Qual será o nosso meio-campo hoje frente ao Feirense?
Com a lesão do nosso número 8 em Nápoles, Rui Vitória tem agora um problema em mãos para resolver no centro do terreno. A meu ver, e acredito que o técnico encarnado partilhará a opinião, trata-se de uma excelente oportunidade para fazer umas alterações à dinâmica do meio-campo.
Pizzi apresenta-se como a possível solução para substituir os lesionados André Horta no Benfica e Adrien na selecção nacional. |
Sem André Horta, as opções para o onze são as seguintes: André Almeida, Celis e Pizzi. O camisola 21, apresenta-se como uma opção mais próxima daquela que tem sido usada ao longo desta temporada. No entanto, o Pizzi poderá ser uma opção demasiado ofensiva sobretudo, quando a equipa depois precisa de recuperar num transição defensiva. Até porque este problema ainda não foi de todo resolvido mesmo com o Horta e restantes companheiros.
É aqui que vejo a oportunidade para o Vitória fazer algumas alterações que permitirão melhorar a qualidade de jogo ofensivo, e também o defensivo, dos encarnados. Essas alterações são a colocação de André Almeida ao lado de Fejsa. Primeiro parêntesis, prefiro a utilização do internacional português em vez do Celis porque o primeiro está muito mais entrosado com os processos de jogo da equipa encarnada. E, depois daquele passe magnífico para o golo do Salvio em San Paolo, parece-me criminoso não aproveitarmos estas suas qualidades. Mas, as alterações não ficam apenas por aqui!
Com uma dupla de meio-campistas mais sólida e não tão afoita no transporte de bola e na fase de criação, esta seria concedida aos alas do quarteto de meio-campo. Estes jogariam com maiores liberdades e com movimentos de fora para dentro, cobrindo as entre-linhas da defesa e meio-campo adversário. Em termos da disposição posicional dos jogadores, colocaria o argentino Cervi e o português Pizzi, nos flancos direito e esquerdo, respectivamente. Algo que já estão muito habituados e que com as suas características podem fazer a diferença na construção e criação de jogadas ofensivas. Por outro lado, com a protecção de Feja e André Almeida, qualquer perda de bola destes criativos poderia ser rapidamente recuperada pela dupla a meio-campo.
Celis poderia ser uma opção para o meio-campo, mas neste momento a equipa precisa de alguém que naquela zona do terreno dê outras garantias que ele ainda não dá. |
Depois, esta disposição permite igualmente uma maior objectividade nos lances de ataque, procurando conectar-se com os avançados, tanto em combinações entre-linhas, como solicitando desmarcações nas costas da defesa. E, não esquecer, que com os movimentos interiores, permite a subida natural dos laterais para dar maior largura e verticalidade ao ataque encarnado, facilitando as combinações com estes jogadores. Aliás, esta é uma disposição táctica muito semelhante àquela que Simeone usa no vice-campeão europeu Atlético de Madrid, ou que Claudio Ranieri usa no campeão inglês Leicester.
Uma outra alteração que faria no onze titular seria a inclusão de Salvio ao lado de Mitroglou. Acredito que o argentino poderá ganhar outra dimensão futebolística nesta posição e neste modelo que apresentei. Soluções vindos do banco seriam entre as seguintes: o Gonçalo Guedes (para o lugar de Salvio), o Carrillo (para o lugar de Fejsa, com passagem de André Almeida a "6", do Pizzi a "8" e o Carrillo para a esquerda), ou o Celis (para o lugar do Fejsa ou do Pizzi se este for para a posição "8"), ou o José Gomes (para o lugar de Mitroglou), ou o Zivkovic (para o lugar do Pizzi ou do Cervi). Uma coisa é certa, 3 destes jogadores entrariam amanhã no decorrer da segunda parte para manter a intensidade de jogo no máximo.
Não é mal pensado. E quanto ao jogo defensivo, há também algo a tentar mudar...
ResponderEliminarEsta solução é exactamente para termos uma maior contrapressão no momento da perda de bola, evitando ter que recuar muito no terreno.
EliminarNão é mal pensado. E quanto ao jogo defensivo, há também algo a tentar mudar...
ResponderEliminarJá respondido. 😉
Eliminar