17 agosto 2018

Como é possível...


... pensarmos na reconquista do título nacional?


O futebol português está uma autêntica fantochada. É uma verdadeira feira das vaidades de indivíduos que até podem gostar de futebol, mas que gostam mais do seu umbigo e como tal, fazem de tudo para que possam escalar a escada social o mais rapidamente possível. Para tal, não se coíbem de fazer alianças de poder. Alianças onde uma mão lava a outra e as duas lavam a cara. Alianças, onde quando todos os intervenientes são meninos e meninas conhecidos, tal o efeito de anos e anos que o efeito das cunhas e dos padrinhos desenharam.

É por isso que quando olhamos para o futebol nacional há uma clara tendência de polarização a norte. É por isso mesmo que quando olhamos para a arbitragem nacional, essa polarização é igualmente espelhada a norte. E é por isso mesmo que quando olhamos para a comunicação social a polarização a norte é brutal. Tudo isto nasce no poder dos grandes grupos nacionais, quase todos eles radicados no norte industrial deste rectângulo à beira-mar plantado. Estes grupos fazem grande pressão sobre a indústria do futebol. Há avultados investimentos lá no norte que não podem ser perdidos.

O que isto tem a ver com Brahimi? Tudo! Caro leitor, muito sinceramente, alguma vez o argelino teria lugar numa grande equipa europeia? Um jogador que apesar do talento técnico que tem carece de uma inteligência de jogo, de um compromisso defensivo com a equipa e acima de tudo de uma inteligência emocional que o permite ter o controlo das suas emoções quando as coisas correm-lhe mal?! A sorte do Brahimi é que foi elevado a craque num clube como o Porto que controla como já vimos tudo e mais alguma coisa no futebol nacional. Este caso da não penalização do camisola 8 azul-e-branco é disso um belo exemplo.

Não estivesse o nosso futebol quase totalmente corrompido, e senhores ligados ao desporto-rei, como o ex-jogador de futebol Sousa (agora comentador na SportTV) e o ex-árbitro Duarte Gomes (agora comentador na SIC), teriam elaborado rebuscadas teses sobre como a atitude repetitiva de apertar o pescoço aos adversários por parte do Brahimi «não é com maldade, nem sequer pode ser considerado um acto de agressão». Lamentavelmente, para o Samaris já era caso para castigo. Como será possível ganhar perante estas estruturas completamente corrompidas? Essa é a questão.




P.S.: Será possível criarem uma versão desta música do Agir, "Parte-me o pescoço", para este tema do Brahimi?


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