06 agosto 2018

O que faltou...


... a época 2018-2019?




Para que é que serve uma pré-época? Para estabelecer um 11 inicial que permita entrar em competição ou para conhecer o grupo? Mais do que afinar completamente um onze titular, penso que estes jogos de pré-época serviram acima de tudo para observar de perto o que os novos reforços e os miúdos podem dar à equipa. Ao mesmo tempo, aprimorou-se (e bem!) a 1ª fase de construção de jogo. Isto com bola, porque sem bola, vi já muito trabalho com posicionamento e forma de fazer pressão alta e contra-pressão (caso do encontro contra o Dortmund), mas também um modelo defensivo mais conservativo e de bloco a meio-campo (caso do jogo contra a Juventus). Os índices físicos já estão em bom nível, aliás, isso ficou bem patente no encontro frente ao Sevilla ainda em território helvético, antes da partida para os "States". Sobre primeiros jogos de pré-época, no estágio em Portugal e depois em Inglaterra, serviram acima de tudo para o team building.



Regra geral, a matriz do sistema preferencial usado nesta pré-época por Rui Vitória, é o 4-3-3. Isto prende-se com esta primeira fase da temporada 2018/2019. Com a pré-eliminatória da Liga dos Campeões e um calendário da 1ª Liga NOS complicado até meados de setembro, é essencial que a equipa esteja equilibrada, daí a aposta no 4-3-3. Agora, tendo em conta que temos neste momento 4 avançados todos eles internacionais pelos seus países, penso que é natural que queiramos aproveitar toda essa qualidade. E, sinceramente, é possível aplicando o 4-4-2. Agora, como transformar o 4-3-3 em 4-4-2 sem que haja uma descontinuidade no trabalho feito? A meu ver o segredo estará em Pizzi, Jonas e... Salvio.



Mas, vamos por partes, o 4-3-3 desta pré-época funciona de maneira diferente do da época passada. Um dos interiores tem agora uma dupla função que é de aproximar-se do ponta-de-lança na 3ª fase de construção de jogo. Isto porque o Jonas não está a 100% e o tipo de avançados que temos exige outro tipo de jogo. É aqui que o Gedson tem sido usado. E, isso requer desse médio um enorme pulmão, porque tanto tem de dar apoio ao tridente de meio-campo, como tem de ajudar na luta entre os centrais com o colega ponta-de-lança. Este posicionamento e função ainda é um autêntico work in progress que deverá sofrer um enorme upgrade se o Rui Vitória optar por testar o Alfa Semedo nessa posição (ou até mesmo o grego Samaris), isto antes de chegar o que deverá ser o dono desse lugar: o brasileiro Gabriel. Por outro lado, viu-se um Pizzi muito mais próximo de Fejsa em todos os momentos de jogo. Algo que defendi até antes do clássico frente ao Porto e que a meu ver foi um dos grandes motivos por não termos conseguido dominar concretamente esse jogo a meio-campo. Sendo assim, e olhando para as recentes exibições, penso que o onze titular que optaria para corporizar este 4-3-3 seria aquele com: Odysseas na baliza; André Almeida, Conti, Jardel e Grimaldo no quarteto defensivo; Fejsa, Pizzi e Alfa no tridente de meio-campo; e, Salvio, Castillo e Cervi no tridente ofensivo.



No entanto, não deverá haver mais contratações e, sinceramente, nesta fase só viriam atrapalhar os trabalhos já efectuados durante a pré-época. O melhor que a direcção deve fazer, visto que já acautelou os empréstimos/vendas de Diogo Gonçalves, Raúl e Talisca é apostar forte nas renovações de Salvio e Samaris, pois são dois jogadores cujos contratos estão a terminar e quer se gostem ou não deles, são parte activa no bom espírito de grupo da equipa. Sem contratações, nomeadamente sem a vinda de Gabriel, penso que faltou testar o Alfa Semedo como médio-centro-interior, com funções mais libertas de box-to-box. O camisola 16 seria o complemento perfeito para Pizzi e Fejsa no meio-campo e ao mesmo tempo dar aquela energia que tanto precisamos para pressionar de forma eficiente o adversário dentro do seu meio-campo.



Como opção para o Alfa Semedo nessa posição "8" teria igualmente testado o agora camisola 22. Aliás, muito provavelmente, tendo em conta o histórico do Samaris com o Fejsa e com o Pizzi (com o sérvio essa cumplicidade já vem desde o tempo do Olympiakos), até poderiam funcionar às mil maravilhas e a adaptação desta variante do modelo ser feita muito mais rapidamente. E, quanto ao Gedson? Bem quanto ao miúdo, o maior problema dele neste momento é ter pouco a bola. Claramente, vê-se que o entendimento do seu jogo é feito com a bola e naqueles espaços mais recuados. O problema é que ele não decide tão bem em espaços curtos como o Pizzi faz, nem sequer tem a relação química com o camisola 5. Mas, com um pouco de imaginação e muito trabalho pode ser a solução que tanto procuramos há muito tempo para o sérvio. Por exemplo, o Fejsa é excelente a destruir jogo, mas a sua construção é apenas a 10 a 15 metros, daí que exija que o Pizzi esteja sempre perto dele. Sem contratações (nomeadamente a de Gabriel e de David Simão que tanto desejava), não temos cão, pelo que temos de caçar com gato. Esse gato será o Gedson Fernandes, que facilmente poderia adoptar como referências posicionais jogadores com Busquets, Xabi Alonso, Fernandinho, Fred, Casemiro, Gündogan, Weigl, Schweinsteiger. Referências essas que são reconhecidos não apenas pelos seus feitos defensivos, mas sobretudo, pelo que dão às suas equipas em termos ofensivos. Penso que faltou este ensaio do Gedson a médio-defensivo nesta pré-época.



Perante o onze colocado em cima, seria fácil alterar para o 4-4-2 bastando apenas uma só substituição: André Almeida por Jonas. Dessa forma o onze ficaria com: Odysseas na baliza; Salvio como lateral direito ofensivo vertical, Rúben Dias e Jardel como centrais e com o Grimaldo como lateral esquerdo ofensivo interior, comporiam o quarteto defensivo; Fejsa como médio-defensivo acompanhado pelo Alfa Semedo que seria o médio box-to-box e por Pizzi como médio-interior/ala direito e Cervi como médio-ala/extremo esquerdo; e lá na frente, a dupla atacante formada por Jonas e Ferreyra. Desta forma conseguimos assegurar a transição do 4-3-3 para o 4-4-2, com a resolução do problema do lateral direito, agora que o nigeriano Ebuehi se lesionou com gravidade nesta pré-época.



Notar na assimetria das duas linhas de 4 (defesa e meio-campo) com estes jogadores, uma vez que a linha defensiva estaria mais alinhada à direita, enquanto a linha de meio-campo estaria mais alinhada à esquerda. A percepção detrás das balizas seria que iríamos jogar sempre com uma linha de 5, quer com bola, quer sem bola, o que se aplicarmos um modelo de jogo compacto, equivaleria a ter vantagem numérica em todas as zonas do terreno, tornando o modelo muito equilibrado. Depois, em termos de metodologia de treino, seria fácil para os restantes jogadores do plantel, uma vez que temos em número suficiente para adoptar esse sistema de jogo, mas desta feita seria um onze igualmente assimétrico, mas oposto. Ou seja, Bruno Varela na baliza (ou o Svilar); seguido de um quarteto formado por André Almeida, Luisão, Rúben Dias e Yuri Ribeiro, que estaria mais chegado à ala esquerda; à frente destes um quarteto de meio-campo mais chegado à ala direita e composto por Rafa (ou Jota) à direita, Gedson e Samaris no centro e Zivkovic à esquerda; e, lá na frente Seferovic (ou Félix) e Ferreyra.



Dentro destas variantes de 4-4-2, penso que faltou testar durante 90 minutos a variante do 4-4-2 com dois falsos extremos e dois laterais bem verticais. Frente ao Lyon, na segunda parte, com a entrada do Jonas, o Vitória tentou testar essa ideia, mas a equipa já estava bem desequilibrada com as substituições, o resultado e o cansaço. Penso que nesse modelo, tanto os laterais ofensivos como Yuri Ribeiro e, agora o Salvio, assim como os falsos extremos Rafa e Zivkovic, poderiam brilhar ao mais alto nível. Depois perante o tipo de avançados e médios que possuímos seria o mais indicado. Os nossos médios não são muito criativos, por isso, deixávamos essas tarefas para os falsos extremos e para o segundo avançado (Jonas, João Félix e Seferovic). E, os nossos avançados não são muito intensos, agressivos e não saem muito do corredor central (apenas pequenas diagonais para as alas), pelo que seria perfeito para a verticalidade dos nossos laterais.




Esta é a minha proposta final de plantel para 2018/2019,
antes de entrarmos oficialmente em competição.
Notar que existem 12 posições tácticas, que tem a ver com
a variação do 4-3-3 e do 4-4-2. Sobre estas, esmiuçarei
num futuro artigo. 😉

28 comentários:

  1. Só falta sugeres um gr a ponta de lança lol

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    1. Mas que argumento é esse? Não faz sentido nenhum.

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    2. Este indivíduo insiste em fazer comentários estúpidos. Perceberá de futebol? Concordando ou não com o teor dos posts, use argumentos por favor.

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    3. Há pessoal que ainda não percebeu que não quero que a caixa de comentários seja como a dos desportivos nacionais...

      😏

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  2. ele tem boas ideias, mas nao esta a conseguir po las em pratica. muito do nosso jogo acaba com uma posse sem sentido e mal somos pressionados procuramos chuta la para longe o que faz nao sermos tao dominadores quanto podiamos ser

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    1. Não funciona porque dos 3 do meio-campo, apenas 2 percebem o que têm de fazer. O outro é um projeto...

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    2. nem por isso, repara como o ano passado so mesmo com o krov ou o zivk e que a qualidade melhorou e enquanto tinhamos o pizzi a coisa ficou igual. alem que esse estilo de jogo nos fazemos em momentos e nao de forma consistente o que indica que nao esta bem implantado

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    3. Melhorou frente a equipas de menor expressão que por si só eram pouco agressivas. Agora contra as grandes equipas, recorda como não fomos tacticamente superiores, porque única e exclusivamente para jogadores em questão não conseguiram impor o seu futebol.

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    4. Pensando no trio "ic"-Pizzi-Fejsa, o queres dizer é "nos jogos contra o Porto", certo? Porque na Luz contra o Sporting se bem me lembro eles tiveram uma sorte danada de terem empatado só naquele penalti ao cair do pano e em Alvalade na segunda volta jogou o meio campo musculado. Não que isso nos tenha ajudado a conquistar a vitória diga-se de passagem.

      Uma coisa interessante que tu dizes é «tendo em conta o histórico do Samaris com o Fejsa e com o Pizzi (...) até poderiam funcionar às mil maravilhas e a adaptação desta variante do modelo ser feita muito mais rapidamente.» Isto é interessante porque tem sido visto em campo muito. Por exemplo, na Luz contra o Porto o ano passado este meio campo foi totalmente incapaz de fazer com que o Benfica ganhasse um só duelo a meio campo ou que a bola passasse o meio campo jogável.

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    5. sim pp o que justifica o que digo, o problema esta em como o rui vitoria implementa, pk qualidade para se sobreporem aos grandes eles tem

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    6. O meio-campo foi totalmente ineficaz porque só teve uns míseros 5 treinos de preparação, RB. Ou achas que nos treinos o Samaris jogava em que posição? Jogava como se fosse o espelho do Fejsa, i.e., como médio-defensivo.

      O sucesso do Porto e do Sporting frente ao Benfica é que eles têm um modelo de jogo de transição. Não é totalmente eficaz contra equipas menores, mas perante um Benfica que depois não é exímio na reacção à perda (se não somos frente às equipas pequenas, quanto mais contra equipas com jogadores de qualidade), somos um alvo apetecível.

      Falta energia e capacidade física no nosso meio-campo, para nesses jogos sentirmos donos e senhores, mas a ideia, não é substituir um jogador técnico por um jogador físico. A ideia é substituir o jogador técnico por um técnico e físico. Isso sim é um reforço. Isso sim é um upgrade ao nosso jogo.

      Desta forma, consigo libertar o Zivkovic para uma zona do terreno onde ideias também precisam (último terço do terreno). Já repararam no último passe do Cervi, por exemplo? É um insulto e daquela forma não há ponta-de-lança que consiga sobreviver.

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    7. alexanderson, a meu ver o problema do Rui Vitória, nem é no treino. Olho para a equipa e vejo ali muito trabalho de treino. Sempre vi, inclusive, no seu primeiro ano, quando falavam mal da defesa. O que eu vejo é que há jogadores que conseguem fazer o que ele pede, e outros não. Isso é bem notório na linha defensiva.

      Para Pizzi e Zivkovic ou Krovinovic serem os nossos interiores é necessário que a nossa linha defensiva ande sempre colada ao Fejsa. Durante os primeiros 15 a 20 minutos, eles conseguiram frente ao Lyon, tal como aconteceu frente ao Dortmund, mas depois o gás acaba e já não conseguem acompanhar.

      Para evitar isso, utilizaria um Samaris no eixo defensivo. Este tenderia sempre jogar cobrindo o Fejsa, por sua vez o central ao lado dele teria que o acompanhar para criar a linha defensiva.

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  3. Tu estás imparável, assim não dá para comentar.

    Claro que tenho uma embirração com o RV. Aliás, há quem use o tetra como prova que RV é o maior, eu por acaso vejo o contrário. O tetra não foi ganho por RV da forma que ganhou o tri, foi é perdido pelo NES. O ano passado foi só o corolário.

    Agora, RV não é bode expiatório nenhum. Digamos que a vida não lhe parece ser facilitada por uma direcção que o ano passado não lhe dá reforços de qualidade e este ano lhe dá um contentor de reforços para integrar numa das mais curtas pré-temporadas de que eu me lembro. E só para acrescentar alguma emoção os primeiros jogos oficiais só têm o dever de limpar a borrada estratégica de não se ter investido (nem trabalhado) no ano anterior.

    Condições de trabalho invejáveis? Não por mim, como é óbvio, mas isso não pode servir para mascarar as carências óbvias do que é o trabalho do treinador. Ou, para adoptar a terminologia inglesa, do gestor.

    E a pergunta seguinte para se compreender o meu grau de criticismo é: de que forma o gestor do plantel se enquadra com o que é a estratégia do clube. E de caminho qual é essa estratégia? Porque se a estratégia for aquela de lançar jovens e "potenciá-los", parece-me que é notório que RV não é o homem indicado para o trabalho; se por outro lado a estratégia for investir em jogadores de qualidade superior à concorrência e ser necessário gerir esses egos, então RV pode ser o homem indicado. O que não dá é para ambas as coisas.

    Falaste, num post, de como RV foi o homem que "potencializou" Ederson, Renato, Semedo e Lindelöf. E o que é isso de potencializar. É dar-lhes minutos? Se sim, então está correcto. Mas se acharmos que é necessário acrescentar algo ao que eles traziam consigo, uma espécie de materializar coisas que apenas existem em potência ou nem isso, então em qual dos casos é que isso sucedeu? E pegamos nos casos de sucesso e não os comparamos com insucessos porquê?

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    1. Tudo isto porque para se ler este teu post é necessário perceber duas coisas. A primeira é de que forma RV gere a transição de júnior para sénior dos proto-talentos benfiquistas. A segunda é de que forma RV consegue através do treino corrigir as falhas. Ou resumindo as duas numa expressão que usas, até que ponto RV é capaz de transformar os nossos gatos em cães.

      Na minha óptica, RV é um péssimo gestor de jovens. Poderá ser bom a gerir os recursos adultos ao seu dispôr, mas é péssimo no caso dos jovens. Podes achar que é uma questão do tio-porreiro vs "tough love", mas o que sucede é que nunca a cenoura pode ser mais pequena do que o pau com que levas nas costas. RV ou não sabe, ou ignora, ou não consegue fazê-lo? Porque não o consegue? Para mim a direcção tem culpas também nisso e, mais uma vez, não se pode olhar para RV como o bode expiatório da coisa.

      Na questão do treino, falávamos ainda recentemente das dificuldades que a equipa sente com dados momentos do jogo. Problemas crónicos que tu achas que eu sinto que se deviam ter resolvido durante a noite. Não acho. Como antigo atleta percebo que o treino precisa de tempo para ver resultados, o que acho extraordinário é que se peça tempo para um treinador que trabalha com 75% da sua linha defensiva e 67% do seu meio campo há quatro anos resolver problemas com treino. Neste capítulo o mesmo tipo a quem faltaram tomates para utilizar uma pré-temporada para experimentar uma "alterações tácticas" a serem trabalhadas desde Abril desse ano.

      Se calhar tu chegavas lá e fazias do Alfa um 8 de classe mundial, do Gedson o novo Xavi, de Sálvio o LD que nos foge há dois anos, e ainda ensinavas o Castillo a fazer combinações (estou para ver as combinações do Porteiro, estou). Tu se calhar fazia-lo. RV não é o homem para isso.

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    2. Acho que é possível ter sucesso tanto na potenciação de jogadores como na evolução de jovens jogadores. O segredo aqui está em definir logo com quem vais querer trabalhar.

      Eles utilizam a pré-época para conhecer os jogadores. Acho errado. Os miúdos então nem deveria haver isso porque podem ir acompanhando-os. O que interessa é partindo de uma base, entender quais os jogadores que mais valor poderiam acrescentar no mais curto espaço de tempo e com o menor trabalho possível. Isto porque somos um clube vencedor que não pode perder muito tempo.

      Há umas semanas atrás apenas escolheria o Jota para evoluir este ano. Preferia recuperar um Talisca e se calhar nem compraria o Ferreyra e o Castillo. Ah! E, o Carrillo ficaria. Apostaria no Alfa como é óbvio.

      Como lidaria com o Jonas: com a aposta no Talisca.

      Como lidaria com o Salvio: lateral direito ofensivo.

      Como lidaria com o Samaris: defesa central.

      😉

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    3. Sobre os problemas do modelo do Vitória que agora se aponta, como não conseguir chegar à grande área adversária, já viste o Chelsea do Sarri ontem? Teve o mesmo problema. Por vezes não são as ideias que estão erradas, mas sim a incapacidade de alguns jogadores têm em interpretá-las.

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    4. Eu quando leio alguns comentários não consigo perceber a razão pela qual algumas pessoas, que se acham grande especialistas em futebol, não estudam e não se candidatam a treinadores ou técnicos de futebol. Até porque são profissões bem remuneradas.

      Por outro lado, acho que são pessoas presunçosas, com um ego desmedido, porque pensam que observar equipas e jogadores a partir da bancada ou da TV, lhes dá um conhecimento que lhes permite fazer críticas a profissionais que trabalham no futebol há dezenas de anos.
      Há coisa que se vêem bem, até porque há repetições. Quanto ao resto…

      A crítica deve ser sempre bem fundamentada, o que é impossível de acontecer nestes casos.
      Acho de uma presunção intolerável. Um pouco de humildade, aquilo que exigem aos outros, era bom.

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    5. Não só vi o Chelsea como comparei aquele Chelsea com o Chelsea que ganhou a Taça. A evolução é só assombrosa. É incrível o que se consegue quando se tem um treinador que acredita mais no treino no que em urbanismo! Mesmo o mais tosco dos jogadores, se martelado constantemente vai adoptar bons comportamentos, que podem ser hipotecados pela sua deficiente execução técnica. O Miguel Cardoso sofreu disso no Rio Ave. O Luís Castro no Chaves. O Ivo no Estoril.

      Peço desculpa mas Rui Vitória dificilmente se pode dizer que tenha na deficiente qualidade dos executantes o seu passo limitante.

      «Acho que é possível ter sucesso tanto na potenciação de jogadores como na evolução de jovens jogadores. O segredo aqui está em definir logo com quem vais querer trabalhar.» - Eu também mas o Benfica como está montado não é o espaço para isso e o treinador do Benfica dificilmente é a pessoa para tal.

      Eu quando leio alguns comentário não consigo perceber a razão pela qual algumas pessoas se acham grandes moralistas opinadores. Porque não tiram um curso de Filosofia com especialização em Ética? Até porque dá estrutura moral.

      Ou então se calhar são pessoas presunçosas que sentem a necessidade de falar por falar, sem conseguirem reconhecer um argumento ou uma crítica sustentada mesmo que estes tenham um sinal luminoso por cima delas. Porque de resto só quem é profissional há largos anos ou tem um curso de nível 4 (aposto que para estas pessoas nem o nível 2 chega) é que pode opinar.

      O moralismo deve ser bem fundamentado. De preferência fundado num manto de anonimato para que não se possa de forma alguma comparar o que é dito pelo moralista com o que possa ter dito noutro local ou noutra altura...

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    6. PP esqueci-me de uma coisa, provavelmente porque não estou habilitado para isso.

      Possivelmente não poderias contar com o Talisca ou o Jiménez ou o Carrillo por motivos extra futebol. Os mesmos camiões de entulho que tu defendeste aqui antes das férias, precisam de umas pepitas lá no meio para terem razão de existir.

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    7. Ao anónimo, convido-o a ler mais os artigos e comentários de forma integrada/contextualizada e não avulsa. De certo que rapidamente perceberá que de presunção este espaço tem muito pouco, até porque o debate muitas vezes prende-se com o entendimento das opções em vez de opiniões infundadas. Ah! E o que não falta aqui são artigos fundamentados. Caso contrário teria artigos biteclicks...

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    8. Olha que o Sarri apresentou os mesmos problemas no ataque que o Vitória ontem. Em termos de saída de bola temos feito o mesmo que o Sarri.

      Gosto muito do técnico italiano, mas também parece-me que estão a fazer mais do que ele é. O Nápoles tinha bons princípios, mas faltou sempre qualquer coisa para ganhar o scudetto. E, não era bons jogadores, porque os tinha. E, não foi pelo calendário, porque a certa altura só tinha a série A. Penso que faltou pragmatismo.

      Sim, é verdade sobre os jogadores menos dotados, porque no fundo estás a torná-los mais inteligentes, mas de qualquer maneira, repara que todos esses treinadores que falaste, nenhum deles conseguiu manter o nível exibicional ao longo da temporada. Isso porque lhes faltam uma coisa que é capacidade de adaptação aos contextos. Algo que a época passada, quer vocês gostem ou não, o Rui Vitória demonstrou ao alterar do 4-4-2 para o 4-3-3 em plena época, fora as lesões que ele foi tendo no plantel.

      O Vitória tem melhores executantes, mas estão na sua maioria formatados para um estilo de jogo de transições e não de ataque posicional. Para atacar bem posicionalmente, precisas de ter uma linha defensiva que saiba jogar com o espaço nas costas. Quando jogas com o Luisão, acabas invariavelmente por ter esse problema, porque ele acaba por se defender das suas limitações físicas recuando paulatinamente no terreno de jogo. Basta vermos o jogo frente ao Tondela na Luz na época passada.

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    9. Eu penso que o Benfica pode ser o espaço para montar com os melhores jogadores da formação, outros mais veteranos e algumas soluções do mercado. A questão está em saber seleccionar com antecedência, para que o trabalho a ser realizado no plantel seja feito o mais cedo possível.

      «Possivelmente não poderias contar com o Talisca ou o Jiménez ou o Carrillo por motivos extra futebol.»
      Provavelmente tens razão, mas fosse técnico era uma exigência que fazia, depois de falar com os jogadores, para entender um pouco o sentimento deles.

      É triste ver desperdiçar um talento como o Raúl, que tinha claramente a capacidade para ser um enorme goleador do Benfica e um jogador importantíssimo num Benfica europeu. Ou como o Talisca não sentiu o amor€ na Luz, porque a aposta foi no Jonas e que se tivesse cá na época passada se calhar teríamos sido P3N7A e ido mais longe na Champions, tal como ele levou o Besiktas. Acredito que teria feito golos nas nossas vitórias no Dragão.

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    10. «O Vitória tem melhores executantes, mas estão na sua maioria formatados para um estilo de jogo de transições e não de ataque posicional.» PP... RV vai começar o quarto ano. Por esta altura ou os jogadores já teriam aprendido ou sido substituidos. E se o projecto do Benfica é ganhar, os reforços teriam sido escolhidos com um conjunto de características que facilitassem a apreensão das novas rotinas. E haveria uma coordenação com a formação para que, ao nível técnico-táctico a disparidade entre os formados e os formandos não fosse tão acentuada.

      No entanto os putos da academia parece que vêm de outro planeta, os reforços mal vingam (Cervi e Krovinovic como reforços que se assumem em 4 anos de contentores) e os que cá estavam com as mesmas falhas e debilidades.

      «Algo que a época passada, quer vocês gostem ou não, o Rui Vitória demonstrou ao alterar do 4-4-2 para o 4-3-3 em plena época, fora as lesões que ele foi tendo no plantel.» Onde tu vês um sucesso e um triunfo eu vejo mais um exemplo acabado da falta de ambição e quiçá competência de RV. Os primeiros esboços do 433 apareceram em jogos controlados do final da época do tetra. Nesse final de época RV falou em "mudanças tácticas" para o ano seguinte. E apesar disso nunca vimos essas mudanças na pré-época (ao contrário de agora) e depois foram sendo testadas em jogos a doer. Nem é uma questão de "levam tempo" é uma questão de andar quatro meses a martelar uma coisa que não se sabe como trabalhar, não está a funcionar e tendo outra ali no bolso não se lhe dar espaço para crescer. No fundo os mesmos pecadilhos de RV na gestão de jovens.

      «Eu penso que o Benfica pode ser o espaço para montar com os melhores jogadores da formação, outros mais veteranos e algumas soluções do mercado. A questão está em saber seleccionar com antecedência, para que o trabalho a ser realizado no plantel seja feito o mais cedo possível.» Pode ser, mas nunca o será com RV, porque a capacidade dele gerir talento jovem neste contexto é muito inferior ao que a administração espera dele. Ou seja, ou a administração abre os cordões à bolsa para dar sempre a RV plantéis tão acima da concorrência que o mais difícil é não ganhar, algo que a aposta em contentores de refugo em vez de uma selecção de bife do lombo demonstra logo não ser o caso, ou então precisa de um treinador que consiga criar uma forma de jogar consistente o suficiente para ir dando minutos consistentes a jovens de potencial. Isso implica menos espaço, ou nenhum, para os Filipes Augustos do plantel e mais para os Joões desta vida. Ao mesmo tempo que os Gédsons têm de jogar apesar das suas debilidades.

      Talisca nunca teria feito golos nas nossas vitórias no Dragão porque RV nunca quis ganhar nenhum dos jogos com o FCP. E o único jogo que quis ganhar ao SCP foi mesmo o de Alvalade... durante 45 minutos!

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    11. «RV vai começar o quarto ano. Por esta altura ou os jogadores já teriam aprendido ou sido substituidos.»
      Pois, mas jogadores formatados ou são realmente muito inteligentes e são foras-de-série com capacidade para adaptação, ou então, pensam que são os reis da situação e começam logo a falar diferente dentro de campo daquilo que o treinador queria que fizessem.

      Dou-te o exemplo do Bulo. Há uma entrevista em que há um treinador das camadas jovens que disse que o Renato Sanches em tenra idade, depois da palestra antes de um jogo em que o treinador falava num determinado modleo de jogo, ele virou-se para os colegas e disso algo como "já sabem, passem-me a bola que eu resolvo". Na altura, essa parte da entrevista foi vista como um exemplo de liderança. Eu vi logo ali insubordinação e uma resistência a que o jogador pudesse evoluir rapidamente. Reparem nas últimas temporadas do Renato...

      Trouxe-te este exemplo, porque nem sempre é o treinador, nem sempre é a culpa da formatação da formação que tiveram (vê-se isso muito nos centrais, como o Luisão), nem sempre é culpa própria do jogador. Normalmente é um misto. É uma questão muito mais holística, é uma questão de contexto.

      Ontem o treinador que tem sido das últimas bolachas do pacote a nível nacional, o Luís Castro, perdeu na Taça da Liga, sendo eliminado, pelo Tondela do Pepa. Um excelente plantel perdeu com um plantelzinho de caracacá. Isso aconteceu porque apesar de bons princípios de jogo, estes jogadores demoram mais tempo a apreender e é se alguma vez vão conseguir fazê-lo... por isso, por vezes é preciso o treinador saber ser mais pragmático.

      «E se o projecto do Benfica é ganhar, os reforços teriam sido escolhidos com um conjunto de características que facilitassem a apreensão das novas rotinas.»
      Isto acontece num mundo ideal. Imagina que formas um médio-defensivo de classe mundial e como treinador sabes que está ali um jogador de top que em 3 meses jogará mais que o teu médio-defensivo titularíssimo há 5 anos. O que é que fazes? Tiras o actual e metes o miúdo, que nos primeiros 5 jogos irá cometer alguns erros, erros que poderão causar perda de pontos, ou mantens-te fiel ao titular e para que o miúdo não fique a coçá-los durante uma temporada, mandas-o para empréstimo? São estas decisões que por vezes têm de fazer e ficam em tilt. Estamos a formar jogadores, mas dentro desses jogadores há sempre um ou dois que são de elite em cada fornada (por vezes não há sequer um, mas vamos ser positivos...) mas, não têm encaixe logo na nossa equipa, porque o talento que já possuímos é igualmente de elite. O que fazermos nesse momento vai partir da criatividade da estrutura. O que vai dizer-nos se foi uma ou má opção a medida optada é o resultado desportivo da equipa e do atleta.

      Não acho o Cervi de elite. Há quem o ache, mas eu não acho. É jeitoso, mas falta-lhe inteligência de jogo e tomada de decisão. Para um extremo, é claramente jogador que subiu graças ao seu talento inato, mas faltou-lhe escola de base de qualidade para ver o jogo de outra forma e com outra maturidade. Está e vai continuar a estar num ciclo esgotante de bater contra a parede, i.e., de forçar constantemente o seu jogo individual.

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    12. Eu só falo do Cervi como uma das únicas contratações que em quatro anos ganharam lugar no 11 de forma regular, não faço considerações qualitativas sobre ele.

      Há várias formas de gerir a entrada de um puto, sendo a mais simples o somatório de minutos até acabar na titularidade. Ou tendo um grupo já bem formado e entrosado, aproveitar os amigáveis. Ou então tens um processo que faz com que os erros individuais que ele possa dar se diluam no processo. Só que se o teu processo depende mais da contribuição individual do que do colectivo...

      O problema do Benfica é a ausência de processo o que faz com que a equipa fique particularmente exposta a dias maus de peças individuais. Pegando no jogo de ontem, o LC tinha uma ideia e a verdade é que os seus jogadores conseguiram desmontar com eficácia a organização defensiva do Tondela. O Guimarães entrou ontem pela área do Tondela com a bola controlada mais vezes do que o Benfica na Luz o ano passado. Ou seja colectivamente há pouco mais que o treinador pudesse ter feito ontem.

      Agora, acreditas, não com o teu modelo, mas com base no que se vê do Benfica a jogar, que o Benfica ontem não se tinha exposto a uma eliminação às mãos do Tondela? Mais do que isso, entre a forma de o Benfica jogar e a do Guimarães, qual a que criaria mais situações de perigo junto à baliza do Tondela?

      O "potencializar" de jovens de RV é aquele método de ensinar a nadar de atirar os putos para dentro de um poço e ver se conseguem vir à tona. Os que forem inatos até se podem tornar nadadores olímpicos, se algum dia alguém os tirar do poço, os que não forem inatos RV está-se a cagar porque é incapaz de lhes dar o que quer que seja.

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    13. Não fazes considerações qualitativas do Cervi porque irias ser corrosivo, é isso?

      Sobre a entrada dos putos, estás a falar da diferença entre os processos de contribuição individual vs colectivo, quero apenas adicionar um aspecto muito importante ao tema: o grau de maturidade do jogador. Um jogador de futebol passa por vários graus de maturidade. Durante a formação, regra geral ele está naquele grau em que a relação que possui com o futebol é ele e a bola. É daí que nasce o jogo individual. É certo que já existe organização, mas é sobretudo posicional. Explicam que essa organização é para não irem tudo ao molhe e fé em Deus, mas para equilibrar. Não se aprofunda muito as noções de espaço e tempo, fundamentais para os alicerces de um jogador inteligente. Aqueles que nesta fase dominam esse campo, fazem-no muitas vezes por intuição ou porque lá em casa há quem lhes vai dando dicas...

      O problema do Benfica não é ausência do processo. Ele existe. O problema do Benfica é que os elementos escolhidos para interpretar esse processo não são os melhores. Aqui, das duas uma: ou tentam-se outros jogadores, ou modifica-se um pouco o processo. Eu apostava num misto das duas. Aliás, é o que acabo por sugerir neste artigo, com a entrada de um Alfa Semedo e o comportamento do onze perante essa entrada.

      Penso que a tua leitura do Benfica é no mínimo bastante depreciativa. Estás a comparar o incomparável. Neste momento, até mesmo com o Gedson a jogar onde está, conseguiríamos facilmente bater as defesas dos Tondelas e dos Guimarães desta vida. Fizemos uma pré-época, basicamente a competir contra equipas de nível de Champions, compostas por jogadores de topo. Não queiramos também fazer querer que está tudo mal e não valem nada. Não podemos ser do 8 ao 80.

      Sobre potenciar, eu acho que o problema que se passa neste momento no Benfica é que ainda têm dificuldades em identificar os talentos de elite dos restantes. Até posso simpatizar com eles, pois muitas vezes um miúdo de 17 ou 18 anos aparente vir a ser de elite, mas é o outro que parece alheado que depois mais tarde acaba por ser o de elite.

      Eu acho é que é preciso tomar uma decisão no in
      início da época. Não é preciso fazer uma reavaliação na pré-época. Esta é para preparar a equipa para jogar como de elite. Assim, em vez de levar 5 ou 7 putos, levam-se 2 ou 3 e serão estes que o projeto de elite se deve ser aplicado e focalizado.

      Já reparaste como os planteis dos grandes clubes europeus acabam por ser diminutos e reduzidos a 23 jogadores, enquanto os nacionais têm invariavelmente 30 jogadores? Não é praticável...

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    14. «Não fazes considerações qualitativas do Cervi porque irias ser corrosivo, é isso?» Não, não faço considerações qualitativas nem sobre o Cervi nem sobre nenhum outro reforço porque para ilustrar o quanto RV está desligado da política de contratações os números bastam.

      Vamos ignorar o entulho contratado e as contratações de Julho de 2015, nas quais terá tido pouca influência. Com ele chegaram para o plantel principal Jiménez (Ago 2015), Grimaldo (Jan 2016), André Horta (Jul 2016), Zivkovic (Jul 2016), Cervi (Jul 2016), Rafa (Ago 2016), Carrillo (Jul 2016), Mitroglou (Jul 2016 após empréstimo), Danilo (Jul 2016), Filipe Augusto (Jan 2017), Hermes (Jan 2017), Pedro Pereira (Jan 2017), Varela (Jul 2017), Svilar (Ago 2017), Douglas (Ago 2017), Chrien (Jul 2017), Krovinovic (Jul 2017), Gabicoiso (Ago 2017) e Seferovic (Jul 2017).

      Um total de 19 jogadores achamos que com o seu aval. Destes quantos deram apostas regulares? Eu diria que 6 (Grimaldo, Cervi, Mitroglou, Filipe Augusto, Varela e Krovinovic) e nesses seis há uma discrepância de qualidade e de potencial muito grande. Com dois deles fora do clube restam quatro no actual plantel, sendo notório que Varela dificilmente contará para o totobola. Ou seja, quando eu disse «No entanto os putos da academia parece que vêm de outro planeta, os reforços mal vingam (Cervi e Krovinovic como reforços que se assumem em 4 anos de contentores) e os que cá estavam com as mesmas falhas e debilidades. apenas ignorei que o Grimaldo já chegou com o RV ao comando. Mais uma vez, o Cervi foi mencionado como exemplo das dificuldades que RV tem em trabalhar a matéria prima que lhe colocam ao seu dispôr. A ala esquerda do Benfica, seja ela a combinação que tu queiras de Grimaldo-Cervi-Ziv-Rafa, à qual podes juntar os médios centro/interiores, trabalha com RV há mais de dois anos. E no entanto tu continuas a tentar defender que é preciso é tempo. Ao mais alto nível quanto tempo é tempo suficiente? Se RV é incapaz de dotar estes jogadores de novas características ou de uma leitura de jogo mais adequada em dois anos (e picos), achas que estará à altura quando "tiver" de trocar um destes por um jovem?

      A minha leitura do Benfica não é negativa. Quando digo que o Benfica se expõe a uma eliminação não digo que vai ser eliminado. Claro que acredito que com a discrepância de qualidade individual que temos para o Tondela poderíamos passar. Só que o mesmo timoneiro do Tondela fez uma gracinha na Luz o ano passado. E achas que aquele Fener que jogou ontem na Luz é equipa para se ir daqui só com um no saco por um momento de distracção?

      A questão do Benfica é como guardar o máximo de talento de elite formado pela maior quantidade de tempo, ao mesmo tempo que consegue ir buscar a maior quantidade de talento a outros sítios. E depois precisa de pensar a 3/5 anos na hora de contratar. Porque tens de ter um bom processo, para minorar o impacto dos erros, bons jogadores para nivelar por cima os treinos e permitir aos putos aprenderem, e no fim uma estratégia de contratações em que quando um puto chega à equipa principal não está tapado por um Filipe Augusto mas por um Krovinovic. E compreender que só continuas a ganhar quando activamente trabalhares para que os bons sejam muito bons e os muito bons sejam elite. Tens de criar situações para isto, não basta esperar que eles por eles vão lá.

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    15. Não acho que tenhamos visões muito diferentes, RB. ;)

      Talvez a forma de resolução seja diferente. Posso entender muita coisa, mas ontem, fiquei irritado com a espécie de atirar areia para os olhos como se o Gedson tivesse feito uma excelente exibição, o que não fez. Posso concordar que faça parte do processo de aprendizagem, mas são processos que poderão custar-nos muito caro. 40M€ para ser mais exacto, valor esse que dificilmente o miúdo sairá alguma vez da Luz...

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