31 março 2018

Se o Edinho já fez um...


... esta jornada, porque não também fazeres um Jonas?


Antes demais, quero parabenizar o feito do veterano avançado sadino, que aos 35 anos faz quatro golos num jogo de aflitos, com a sua equipa a perder, num relvado que mais parecia uma autêntica piscina e tudo isto em apenas 27 minutos de jogo. Numa altura que se fala muito sobre os estados dos campos de futebol, da condições meteorológicas, das estratégias de jogo do adversário e, por conseguinte, do tempo útil de jogo, este exemplo do Edinho revela que com qualidade e foco no que realmente é importante - o jogo - é possível atingir grandes feitos.

É isto que quero que o Jonas faça, hoje, frente ao Vitória de Guimarães. O desafio que lanço ao nosso camisola 10, talvez nem seja necessário, pois acredito que o craque brasileiro já o faça consigo todos os jogos. No entanto, o Jonas já tem 31 golos no campeonato (estando muito à frente do segundo classificado nessa lista), não marcou em Santa Maria da Feira (mas foi agredido), não é o primeiro na lista dos maiores marcadores dos campeonatos europeus (apesar de ser aquele que mais golos marcou!), não foi convocado para a canarinha (como é possível ó Tite?!), esteve parado estas últimas semanas (tendo participado em galas),... ou seja, ele pode relaxar e, com isso, não atingir o que poderia atingir se estiver 100% focado.



Como é óbvio, só o Jonas dará para o Benfica levar de vencida a equipa de Peseiro. No entanto, para conseguir fazer um póquer, hoje no estádio da Luz, precisará da ajuda de todos os seus companheiros. E, se há jogador na equipa que consegue exigir foco e qualidade aos seus companheiros, esse jogador é o brasileiro. Aliás, isso foi bem notório na gala Cosme Damião deste ano, quando fez subir todos os seus colegas no momento em que recebeu o prémio de melhor futebolista do clube. Uma coisa é certa, no caso do Jonas, se fizer um póquer, chegará aos 35 golos na 1ª Liga, o que consolida o craque como o goleador desta temporada a nível nacional, mas também mantém-no na luta pelo título de maior marcador das ligas europeias desta temporada. Depois, se conseguir ser o melhor, acredito muito sinceramente, que o Tite não terá outra razão para não levá-lo à mundial da Rússia, desejo e ambição confessadas pelo avançado. Na pior das hipóteses, com os golos em catadupa do Jonas, o Benfica estará sempre muito mais perto do P3N7A!

Termino com algumas considerações para o jogo de logo à tarde. Em primeiro lugar, sobre as recuperações de Salvio e de Rúben Dias, tenho duas resoluções diferentes para ambos. Enquanto o Rúben deverá manter a titularidade, até porque tem vindo de competição e aproveitou estas semanas de selecções para recuperar da lesão, o Salvio deverá começar no banco (se não mesmo na bancada), pois está afastado da competição há mais de um mês, mantendo o Rafa a titularidade. Em segundo lugar, tendo em conta que Seferovic e o Raúl estiveram nas suas selecções, neste período, será sensato apostar no tradicional 4-3-3, logo de início. Em terceiro lugar, caso haja possibilidade, numa situação de resultado já trancado com uma vitória nossa, gostaria que o Rui Vitória desse minutos de jogo tanto a João Carvalho e a Diogo Gonçalves, para culminar um período muito positivo para ambos, depois das excelentes exibições na selecção sub21 de Rui Jorge. A terceira substituição seria para o Raúl, para o público que for à Luz poder aplaudir o póquer do Jonas.






P.S.: No final do encontro em Vila das Aves, o Edinho pediu a bola de jogo ao "apanha-bolas" que respondeu que só a podia dar se lhe pagasse a bola, numa alusão a que o clube tinha poucas. É assim que vai o nosso futebol nacional. Por um lado, há dinheiro para a Liga fazer grandes investimentos em VAR's. Por outro lado, há clubes que não têm dinheiro nem sequer para as bolas e, provavelmente, muito menos para pagar os vencimentos dos jogadores. Perante este cenário, digam lá se não é o contexto perfeito para haver receptividade para os tais jogos da mala que se falam à boca pequena? Quando é que a Liga e a Federação começam realmente a resolver os grandes problemas do futebol nacional?

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