29 novembro 2016

O que queremos Raúl?


E o porquê de querermos que o Raúl mantenha a titularidade.


Cansaço só se for mental!
Há algo que é inegável ao mexicano: a sua atitude. É um jogador que embora tenha sido a contratação mais cara do Benfica, não utiliza isso como arma de arremesso para ganhar o seu lugar no onze. Isto demonstra humildade e foco no trabalho. Por outro lado, ele não se esconde por detrás desse valor, jogando pior por isso. A atestar este ponto estão os seus últimos 4 golos nas 4 vezes em que foi titular de águia ao peito esta temporada. Isto depois de na época passada ter sido fundamental sempre que foi chamado para jogar. E, quando lhe perguntam algo como, se a equipa tem cansaço ele responde por si e pela equipa de uma forma inequívoca, conforme o video seguinte o demonstra. O que demonstra a sua atitude e mentalidade.


Este é talvez um dos factores que poderá passar mais despercebido da opinião pública, mas que tem uma importância enorme no sucesso do jogador. No entanto, e atendendo que ele está a fazer a parte dele, caberá ao treinador fazer a dele, não é verdade? Curioso que a forma de responder do Raúl é a aquela que encontro como explicação para jogadores como o Mitroglou caírem de produção. O facto de perderem um pouco o foco e a ambição de jogar e marcar golos, acaba por os afastar das exibições e de esconderem-se noutros factores, como o físico e outros. Como é óbvio o problema não será apenas de foco, mas a atitude, i.e., a forma como se olha para os desafios é chave de sucesso. Daí vaticiná-lo no Raúl.


Porquê o Raúl tem de jogar?
É também inegável que o camisola 9 encarnado possui de todos os nossos avançados a maior gama de recursos técnicos, tácticos e físicos. Dos 7 avançados que têm trabalhado com o Rui Vitória esta temporada - Jonas, Mitroglou, Raúl, Gonçalo Guedes, Rafa, Jovic e José Gomes - o mexicano é aquele que é  teoricamente o mais completo, pois consegue reunir de forma equilibrada potencial em todas as áreas de avaliação de um futebolista. Jogando com aquela mentalidade dele, e com uma enorme disponibilidade física para o jogo, é sempre um jogador muito perigoso, até porque não é nenhum tosco com a bola nos pés. Falta-lhe agora ter oportunidades. E, isso é algo que o Rui Vitória já percebeu e que vai começar a dar-lhe. Aliás, a sua resposta aos jornalistas após o encontro frente ao Moreirense foi peremptória, conforme podemos ver nos seguintes vídeos.


Também é importante referir, que no momento em que o Mitroglou se lesionou no início da temporada, pouco tempo depois foi a vez do Raúl se lesionar ao serviço da seleção mexicana. Ou seja, na altura que de forma natural poderia ter agarrado o lugar, acabou por ter esse infortúnio que o impossibilitou. Agora, é importante dar-lhe oportunidades, primeiro para ele ganhar ritmo competitivo, segundo para aumentar os seus índices de confiança e terceiro para se entrosar cada vez mais com os seus companheiros e estes com ele. Em termos de vantagens são muitíssimas. Enquanto que com Mitroglou o ataque posicional vive muito das iniciativas individuais dos moniciadores deste (caso de Salvio, Cervi, Guedes, Pizzi, Semedo e Grimaldo/Eliseu), com Raúl em campo o ataque posicional toma uma mobilidade que facilita todos os envolvidos no processo ofensivo. Depois a nível físico se os 4 da frente correm, i.e., movimentam-se, o esforço energético é repartido pelos 4. Com o grego mais fixo, significa que o esforço de mobilidade é repartido por 3, ou seja, estes têm um maior desgaste.


Há muita coisa que o Jiménez tem ainda de aperfeiçoar. Por exemplo, as recepções quando
joga de costas para a baliza adversária. Mas, isso vem com os jogos e entrosamento
com os colegas de equipa. Não tem nada a ver com o que muitos dizem que ele não tem:
técnica. Se assim fosse ele não distribuía letras...

16 comentários:

  1. O que é que tu consideras por técnico? Eu não vejo técnica nenhuma no Raul. Só vejo sacríficio e explosão. Minto.
    Técnica apuradísisma na marcação de penalties.
    AGora, de resto, não tem comparação com Jonas ou Mitro.
    Estou para ver onde o Vieira vai buscar os 60 milhões do Jimenez.

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    1. O Jonas é o melhor avançado que temos tecnicamente. Agora o Mitro...

      O Benfica facilmente venderá o Raúl por altos valores se derem-lhe tempo de jogo. Basta ele fazer uma época como o Jackson fez no Porto para uma proposta dessas de Inglaterra cair na Luz.

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    2. O Mitro tem muita técnica naquele pé esquerdo. Basta olhar para os golaços que marca. Sabe rematar em jeito e em força; Domina bem a bola de costas para a baliza. Tem um bom primeiro toque. É um jogador muito melhor que o Raul, no geral. Mas o tempo dirá.

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    3. Pois, mas falta-lhe outra atitude competitiva... Depois, estás a comparar jogadores com níveis de maturidade diferentes. Para além disso, um está confiante porque joga regularmente, enquanto outro, ainda está a lutar por oportunidades.

      10 jogos consecutivos com o Raúl a titular e já mudarás de opinião.

      ;)

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  2. Jimenez tem um potencial fantástico, na minha opinião precisa de muitos e muitos minutos ! Para mim o fator menos bom dele é o posicionamento, de tanta mobilidade que tem está muitas vezes fora da zona de finalização. Tem de gerir melhor esse aspeto. Por mim titular já com o Marítimo! Mitro tem de sentir a pressão do lugar e entrar para o jogo com o Nápoles para dar mais á equipa !

    Saudações Benfiquistas

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    1. Concordo que ele precise de minutos e consecutivos. Não acho que ele esteja tão desposicionado quanto isso. Ele tem sido o catalisador e criador principal de espaços lá na frente. O problema é que neste momento é só ele a fazer isso. A minha esperança é que os outros comecem a fazer o mesmo. Quando isso acontecer, vamos ver a produção do Raúl aumentar (o número de golos).

      ;)

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  3. Jimenez tem técnica quando não existe pressão dos adversários , se lhe pedires para fazer um drible sobre alguém no sentido de o ultrapassar ele não consegue, no entanto tem algo de letal no remate. Foram os meus 20 centimos. Força Benfica

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    1. As pessoas confundem receber um passe mal com técnica. Esquecem-se é que para a péssima recepção não é apenas problema do receptor, mas também do emissor. Como é óbvio, é aqui que é necessário haver maior trabalho. Mas, isso só acontecerá se houver um real investimento na sua utilização. Até para os próprios colegas se adaptarem com ele, o chamado entrosamento.

      As vantagens são bastante óbvias, a sua mobilidade e disponibilidade física permite criar um ataque muito eficaz para desmontar as defesas mais compactas.

      O método da força bruta - leia-se o método mais tradicional, usando uma referência como o Mitroglou - é outra forma de lá chegar, mas talvez não seja o mais eficaz, pois não desorganiza o suficiente o adversário, dependendo muito da capacidade de desequilíbrio individual dos colegas. Acho que o próprio Mitroglou mudou um pouco a sua forma de jogar desde que chegou à Luz. Ele tem de procurar mais os espaços. Não pode ficar tão entalado no meio dos centrais, como muitas vezes fica. Pode até não percorrer tantos espaços como o Raúl procura. Mas, terá obrigatoriamente arrastar mais os defesas. Aliás, os melhores jogos do Mitro (tirando aqueles que ele marca aos nossos mais directos rivais) são aqueles em que ele dá-se ao jogo.

      Até nessa perspectiva, este envolvimento do Raúl na equipa é importante.

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  4. Até que enfim!
    Esmiucei todas as letras deste post e (creio que pela 1ª vez) não se escreveu nada sobre a "necessidade de vender o Sálvio" , para que o Carrillo isto e aquilo...
    Aleluia!

    Viva o Benfica!

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    1. Lol!

      Ppimenta 6, eu também gostaria que os melhores jogadores permanecessem para sempre no Benfica. No entanto, o nosso modelo de negócio está muito dependente das nossas vendas para o exterior. Somos um clube exportador neste momento. E, para que não sejamos tanto no futuro, apenas espero que estejam a aproveitar essas receitas para abater nas nossas dívidas, de tal forma que fiquemos independentes no médio prazo (e que este seja o mais curto possível). Esse é um dos motivos por não estar tão apegado aos jogadores.

      Outro motivo, é que entendo que o Benfica faz um trabalho impecável no scouting e na aquisição de talento. Mas, como esse chega muito novo à Luz (e por isso mais barato) necessita de jogar para se desenvolver e amadurecer. Como tal, é preciso criar espaço e tempo suficientes para isso acontecer. Mantendo os melhores, dificilmente estes miúdos poderiam evoluir. Por isso, também haver uma necessidade de irmos vendendo os melhores.

      No entanto, tem de haver um compromisso entre qual o melhor momento para se vender, face à maior valorização desse jogador no mercado, mas também tendo em conta a maturação do possível substituto para o seu lugar. Só assim evita-se coisas como vender abaixo do valor máximo do activo e quebras de performance desportiva abruptas.

      Voltando ao caso do Salvio, acredito que o argentino já atingiu o máximo de valorização possível no Benfica. Portanto, está no ponto para ser vendido. O que se acontecer agora, vai ser ideal porque vai permitir a entrada de Carrillo ou até mesmo de Rafa no onze, ambos com maturidade suficiente para pegar na batuta.

      ;)

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    2. Só para te dizer que quando entra o Carrillo, mudo de canal!
      Não suporto calaceiros!

      Viva o Benfica!

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    3. Achas-o mandrião? Eu não acho isso. Pelo menos, face ao número de jogos que teve ainda não posso dizer isso. Algo bem diferente do que vi no Ola John. Esse sim.

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  5. Dando aqui a minha opinião a respeito do "respetivo"...

    Para mim Jimenez é um jogador semelhante a Lima, explosivo, rato de área, tecnicamente muito bom e acima de tudo parece ser sempre um "vulcão" a espera de rebentar...
    Jimenez tem o problema de que em 3 anos de futebol Europeu tem 60 jogos no total, não tem muitos golos marcados e teve um decrescimo de confiança muito grande durante a sua estadia em Madrid, no Benfica voltou a ter felicidade a jogar, e o seu modo de jogar foi "encaixado" na equipa, mas o seu modo de jogar torna-se demasiado inconsequente quando tens Jonas na equipa, porque acabam por tapar caminhos um ao outro dai a solução da época passada ter passado por Mitroglou, esta época sem Jonas...ainda...e com a "semi-explosão" de Guedes (acredito que o miudo vai tornar-se num 2º avançado de referência), já sem falar no apagamento de Mitroglou (muito por culpa de não ter um jogador que saiba ler o seu estilo de jogo, Guedes ainda é novo para saber ver e ter as melhores opções, e tb pelo rol de golos falhados seguidos), Jimenez volta a ter espaço no 11 principalmente porque o seu estilo de jogo é muito identico ao do Guedes mas ao mesmo tempo é imensamente diferente, Guedes recebe dentro e tenta ir para as Alas, zonas onde o seu futebol é bem mais explosivo e bem "mortifero", Jimenez prefere recebe em norma por fora e prefere o movimento interior, tendo o Benfica no seu 11 jogadores como Pizzi Cervi e Sálvio, tudo malta que gosta dos movimentos interiores e que até têm boa relação com as balizas, já para não falar dos jogadores no banco Zivkovic Rafa Carrillo e até Horta, tudo jogadores que que exploram as zonas interiores tb, a movimentação de Guedes e Jimenez faz hoje mais sentido que nunca.

    Quem diz que Jimenez não tem técnica, tem técnica é não so a forma como se relaciona com a bola tal como a forma como a recebe como a domina como a remata e como a passa....Jimenez tem tudo isto acima da média, o problema dele é ainda tentar perceber como pode ser util à equipa com a sua movimentação mas isso só irá aprender com os minutos.

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    1. Pedro, olha que quando o Jiménez foi chamado ao onze na época passada, o Jonas até aumentou de rendimento... A verdade é que a nossa avaliação do desempenho da dupla Jonas e Mitroglou está muito condicionada pelos golos que marcaram durante a época. Esquecemos é que a dupla raramente funcionou nos jogos grandes, aqueles mais difíceis. A justificação nesses jogos é que a "equipa" esteve mal. É sempre uma leitura demasiado generalista e superficial, que muitas vezes toca no acaso da sorte.

      Ora, não podemos ter esse tipo de leitura, muito menos quando se fazem uns 10 a 15 jogos por temporada dessa magnitude e exigência.

      A leitura que faço, é que com Jonas e Mitroglou como dupla, o Benfica vive muito dos desequilíbrios individuais, causados pela movimentação entre-linhas de Jonas, e dos uns contra uns dos nossos extremos. Acho que este método é demasiado clássico e o mais fácil de ser trabalhado. É o que chamo de método da força bruta.

      No entanto, o método mais elegante e eficaz é aquele que utiliza dois princípios básicos do futebol, nomeadamente nas acções ofensivas: o princípio da penetração do espaço e o da mobilidade.

      Se repares bem nos golos do Pizzi, vês esses dois princípios aplicados. O Pizzi acaba por conseguir penetrar na defesa do Moreirense, porque tem espaço criado pela mobilidade de Raúl e de Guedes.

      É assim que se consegue desmontar malhas defensivas bem apertadas. Caso contrário, as coisas estão muito estáticas e coladas entre si.

      Outro ponto importante, o Jonas e o Mitroglou são jogadores de bola no pé e não tendem a explorar tanto o espaço como o Guedes e o Raúl. Repara como o terceiro golo do Benfica frente ao Moreirense nasce. A exploração do espaço nas costas defensivas dos adversários é algo muito importante de acontecer. Sobretudo, frente a equipas mais fortes que tentarão encurtar espaços subindo as suas defesas.

      A meu ver, penso mesmo que o Jonas e o Jiménez se complementarão melhor do que uma dupla Jonas e Mitroglou.

      Ah! E não podemos esquecer que a maioria dos nossos extremos/alas, foram avançados interiores em esquemas de 3 avançados (o equivalente a um Neymar, por exemplo), logo eles próprios têm tendência para subirem até zonas de finalização (daí o número de golos do Salvio e do Cervi neste momento). Ou seja, é importante também termos essa noção da forma de jogar dos nossos extremos, pois isso deve ser respeitado, se bem que também condicionado, dada as funções sem bola que necessitam ter. Havendo mobilidade da dupla atacante, mais espaço terão estes de aparecer em zonas de finalização. Aliás, como tu acabas por descrever muito correctamente.

      Por tudo isto, tem de existir um balanço justo e correcto que deve ser afinado pelo treinador. A meu ver, o ideal será o Mitroglou adquirir características do Raúl e vice-versa, se bem que nunca chegarão a encontrar-se a meio caminho.

      E sim, o Raúl precisa de minutos com a equipa e esta com o Raúl.

      ;)

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    2. PP
      Acho que esse aumento de produção por parte de Jonas é muito subjectivo, se reparares o Jonas estabilizou a nivel de produção a partir do momento em que toda a equipa estabilizou o seu estilo de jogo, tanto que nos jogos grandes, Jonas "escondia-se" mais do jogo nas zonas de concretização para a aparecer mais vezes na zona de construção, porque um jogador como Jonas num jogo grande tem dificuldade em aparecer a finalizar principalmente devido a toda a gente saber como ele defende, na época passada contra o Porto em ambos os jogos foi frequente ver o Jonas a tentar aparecer junto a área e a ficar com o Central e o trinco a cairem-lhe em cima, os treinadores já lhe conhecem a movimentação e as manhas...mas por exemplo contra o Bayern, uma equipa que não o conhece tão bem, já foi mais freuqente vê-lo com espaço e tempo para rematar.
      Vitória apostava mais na frente fixa de Mitroglou pela mesma razão que em tempos JJ apostava em Cardozo, a capacidade que o Grego tem de segurar a bola de costas para a baliza, esta capacidade permitia à equipa que se chegasse mais à frente, com Jimenez perdes essa capacidade, Jimenez joga melhor de frente para a baliza do que de costas, já para não falar a nivel de decisão e de inteligência onde Mitroglou mostra ser muitissimo superior a Jimenez.

      Como dizes e muito bem com Jimenez e Guedes o Benfica apresenta praticamente 5 unidades super moveis na frente de ataque e todos eles com um estilo de jogo e de interpretação de jogo completamente distinto (o mais fraco de todos acaba por ser Sálvio porque é um jogador que exagera demasiadas vezes no 1v1 acabando por perder várias vezes a bola) tudo isto junto é bom quando jogas com equipas cujo o estilo e a estratégia aposta mais em jogar com linhas subidas, para permitir mais rápidamente roubar bola pressionar e sair no contra ataque, ou seja, contra a maioria das equipas portuguesas, não precisas de uma frente móvel, precisas sim de alguem que "fixe" em si um dos centrais, para que os restantes 3 defesas e o médio defensivo disputem a bola sempre 1v1, é nessa disputa que o Benfica se revela mais forte que as restantes equipas, porque tem invariavelmente os melhores jogadores quer em termos fisicos quer em termos cognitivos para descobrir o espaço nas costas da defesa ou a desmontar toda estrutura adversária para arranjar espaço para o remate, aqui Mitroglou é talvez um dos avançados mais inteligentes que vi jogar, se reparares Mitroglou apesar de estar fixo e de fixar em si um central, ele utiliza esse central para colocar sempre toda a equipa em jogo, ao contrário de Jimenez que arrasta a defesa, Mitroglou permite que a equipa fique mais afastada das zonas do "fora de jogo" porque a forma como utiliza o corpo obriga sempre a que o central se coloque por trás e se reparares, com o central nas costas de Mitro qualquer defesa em "linha" fica desalinhada, porque quem defende em cima Mitroglou fica sujeito ao erro.

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    3. Jonas e Mitro é o Yin e o Yan da frente de ataque complementam-se muito bem, a versatilidade inteligência e capacidade técnica de decisão de Jonas com a capacidade de dominio fisico inteligência e raciocinio lógico de Mitroglou, com esta dupla tens sempre garantida pelo menos 5 oportunidades de golo num jogo (vide Sporting Benfica da época passada) exactamente pela forma inteligente como assumem o jogo.

      Jimenez só o vejo a encaixar com Guedes, porque se complementam, Jimenez versatilidade velocidade e o jogo pensado de dentro para fora (Jimenez pensa e vê o futebol como um Jackson Martinez, ou melhor, como um ponta de lança num esquema de 4-3-3 onde a mobilidade da frente de ataque obriga as por vezes o avançado rompa de dentro para fora do bloco) já Guedes é um jogador cuja a sua formação foi feita com base nas movimentações do 2º avançado, tendo feito uma "pós graduação" como Extremo sendo ele igualmente explosivo e claramente versátil tem outra coisa muitissimo interessante que é a sua capacidade de decisão que não tem parado de melhorar e a inteligência tática que tem para interpretar as movimentações dos colegas quer para receber quer para passar...

      Gosto dde ver o Raul Jimenez a jogar, sempre gostei de jogadores desta tempera do tipo cai em cima e "roi-lhes os ossos" mas no futebol atual esse jogadores devem ser bem utilizados, e é nisto que o Vitória tem sido um às.....temos uma equipa que não tem nem um esquema fixo nem uma estratégia de jogo "pensada",parece que tudo sai do improviso dos jogadores, mas não, o que existe é um treinador que aprende a conhecer os seus jogadores, vê quais são os aspetos bons e os menos bons que o jogador oferece à equipa e depois adapta a movimentação da equipa para que o jogador tenha espaço e segurança para ser ele próprio, por exemplo o Sálvio é bastante comum ver o Semedo o Pizzi e o Guedes sempre por perto, para a eventualidade de passar a bola ou de ele a perder logo existem jogadores por perto para receber ou para pressionar de imediato o portador, ao invés, se olhares para a esquerda, vemos claramente Cervi e Grimaldo com muito mais espaço porque erram bem menos, sendo que possuem sempre 2 jogadores por perto na zona interior do bloco para lhes dar opções de passe...

      Ver este Benfica de Vitória a jogar é algo super interessante....defende sempre com 10 em cerca de 40 metros e ataca sempre com os mesmos 10 nos mesmos 40 metros...


      Como dizia uma amigo meu, vemos um Benfica de 2 anos com Vitória a trabalhar desta forma, vamos imaginar agora, o Benfica com os jogadores mais adaptados aquilo que Vitória pede daqui a mais 2 anos.........

      Acho que vai ser algo interessante de analisar..... ;P

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