu jogo de pequenas diagonais no corredor central e pela exploração do espaço por detrás dos defesas, que fará moça quando 'tiver bem fisicamente, quando 'tiver alguém mais perto dele e quando um Benfica conseguir ser uma equipa pressionante no último terço do terreno. Olhando para os dados estatísticos em cima verificamos que apenas Jonas tem valores interessantes. Contudo, falta ali um dado muito importante: o número de passes que esses avançados recebem e fazem por jogo. Certamente, que o Jonas se destacará nesse número. E, isso acaba por ser importante, porque o avançado brasileiro faz parte da estrutura que ultimamente vai-lhe municiando as balas para ser o pistoleiro da Luz. Cabe então aos colegas de Seferovic, Castillo e Ferreyra jogarem mais para estes, tal como jogam para o brasileiro. E, isso é também missão do Rui Vitória.

O sucesso do Seferovic, assim como do Ferreyra, do Castillo e até do Jonas (este, sobretudo,
nos jogos grandes) prende-se fundamentalmente com o volume de jogo que estes jogadores
consigam obter dos seus colegas de equipa. Sem bola, não haverá golos, mas sim críticas injustas.



P.S.: Só para termos noção, o Ferreyra na 1ª mão do playoff frente ao PAOK, fez 16 passes em 17 possíveis ao longo dos 90 minutos de jogo e recebeu apenas 26 passes. Já o Seferovic, na 2ª mão, fez 15 passes em 19 tentativas ao longo de 86 minutos, apesar de ter recebido apenas 13 passes dos companheiros. Aqui o fundamental, não é tanto o acerto. O fundamental é verificar que em média a bola chega a estes pontas-de-lança em cada 5 minutos. Ou seja, é como se o ponta-de-lança só contasse uma vez a cada 5 minutos. É muito pouco o envolvimento destes no jogo encarnado. Mas, a culpabilidade, pelo que demonstrei um pouco acima, não é destes, mas sim de quem tem a missão de alimentá-los. Não tenho os valores com o Jonas, mas claramente esse número aumenta substancialmente. É aqui que a equipa técnica tem de trabalhar.

32 comentários:

  1. Não há duvida que a equipa técnica tem de trabalhar mais. Mas para isso acontecer tem de haver tempo. Até agora tem havido tempo apenas para recuperações entre jogos.

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    1. Ulisses-André Almeida; Rúben Dias; Jardel; Grimaldo - Fejsa; Pizzi; Gedson - Sálvio; Cervi; Seferovic. Eis o onze titular. Dois jogadores que chegaram à equipa principal este ano, quatro que não trabalham com RV há mais de dois anos. Deve ser um problema de falta de tempo...

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    2. Verdade. Mas, neste caso em particular do Grimaldo e do Cervi, o que não falta é tempo de trabalho com estes dois e os erros de ambos se repetem.

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    3. E, sim, é verdade: a densidade de jogos não ajuda. Mas, também a propósito deste facto é que ando há muitos jogos a dizer para o Vitória fazer substituições mais cedo.

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  2. bom texto. nao vi o jogo. mas o proprio benfica tende somente a atacar pelos corredores, ja o gedson faz isso mesmo, somente o felix o krov e o zivk e que tendem a procurar o meio. quanto aos plcs, tb e uma consequencia da procura insana pelos corredores e o que nos esta a afastar de marcar mais e criar mais perigo com as oportunidades que temos

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    1. Gedson é muito menino ainda, do ponto de vista táctico. O seu posicionamento é ainda um work in progress.

      Quanto aos pontas-de-lança, a procura insana pelos corredores até deveria dar origem ao cruzamento para o ponta-de-lança, que muitas vezes aparece no sítio certo, como neste caso o Seferovic.

      Eles não procuram é o ponta-de-lança, a não ser o Jonas.

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  3. Bem, que grande post, PP! E que coragem publicar isto, quando está toda a gente embriagada com a goleada e com aquela jogada soberba do terceiro golo!...

    Fiquei em êxtase com aquela jogada, claro, mas ao mesmo tempo dava comigo a pensar precisamente naquilo que escreves acima sobre ela...emocionalmente adorei, mas racionalmente percebia que uma jogada destas dá golo uma vez em cada 20, e que as outras 19 normalmente são contra-ataques do adversário. A decisão do Grimaldo que sublinhas, ao segundo 15, é na verdade uma péssima decisão - dar num colega apertado em cima da linha em vez de dar num colega livre no corredor central, com imenso espaço livre à sua frente, é uma decisão péssima, sempre. Mesmo que, apesar de muito improvável, acabe por resultar, como foi o caso.

    Mas realço sobretudo a tua especulação sobre o 'amiguismo' subjacente a muitas das nossas decisões em campo - muito pertinente mesmo! O Benfica de RV assemelha-se cada vez mais àqueles departamentos de empresas onde algumas pessoas trabalham há anos e anos juntas...mais do que as necessidades profissionais do departamento e organização, são os vícios de muitos anos, alicerçados não em competência ou mérito mas em afinidades pessoais e preconceitos, que determinam as decisões...

    Não me surpreende nada, dado o perfil do líder...

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    1. O "amiguismo" não pode ser visto como um mau factor. São super importantes estas pequenas sociedades dentro de campo. Porque nelas residem muitas vezes os princípios básicos e específicos do futebol, como as coberturas (tanto defensivas como ofensivas).

      Agora, é preciso ter muita atenção, porque a forma como o Grimaldo e o Cervi jogam, chega e sobra para o nível nacional (excepto equipas grandes), mas para o nível de Champions, esqueçam! Basta vermos que deixou-se de observar combinações entre extremos e laterais puros como existiam nas grandes equipas da década de 90 e 2000 em 4-4-2. Por exemplo, qual foi a última equipa a jogar em 4-4-2 com os extremos e os laterais a avançarem bem? Talvez o Sevilla com o Daniel Alves e o Jesus Navas e mesmo assim, já passaram 10 anos! (O quanto o futebol já evoluiu...)

      Acho que o Rui Vitória é um excelente líder. Temos de perceber que está a lidar com protótipos de jogadores e não jogadores feitos. O discurso global dele tem de ser diferente que um Guardiola, por esse motivo. Mas, é preciso haver exigência. E, quando olho para Grimaldo e Cervi e jogam da mesma maneira que há duas épocas atrás, fico desconfiado.

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    2. O amiguismo não se limita a essas cumplicidades das pequenas sociedades em campo: antes se sobrepõe a todos os outros como critério incomparável nas decisões, independentemente do melhor interesse colectivo, em cada contexto de jogo. E isso prejudica qualquer equipa - porque o melhor interesse colectivo devia ser o critério que se sobrepõe a todos os outros, em cada decisão de cada contexto!

      Quanto ao teu segundo parágrafo, não podia estar mais de acordo!! E é também por isso que, desde Julho de 2015, afirmo que o Benfica contratou um treinador que parou no tempo algures na década de 90 do século passado...

      O teu último parágrafo...é toda uma aula prática sobre certos e determinados mecanismos de defesa...negação, racionalização, sublimação e intelectualização - qual deles está mais em jogo aqui? Aceitam-se hipóteses diagnósticas, bem como estimativas de prognóstico, por parte de especialistas qualificados. Devo dizer, em defesa do paciente, que a sua última frase parece indiciar um bom prognóstico. "Quando olho para Grimaldo e Cervi e jogam da mesma maneira que há duas épocas atrás, fico desconfiado." Ah bendita desconfiança - marcador indirecto de bom prognóstico para o nosso estimadíssimo PP! ;-)

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    3. Lol!!! BP, não sou tão crítico com o RV, porque sei do trabalho que ele desenvolve. Existem vários caminhos para o sucesso e ele tem mais do que legitimidade para prosseguir o seu. Provavelmente, tu no lugar dele tomarias opções que depois aqui o RB iria criticar e eu iria tentar entender a tua perspectiva.

      😉

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  4. E eis que o próprio Xavi coloca em causa este texto e publicação:

    "A zona de finalização do extremo, nestas bolas rápidas de que falo, muitas vezes e em muitas equipas, é atacar esse espaço, principalmente quando o pé dominante é contrário ao lado onde jogam. O ou os avançados atacam entre a linha defensiva e o guarda-redes, com objectivo de finalizar um bola ali ou pura e simplesmente fazer baixar a linha para que o extremo apareça na zona do penalti para um cruzamento atrasado finalizando com espaço e em zona frontal para a baliza."

    Utilizando estas declarações, um dos mais conceituados blogues da esfera futebolistica portuguesa destaca o lado táctico do golo maravilhoso do Benfica, contrariando muito do aqui escrito. Para compararem, vejam o seguinte link:

    https://www.lateralesquerdo.com/2018/08/29/o-lado-tactico-do-maravilhoso-golo-do-benfica-na-grecia/


    E agora perante o texto escrito pelo lateral esquerdo, e lendo estas considerações do escriba, pergunto: afinal quem é que percebe de futebol?

    Só posso chegar a uma conclusão: todos somos treinadores encartados após a conclusão dos jogos, pois é sempre fácil invocar quais são as melhores decisões, as substituições necessárias, os melhores jogadores e criticar as jogadas que se realizam e os golos que entram.

    Para mim, é um hino ao futebol que deve ser elogiado e é por momentos destes que eu gosto de futebol. Obrigado ao Grimaldo, ao Cervi e ao Pizzi por um dos golos mais belos do playoff!O resto eu quero lá saber.

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    1. Para quem não quer saber escreves de facto bastante. O que te esqueces de dizer é que "um dos mais conceituados blogues da esfera futebolística" é um espaço que, desde que deixou de ser blog e pagou a ser espaço pago, não só se dá ao luxo de fazer servicinhos de manipulação, muito por o seu mentor trabalhar para uma agência de representação de jogadores, como até de defender o contrário do que o tornaram um dos blogues de referência.

      Claramente o Anónimo não segue o LE há muito tempo. Senão saberia como nos tempos do blog em que a discussão era incentivada como forma de ensinar, muitas vezes se ilustraram jogadas que tendo tido sucesso não eram a opção mais correcta a ter face ao que o jogo pedia (expressão que o LE colocou no léxico do adepto comum). E isto tanto era válido para o Leonardo Mexilhão como para o Leo Messi!

      O que o PP aqui faz é esse mesmo exercício, o que mostra que alguma coisa também ele deve perceber. Especialmente quando chama a atenção para o facto de este golo, desta forma, ter sido possível porque o adversário era realmente muito fraco. Vamos ver o resultado deste tipo de jogadas com o Bayern...

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    2. O LE mudou no bom sentido mas formou pessoas teimosas e ceguinhas de um ideal de futebol. Cegas porque é como se jogassem sozinhas sem adversarios e teimosas porque como sao cegas, pensam que o jogo pede certas jogadas como se fosse de um xadrez. O futebol é caos e somente se ordena consoante as respostas organisacionais ou individuais a este caos.

      Neste lance, basta rever que a jogada resultou porque o Grimaldo muda o paradigma inicial do que aqueles pensem que é o jogo e assim desorientou os jogadores do Paok. Primeiro, em vez de passar ao Fejsa, finta e adianta se com a bola; depois, em vez de passar ao gedson, finta o passe para que o jogador do Paok desloca-se para interceptar, e no ultimo instante passa a bola ao cervi que tem espaço. Aquele jogador do Paok que adiantou-se ao Gedson ficou com esse ultimo, e aquele que estava com o Grimaldo ficou-se colado ao cervi para cortar o espaço; mas o Grimaldo adianta-se e volta-se de costas para condicionar o passe de cervi, e volta a por a bola jogavél nesse espaço intercostas. Ligam os dois tao rapido e duas vezes seguidas que os adversarios ja esta passados.
      E por ultimo, o Cervi faz aquele cruzamento, de proposito ou nao pouco importa, porque decide o que havia de melhor a fazer porque na imagem parada deste artigo, o movimento nao se nota, mas o passe é contra-movimento, e por isso apanha todos de surpresa. Se fosse ao primeiro poste, o jogador do paok interceptava a bola.

      Conclusao: Se fosse a jogada tipica de mecanisaçao de treino, a jogada morria no fejsa ou no gedson. As fintas mudaram os espaços jogaveis, e a jogada resultou. Quem é capaz de dizer que o jogo pedia outra coisa, nao sabe de futebol, e devia seguir desportos com muitos pontos/golos e com jogadas mecanizadas.

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    3. «em vez de passar ao gedson, finta o passe para que o jogador do Paok desloca-se para interceptar» - Deduzo que estejas a falar da tabela dos 15". Essa tabela resultaria de forma ainda mais demolidora para a organização defensiva do PAOK se fosse feita com o Gedson? Não acreditas? Vê lá os apoios dos jogadores do PAOK e do Gedson. Com a diferença que depois dessa tabela terias o portador da bola (Grimaldo) com duas opções de passe (Cervi na esquerda, Gedson no meio) e não um portador de bola tapado por dois defesas e apenas com uma única forma de tirar dali a bola.

      Rui faz um exercício. Olha para o frame, ignora qual o desfecho da jogada e diz que o melhor destino a dar à bola é aquele. Não digo sequer para te limitares às opções que o PP lá mete. E digo-o porque a jogada de "contra-movimento" beneficiou do mesmo factor sorte dos penaltis do Sálvio... Quase que morria na chuteira do tipo que vai de carrinho. Mas PP... Seferovic está demasiado à frente para poder corresponder com uma finalização de primeira à requesição.

      «Quem é capaz de dizer que o jogo pedia outra coisa» o que se diz é que as decisões tomadas não foram as melhores apesar do resultado final. Como já foi sublinhado, tempos houve que o LE fazia questão de passar as jogadas deste tipo quer fosse o Leonardo Mexilhão quer o Leo Messi...

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    4. Cegos e teimosos.... Se Grimaldo faz a tabela ao gedson antes do jogador vir a ele, esse ainda nao està em movimento contrario à bola e tem tempo de cortar o espaço ao gedson, e se o gedson consegue tabela bola à frente para o grimaldo, o 5 do Paok està de frente ao Grimaldo e corta espaço. A velocidade da jogada é consoante ao movimento da bola e aos movimentos inversos dos jogadores do Paok...assim o Grimaldo deixa o jogador acreditar que pode interceptar bola e se o passe fosse ao gedson, ela era interceptada. Com a finta inicial sao três jogadores fora da aççao da bola. O 5 do Paok defende a profundidade, e deixa grimaldo de costas, o cervi està lançado ao invês dos seus adversarios. As fintas do grimaldo e os movimentos bolas/jogadores que se invertem, trocam a defesa posicional do Paok. Podes fazer o que tu queres mas bola passada ao gedson que està parada nao resulta, e se tabela de frente ao grimaldo, o 5 controla o grimaldo. Vê o video e abre os olhos sobre os adversarios.

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    5. Anónimo, estás a querer arranjar uma doutrina, melhor, uma receita para determinada situação, sem entender os diferentes contextos.

      O que disseram faz sentido e não vai nada contra o que escrevi neste artigo. Penso é que não entendeste a mensagem deles, nem a minha. A ideia por detrás do artigo do Bouças é tão simplesmente a ideia de que o avançado tem de ser uma espécie de ânodo de sacrifício, sacrificando-se em prol da equipa. Perante defesas de qualidade, os espaços são criados pela qualidade dos movimentos dos teus jogadores (com e sem bola) e pela qualidade do acerto do teu passe. Porque no um para um, podes passar um adversário, mas vais esbarrar-te no segundo ou terceiro que encontrares. Aí vem o jogo posicional para conseguires construir espaços. E, foi nesse sentido que o Pedro fez bem em apontar o que apontou nesse lance, onde o Seferovic é de enorme importância em criar o espaço para o Pizzi.

      Aliás, só um aparte, tinha inclusive pedido ao Ricardo Alves, que fez uma análise ao lance, se fosse possível retirar o Seferovic do vídeo, para perceberem melhor como as distâncias entre linha defensiva e Pizzi cresceram à medida que a bola entrada na 3ª fase de construção.

      Agora, o que escrevo aqui é sobre tomada de decisão. Claramente, o Cervi tem aquela tomada de decisão não porque olha o jogo, mas sim porque sente ou está formatado para ter aquele comportamento. A tomada de decisão pressupõe racionalizar sobre o jogo. Ler o jogo. Observar o jogo e tomar decisões em consonância com o que se pede.

      Por esse motivo, coloquei em análise as 3 hipóteses de passe.

      Neste contexto, a hipótese de menor risco é claramente a do Seferovic, até porque os defesas estavam atrás dele e ele tinha espaço para rematar com sucesso à baliza adversária. Frente a defesas de maior qualidade, ele estaria coberto e aí a decisão poderia ser outra.

      Repara também para a qualidade do passe para o Pizzi. Foi arriscado. Teve que ser muito tenso o que poderia causar grandes problemas na recepção a um jogador que não fosse o talentoso Pizzi. Por outro lado, o passe teve que ser a meia-altura, porque se fosse rasteiro teria mais hipóteses de ser interceptado, visto que a linha de passe estava envolta de 3 a 4 defesas adversários. Se tivesse havido qualidade da defesa do adversário aquele passe naquela situação teria sido interceptado.

      Depois, o Pizzi tem sorte em rematar e este não ter sido interceptado por ninguém, como foi pelo menos duas vezes no jogo da Luz.

      A tomada de decisão tem de ser racional e não mecânica/treinada e é sobre isto que quero realçar.

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    6. «Cegos e teimosos.... Se Grimaldo faz a tabela ao gedson antes do jogador vir a ele, esse ainda nao està em movimento contrario à bola e tem tempo de cortar o espaço ao gedson, e se o gedson consegue tabela bola à frente para o grimaldo, o 5 do Paok està de frente ao Grimaldo e corta espaço.»

      Não sei se a ideia é começar uma discussão com insultos e perdermo-nos no insulto e não discutir o resto. Se for isso então a minha frase de abertura é que o pior cego é o que não quer ver e que nunca há só um teimoso. Fica fraco como insulto mas prefiro focar-me na substância do lance.

      Assim sendo, um segundo é muito tempo em alta competição. Dessa forma, quando falamos do lance dos 15 segundos precisamos de discernir entre a transição dos 14 para os 15 e a transição dos 15 para os 16.

      A tua afirmação é absolutamente correcta para o primeiro intervalo. Grimaldo ainda não fixou a oposição, o jogador que vai fechar ainda não "se decidiu" a ir ao Grimaldo e um passe nesse instante ia muito provavelmente ser interceptado. Andemos para a frente dois passos e neste momento Grimaldo tem em cima de si três adversários, uma linha de passe difícil (mas não mais impossível do que a assistência do Cervi mais à frente) para Gedson e a linha de passe fácil para Cervi que viria a utilizar.

      Falar do 5 do PAOK e de como ele controlaria o lance a 5 metros, e ignorar o jogador que está a menos de um metro de Cervi quando ele recebe a bola é só roçar a falta de integridade intelectual...

      Só pode dizer que esta não é «a jogada tipica de mecanisaçao de treino» quem não vê o Benfica jogar há quatro anos (ou mais até...). Ninguém que tenha visto o Benfica de RV jogar acredita por 1 segundo que seja que alguma vez na vida se tenham trabalhado tabelas como forma de desmontar organizações defensivas, muito menos tabelas com elementos interiores. A jogada Cerve-Grimaldo é fruto de muito trabalho de treino junto à linha e sem nenhum critério em especial que não seja o cruzamento final. Que tem sido um cruzamento atrasado para aproveitar uma segunda vaga e com isso dado protagonismo a Jonas e a Pizzi, mas que normalmente é feito sem critério e sem uma preocupação especial em que seja feito para elementos livres de marcação.

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    7. Tens razao na tua introduçao e mais vale falar da substancia.
      Eu nao digo que Cervi e Grimaldo nao têem trabalhado tabelas, claro que sim mas também o Paok trabalha a sua defesa posicional para contrariar isso, e tambem para responder à resposta do terceiro homem.
      Mas esta jogada é diferente:
      Como eu ja disse, o Grimaldo faz duas fintas seguidas servindo-se da linha de passe que dà o Fejsa e essa finta dos 10'' é que inicia a nossa jogada porque ela desloca o adversario que estava em cima do Gedson. A logica do PP seria de passar ao gedson mas a isso as equipas estao preparados, e por isso equipas de posse de bola têem agora menos eficacia...Por acaso, tens razao, hà uma janela no longo segundo 15 em que o Grimaldo pode fazer o passe ao gedson e nao dà a bola, e quando acontece esse instante, o tal jogador do Paok estava à espera e em controlo de voltar ao gedson se o passe era efeitivo. Mas o Gimaldo nao dà a bola, e o jogador do Paok atira-se ao grimaldo porque està certo que pode apanhar bola ao grimaldo ou interceptar a bola de certeza se for o passe ao gedson. Atira-se com muito risco, tanto que fica surpeendido do passe para Cervi, e a sua velocidade era tanta que o deixa fora do lance. Entretanto, o jogador que seguia o Grimaldo desde o principio desloca-se ao Cervi para controlar o espaço a dois. O Grimaldo fica sozinho e tem outra traço de gênio porque como de frente està o 5 do Paok, volta-se para dar apoio e como atràs das suas costas nao hà ninguém, o espaço abriu-se para a velocidade de Cervi que està no bom sentido da jogada ao invês dos seus adversarios directos. A partir dos 19'', o PP tem razao, e o grimaldo podia passar bola ao Pizzi que està frente ao jogo e com muito espaço jogavél. Mas ele prefere aproveitar a velocidade do cervi e por-se no movimento da bola. E uma boa decisao porque os defesas estao todos desposicionados no lado esquerdo,muito mais que no lado do Pizzi.

      Claro que hà sorte na mistura, e que é facil de falar revendo a jogada, e a essa velocidade, até foi quase magia, tudo sair à perfeiçao.

      Mas o principio, é esse: quando a resposta individual for ao contrario da logica da resposta coletiva, o futebol torna-se selvagem e vai além das jogadas do treino. Esse lance de golo nasceu do nao passe ao gedson, que vocês crtiquam por nao ser o que o jogo pediu, e eu afirmo que o seu ilogismo traiu a defesa posicional do Paok. Essa finta de passe abriu espaços que o Paok nao soube conter.


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    8. Rui, você está muito equivocado sobre o que é a mecanização das jogadas. Então passar ao jogador do corredor central que no segundo 15 do video estão dois isolados (Gedson e Pizzi) é mecanização?!

      E sabe porque é que deviam ter passado para o corredor central? Porque este tem mais opções válidas para dar continuidade à jogada.

      Mecanização é o que se pode chamar às combinações entre Grimaldo e Cervi.

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    9. Depois, não entendo de onde retirou esta ideia:
      «(...) o Grimaldo muda o paradigma inicial do que aqueles pensem que é o jogo (...)»

      Mas, qual paradigma inicial? Do que aqueles que pensam que é o jogo?

      O Grimaldo faz aquilo que todo o jogador com espaço deve fazer, ou seja, encarar o adversário e se possível driblá-lo. Chama-se a isto criar o desequilíbrio.

      Agora, o que o Rui não está a entender, é que para que o Grimaldo tenha esse espaço, é preciso que os seus companheiros se movimentem de determinada forma para criar esse espaço, de tal maneira que quando o Grimaldo dribla para dentro (sendo um canhoto), não seja facilmente desarmado pela cobertura defensiva do adversário.

      Quando o médio-defensivo desce para entre os centrais, estes abrem e levam a que os laterais subam no terreno, isto não se faz porque é "trending". Isso faz-se para criar espaços onde depois os jogadores possam jogar.

      Muitos interpretam isto como mecanização. São aqueles que têm preguiça em pensar e como tal gostam de receitas. Mas, este tipo de ideias, este tipo de movimentos, normalmente regem-se por princípios muito básicos e que podem ser aplicados em qualquer zona do terreno, desde a tua pequena área até à baliza adversária.

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    10. «(...) depois, em vez de passar ao gedson, finta o passe para que o jogador do Paok desloca-se para interceptar, e no ultimo instante passa a bola ao cervi que tem espaço (...)»

      Uma finta a mais que noutro contexto competitivo teria resultado numa perda de bola. O segundo 15 é claro. No momento em que o Grimaldo dribla o seu marcador directo e escapa à sua cobertura, tem duas opções de passe, uma para o Gedson e outra para o Pizzi. O marcador do Gedson se o passe fosse para o corredor central, jamais conseguiria interceptar. Está muito focado no Grimaldo, mas está longe deste.

      A malta tem a mania que fixar um adversário é ir para cima deste e no último momento passar ao colega. Esquece-se é que se o adversário for inteligente, fará contenção até os seus companheiros de equipa conseguirem oferecer a melhor cobertura defensiva. Esse é um dos princípios defensivos básicos. Ou seja, isso vai retardar ao máximo a "fixação do adversário" por parte do jogador atacante.

      Agora, se este não estiver formatado com estas receitas de caracaca, e pensar verdadeiramente o jogo, perceberá que está a cair numa cilada. E, mais do que isso, perceberá que se passar antes para o colega que está mais bem posicionado, jamais esse jogador que o marca conseguirá recuperar na jogada, ficando desde logo fora.

      Portanto, é preciso pensar o jogo e entender em cada momento qual a solução que te cria mais espaço para os teus companheiros, porque com esse, o jogador tem tempo para dominar, decidir e executar com qualidade, que é o que se pretende.

      Nesse segundo 15, se o Grimaldo passa para o Pizzi ou o Gedson, era golo na certa. O médio-defensivo do PAOK estava à frente dele. O central estava com o Seferovic, pelo que se a bola entra no Pizzi, ele "tiltava" entre ir ao Pizzi ou ficar com o Seferovic, o tempo suficiente para o suíço ganhar vantagem posicional e o Pizzi meter-lhe a bola com olhinhos. Depois era golo.

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    11. «Se Grimaldo faz a tabela ao gedson antes do jogador vir a ele (...)»

      Mas, afinal onde está a baliza? Na bandeirola de canto? Porque carga de água é que o Gedson iria fazer tabelinha com o Grimaldo, com o Pizzi isolado no corredor central? E, com o médio-defensivo do PAOK na lateral, por fora relativamente ao Gedson e Pizzi?

      Volto a repetir: no corredor central o jogador com bola tem sempre mais uma linha de passe que o jogador na ala, isto é mais uma hipótese de manter a posse de bola e mais uma hipótese de criar perigo ao adversário.

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    12. «Mas, qual paradigma inicial? Do que aqueles que pensam que é o jogo?»
      O que me parece que o Rui quer dizer é que com a finta inicial do Grimaldo as coisas ficaram menos lineares no que à abordagem diz respeito. Como concordo com essa leitura, posso estar a interpretar de uma forma enviesada, mas ele pode corrigir caso esteja errado.

      «A logica do PP seria de passar ao gedson mas a isso as equipas estao preparados, e por isso equipas de posse de bola têem agora menos eficacia...»

      Isto seria verdade se no segundo momento dos 15 segundos o Grimaldo não estivesse a fixar todos os adversários. Não há neste instante nenhum adversário no Gedson, que está sozinho e posicionado de uma forma priveligiada para tabelar com o Grimaldo. Após a tabela o Benfica apresentaria uma situação de 3x2 na ala, com os 3 em posição frontal para o adversário, sem considerarmos ainda a esfera de influência do Pizzi. A melhor opção teria sido essa tabela por aquilo que ela permitiria criar em velocidade.

      «Mas, afinal onde está a baliza?» A baliza está no corredor central, mas fica difícil criar vantagem numérica neste corredor. A tabela permitira arrumar uma linha de pressão do PAOK para depois então se pensar na seguinte. Também poderia meter no Pizzi, mas demoraria uma fracção de segundo mais e não seria uma jogada em velocidade.

      Pedia o jogo (Benfica em vantagem no marcador e na eliminatória, com mais golos fora do que o adversário que só conseguia entrar em transição) uma jogada em velocidade? Isso já é outra questão e como sei como acabou esta não me consigo abstrair o suficiente para dizer que não.

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    13. Mas, que tabela?! Façam pausa no segundo 15. Vejam o posicionamento dos jogadores do PAOK. O corredor central completamente aberto. Escancarado para este nível.

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  5. Muito muito interessante PP. Tive de ler duas vezes para começar sequer a absorver o que é dito.

    «De qualquer forma, é importante referir, que houve imensas oportunidades para ambos poderem atacar o corredor central.» O caminho no Benfica de RV não é e dificilmente passará por isto. RV tem muito presente a máxima de que não consegues criar superioridade numérica no corredor central e assume que por esse facto não adianta andar por lá.

    Dito isto, podemos falar da qualidade da construção por fora ou de como os jogadores do corredor central se integram no processo. Lembras-te da discussão que tivemos na pré-época sobre o tipo de construção lateral e de teres dito que "essa construção é facílima de ser anulada". Pois quão diferente é essa construção daquela que defendes como alternativa agora? Eu vou-me só cingir a um aspecto. O que tu e eu defendemos é qualitativamente melhor do que aquilo que o Benfica põe em campo. Mais simples é impossível.

    Agora, sobre o papel do PL na construção de jogo do Benfica.

    «Frente ao PAOK o ponta-de-lança suiço já mostrou que pode ser muito útil a segurar a bola, combinar com os colegas e atacar o primeiro poste» Não consigo perceber, genuinamente não consigo perceber, os elogios ao jogo do Seferovic. Foi mau. Há jogadores que seguram bola para construir, o Castillo tem dado bons sinais que é desse tipo, depois há os que seguram bola porque não sabem o que andam a fazer. #esferovite é dos últimos. Seferovic, no seu segurar de bola e nas suas combinações foi sempre mais um defesa dos "búlgaros" do que um construtor de jogo. Ajudou sempre mais a defesa do que ajudou o ataque.

    E depois temos aquilo que RV quer daquele jogador. Eu mal posso esperar pelos jogos em quem RV vai apostar no 442 que andou a testar na pré-época. Porque só nessa altura se vai perceber porque raio fomos buscar o Ferreyra! Para ser o pau de ressalto que RV quer que o PL seja na fase de construção, não só Ferreyra não vinha como Jonas seria corrido (oh wait...). O Porteiro é o único PL do plantel que tem algo a dar a este tipo de jogo. Porque segura a bola de costas e tem capacidade de criar espaço para os companheiros de forma que quando entrega a bola esteja a criar perigo e não simplesmente a passar por passar.

    Ontem alguém partilhou um vídeo, já não sei de que clube, onde o treinador dizia que o objectivo de passar é fazer com que o autocarro se mexa. O passar do Benfica não força o autocarro a mexer-se. Não hajam jogadores com capacidade para abrir as portas, como Grimaldo neste lance, e não podemos esperar mais.

    This is it. It's all folks. This is as good as it gets!

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    1. O "pau de ressalto" lol muito bom!

      O passar do Benfica não força o autocarro a mexer-se. Pois não - porque o que mais força o autocarro a mexer-se é teres bola dentro do bloco...e a nossa construção é sempre por fora!

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    2. O mais engraçado é que até mesmo a construção por fora pode ser feita utilizando o conceito do terceiro homem. Aliás, o 2 para 1 é um caso particular deste conceito.

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    3. Pode e ganha com isso. É o que eu dizia na pré-época...

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    4. Para jogar bem nesse conceito é preciso que os próprios jogadores do meio-campo tenha maturidade para tal. Com um Gedson a entrar agora, mas com sucessivos meio-campos remendados todas as temporadas, não há continuidade no processo. Sai sempre um dos homens do meio-campo, pelo que assim falta sempre o tal terceiro homem. Como é preciso haver resultados, opta-se por soluções de compromisso.

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  6. "quando tiver bem fisicamente, quando tiver alguém mais perto dele"? Irra que é de mais, tanta ignorância no uso do verbo estar...

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    1. É "demais" e sem vírgula a seguir...

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    2. Até 'tava predisposto a reconhecer o erro de escrita, mas com tamanha presunção e falta de educação, até dá-me um certo prazer de contrariar com uma contração da palavra.

      Mais a mais, nunca devemos esquecer que a língua é dinâmica e evolui, 'tivesse o Carlinhos atento.

      E agora, vais pelo teu próprio pé ou tenho de te mandar?

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