23 abril 2018

Este miúdo tem de ter lugar...


... no plantel principal da próxima época!


Vejam só o que o Heriberto Tavares fez ao Sporting B, no dérbi da 2ª Liga, em Alcochete... parece fácil o domínio de bola, mas só está ao alcance dos verdadeiros craques, ainda para mais àquela velocidade!



Está aqui o próximo grande jogador da nossa formação. O Heriberto não precisa de mais uma época na equipa B. Nem sequer precisa de um empréstimo em algum clube da 1ª Liga em Portugal ou noutro campeonato europeu. Precisa sim, fazer parte do plantel principal e serem-lhe dadas oportunidades para poder agarrar o lugar como um dos craques da equipa na próxima temporada.



Está lá tudo. Tacticamente, pode jogar nos três corredores do ataque, ou seja, como extremo esquerdo, como extremo direito ou até mesmo como avançado centro. Tecnicamente, é um jogador ambidextro, se bem, que tem preferência pelo pé esquerdo (o que é uma raridade, pois a maioria destes jogadores têm é grande facilidade com o pé direito), que pode jogar tão bem como criador, como finalizador. É aí que tem demonstrado uma enorme compostura em frente às balizas adversárias, não perdoando na cara do golo, quer sejam de um clube modesto, quer seja de uma equipa maior como o Sporting B ou o Porto B.



Não é à toa que é o melhor marcador da história da equipa B encarnada. Isto é um claro indicador de que emocionalmente e mentalmente tem o que é necessário para ser jogador de topo. Aliás, a forma como tem evoluído nos últimos dois anos na equipa B é disso notório. Depois, fisicamente, é um monstro. É um jogador de estatura média (1,81m), é veloz. É leve, mas robusto ao choque. Sabe utilizar muito bem o corpo para proteger a posse de bola e entrar nos contactos físicos com os adversários. É pressionante e intenso, sendo muitas vezes muito chato para os defesas contrários. Isso é importante, pois indica um foco no jogo, uma disponibilidade física muito acima da média e uma inteligência de jogo elevada. Mas, é óbvio que ainda não é um produto feito, até porque o nível competitivo que ele está habituado, não é o mesmo que irá ter na equipa principal. Mas, esse é o desafio! Esse é o projecto para o treinador da equipa principal potenciar, valorizar e evoluir. Daí que penso que para aquela vaga no ataque destinada aos miúdos da equipa B, deve ser entregue ao Heriberto, na próxima época. Mas, fiquemos agora, com um resumo do dérbi das equipas B do Benfica e do Sporting.





P.S.: A entrada do Heri para o plantel da equipa principal, pressupõe que alguém saia. Neste momento, não tenho dúvidas em libertar o Diogo Gonçalves, que precisa de minutos não apenas nas pernas, mas também para errar e aprender a formatar o seu estilo de jogo para uma equipa com o nível de exigência do Benfica.

47 comentários:

  1. Ele iniciou a pré época e ainda estava longe de poder ser opção, e depois desta época continuou estagnado para mim...

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    1. Para mim não está estagnado. Simplesmente a equipa B, não lhe dão mais jogo para ele poder elevar ainda mais o jogo. Basta vermos que a equipa B não tem segurança defensiva que permita a equipa jogar num estilo de posse de bola com qualidade. Podemos até ter maior percentagem de posse de bola, mas desgastamos muito em transições defensivas onde a nossa defesa faz pouca contra-pressão e muita contenção. Depois, no meio-campo, aqueles miúdos têm talento nos pés, mas falta-lhes experiência e inteligência de jogo para perceberem que um bom passe é muito mais importante que um bom transporte ou um belo de um showboat... Tudo isto faz perder bola para o Heri. No entanto, o pouco que ele recebe, ele converte.

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  2. Muito irregular ainda. No jogo anterior não acertou um passe. Um desastre! Não é um lance que faz um jogador.
    É bom jogador, tem futuro mas tem de comer muita papa ainda. Se subir à A pode estagnar se não jogar.
    É sempre um risco. Mas se explodir…

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    1. Define irregular. Define mal passes. É difícil ter-se bons números quando a equipa não apoia de forma eficaz e eficiente.

      Repara, no vídeo que coloquei que resume o jogo. A equipa tem grandes problemas na fase de construção. Como é que podemos exigir grandes passes e combinações, se a própria equipa não consegue ficar coesa e, como tal, vive muito da exploração do espaço nas costas do adversário, através de passes longos?

      Para mim, é um claro exemplo de que precisa é de outro contexto para poder dar outro passo. Eu vejo um jogador de equipa muito altruísta para com os companheiros, com uma excelente mentalidade para ir à luta e muito espírito de sacrifício, pois não é fácil jogar desta forma, tendo pouco tempo a bola nos pés.

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  3. Concordo que a equipa não tem estabilidade para poder ter um jogo mais tranquilo, mas é mesmo por isso que nesta altura o heri pela qualidade que tem podia contribuir mais para esse estabilizar... ele é um dos que fica "fora do controlo de jogo", não consegue perceber os tempos do jogo e os ritmos que a equipa tem de ter em cada momento

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    1. Tenho uma opinião diferente. Vejo-o a trabalhar muito sem bola, quer quando a equipa está em processo defensivo, como em processo ofensivo. Agora, é preciso os restantes jogadores saberem jogar. Muitas vezes, para não dizer quase sempre, são demasiado verticais, quando deveriam procurar ser um pouco mais horizontais e com isso tornarem-se mais compactos. Dessa forma, a defesa aproximaria-se do meio-campo e este do ataque. Isto possibilitaria o Heriberto a ter mais bola.

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  4. Vou buscar aqui uma frase do comentário anterior, porque acho que se enquadra, e fazer um apanhado do que outros já disseram. Antes de tudo, no entanto, uma declaração de interesses: desde que os benfiquistas passaram a ter de pagar a dobrar para verem os jogos da B e da formação (coisa que dragartos não têm) que não sigo regularmente nem a B nem os júniores. Assim sendo o que eu diga sobre os jogadores da formação é baseado em apanhado que se vão publicando aqui e ali.

    Feito isto...

    O Heri precisa de um contexto de mais minutos e diferente sim senhora, se calhar até há espaço para ele na equipa principal face às mudanças tácticas recentes, mas aos 21 anos está manifestamente imaturo. Dificilmente será um titular regular e tem de haver um trabalho de amadurecimento acompanhado com minutos de justa exigência. Porquê tanto palavreado? Porque neste momento questiono-me se a equipa técnica da equipa principal está dotada do que é necessário para acrescentar valia aos jogadores jovens.

    «A minha discussão não é para ser centrada apenas no Rafa e no Cervi.» (do post anterior) Exacto não é. Tu centraste no Sálvio como o exemplo para estes dois do que "deve ser" um titular do Benfica. E depois elogias uma série de atributos que Sálvio terá demonstrado, que qualquer um que o siga sabe que são episódios esporádicos. Seria o mesmo que dizer que por o Rafa ter feito um golo se tornou um goleador.

    De que forma a conversa do Rafa, Cervi e Sálvio encontra lugar no tópico do Heri? Bom «Tacticamente, pode jogar nos três corredores do ataque, ou seja, como extremo esquerdo, como extremo direito ou até mesmo como avançado centro. Tecnicamente, é um jogador ambidextro, se bem, que tem preferência pelo pé esquerdo».

    Agora, o Diogo Gonçalves também tinha características interessantes. O Svilar tem, no aspecto técnico, mais de GR de grande do que o Varela. O Pedro Pereira não era inferior ao Douglas e tinha mais margem de progressão. O Buta nunca se percebeu o que tinha. O Clésio, foi o quê? O Zé Gomes onde anda? O Renato está um destroço emocional, mas mesmo enquanto esteve connosco, de que forma adquiriu novas competências ao longo daquela época? O que é que esta equipa técnica tem para dar a jogadores a precisarem de adquirir um misto de competências técnicas, tácticas e emocionais? Uma equipa técnica que tem manifestas dificuldades de planeamento. Uma equipa técnica com manifestas dificuldades de operacionalização.

    Não adianta andarmos a falar de A ou B sem se falar do que está por trás. Quando nem o Cristiano naquela segunda parte contra o Porto nos salvava de nós próprios, percebemos que o problema do Benfica é mais profundo do que saber "quem joga". Heri é um puto e não tem a maturidade de outros. Com esta equipa técnica é mais um para ser lançado aos ursos barrado em mel.

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    1. Esta tua opinião está carregada de desconfiança sobre a nossa equipa técnica.

      Eu apenas estou a falar aqui em ativos. Neste momento, o Diogo Gonçalves (e o João Carvalho) devem sair para jogarem com regularidade. O Diogo esteve praticamente parado esta temporada e quando teve oportunidade (e teve muitas vezes e em série) não soube aproveitá-las.

      Vejo o Heri na equipa B, a carregar aquela equipa de bebés para uma temporada tranquila na 2ª Liga. Por isso, este artigo. Por isso, esta minha decisão de incluí-lo no plantel principal da próxima temporada.

      Agora, se a equipa técnica é capaz de desenvolvê-lo... isso é outra questão. Nem sequer é assim tão linear a correlação.

      O que eu defendo é que desde cedo formem um plantel com 25 jogadores no máximo dos máximos, já incluindo alguns jogadores referência na equipa B, como são o João Félix e o Kalaica.

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    2. Desta forma, não se comete um dos erros que acho que cometemos esta temporada: excesso de ativos para valorizar.

      Por exemplo, no meio-campo tínhamos para a posição do Pizzi, o Krovinovic, o João Carvalho, mais o Felipe Augusto, e a certa altura até mesmo o Keaton Parks, para não falar no Chrien na pré-época. Eu até posso entender que na pré-época se leve mais do que o habitual, mas quando entramos em competição, penso que menos é mais. E, porquê? Porque se trabalha a um nível de detalhe mais profundo com o jogador.

      Da forma, como aparentemente se trabalha, é por ciclos. Durante algum tempo se aposta num jogador e dá-se a devida atenção. Foi o que aconteceu com o Diogo Gonçalves e o João Carvalho. Têm, digamos, um a dois meses para entrarem no eixo, senão, aposta-se noutra solução. Foi o que aconteceu com o Gonçalves e o Carvalho, com o Cervi e o Zivkovic, respectivamente.

      Eu preferia que nem se tivesse apostado nos dois primeiros, tendo em conta a maturação e experiência já dos segundos. Talvez neste momento, o Cervi estaria muito melhor e não tão irregular como está, enquanto o Zivkovic se calhar já poderia jogar sozinho com o Fejsa no meio-campo em jogos grandes...

      Quanto ao Gonçalves e ao Carvalho se calhar já teriam errado e aprendido muito noutro clube, podendo reingressar na próxima temporada com outra bagagem competitiva e táctica, que lhes fosse mais fácil de agarrar desde logo o lugar no plantel.

      As decisões que tomei acima, é para reorganizar este ciclo. Por isso, aponto como ponto muito importante manter apenas 25 jogadores, incluindo potenciais miúdos da equipa B.

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    3. Certo, PP, admitamos.

      Mas o que o RB diz, e quanto a mim muito bem, é que existe um problema a montante (a equipa técnica), que por ser a montante, tem que ser resolvido antes do problema a jusante (o plantel). Sob pena do problema não ficar resolvido, se a actuação for só a jusante.

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    4. Vais ter sempre problemas com as equipas técnicas, qualquer que elas sejam, por melhor que elas sejam.

      Vejo erros semelhantes aqueles que o Rui Vitória tem cometido esta temporada, cometidos por Guardiolas, Mourinhos, Klopps, Emerys, Wengers, Contes, Marcos Silvas, Leonardos Jardins, Eusébios De Francescis, Paulos Fonsecas, e por aí fora.

      Não vejo ninguém que consiga dar-me uma segurança maior do que aquela que uma mudança de comando técnico poderia causar neste momento no Benfica. Depois, considero que ainda é muito cedo para termos esta conversa, estamos no meio da batalha e já estamos a pensar em substituir o general? Não faz sentido. Até à fat lady aparecer, isto não terminou!

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    5. Oh meu caro consócio, era tão bom que tivesses razão - que estivéssemos a meio da batalha...a verdade é que a guerra acabou com a batalha que a decidiu - o clássico.

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    6. Isso é o que eles querem que tu penses. Vais deixar que isso aconteça?

      Só temos um caminho, o da excelência. E, esse diz-nos para levantarmos rapidamente e continuarmos a ganhar, de preferência com resultados volumosos.

      Eles no fundo sabem como têm ganho os seus jogos. Ao verem que nós continuamos a erguer por mais que nos tentem derrubar, vão começar a olhar para trás e com isso, perderem o foco. Acredito que nas três finais que faltam possam perder pontos.

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    7. Pois, isso é muito discutível: lembras-te do bluff do Vítor Pereira, quando disse que podíamos encomendar as faixas e teve toda uma comunicação a dar a entender que eles já não acreditavam que podiam lá chegar? Foi um bluff que tinha por objectivo o Benfica baixar a guarda e descomprimir, a ver se perdia pontos. E não é que perdeu mesmo e eles acabaram por ser campeões?...

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    8. Quanto à tua esperança que eles percam pontos, é óbvio que também a tenho, como todos nós. Mas sei perfeitamente que é uma esperança irracional porque estive atento a este campeonato...teoricamente, a deslocação aos Barreiros é muito difícil para eles - mas depois há os Gamboas da vida...teoricamente, a deslocação a Guimarães também é muito difícil - mas para que ela seja relevante para eles, teríamos nós que ter ganho em Alvalade...e com este meia leca de treinador, é preciso uma constelação de factores cósmicos, aleatórios, astrais e numerológicos para nós ganharmos um jogo grande - até em casa, quanto mais fora.

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    9. Não sei se foi assim tão bluff quanto isso. Percebo a tua ideia, mas os tipos são mesmo uns chorões. Nunca vi um portista a dar os parabéns ao Benfica dizendo com todas as letras de que fomos superiores quando lhes ganhávamos directamente ou títulos. O Vítor Pereira disse isso, porque é um chorão e queria mamar. De tal forma que a partir daí foram sucessivamente beneficiados pelas arbitragens e nós o contrário.

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    10. Quem te disse que vamos perder em Alvalade? Até parece que o Sporting anda a jogar alarvidades.

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    11. O Sporting não joga alarvidades mas parece que ainda joga mais que o Porto...

      Quanto ao resto fica para amanhã. ;)

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    12. Até parece que tem sido preciso o adversário jogar alarvidades para perdermos ou empatarmos derbies e clássicos. É a marca de RV, caríssimo: nos jogos grandes, jogamos como equipa pequena.

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    13. Bluff ou não bluff, o resultado foi o mesmo: baixámos a guarda, descomprimimos e perdemos pontos, entregando o campeonato.

      Nós já não podemos ganhar este campeonato, eles é que o podem perder ainda...e se calhar, pensarem que já ganharam é a única hipótese de ainda o virem a perder.

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    14. O jogo implica sempre o erro. Nada está ganho de início. Neste momento, por mais razões que possamos ter na crítica ao Vitória, temos de nos focar nos nossos jogos e nas nossas vitórias.

      Por exemplo, devemos pensar que se tivéssemos ganho ao Porto e agora não tivéssemos marcado ao Estoril nos últimos minutos, estariamos com a corda no pescoço quando fossemos a Alvalade... Temos de focar é no presente e no que ainda podemos alcançar vencendo os nossos jogos.

      Deixa passar isso (por agora).

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  5. «Esta tua opinião está carregada de desconfiança sobre a nossa equipa técnica.» - Caramba, começaste a ler os meus comentários agora? ;)

    «Isso é o que eles querem que tu penses. Vais deixar que isso aconteça?» - Caro PP, já não podemos fazer nada. Neste momento, como em Dezembro, não dependemos de nós. Podemos ganhar todos os jogos, podemos fazer um jogo épico em Alvalade, ganhar por 45-0, e no final ficaremos com 86 pontos. Se o Porto ganhar por 1-0 os 4 que faltam faz 88. O que não deixa de ser irónico é que, uma vitória frente ao Porto na Luz e um vitória nos jogos seguintes nos daria o título de campeão e com novo record de pontos.

    «Vejo erros semelhantes aqueles que o Rui Vitória tem cometido esta temporada, cometidos por(...)» Há erros e há incapacidades. E há o ver qual a frequência do erro. O lote de treinadores que enumeras é na sua generalidade o de um grupo de treinadores com uma forma de jogar que ou arranja jogadores para essa forma de jogar, ou molda jogadores a essa forma de jogar. No caso do Benfica eu vejo cada vez menos essa ligação entre administração e equipa técnica. Parece que é mais na base do "a administração dá, o treinador logo vê" e depois "se o jogador funcionar funciona, se não o Mendes arranja clube". E isto é importante porque o que se anda a dar aos benfiquistas, às pazadas, é que (mais ou menos por temporadas de RV na Luz): 1)JJ foi-se porque era precisa uma mudança de paradigma; 2)não se investe na equipa para potenciar o que se faz no Seixal e agora até temos um treinador que entende a dimensão europeia do Benfica; 3)foi preciso abater défice e a partir de agora com a nova autonomia nenhum astro do Seixal sairá sem fazer 2 anos na equipa principal.

    Ora se assim for, como é que podes dizer que «Agora, se a equipa técnica é capaz de desenvolvê-lo... isso é outra questão. Nem sequer é assim tão linear a correlação.» Há uma coisa que não é linear, que é um jogador com talento dar em grande jogador (Balotelli que o diga por exemplo), mas se a aposta é dotar os jogadores de "coisas", convém apostar num treinador capaz de o fazer. O teu treinador tem de estar alinhado com o que queres. Não se contrata o Mourinho para um estilo de jogo vistoso e ofensivo. Da mesma forma que não se contrata o Klopp ou o Guardiola para jogar na retranca. O Bayern não foi buscar o Heynckes da reforma por acaso, uma vez que havia a necessidade de acalmar um plantel em guerra civil. O erro do Borussia de apostarem no Pieter Bosz para nao abrirem os cordoes a bolsa tem-se pago de uma forma demasiado cara. O Mónaco não corre com o Leonardo Jardim porque ele, apesar das goleadas levadas pelo PSG, cumpre com o que é o plano do clube. Etc.

    Portanto, dizer que é preciso «desde cedo [formar] um plantel com 25 jogadores no máximo dos máximos, já incluindo alguns jogadores referência na equipa B» é algo que depende largamente de como a administração e a equipa técnica comunicam. Vamos ver outro caso Pedro Pereira? Será que precisamos de 25 jogadores, ou precisamos de 25 "elementos de um equipa"? Ou vamos voltar a andar até Janeiro a experimentar peças a ver o que dá? E de que forma é que a equipa A e a B comunicam? É que se a B não serve para alimentar a A e para os jogadores errarem, aprenderem e criarem rotinas que lhes permita integrarem-se na A, porque é que aceitamos pacificamente que a equipa B esteja a lutar para não descer? Aliás, vamos ter equipa B para o ano? É que vejo a sub-23 confirmada e não há certezas quanto à B.

    Cabe-te a ti explicares como o desnorte que se vê em campo se encaixa em «Só temos um caminho, o da excelência.»

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    1. Não vejo esse desnorte todo. Acho que exageraste muito, colocando tudo em causa e diminuindo o trabalho do Rui Vitória.

      Penso que ele tem desenvolvido os jogadores. O Jonas é o melhor exemplo. Nunca teve esta performance até esta temporada. Precisamente, quando toda a gente dizia que ele não podia jogar sozinho lá na frente... Para não falar na quantidade de miúdos que já potenciou, quer tenham vindo do Seixal, quer tenham vindo de outros clubes (Krovi e Zivko). Há muito ainda por fazer (Raul, Rafa e Seferovic, por exemplo), mas também... É por isso que faço a crítica aos 25 jogadores em vez de 30...

      Em campo tem-nos falhado pormenores. Esta última goleada por 1-2 ao Estoril é um bom exemplo. Não precisavamos de sofrer tanto. O mesmo já tinha acontecido nas duas últimas épocas frente ao Porto na Luz, onde jogamos muito mais e por infelicidade não saímos vencedores.

      Por isso escrevo que o Vitória deve exigir mais aos seus jogadores. Em particular aqueles que jogam como extremos pois estão a emperrar o nosso jogo ofensivo. Fazem-no com boa intenção, pois pensam que sendo dos mais desequilibradores da equipa têm que assumir o risco por completo. É puxar-lhes um pouco as orelhas. Porque de resto a equipa funcionará bem.

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    2. Vou tentar falar como se o jogo de Sábado à noite não me tivesse deixado com uma azia que ainda hoje não consigo comer mais do que saladas.

      Eu não preciso de diminuir o trabalho de RV, ele faz isso muito bem sozinho. O facto por demais evidente de a ideia de jogo da equipa não sobreviver a 3 semanas de ausência do seu melhor jogador se não diminui o trabalho do treinador não sei o que fará. Faz sentido que com mais tempo de trabalho sem Jonas, o desempenho colectivo da equipa piore em vez de melhorar? Se em Setúbal fazia sentido uma certa falta de entrosamento entre o meio campo e os avançados, pelas diferente características de Jonas e Jimenez, faz sentido que com três semanas de trabalho em cima essa ligação esteja pior e não melhor? É que não estamos a falar de 3 semanas de pré-temporada, em que a malta chega em baixo de forma, uns nem se conhecem, outros estão a ser adaptados. Estamos a falar de 3 semanas de final de época a treinar juntos.

      RV desenvolveu jogadores. E "Jonas é o melhor exemplo". O modelo que a direcção apregoa é o de recuperar jogadores a caminho dos veteranos e potenciá-los? Aguardo para ver o renascimento de Luisão para o ano. Quem sabe até se convence o Seedorf a vir da Corunha para ser a alternativa a Fejsa...

      "Quer tenham vindo do Seixal." Renato e Rúben, Varela com um pouco de boa vontade. É questionável a evolução do primeiro, mas dou-a aqui pro bono. Quem são os outros desenvolvidos oriundos do Seixal?

      "Quer tenham vindo de outros clubes". Zivkovic e Krovi no banco até para lá do limite do razoável? O Sérvio então só a somar minutos por lesão alheia? É isso que chamas desenvolver? Porque não vi desenvolvimento nenhum em Filipe Augusto quando roubava minutos a qualquer um desses.

      E por falar em Filipe Augusto, não fazia melhor figura naquele meio campo do que o Samaris? Aí está um jogador que com RV piora a cada temporada. Não melhora, não estagna, cada entrada em campo é pior que a anterior. Quem enche a boca de como a titularidade do FA representa o que está de mal com a temporada e tolera a continuidade de Samaris como alternativa ao Fejsa...

      Raul, Rafa e Sef... Vamos separar as águas aqui. O que parecia é que o Benfica encarava a época com um esquema de 2 avançados. Dessa forma entre Mitro Raul e Jonas, juntou-se Seferovic para ser uma espécie de alternativa ao Brasileiro. Nos primeiros jogos parecia um bom jogador entre o Jonas e o Mitro, uma espécie de Raul a jogar uns metros mais atrás. Não parecia um mau plano, e acho que o dissemos por aqui. Depois Mitro vai-se. Depois vai-se o esquema de 2 avançados. Depois RV implementa um modelo de rotação 0, mesmo com jogos arrumados em que podia ter descansado o seu principal jogador e avançado. E quem sofre com isso foram o Mexicano e o Suíço. Podes olhar como quiseres mas aqui entre a administração e a equipa técnica, houve quem falhasse e à grande. Muito mais do que os jogadores...

      Rafa... Aqui está o exemplo de como RV ajuda a desenvolver jogadores. Então a forma como lhes transmite calma e tranquilidade. E como promove a rotação.

      Depois deste ano tu ainda achas que RV é parte da solução. Ainda achas que os extremos é que não querem apesar de o treinador lhes dar "todas" as condições para brilharem. Ainda achas que o que se vê em campo difere muito do que se treina. Ainda achas que RV está ali por competência e não por anuência para com os projectos pessoais da direcção. Parabéns por conseguires ver as coisas assim.

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    3. "Quem sabe até se convence o Seedorf a vir da Corunha para ser a alternativa a Fejsa..." 😂

      Há muita coisa que concordo... 😉

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  6. " O facto por demais evidente de a ideia de jogo da equipa não sobreviver a 3 semanas de ausência do seu melhor jogador se não diminui o trabalho do treinador não sei o que fará". Ora nem mais!

    Eu próprio, hiper crítico de RV desde Julho de 2015, passei o primeiro trimestre do ano a ver aquele modelo de ataque posicional com um futebol finalmente de equipa grande contemporânea e a pensar "como é que um treinador tão limitado e anacrónico implementa um modelo destes, ao fim de quase três anos de futebol deprimente de equipazinha? Será que tem mais valor do que sempre lhe atribuí? Ou será que é simplesmente o facto de ter posto FINALMENTE no onze os cérebros do plantel?" Por uma esperança louca no penta e no hexa, acreditei na hipótese que mais nos aproximava do penta e do hexa: eu tinha subestimado RV, que tinha trabalhado no treino uma mudança de modelo de jogo tão drástica, para tanto melhor.

    Afinal, o mês de Abril comprovou que não, que não o tinha subestimado. Bastou a ausência de Jonas e um clássico decisivo para um título para a verdade vir outra vez à tona...

    Já chega de muita coisa no Benfica. Mas antes de tudo o mais, já chega de Mister Fezadas a apequenar o Benfica e o nosso futebol. Que vá saber muito bem o que quer e estar muito convicto para outro lado qualquer - e que vá com toda a determinação.

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    1. Realmente, gostava de saber que tipo de exercicios foram feitos nas últimas 3 semanas nos treinos e as suas justificações, pois não creio que o Vitória tenha querido perder o campeonato nestas ultimas semanas.

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    2. Isso querer perder ninguém quer. Até o Ed Wood queria ser o melhor cineasta do mundo 😏.

      O problema é que no jogo do título, o medo de perder foi muito superior à vontade de ganhar. Quer dizer, esse foi o problema novo daquele jogo - que veio juntar-se aos problemas antigos, que obviamente não desapareceram por milagre naquele jogo...

      Exercícios nos treinos? Isso "nem é o mais importante"...

      Sabes, todos sabemos que o futebol tem também muito de 'aleatório' - o pelouro dos chamados deuses do futebol - e de sorte. Mas uma coisa é reconhecer e aceitar isso, outra é quase nem trabalhar para não ficar refém disso...desde o início que tenho a forte impressão que é este o caso de RV, e cada vez tenho menos dúvidas disso. Deixa quase tudo - ou pelo menos, demasiado - nas mãos do lado aleatório do jogo e da qualidade individual dos seus jogadores!

      Só que a sorte incrível que tivemos em tantos momentos decisivos dos anos do tri e do tetra alguma vez ia acabar, como tantos avisámos...e quanto ao papel da qualidade individual nestas três semanas, apenas três palavras: ausência de Jonas...

      E enfim, tudo isto leva-me a outras três palavras: chega, chega, chega!

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    3. Não acho que seja a sorte. O Rui Vitoria já provou que sabe trabalhar as equipas nos treinos. A forma como implementa o 4-3-3 não é para todos. Gostava sinceramente de saber porquê de certas escolhas nestas últimas semanas. É que não acho que a ausencia do Jonas explica tudo. O Raul e o Seferovic são dois internacionais que estão no ativo... Dava para adaptar rapidamente a equipa a eles. Teria que alterar um pouco como falei nas ultimas semanas.

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    4. "A forma como implementa o 4-3-3 não é para todos". É como expliquei acima: à primeira vista concordo, mas se tivesse tido assim tanto dedo do treinador, ter-se-ia desmoronado tão rápida e completamente, só com a ausência de um jogador? Ou será que quem verdadeiramente implementou aquele 4-3-3 foi Mestre Jonas, finalmente secundado pelos outros cérebros que falam a mesma linguagem futebolística que ele, mas que nunca foram primeira opção para RV?

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    5. A chave para se perceber o 433 é o que o BP diz de Jonas e os outros cérebros. É que o 433 surge com Samaris/Filipe Augusto no meio campo. Até houve um asSombroso génio da blogosfera benfiquista a dizer que agora é que íamos ver o melhor Samaris, na sua posição natural. Só que até RV perceber quem jogava ainda foram uns minutos de sofrimento.

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    6. BP, antes diziam que o Jonas precisava de um outro jogador ao lado. Portanto, não pode ter sido por aí. Penso que o que falhou foi a convicção de que aquela ideia de jogo funcionaria com Jonas ou com outro. O problema é que não é bem assim, porque se calhar nos treinos o Rafa e o Cervi passavam ao Jimenez como faziam com o Jonas, mas nos jogos já não o faziam.

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    7. RB, não acho que isso seja um problema. O Porto veio à Luz com um Herrera a 8 e um Octávio a 10. O Liverpool, joga com um Mulher, um Henderson e um Can a meio campo. A questão aqui prende-se com o trabalho e as funções de cada um. Por exemplo, acho que nestes últimos jogos teria sido positivo jogar com um Samaris ou um Augusto mais próximo do Fejsa (daí defender que o Pizzi jogasse mais próximo do servio) dando maior liberdade ao outro interior (o Zivkovic).

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    8. "BP, antes diziam que o Jonas precisava de um outro jogador ao lado. Portanto, não pode ter sido por aí". Podes explicar, por favor? Eu nunca fui dos que disse isso - até gozei bastante o prato quando o Jonas até estava a jogar ainda melhor e a marcar mais golos como único ponta-de-lança do 4x3x3. Mas mesmo que eu tivesse defendido isso, como é que essa opinião de alguns benfiquistas invalida o que escrevi acima??

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    9. Deste a entender que é o Jonas que dá rendimento ao 4-3-3. Eu penso que não é bem isso. Há algo mais complexo e importante. Tem a ver com a forma como se constrói a equipa. Aa funções que cada um deve ter em campo quando jogammuns com os outros. Não podemos querer jogar da mesma forma com o Raul e o Jonas. É por aqui que residiu o problema dos últimos 3 jogos.

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    10. «Deste a entender que é o Jonas que dá rendimento ao 4-3-3.» Estás errado. Não é o BP que dá a entender isso...

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    11. Eu acho que temos todos razão: foi o Jonas que deu rendimento ao 4x3x3, sim - pela simples razão de que sem Jonas, o 4x3x3 perdeu rendimento! E porque é que o 4x3x3 perdeu rendimento sem Jonas? Bom, em primeiro lugar porque Jonas é Jonas...mas também porque, como bem dizes, não foram trabalhadas as necessárias variantes do modelo de jogo em 4x3x3, em função de termos Raúl e não Jonas!

      Convenhamos que nem a nossa parte da razão nem a tua abonam a favor do treinador!...;)

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    12. Sinceramente, o Jonas dá tanto rendimento a este 4-3-3, como o Raúl e o Seferovic, poderiam dar, com um 4-3-3 devidamente adaptado para estes jogadores. Para mim, tem sido este o problema: a adaptação da restante equipa ao Raúl e ao Seferovic. Estes são grandes jogadores, não tenham dúvidas.

      Por exemplo, o rendimento do Pizzi decresce exponencialmente quando não joga com o Jonas, pois este permite que o internacional português entre em jogo, uma vez que tem tendência para subir em jogadas de combinação com o brasileiro.

      Nesse contexto, na ausência de Jonas, o Seferovic deveria ser o eleito, pois é aquele que tem mais ciente um jogo de combinações e de costas para a baliza do adversário. O problema é que o suíço está em menor forma que o mexicano.

      Agora, dando valor a esta situação, a opção recai sobre o camisola 9. Contudo, é preciso respeitar as características do Raúl, que sendo rápido gosta de explorar as costas e as diagonais por trás da linha defensiva do adversário. Por isso, Pizzi tem mais dificuldade em ligar se tentar manter o estilo de jogo de combinação. Basta ao camisola 21 mudar o chip e jogar para a assistência/abertura do mexicano, para ter outro sucesso. Por outro lado, os próprios extremos também terão que mudar o seu jogo.

      O facto de não conseguirem impor isso em campo, faz com que a equipa jogue da forma como tem jogado.

      Depois, ao invés de sermos muito fortes na transição defensiva, optando pela contra-pressão em vez da contenção, perdemos o ímpeto ofensivo, desestabilizando depois o resto da equipa.

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    13. Antes de crucificar o Rui Vitória, gostava mesmo de entender as motivações deste para optar pela equipa desta forma de jogar. Mais, gostava de saber se a equipa jogou de facto como treinaram...

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    14. "Nesse contexto, na ausência de Jonas, o Seferovic deveria ser o eleito, pois é aquele que tem mais ciente um jogo de combinações e de costas para a baliza do adversário". Completamente de acordo! Aliás escrevi-o aqui no início desta época. E porque é que não foi ele a substituir o Jonas? Porque está em má forma, dizes tu? E porque é que está em ma forma, pergunto eu. Simples: porque foi proscrito das opções durante mais de 6 meses, como o Ziv e o Rafa foram, durante um ano e meio! Deve ser porque o RV é muito bom a gerir o balneário...

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    15. "Sinceramente, o Jonas dá tanto rendimento a este 4-3-3, como o Raúl e o Seferovic, poderiam dar, com um 4-3-3 devidamente adaptado para estes jogadores. Para mim, tem sido este o problema: a adaptação da restante equipa ao Raúl e ao Seferovic. Estes são grandes jogadores, não tenham dúvidas." Bom, vamos por partes: Jonas é Jonas, ou seja, é Saviola e Cardozo num só avançado...nenhum dos outros dois, embora concorde que são dois avançados muito bons, tem a qualidade que tem Jonas, nem de perto nem de longe.

      Mas admitamos que sim, que o 4x3x3 podia manter o rendimento com Raul e/ou Seferovic. Para isso, era preciso, como dizes, que a equipa adaptasse o seu jogar a eles. E treinador para trabalhar essas mudanças e adaptações nos treinos, temos?? Não temos, não - como é por demais evidente, desde sempre. E como se voltou a provar com estes quatro jogos com Raúl no lugar de Jonas. Temos um treinador que não tem muita pachorra para aprofundar detalhes técnico-tácticos, prefere criar bom ambiente no balneário e depois deixar tudo nas mãos da qualidade individual e do lado aleatório do jogo...por isso é que, hás-de reparar, ele nas conferências pós jogo, está sempre a dizer "acabou por...". Foi uma noite que acabou por não correr bem, o adversário acabou por marcar, a bola acabou por não entrar...quem fala assim são os medíocres, os deterministas e os que deixam tudo ao Deus dará - porque trabalhar está quieto!...

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    16. "Antes de crucificar o Rui Vitória, gostava mesmo de entender as motivações deste para optar pela equipa desta forma de jogar. Mais, gostava de saber se a equipa jogou de facto como treinaram..."

      Estás a sugerir, sobretudo com esta última frase, que se treinou adaptação ao Raúl vs Jonas, mas os jogadores 'boicotaram' porque já não estão com o treinador?!?

      É que eu sugeri, para aí em Setembro, que os jogadores já não estavam com o treinador, e tu caíste-me em cima...😜

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    17. BP, o Seferovic poderia e deveria ter jogado mais, mas face à decisão do Rui Vitória por aquele modelo de jogo em 4-3-3 com dois extremos puros, só havia espaço para mais um avançado ir entrando, ainda para mais com apenas uma competição em jogo (o campeonato). Assim sendo, com o maior rendimento do Raúl, foi notória a aposta neste assim que o Jonas se lesionou.

      A meu ver, o erro foi não se ter trabalhado na tal variante que eu vim aqui defender com um 4-3-3 mais assimétrico com o Raúl na esquerda. Dessa maneira, o Raúl já estaria adaptado a essa posição e provavelmente o Seferovic também.

      No fundo, teria promovido a rotação de dois jogadores no onze, que permitiriam maior rotação de jogadores como: Raúl e Seferovic, por Jonas, Cervi, Zivkovic, Salvio e Rafa.

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    18. «E treinador para trabalhar essas mudanças e adaptações nos treinos, temos?»

      Eu penso que temos. Se assim não fosse jamais o 4-3-3 com o Jonas teria resultado. Repara que houve muito trabalho para este 4-3-3 funcionar com o Jonas a "9". Não podemos esquecer que o brasileiro não é um jogador com outro fulgor físico que muitos têm. Não é um jogador que pressione e morda os calcanhares dos defesas adversários. Não é também um avançado que esteja constantemente a procurar as diagonais e a profundidade da defesa adversária. Não é um jogador que seja um pinheiro dentro da pequena área,... não gosta de lutar nos ares com os defesas adversários, etc.

      Sinceramente, eu gostava de entender o que foi feito nestas últimas semanas nos treinos para afinar a equipa para jogar com um Raúl e vice-versa.

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    19. «Estás a sugerir, sobretudo com esta última frase, que se treinou adaptação ao Raúl vs Jonas, mas os jogadores 'boicotaram' porque já não estão com o treinador?!?»

      Não. Apenas o que foi feito em termos de qualidade de treino para fazer as adaptações. Por exemplo, lembras-te do artigo em que elogiei a adaptação táctica De Francesci para preparar a resposta da sua Roma ao Barcelona, em apenas 3 dias? Houve qualidade no treino. Só assim se explica como a equipa conseguiu interpretar bem o encontro. Penso que o treino poderia ter sido melhor. O mesmo escrevo sobre o treino para o jogo contra o Tondela (o Luisão esteve muito mal)!

      Os jogadores estão com o treinador. Vejo meritocracia nas suas opções. Agora, acho que em alguns momentos, teria optado por outras ideias de modelo de jogo. Por exemplo, sou muito crítico e exigente com a linha defensiva. Não admito que eles entrem rapidamente e facilmente em contenção, quando poderiam aguentar mais a posição ou até pressionar ainda mais um pouco no momento logo a seguir à perda de posse de bola. Mas, isso é outro tema...

      Não acredito que tenha havido sabotagem. Muito pelo contrário. Acredito sim, que a equipa entrou em "tilt" competitivo, de tal forma que dentro de campo não souberam encontrar soluções para resolver os problemas.

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    20. Mau, mas o treinador que teve tanta qualidade para implementar um 4x3x3 que resulta mesmo com Jonas a 9 - esse handicap...- é o mesmo treinador que uns quantos meses passados, não teve qualidade para implementar meras nuances e adaptações a um modelo já estabelecido??!? Não há aí algo que não bate certo? Como é que um treinador que nem uns ajustes por mudança de um jogador consegue trabalhar consegue implementar toda uma mudança de sistema e de modelo de jogo com sucesso, ainda por cima com a época a decorrer?

      É simples: o que ele implementou primeiro, com as suas primeiras opções, foi um 4x3x3 sim senhor, mas estávamos a jogar tão mal ou pior que no 4x4x2 anterior!...foi aliás nesse 4x3x3, com Filipes Augustos e Samaris em vez de Krovis e Zivkos, que sofremos quase todas as humilhações da Champions!!...

      O 4x3x3 só nos deu aquele bom futebol de Janeiro-Março quando os jogadores no onze mudaram...com a entrada dos cérebros - como sempre só depois da indisponibilidade dos outros - com o mesmo DNA futebolístico de Jonas, aí sim, o nosso futebol mudou e jogámos futebol de equipa grande, à Benfica.

      Pela primeira vez - com alguma consistência - desde Julho de 2015, jogámos futebol à Benfica. Durante três meses. Duma época de dez meses. Com um treinador que está cá há quase três anos.

      I rest my case.

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