14 agosto 2018

A única dúvida para Istambul é...


... no onze titular do Benfica.


Dificilmente haverá mais mexidas no onze que esta do avançado ponta-de-lança. Na minha opinião optaria pelo Castillo em detrimento do Ferreyra. O chileno apresenta já uma frescura física que o avançado argentino ainda não possui e tão pouco deverá apresentar neste jogo uma vez que foi o titular nos últimos encontros. Senão houver a pressão de colocar os milhões no relvado esta opção pelo camisola 30 será mesmo a mais indicada.


Considerando o onze que deverá defrontar o Fenerbahçe (i.e., Odysseas na baliza; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo no quarteto defensivo; Fejsa, Pizzi e Gedson no tridente de meio-campo; e um ataque formado por Salvio, Castillo e Cervi), o Benfica deverá apresentar uma táctica que visa um jogo de transições rápidas sustentada num bloco defensivo compacto médio/baixo. É mais fácil defender um espaço mais curto que um espaço muito maior. Sobretudo, perante um adversário que já de si terá dificuldades em movimentar a bola em ataque posicional. Em termos de sistema de jogo estamos a falar mais de um 4-5-1 do que propriamente no tradicional 4-3-3.

O meu onze titular do Benfica para o encontro da 2ª mão da
3ª Pré-Eliminatória da Liga dos Campeões,
frente ao Fenerbahçe.

Depois, a equipa de Phillip Cocu, é uma equipa veterana e em princípio de época. A resposta física não é a mesma que uma equipa com uma média de idades bem mais jovem, como é a dos encarnados. Sendo assim, o ideal será esticar sempre que possível o jogo com transições e variações do centro de jogo rápidas. E, nesse estilo de jogo, mais do que ter um homem que tente explorar os canais entre os defesas adversários, tenhamos um homem que seja uma referência no ataque. Ou seja, um ponta-de-lança forte fisicamente, que saiba captar a bola, proteger num primeiro momento até os companheiros conseguirem subir no terreno e depois sim, combinar com estes. Este avançado é o Castillo.


Uma das jogadas-tipo de contra-ataque (e para partir o duplo pivô defensivo do Fenerbahçe) será o jogo directo para o camisola 30 (bola média ou longa), este receber de costas e combinar com o Pizzi, que no meio-espaço esquerdo/espaço central poderá esticar o jogo num segundo momento com mais um passe médio/longo para Gedson e Salvio que poderão incorporar o ataque. Aliás, os únicos com maiores liberdades ofensivas seriam o Castillo, o Gedson, o Salvio, o Cervi e os laterais André Almeida e Grimaldo. Tanto o Pizzi como o Fejsa adaptariam uma postura mais conservadora e posicional, tal como a dupla de centrais (Jardel e Rúben Dias). Em caso de necessidade, o Pizzi poderia subir tal como fez no jogo contra o Guimarães, mas acredito que não fosse necessário, tal a velocidade, objectividade e simplicidade de processos que gostaria que os nossos contra-ataques adquirissem (por exemplo, bola em Pizzi, passe para o espaço onde Cervi pudesse cruzar para a cabeça de Castillo).

16 comentários:

  1. Também apostaria no Castillo, mas sinceramente estou bem mais preocupado com o defender a meio campo. E estaria mais confiante se, em vez do Gedson, jogasse o Samaris de início.
    Com o desenrolar do jogo logo veria. Mas os turcos vão entrar com tudo e sabem que um golo põe tudo a zeros...

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    1. Um golo deles põe tudo a zeros, mas um golo nosso faz com que eles tenham de marcar pelo menos 3 golos para passar.

      Jogares com o Samaris logo de início, quando nem sequer testaste o grego na pré-época na posição do Gedson, será passar a mensagem errada. Precisas do miúdo para esticar rápido o jogo e apoiar o Castillo sempre que puder. Só depois na 2ª parte apostaria no grego.

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  2. CARREGA FENER !

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    1. Carrega sobre as galinhas turcas, isso sim!

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    2. És um verdadeiro bastardo, excremento do caralho, lagarto filho da puta!!!!!

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    3. Convinha assinarem os vossos comentários, para além de elevarem o espaço e não o contrário.

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  3. «(por exemplo, bola em Pizzi, passe para o espaço onde Cervi pudesse cruzar para a cabeça de Castillo)» - De facto sem oposição é fácil...

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    1. E terás pouco. Quando fazes o passe para o Castillo, se este fizer o que o Lukaku faz no vídeo acima, i.e., estica a linha defensiva e depois recua no terreno para receber de costas, estás a criar uma distância entre os centrais e o duplo pivô defensivo turco. Os centrais do Fenerbahçe são lentos e ao fim de 5 ou 5 esticões já não terão a mesma capacidade para subir a linha à mesma velocidade que desceram. Isso cria o tal espaço, para o Castillo estar mais confortável no momento da recepção e protecção da bola. Quando sente a ser comprimido pela descida dos pivôs defensivos, o Pizzi ficará mais solto. Entretanto a defesa turca tenta encostar no Castillo, que acaba por passar ao Pizzi. O Castillo com estes movimentos acabou por fixar 4 adversários (mais os dois laterais que funcionam em linha com os centrais). Daqui o Pizzi pode meter a bola facilmente para um dos extremos ou o segundo médio-interior que sobe no terreno e que rompam a linha defensiva turca. Por fim a assistência destes para a finalização do Castillo.

      A ideia é evitares o adversário com inteligência de jogo, fazendo uso das virtudes dos teus jogadores. Castillo no apoio frontal e na finalização. Pizzi na colocação e precisão de passe, assim como visão de jogo. Cervi, Gedson e Salvio, pela mobilidade e capacidade para atacar o espaço.

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    2. E agora a pergunta mágica: quantas vezes sem oposição ontem? Pois...

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    3. Já reparaste que o plano de jogo estava a ser totalmente cumprido com o Castillo em campo. Fiquei muito agradado com a exibição dele durante os 30 minutos que esteve em campo. Gostava era de tê-lo visto até aos 60 ou 70 minutos para verificar se ele conseguiria aguentar o jogo dessa maneira.

      https://twitter.com/_Goalpoint/status/1029436568136757249

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    4. O plano de jogo estava a ser cumprido, mas o plano de jogo não passava, nem nunca passou, por meter o Castillo ou quem quer que fosse em condições de finalizar sem oposição. Para contextualizar RV é preciso compreender isso.

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  4. Até ao momento pelo que se viu dos dois e tendo em conta as características do jogo também me parece ser Castillo a melhor solução .

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    1. E é o que está em melhor forma física. Também será um excelente teste para ver como o chileno reage a este nível de exigência.

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    2. Vamos ver como os músculos do Chileno reagem. Para já gostei Ferreyra a entrar do banco, parece jogador para outros futebóis, mas também gostei do Chileno. De facto para jogar futevólei é muito melhor o Porteiro do Urban do que um jogador de futebol.

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    3. Estou tramado contigo RB. Agora o Castillo é apenas um porteiro do Urban?!

      Estás feito um daqueles adeptos que vê o jogo segundo crenças pouco científicas. Daqui a pouco já nem sequer vês os jogos e apenas perguntas-me qual é o nome do jogador? Eu respondo e tu apenas dizes: não tem nome de craque, deve ser um perneta. É que conheço malta assim...

      Já viste os números do Castillo até antes de sair? Vê lá bem:

      https://twitter.com/_Goalpoint/status/1029436568136757249

      Agora, vai lá ver os números do Ferreyra que nem sequer uma bola aérea ganhou ao adversário. Neste momento, o chileno merece ser titular de caras, por mais caro que o argentino nos tenha custado.

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    4. O Castillo não é "apenas" um porteiro do Urban. É O Porteiro do Urban. Com aquele corpinho bem podia ser, de resto...

      Alcunhas à parte «também gostei do Chileno». Gostei porque para o futevólei do RV é de facto o avançado mais ajustado. Não há cá Goalpoints que meçam esse grau de ajustamento, porque Goalpoint são números e os números têm de ser contextualizados, mas isso quero comentar noutro post.

      E gostava de te relembrar que, como disse noutro comentário, para mim com um treinador melhor Castillo tinha tudo para ser o novo Cardozo. Não sei se és daqueles que achava que o Cardozo era só uma cana alta (Tacuara - https://es.wikipedia.org/wiki/Guadua), mas eu não era. E com um treinador a sério, a dupla Ferreyra-Castillo ia rebentar mais defesas do que os porteiros do Urban rebentam cabeças. E com mais classe!

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