A importância da...

... numa equipa, por Stefan Schwarz.

Já era para ter publicado este tema na semana após o jogo frente ao Sporting de Braga. Contudo, por diversos motivos não foi possível. No entanto, o tema é pertinente e coloca a nu uma das grandes dificuldades que estamos a ter no nosso jogo: a gestão da energia. Ao não conseguirmos controlar os ritmos de jogo, o Benfica perde o controlo do mesmo. E em vez de corrermos menos, corremos mais atrás da bola e dos adversários. Por isso é fundamental fazer uma boa gestão de esforço. Saber quando atacar rápido ou quando respirar um pouco com a bola nos pés, pode na maioria dos casos ser a diferença entre o sucesso e o insucesso.

Utilizando a visão - um pouco matrixiana confesso - do jogador representar uma pilha, que armazena um determinado nível de energia, cedo verificamos que há pilhas maiores que outras. Ou seja, há pilhas com maior e menores níveis de energia. Por seu lado, há pilhas que descarregam mais rapidamente a energia que outras. E é com toda esta panóplia de pilhas que temos de gerir a energia no jogo do futebol. Por exemplo, quando uma pilha de descarregamento rápido consegue libertar uma quantidade enorme de energia num curto espaço de tempo, mas sem resultados práticos no placar do jogo, é necessário que os companheiros, entendam que aquela pilha necessitará de ser carregada nos minutos seguintes, logo não deverá ser solicitada nesse espaço temporal. Mas, não é isso que vemos na maioria dos nossos jogos.

Foi essa má gestão da energia que nos deu cabo da segunda-parte do jogo frente ao Besiktas, levando-nos a perder o controlo do jogo a meio-campo e ficarmos à mercê do jogo directo dos turcos. Da mesma forma, que na segunda-parte frente ao Sporting de Braga estávamos a ir pelo mesmo diapasão. É nesse momento, que a ex-glória do Benfica e ex-internacional sueco Stefan Schwarz faz, e muito bem, referência à importância da gestão de energia. É por aqui que a equipa poderá evoluir muito.