28 agosto 2018

O desperdício...


... em alta competição.


O empate frente ao PAOK na Luz, no jogo da 1ª mão do playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, da época 2018-2019, tem um sabor bem amargo. Primeiro, porque neste momento estamos em desvantagem no duelo contra os gregos, devido ao golo deles marcado na Luz. Segundo, porque depois de termos desperdiçado tanto à frente da baliza, não merecíamos aquele golo caído dos céus para eles. Basta vermos o seguinte resumo para percebermos do que estamos a falar. Quanto desperdício tivemos, não é Pizzi?



Normalmente, poderíamos criticar o Rui Vitória de alguma decisão vinda do banco, ou devido à titularidade de um jogador com rendimento mais duvidoso (o denominado, por muitos, de redpass relvado). Contudo, neste encontro, nada podemos apontar ao técnico encarnado. Aliás, há até muito a elogiar, tal como a forma como sem Salvio, o Vitória soube preparar a equipa, fazendo jus das potencialidades tanto de Zivkovic e de Gedson. Pessoalmente, gostei de ver a dinâmica destes dois jogadores a trocarem de corredores de forma muito eficaz. Enquanto o Gedson partia quase sempre do corredor central para a ala direita, o Zivkovic, fazia o movimento contrário. Falta talvez mais envolvimento do Ferreyra, que quanto a mim procura ainda a sua melhor forma física, pois os movimentos em diagonais vê-se, mas ainda muito preso nesses movimentos, sendo facilmente anulável pelos adversários.


Talvez as duas únicas críticas que poderei apontar ao técnico encarnado tem a ver com o momento tardio em que costuma fazer as substituições e o nível de exigência que parece ter para com os seus jogadores. Neste encontro, em particular, se calhar até pode parecer que o momento em que o Rui Vitória faz as substituições seja o correcto. No entanto, se o Rafa nos jogos anteriores tivesse entrado mais cedo, já estaria mais entrosado com os seus colegas. Por outro lado, o próprio Gedson a meio da segunda parte já precisava de ser substituído, mas, quem é que poderia entrar? O Samaris está sem ritmo de jogo. O Alfa Semedo tem tido poucos minutos. O mesmo para João Félix e até mesmo o Zivkovic (que foi solução para essa posição na época passada). Depois, a exigência para com os jogadores tem de ser muito maior. Para os titulares, não se pode falhar e perder tanto a bola como o Cervi faz por jogo. Por outro lado, o Rafa e o Zivkovic quando entram, não podem querer abusar do jogo individual, como se isso fosse determinante para se mostrarem mais e ganhar a titularidade. E, depois, é preciso marcar golos!


24 comentários:

  1. E pronto, está resolvido o debate de há dias por aqui: não são 15 minutos à Benfica, nem 10 nem 5 - são 19 minutos à Benfica! :-)

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    1. O debate ficou resolvido com o link para o Alberto.

      E percebendo o que dizes, achar que o melhor período do Benfica no Toumbas foram os 19 minutos com que arrumou a eliminatória é não ter visto bem o jogo. Contra qualquer equipa do pote 1 e uma reduzida fracção do pote 3 aquele Benfica tinha de facto o jogo arrumado ao intervalo...

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    2. Relaxa, RB - foi só uma piadinha ;-)

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    3. O jogo arrumado teriam os nossos adversários... Com tanto mal passe a meio-campo não há hipóteses. Depois a desconcentração dos nossos jogadores, é no mínimo enervante.

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    4. Não se pode levar isto de ânimo leve. Só o farei quando a exigência for mais elevada.

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    5. Eu disse que o jogo estava arrumado, não disse para que lado! ;)

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    6. Mas... O grau de exigência é interessante. O Benfica fez um jogo medonho e mete lá 4 batatas, uma oferecida pela mesma criatura mitológica que impediu a eliminatória de estar resolvida, de forma histórica, no Estádio da Luz.

      Portanto na Luz faz um bom jogo, dos melhores sem Jonas nos últimos 3 anos, mas não marca. É merda. Ontem tem um jogo medonho ao nível dos passes e decisões nos últimos 40 metros, mas marcou quatro batatas, é o maior. A sério...

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    7. É o maior só se for para os adeptos e comentadores que apenas olham para os resultados. Para mim, foi preocupante. Eu no final do encontro teria puxado as orelhas a Grimaldo, a Cervi, a Salvio, a Pizzi e a Gedson. É impressionante, como não jogam para o Seferovic e este está sempre a criar jogo para eles, quer a nível de passe, quer a nível de criação de espaço.

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    8. Caríssimos, limitei-me a fazer uma piadola parva porque estava muito contente com o resultado. Digamos que estava a celebrar não vendermos o Rúben Dias! ;-)

      Agora, quanto ao que jogámos, completamente de acordo convosco! Ontem com uma equipa de Champions estávamos a levar dois ou três secos aos 15 minutos....o que não augura nada de bom para a fase de grupos - muito pelo contrário.

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    9. O Fejsa e o Ruben Dias estiveram abominaveis nos primeiros 15 minutos, acho que os dois junto snão acertaram um passe. O golo do Jardel serenou a equipa e o GR deles deu-nos a passagem, obrigado amigo!

      Bayern, Ajax e AEK, 2º lugar parece acessível, mas atenção ao Ajax que se reforçou e tem alguns excelentes jogadores. Bons jogos em perspectiva.

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    10. Caso para perguntar se iremos receber mais reforços até ao fecho do mercado?

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    11. O Fejsa, o Ruben Dias, o Salvio, o Cervi, o Seferovic... Se vamos listar a malta que foi incapaz de acertar um passe ligar jogo ficamos aqui o resto do dia.

      E nem vou falar do extraordinário jogo do Alfa "Vieira" Semedo...

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    12. Caro BP o problema é que este Benfica às vezes parece mesmo uma piada.

      Eu ainda não sei o que podem dar Conti e Yuri em contexto competitivo. Se o jogo de Salonica não dava para rodar, não sei qual dava. Se o Alfa, que esteve medonho, é para ser alternativa ao Fejsa, então não jogava com Fejsa. Se era para ser alternativa a Pizzi/Gedson, não jogava com eles.

      O Benfica faz um jogo horrível e mete 4 batatas lá dentro. Fico feliz porque acima de tudo quero é que o Benfica ganhe (aquela coisa do refilamos todos juntos de como a equipa é uma merda, enquanto estamos aos pulos no Marquês), mas ao ver isto não há confiança nenhuma...

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    13. Não sei se vamos ou não buscar mais alguém e para alguns sectores acho que temos opções a mais (médios interiores/ofensivos), mas começo a achar que precisamos de um outro 6 no plantel...lateral direito não vale a pena: vai-se lesionar.

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    14. Completamente, RB. O RV, mesmo com 4-1 e aquela equipa adversária, não estava seguro que a equipa dele não levasse três ou quatro golos de rajada, como já tantas vezes aconteceu...

      Como é que se quer que os habituais titulares confiem nos suplentes, quando eles jogam (veja-se post seguinte do PP), se aparentemente nem o treinador confia?

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    15. RB, mas uma coisa é apontares a erros ao nível de passe de jogadores novos como o Rúben Dias e o Alfa Semedo. Ou até de jogadores com pouco ritmo de jogo como o Seferovic. Outra bem diferente são as perdas por passes errados de jogadores como Grimaldo, Cervi e Salvio.

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    16. «Completamente, RB. O RV, mesmo com 4-1 e aquela equipa adversária, não estava seguro que a equipa dele não levasse três ou quatro golos de rajada, como já tantas vezes aconteceu...» - Nem ele nem eu, mas caramba, se este não era jogo para ver o que rendem gajos que mal vão cheirar bola ao longo do ano não sei qual seria!...

      Ou melhor é daquelas coisa que mudas meia ou mais equipa num jogo da taça e depois o jogo correu mal porque houveram muitas mudanças.

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    17. Conti, Yuri, Alfa, Gedson, Rafa e Zivkovic, são tudo miúdos para irem entrando na cultura organizativa do Benfica e sem grandes pressas começarem a render. Incluo, neste grupo também o Rúben Dias. Trata-se de jovens que ainda têm pouco ou nenhum calo de jogo.

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    18. BP, não precisamos de mais nenhum "6". O Alfa, o Samaris e agora o Gabriel podem fazer essa posição. Até mesmo o Gedson.

      A minha preocupação é com a lateral direita. Eu no lugar do Vitória já teria apostado no Salvio. E, o Jota merece vir para o plantel principal.

      Já agora, o Florentino na equipa B, também dará um enorme "6"...

      Dito isto, eu penso que para atacar a fase de grupos da Champions com alguma segurança, ter Ramires e Rafinha no plantel seria o ideal. O Ramires seria um titular no lugar do Gedson, que apesar de muito boa conta do recado, não acho que chega para o nível de exigência da fase de grupos. Sobretudo, a ter que jogar 3 vezes por semana. O mesmo falo do Pizzi, que terá assim em Rafinha uma belíssima solução, uma vez que o Krovinovic só lá para o início do próximo ano estará realmente a 100%.

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    19. Então se calhar o Florentino devia ter subido este ano à equipa principal. O Alfa não era 8 e o Samaris central? ;-)

      O Alfa para mim ainda é um projecto de jogador - aliás, vi muita coisa preocupante em quase todas as vezes em que entrou...

      Mas nem me estava a referir só a backup do Fejsa, uma necessidade com anos...estava também a referir-me a termos um 6 com outra qualidade com bola. Para permitir que os médios interiores fiquem mais altos, dentro do bloco, na saída de bola - nos jogos grandes, o Pizzi desce para se juntar aos centrais e Fejsa nessa fase...juntando os laterais que nesses jogos também ficam relativamente baixos, sobram 4 jogadores para dar linhas de passe e avançar na construção de jogo...

      O problema é a importância de Fejsa sem bola, sobretudo na transição defensiva...nem quero pensar na nossa transição defensiva sem o Fejsa! E se nós temos muitas transições defensivas, com tanta perda de bola na construção...

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    20. O Alfa é um belíssimo jogador. Precisa é de confiança. Os erros que agora apontam ao Alfa foram cometidos pelo Gedson no início da pré-época, mas foram abafados para proteger o jogador. Repara que eu aqui apontei os defeitos todos do rapaz.

      Mas, a verdade é que os miúdos depois de 5 jogos consecutivos a jogar, se tiverem qualidade, acabam por entrar no ritmo e ter exibições como a do Gedson nos últimos jogos. Mesmo assim, na Grécia o miúdo não esteve lá muito bem.

      Concordo que devemos ter um 6 com outra qualidade de bola. O Alfa pode fazer a posição, mas para mim, perdemos a sua capacidade de penetração e de transporte naquela posição. O Pizzi daqui a 3 ou 4 anos prosseguirá carreira nessa posição "6".

      Por fim, a movimentação sem bola vai com o treino e com os jogos. É preciso confiança. A minha questão aqui é que é necessário o Alfa ganhar confiança e calo para essa posição. Antevejo 5 jogos para o fazer e falo de 5 jogos consecutivos, para ele sentir a pressão e o foco competitivo. Mas, teremos esses 5 jogos? Podemos correr o risco de perder pontos e jogos nesses 5 jogos? É o risco do investimento em jogadores tão jovens.

      Depois, há a concorrência do Samaris...

      ;)

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    21. Talvez possa vir a ser um belíssimo jogador, tem passada larga e 'atrevimento' para vir a ser um médio capaz de queimar linhas em condução ou em passe, mas...isso é tudo potencial, o que vi de efectivo até agora foi aquilo que tecnicamente se chama uma 'barata tonta' em campo. Sem noções básicas de posicionamento, orientação corporal e movimentação pertinente; sem precisão na decisão ou na execução...enfim, um novo Samaris...

      Percebo o que dizes dos cinco jogos consecutivos a titular, mas a não ser que tenhamos cinco jogos consecutivos na Taça da Liga com equipas secundárias, não estou a ver como é que isso vai acontecer...

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    22. Ó BP, mas é aqui que também tens de começar a ler bem o que escrevi aqui...

      O Benfica teve uma densidade brutal de jogos. O RV preparou um onze para esta primeira fase da temporada que terminará agora com o encontro do Nacional. Claramente a aposta foi no onze com Fejsa, Pizzi e Gedson a meio-campo. Todos os outros foram para preencher minutos e gerir esforços.

      A elevada densidade só permite recuperação, treino táctico e pouco mais. Não há tempo para trabalhar com o Alfa a um nível mais de detalhes, nem sequer enquadrá-lo melhor. Com jogadores mais experientes, não precisas disso, mas com miúdos, que acabaram de chegar ao maior e ainda têm tanto para aprender, não podes ir na boleia dos críticos destrutistas que estão constantemente à procura de um bode expiatório.

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