... para primeiro jogo da temporada e logo na Champions.
Poderíamos e tivemos grandes hipóteses de ter feito mais golos. A exibição está longe de estar perfeita. Faltou-nos muita dinâmica e continuamos a cometer inúmeros erros não forçados. Depois há jogadores que são corpos estranhos na equipa, muito por culpa de um processo de jogo que poderá não estar assim tão bem desenhado. Mas, o que me preocupa é a falta de exigência. Está então feito o pontapé de saída para as próximas linhas.
A falta de dinâmica e dos erros não forçados podem andar juntas e é isso que acontece na equipa encarnada devido aos corpos estranhos. Invariavelmente, o Gedson ainda não ter a melhor percepção do espaço-tempo na sua posição, assim como quais as suas funções em cada momento de jogo, como tal, o Benfica perde imenso do seu jogo interior, até porque Fejsa não é mais do que um apoio e arrisca muito pouco no passe vertical.
O jovem formando parece ser uma aposta cega no onze titular, mas quanto a mim carece de exigência tanto da parte do corpo técnico como de toda a estrutura. Ou seja, podemos apostar nele, mas devemos enquadrá-lo bem no modelo de jogo e, sobretudo, exigir excelência e não passar a mão por cima do menino quando não joga bem. Porque quando perdermos os holofotes vão-se apontar ao miúdo (e podem ter a certeza que a continuar assim vamos chegar ao dia que isso acontecerá). Nessa altura quero ver se aqueles que tanto elogiam o camisola 83, num péssimo jogo, irão continuar a defendê-lo, como ontem fizeram no final do encontro, na Benfica TV. Aliás, eu ontem fiquei com a clara sensação que vi um jogo totalmente diferente daquela gente.
Sem poder contar com o Gedson a bom nível no corredor central (na primeira parte, o miúdo não tinha conseguido fazer qualquer drible com sucesso sobre os turcos), quer Grimaldo e Cervi no lado esquerdo, quer André Almeida e Salvio no lado direito, mais pareciam estar a jogar em 4-4-2, tal o número reduzido de combinações que fizeram com os interiores e médio-defensivo. Pudera! O Gedson ora estava tapado por um adversário, ora perdia uma bola.
Como resolver esta situação potencialmente muito perigosa para o Benfica? No lugar do Rui Vitória, já há muito que teria apostado no Alfa Semedo naquela posição. Mas, como já percebi que isso não vai acontecer e, como (ainda bem!) existem muitas formas de se ter sucesso, apostaria no Gedson mas com funções ligeiramente diferentes das actuais. Em vez de funcionar como um médio interior, pedia a ele para ser um médio-ala direito quando a equipa tivesse a bola, ocupando um posicionamento ligeiramente atrás ao que o Salvio ocupa. Por seu turno, o argentino seria uma espécie de 2º avançado, um pouco à imagem do modelo de jogo de 4-4-2 com o Guedes.
A ideia aqui é envolver o menos possível o Gedson no processo criativo, uma vez que ele está muito longe da compreensão do jogo nessa posição, pelo menos ao nível que o Benfica quer jogar. Sobre a direita, poderá ir ganhando maior conhecimento de jogo, arriscar mais no drible sem ser muito criticado e a equipa ficará mais resguardada caso ele perca da posse de bola. Noutra perspectiva, sem Jonas, os jogadores que melhor combinam em zonas centrais são Pizzi e Salvio. Este novo posicionamento também é para reforçar essa dupla que ao terem maior acerto vão invariavelmente aproximar a bola ao nosso avançado, qualquer que ele seja.
Por falar em avançados, o Ferreyra é ainda um corpo estranho neste Benfica porque está habituado a ter um Taisson a jogar entre-linhas atrás dele, ficando ele encarregue de explorar as diagonais curtas atrás da defesa contrária. Sem o talentoso brasileiro e até ao momento sem Jonas, terá que se readaptar ao estilo de jogo. Mas, mais do que isso tem de ganhar ritmo de jogo, pois parece ainda muito preso de movimentos. Como tal a minha aposta seria no Castillo, tal como já tinha referido anteriormente.
Se a aposta é no Gedson, esta terá que ser a evolução táctica e a dinâmica de jogo da 1ª para a 2ª fase de construção. |
"O nosso jogo interior"??? Isso é anátema para o nosso treinador...em mais de 3 anos com ele, houve 3...meses em que o Benfica teve jogo ligado por dentro e posse de bola dentro do bloco adversário: foi de Janeiro a Março de 2018, com Krovinovic primeiro e Zivkovic depois (sobretudo com Krovinovic). Esse futebol desapareceu com as saídas do onze de dois jogadores - Krovinovic e depois Jonas...uma vez que nunca foi um futebol característico do Benfica de RV, de Julho de 2015 a Dezembro de 2017, e voltou a não ser com a saída de Jonas do onze, manda a lógica que se conclua que esse futebol vinha dos jogadores e não do treinador...
ResponderEliminarAgora explica-me: se não temos jogo interior por causa do Gedson, porque é que ao fim de dois anos e meio com este treinador, e Gedson nos juniores ou na equipa B, nunca houve jogo interior???
Houve jogo interior na época passada... Não houve foi um jogo dominante nos jogos grandes, mas havia as bases para continuar e aprimorar...
EliminarHouve jogo interior na época passada, sim senhor- como eu disse, de Janeiro a Março de 2018. Três meses, de uma época de 10 meses...trés meses em que coincidiram no onze Krovinovic, Pizzi e Jonas...Krovinovic esse que só entrou depois da primeira opção Filipe Augusto e da segunda opção Samaris...
EliminarSe nunca tivemos jogo ligado por dentro do bloco adversário, em mais de 3 anos com este treinador, à excepção de um trimestre, e voltamos a não ter com as ausências de Krovinovic e Jonas, parece-me seguro concluir que jogo interior não é prioridade no alegado modelo do 'cruzabol do Rui Carlos'...
Às vezes dá ideia que RV pensa que as balizas são nas bandeirolas de canto ;-) tamanhos são o desprezo pelo corredor central e a obsessão com os corredores laterais...
Eu suspeito, como aqui já discutimos, que é simplesmente medinho de perder a bola no corredor central...é que condiz tão bem com a personagem...
Será medonho? Ou será antes incapacidade do nosso meio-campo? 🤔
EliminarPP, o RV nunca jogou assim, como tu acreditas há mais de três anos que ainda pode vir a jogar...nem no Benfica nem antes do Benfica.
EliminarAcho que nem que contratássemos o Modric e o Rakitic, ele ia jogar assim.
Direi mesmo mais, podes dar-lhe Kroos, Rakitic e Modric e Messi, Ronaldo e Mbappé que tudo o que vais ter é o trio do meio campo a lateralizar para o Argentino e o Francês cruzarem para um Ronaldo rodeado de adversários.
EliminarPor algum motivo aprovei o comentário anterior antes da frase final:
EliminarSerá incapacidade do nosso meio campo ou do nosso treinador?
Fejsa, Alfa Semedo, Pizzi, Gedson, Zivkovic e Krovinovic. Ponhamos estes jogadores nas mãos de um Paulo Fonseca ou de um Sarri e vejamos se é incapacidade do nosso meio-campo ou do nosso treinador...
EliminarBP, ele já jogou assim. Não jogou ao nível de um Barcelona ou de um City ou Náploes. Mas, já jogou sim.
EliminarA questão é que precisas de bons jogadores que façam o mesmo contra equipas pequenas e contra equipas grandes. Por exemplo, o Fejsa não arrisca quase nunca no passe vertical (diagonal) quando joga contra equipas grandes (já contra equipas pequenas arrisca pouco, mas arrisca).
RB, com esses jogadores todos não ficava preocupado com o treinador, mas sim com a direcção que era bem capaz de os vender a todos ou até mesmo emprestá-los (Carrillo, Rául e Talisca...)
EliminarPP, tu és um tipo inteligente, percebes perfeitamente o que já expliquei várias vezes...podes não querer aceitar, ou não querer assumir aqui. Mas que percebes não tenho dúvidas.
EliminarUm trimestre em mais de três anos com um treinador não pode ser considerado um padrão desse treinador. Muito pelo contrário, a lógica indica-nos que foi o trimestre a excepção que confirma a regra dos três anos...
Ainda para mais quando ficou provado à saciedade que o futebol desse trimestre foi exclusivamente mérito de alguns jogadores, o mais decisivo dos quais (Krovinovic) foi a terceira escolha do treinador. Isto dele ser muito mais que um médio que lateraliza para os alas cruzarem para a molhada da fezada atrapalhou-o um bocado...
Nas primeiras duas temporadas jogavas em 4-4-2, é normal que a progressão no corredor central era diferente da da época passada.
EliminarNa primeira tinhas o Renato que pegava na bola e esticava lá para a frente. Na segunda, tiveste o Pizzi que fez a sua melhor época, aliás, eu gostei imenso da forma como ele soube ligar o jogo com o Jonas. Mas, se fores a ver bem, durante todas essas temporadas, não houve ao certo um onze titularíssimo. O Pizzi é talvez o jogador mais titulado, mas não jogou sempre na mesma posição.
Ou seja, há aqui muitos factores que podem perturbar uma boa evolução no processo de jogo, incluindo as lesões, por quer se queira ou não, um Zivkovic é bem diferente de um Krovinovic e muito diferente de um Gedson.
Quando olhamos para as grandes equipas vemos praticamente os mesmos jogadores titulares.
Até o Renato aparecer, foi aluga-se corredor central. Depois, o Renato queimar linhas à bruta em condução da bola não é exactamente o que ambos consideramos 'jogo ligado por dentro'...
EliminarDesde quando é que jogar em 4x4x2 impede que haja jogo ligado por dentro do bloco adversário? Isso nem parece teu...em qualquer sistema táctico, podes ter modelos de jogo que privilegiem o jogo interior ou exterior, a posse ou as transições etc..
Agora essa do 4x4x2 condenar uma equipa ao jogo exterior e ao abuso da fezada nos cruzamentos para um ponta de lança perdido entre 4 ou 5 adversários de frente para a bola, por amor de Deus...nem parece teu!
Tendo em conta as tuas ideias de jogo e o teu conhecimento do mesmo, juro que às vezes não percebo porque vais a estes extremos de absurdo para defender o RV!...
Não impede, sobretudo quando a equipa consegue ser compacta mesmo a atacar, pois Fejsa, Pizzi e Jonas muitas vezes parecem o tal trio de meio-campo. O problema é que com o passar do tempo as linhas deixam de ser compactas e as ligações são anuladas. Num 4-3-3 há maior estabilidade porque a ligação é sectorial e no meio-campo estão lá sempre 3 homens o que facilita o controlo no corredor central.
Eliminar«pois Fejsa, Pizzi e Jonas muitas vezes parecem o tal trio de meio-campo» Ou seja, o 433 de RV funciona conquanto haja um PL que perceba que tem de vir buscar jogo atrás. Tudo certo, é uma opção, mas a verdade é que o comportamento colectivo desmente que isto seja trabalhado nos treinos.
EliminarPor exemplo o ano passado. Com Jiménez teria sido possível que Cervi ou Sálvio oferecessem uma opção interior para fazer de Jonas, com o mexicano a flectir de fora para dentro durante o ataque. Não se viu. O mesmo se poderia ter visto na pré-época. Não se viu.
O que se vê é uma distância entre sectores que, se na defesa nos obriga a esforço extra (daí a paixão de alguns pelo Lisandro e a forma como corria muito), no ataque nos dificulta e muito o chegar à área adversária com condições de colocar vários jogadores numa posição vantajosa para marcar, ou até para cortar os contra-ataques.
Isso que referes do Jiménez é bem verdade e eu aqui já o critiquei duramente por isso. Mas, em defesa do Vitória, penso que ele acreditou que o Jonas iria recuperar durante a semana seguinte ao jogo de Setúbal e continuou a treinar o meio-campo e ataque para receber o Jonas no clássico... saiu-lhe o tiro pela culatra.
EliminarJonas esteve fora quantas jornadas?
EliminarQuantos jogos controlados é que Jonas andou em campo a esforçar-se com Seferovic e Jiménez no banco?
Quer dizer, o treinador também tem de saber gerir isso, não é só uns aforismos aqui e ali...
-"Noutra perspectiva, sem Jonas, os jogadores que melhor combinam em zonas centrais são Pizzi e Salvio."
ResponderEliminarDo que vi o Salvio fazer neste jogo, foi olhos nos chão e tentar fintar 3 a 4 jogadores do adversário ao mesmo tempo.
-"Por falar em avançados, o Ferreyra é ainda um corpo estranho neste Benfica"
Acho que o Ferreyra é mais uma vitima do Rui Vitória. Sectores muito distantes e a bola não chega ao avançado.
Quando o Castillo entrou os sectores já estavam mais próximos. Podemos ver no golo que já há mais jogadores em situação de finalização, para além do ponta de lança.
4ª época para o RV e o jogo interior é mito. Depende sempre da qualidade individual dos jogadores. Com o RV podemos sempre contar com o abuso de jogo exterior e cruzamentos para a área.
Em relação ao meio campo, se calhar preferia testar o Pizzi mais à frente, a fazer de 10 e a condicionar o jogo adversário, e pôr o gedson a fazer de Box-to-box. Só para experimentar.
Outra questão é o médio vir buscar jogo muito atrás. na 1ª parte vimos o Pizzi lado a lado com o Fejsa na fase de construção. Estes posicionamentos já acontecem desde o 1º ano do RV e isso só prejudica a equipa. Se o Pizzi ou o Gedson começarem a receber a bola mais à frente, se calhar conseguimos construir o jogo ofensivo com mais qualidade e com mais jogo entre linhas.
Também me pareceu ver o Rubén Dias tentar construir jogo, mas invariavelmente a bola foi para a lateral em vez de haver jogo entre linhas.
A melhor contratação que poderíamos ter feito, seria um novo treinador. Possivelmente o Paulo Fonseca. O RV já vai para o 4º ano como treinador principal do Benfica e o nosso futebol é muito triste e enfadonho.
Obrigado
É confrangedora a falta de ideias e da consistência das decisões.
EliminarAs melhorias a nível exibicional, surgem função de destaques individuais, que nem sequer foram primeiras escolhas do treinador.
O Gedson não ganhou quase lance nenhum em drible sobre o adversário no centro do terreno e queres que ele jogue como "8"? Notar que o Benfica joga com dois "8" em vez de um "10", por isso o que vês advém do que o Gedson consegue fazer.
EliminarNeste momento o jovem vê o jogo à velocidade dos júniores.
É normal que não se consiga ter boas ideias, quando tens elementos estranhos no meio-campo que não sabem interpretar muito bem o que têm de fazer.
EliminarOlha, mais um 'Benfiquista Primário' no Guerreiro da Luz!...;-)
EliminarVocês vêm já completamente formatados e têm olho apenas para a causa, não para a consequência.
EliminarO Salvio antes de perder a bola, conseguiu desequilibrar a defesa turca no corredor central. Se repararem, faltou-nos foi mais jogadores naquela zona para que ele tivesse hipóteses de passar.
Queres explicar o que é que estás a considerar causa e o que é que estás a considerar consequência? Sinceramente, não percebi.
EliminarExpressei-me mal. O que queria dizer é que vocês estão a olhar mais para a consequência (perdas de bola do Salvio) e não tanto para as causas (será que o Salvio recebe a bola em condições, no momento e no local que deve receber? Será que os colegas se movimentam correctamente para darem ao Salvio boas opções de passe?)
EliminarAh ok. Pois eu estou a olhar para a causa primária: o Mister das voltas à rotunda.
Eliminar"Olha, mais um 'Benfiquista Primário' no Guerreiro da Luz!...;-) "
Eliminarahahah
"O que queria dizer é que vocês estão a olhar mais para a consequência (perdas de bola do Salvio) e não tanto para as causas (será que o Salvio recebe a bola em condições, no momento e no local que deve receber? Será que os colegas se movimentam correctamente para darem ao Salvio boas opções de passe?)"
EliminarO Salvio já estragou várias jogadas tendo outros colegas em boa posição para receber a bola. E não é de agora. Já vem desde o tempo do JJ. Tem muita técnica, muita facilidade no 1x1, mas muitas vezes liga o complicador e estraga as jogadas de ataque. E com as perdas de bola que tem, expõe muitas vezes a equipa ao contra-ataque.
A meu ver o Salvio não pode participar na construção de jogo na 2ª fase se estiver na ala. Aliás, nem ele, nem o Cervi, porque sendo extremos puros têm depois dificuldade em virarem-se para o corredor central, o que limita bastante as opções de passe para a mudança da 2ª para a 3ª fase de construção. O problema persistia do tempo do JJ tal como o Sporting tinha com o Bryan e por vezes o Gelson que nunca foi um jogador que apresentasse uma consistência de jogo naquela equipa.
Eliminar«têm depois dificuldade em virarem-se para o corredor central»
EliminarNo entanto os melhores momentos do Sálvio neste início de época são aqueles em que pausa e flecte para dentro, deixando as defesas contrárias desequilibradas. Não fosse jogador de andar sempre com os cornos no chão e quem sabe...
Ora nem mais. Vamos ter que arranjar é outro candidato para o lugar de lateral direito... talvez o Gedson.
Eliminar;P
Ah, então o problema é o Gedson...
ResponderEliminarFoi só isso que percebeu do artigo? 🤔
Eliminar«Talvez a forma de resolução seja diferente. Posso entender muita coisa, mas ontem, fiquei irritado com a espécie de atirar areia para os olhos como se o Gedson tivesse feito uma excelente exibição, o que não fez. Posso concordar que faça parte do processo de aprendizagem, mas são processos que poderão custar-nos muito caro. 40M€ para ser mais exacto, valor esse que dificilmente o miúdo sairá alguma vez da Luz...»
ResponderEliminarGedson não foi um 8 formado, mas foi um bom esboço. Não foi o Deus que a Bieira TV faz dele, porque foi um puto de 19 anos no seu primeiro jogo a doer, frente a um meio campo com tipos que já eram profissionais quando ele começou a dar uns pontapés na bola. Mesmo assim, gostei da primeira meia hora ou assim, tendo depois sido vítima do "eclipse" do costume. E não será inocente que todo e qualquer esboço de jogo interior saiu dos pés dele, porque os veteranos todos já sabem que com RV é meter na ala... Mas há aspectos, vários, a corrigir, isso há!
Sobre o Ferreyra é como diz ali o Ricardo Silva, é uma vítima do sistema. Ou Ferreyra vai ver uns jogos do Jonas o ano passado e aprende que apesar das ordens do treinador tem de baixar no terreno para dar linhas de passe e transportar ele próprio um pouco o jogo, ou então vai ter uma carreira curta, sacrificado em detrimento do Porteiro do Urban. Um homem de resto de remate fácil e critério reduzido. Com um treinador de futebol, Castillo seria o novo Cardozo. Com RV pode bem nunca passar do novo Brian Deane...
Quanto ao Sálvio, tudo o que de bom se lhe viu a jogar mais por dentro na pré-época esfumou-se hoje. É outro que tem imenso trabalho pela frente para não oferecer bola atrás de bola ao adversário e, pela sua postura corporal, retirar-se do lance.
Um nota final para dois lances emblemáticos daquilo que tem de ser fruto do treino. Cervi no recebe a bola no vértice esquerdo da área do Fener, com dois adversários pela frente, Grimaldo a desmarcar-se pelo flanco, Gedson e Fejsa sem marcação e de frente para a baliza, o Fener enfiado na sua área e o argentino recebe, olha, hesita, cruza para o adversário cortar a bola com o calcanhar em movimento descendente! Já na segunda parte a bola vai para Ziv. Com uma finta de corpo tira um adversário do caminho, a linha defensiva descaiu toda, a do meio campo está desequilibrada para a esquerda e Gedson e Pizzi estao em posição frontal e sem oposição. O sérvio olha e cruza para a molhada, perdendo-se o lance. Quem quiser acreditar que isto são opções individuais dos jogadores, acredita...
«E não será inocente que todo e qualquer esboço de jogo interior saiu dos pés dele (...)»
EliminarViste outro jogo, só pode ser. Há uma jogada ainda na primeira parte, que se nota o Gedson a receber a bola no meio-espaço esquerdo com grandes hipóteses de atacar o corredor central em drible para libertar num colega, e o que ele faz? Foge para a ala esquerda congestionando-a e larga a bola a queimar para o Cervi que entalado entre a linha e três turcos acaba por perder a bola.
Outro pormenor, o lance do cabeceamento de costas do André Almeida na grande área turca, repara de onde vem o lateral direito. Agora vê onde estava o Gedson. Na época passada falaste em redpass relvado para o Salvio, este ano digo-te que quem tem esse título é o Gedson.
Pode parecer que não gosto do miúdo, mas não é nada disso. A mim irrita-me é o que estão a fazer com ele, quando há melhor no plantel e numa fase de evolução mais avançada (Alfa Semedo e Samaris) e ainda por cima nem sequer percebem as carências que o jogo ainda tem, não o respeitando.
O Ferreyra é como eu escrevi, ainda é muito cedo para ligar o queimador.
Cervi joga como extremo puro no lado esquerdo. O Zivkovic joga como falso extremo no lado direito. Isto faz toda a diferença, pois o campo de visão dos jogadores é bem diferente num e noutro lado. De qualquer maneira, é bem notória a diferença de critério e de tomada de decisão entre um e outro. Mas, o problema não está aí.
Mais uma vez, estão a ver as consequências. Falta ver as causas. O Cervi se receber a bola no último terço do terreno fica com as decisões facilitadas: ou passa para um colega ou marca golo. O golo acabou por acontecer dessa maneira. Se recebe a bola na 2ª fase de construção está tudo lixado. O mesmo para o Salvio. Quem tem de receber na 2ª fase de construção são os interiores e os laterais, ou o ponta-de-lança para combinar. Só em casos muito específicos é que devem ser os extremos (por exemplo, após uma variação de flanco de jogo).
«ainda é muito cedo para ligar o queimador» Mas isto é válido para todos os jogadores.
EliminarEu não digo que o Gedson usou e abusou do jogo interior na primeira parte, digo é que qualquer esboço disso passou invariavelmente por ele.
O Sálvio não parece ter passado o Red Pass dele a um amigo, por isso se calhar há é mais um Red Pass em campo, mas isso vamos ver.
Sobre o que fazem ao miúdo, irrita-me mais quererem que o Alfa seja o novo Fejsa e darem-lhe um total de zero minutos no lugar do Sérvio. "Ah mas o jogo não estava resolvido"...
Como esses dois lances, temos aos molhes em todos os jogos!...
EliminarFaz-me particularmente impressão o caso do Zivkovic, que sempre teve no critério e tomada de decisão dos seus pontos mais fortes, e agora ou está sentado no banco/bancada ou está reduzido ao cruzabol do Rui Carlos! Um 'crime' o que RV está a fazer a um jogador daqueles.
Ainda ontem comentei com um amigo que o Castillo podia ser um novo Cardozo!...poder até podia, mas era com um treinador à altura do Benfica.
O Ferreyra, como o Ziv e o Rafa, vai ser mais um do efeito pérolas nas mãos de porcos!...
Não me venham com mais eufemismos, paninhos quentes e negações. É demasiada mediocridade no nosso banco, há demasiado tempo.
Então PP, ali acima só temos olhos para as causas, agora só temos olhos para as consequências? Cada vez percebo menos.
EliminarRB, podes não entender, mas eu estou a defender o Gedson, porque sei perfeitamente que quando perdermos jogos e pontos as culpas vão recair sobre ele.
EliminarO Zivkovic está a ser utilizado numa segunda variante do modelo de jogo, o 4-4-2 com falsos extremos.
EliminarPor isso não o vemos a ser aposta no corredor central.
Causas e consequências já explicadas lá em cima.
Tu no fundo estás a dizer que nem o Salvio nem o Cervi têm critério, inteligência de jogo ou tomada de decisão para serem envolvidos no ataque posicional antes da fase de preparação da finalização. Completamente de acordo.
EliminarMas há outros dois extremos no plantel, com muito mais critério e inteligência de jogo, e portanto muito melhor tomada de decisão. Não seria mais fácil simplesmente se jogassem esses, do que estarem a jogar o Cervi e o Salvio, mas não vale tocarem na bola até à segunda fase de construção, inclusivé???
Mesmo dando de barato que sejam eles os titulares, claro que sendo eles tu tens razão: deviam ser os interiores e os laterais a protagonizar a segunda fase de construção. Mas como é que isso é possível, da forma que nós jogamos? Um dos interiores desce sempre até à linha dos centrais na primeira fase de construção (Pizzi), para lateralizar o jogo para um dos corredores laterais - ou através dos centrais/Fejsa ou através de pontapé longo. Depois a partir da primeira fase de construção, tem que se passar tudo entre lateral e extremo, não vale distanciar-se mais de 5 metros das linhas laterais, proibido jogar por dentro, o segundo interior é o único jogador que temos no corredor central entre linhas porque os extremos estão a jogar o jogo das linhas laterais e o avançado também não pode descer porque tem que estar na área para tentar finalizar o cruzamento, contra 4 ou 5 adversários posicionados e virados de frente para a bola,...
Não me f&@as! ;-)
Mas, vou gastar tempo e energia em pedir para meter o Rafa, o Zivkovic e o Alfa quando isso não vai acontecer? Estou a tentar arranjar uma solução de compromisso com a realidade das opções do Vítória. Assim é mais realista.
EliminarVais...
Eliminar«Como resolver esta situação potencialmente muito perigosa para o Benfica? No lugar do Rui Vitória, já há muito que teria apostado no Alfa Semedo naquela posição.»
;)
«Estou a tentar arranjar uma solução de compromisso com a realidade das opções do Vítória.»
EliminarE no entanto tudo o que consegues é ir demonstrando como RV é um tipo de ideias formatadas, pouco dado a adaptar-se ao que tem e mais dado a martelar sem fim o cilindro na casa quadrada.
É como disseste ali num post abaixo, tu e eu só discordamos na forma, não na substância!
Sabes que os ciclos de aposta e verificação de resultados das apostas são diferentes no futebol. Eu penso que ele está a dar ao Gedson uma série longa de jogos para ir verificando a evolução do miúdo. Acredito que até terá sucesso. O problema é se isso não vai dar cabo do sucesso da equipa na Champions e na entrada do campeonato.
EliminarNo lugar dele apostaria no Alfa exactamente por sentir que o ciclo deste é menor, ou seja, mais rapidamente ele se adapta à posição.
O que custa mais é saber que a solução dos problemas do Benfica poderia ser resolvido tão facilmente e com tão pouco esforço financeiro e insiste-se em alguém que não percebe nada de futebol, não sabe treinar, não sabe escolher os jogadores para o 11.
ResponderEliminarFosse algum dos comentadores deste post o treinador do Benfica e teríamos um novo Barcelona dos tempos áureos.
O Pizzi seria transformado no novo Iniesta, o Alfa Semedo seria o Busquets, e o Rafa o Messi.
Assim houvesse treinador....
Porque é tudo um problema de treinador. Chega-se ao ponto de dizer que os cruzamentos mal feitos são por ordem do Rui Vitória. E o que é feito bem é obra do acaso.
Há uns anos, numa entrevista que deu, Guardiola estava a visionar uns lances do Barcelona com o entrevistador. Perante uma jogada genial que envolveu vários jogadores e que resultou num golo do Barcelona Guardiola disse o seguinte: viu esta jogada? nunca a treinámos. Foi tudo obra dos jogadores.
Infelizmente, para muita gente, o futebol a sério não é como o Football Manager...
No fundo, o que lhe custa mais é mesmo a democracia.
EliminarMas, sabes que a forma de ver e estar no futebol do Guardiola é basicamente... Única.
EliminarTudo o resto que existe são imitações...