02 outubro 2016

Um meio-campo feito...


Qual será o nosso meio-campo hoje frente ao Feirense?


Com a lesão do nosso número 8 em Nápoles, Rui Vitória tem agora um problema em mãos para resolver no centro do terreno. A meu ver, e acredito que o técnico encarnado partilhará a opinião, trata-se de uma excelente oportunidade para fazer umas alterações à dinâmica do meio-campo.

Pizzi apresenta-se como a possível solução para substituir
os lesionados André Horta no Benfica e
Adrien na selecção nacional.
Sem André Horta, as opções para o onze são as seguintes: André Almeida, Celis e Pizzi. O camisola 21, apresenta-se como uma opção mais próxima daquela que tem sido usada ao longo desta temporada. No entanto, o Pizzi poderá ser uma opção demasiado ofensiva sobretudo, quando a equipa depois precisa de recuperar num transição defensiva. Até porque este problema ainda não foi de todo resolvido mesmo com o Horta e restantes companheiros.

É aqui que vejo a oportunidade para o Vitória fazer algumas alterações que permitirão melhorar a qualidade de jogo ofensivo, e também o defensivo, dos encarnados. Essas alterações são a colocação de André Almeida ao lado de Fejsa. Primeiro parêntesis, prefiro a utilização do internacional português em vez do Celis porque o primeiro está muito mais entrosado com os processos de jogo da equipa encarnada. E, depois daquele passe magnífico para o golo do Salvio em San Paolo, parece-me criminoso não aproveitarmos estas suas qualidades. Mas, as alterações não ficam apenas por aqui!

Com uma dupla de meio-campistas mais sólida e não tão afoita no transporte de bola e na fase de criação, esta seria concedida aos alas do quarteto de meio-campo. Estes jogariam com maiores liberdades e com movimentos de fora para dentro, cobrindo as entre-linhas da defesa e meio-campo adversário. Em termos da disposição posicional dos jogadores, colocaria o argentino Cervi e o português Pizzi, nos flancos direito e esquerdo, respectivamente. Algo que já estão muito habituados e que com as suas características podem fazer a diferença na construção e criação de jogadas ofensivas. Por outro lado, com a protecção de Feja e André Almeida, qualquer perda de bola destes criativos poderia ser rapidamente recuperada pela dupla a meio-campo.

Celis poderia ser uma opção para o meio-campo, mas
neste momento a equipa precisa de alguém que naquela
zona do terreno dê outras garantias que ele ainda não dá.
Depois, esta disposição permite igualmente uma maior objectividade nos lances de ataque, procurando conectar-se com os avançados, tanto em combinações entre-linhas, como solicitando desmarcações nas costas da defesa. E, não esquecer, que com os movimentos interiores, permite a subida natural dos laterais para dar maior largura e verticalidade ao ataque encarnado, facilitando as combinações com estes jogadores. Aliás, esta é uma disposição táctica muito semelhante àquela que Simeone usa no vice-campeão europeu Atlético de Madrid, ou que Claudio Ranieri usa no campeão inglês Leicester.

Uma outra alteração que faria no onze titular seria a inclusão de Salvio ao lado de Mitroglou. Acredito que o argentino poderá ganhar outra dimensão futebolística nesta posição e neste modelo que apresentei. Soluções vindos do banco seriam entre as seguintes: o Gonçalo Guedes (para o lugar de Salvio), o Carrillo (para o lugar de Fejsa, com passagem de André Almeida a "6", do Pizzi a "8" e o Carrillo para a esquerda), ou o Celis (para o lugar do Fejsa ou do Pizzi se este for para a posição "8"), ou o José Gomes (para o lugar de Mitroglou), ou o Zivkovic (para o lugar do Pizzi ou do Cervi). Uma coisa é certa, 3 destes jogadores entrariam amanhã no decorrer da segunda parte para manter a intensidade de jogo no máximo.



4 comentários:

  1. Não é mal pensado. E quanto ao jogo defensivo, há também algo a tentar mudar...

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    1. Esta solução é exactamente para termos uma maior contrapressão no momento da perda de bola, evitando ter que recuar muito no terreno.

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  2. Não é mal pensado. E quanto ao jogo defensivo, há também algo a tentar mudar...

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