21 junho 2016

A culpa é do Ronaldo?


Nos últimos dias, os empates da selecção nacional têm um só nome: Cristiano Ronaldo. Será isso mesmo verdade?


Este é o momento de apoiar e não de rebaixar o capitão
da selecção nacional.
Quem nos dera, que todos os jogadores da selecção nacional, tivessem os mesmos índices de trabalho e de qualidade que o Cristiano Ronaldo. É que podemos não gostar da sua personalidade, ou até mesmo camuflar esse sentimento com uma tremenda inveja do sucesso que o madeirense já conquistou. No entanto, não podemos ficar indiferentes ao seu enorme talento, profissionalismo e dedicação ao maior amor da sua vida: o futebol. Por isso mesmo, causa-me alguma revolta ouvir, ver e ler muito do que temos sido bombardeados nos últimos dias. Nem sequer entendo o que as pessoas acham que vão ganhar com críticas destrutivas nuas e cruas. Acham que se disserem que "não vales nada", que o "Messi é o melhor", ou que "só jogas no Real Madrid porque te pagam bem", entre outros comentários "simpáticos", estão a contribuir para que se reúne as melhores condições para ele animicamente fazer um jogaço frente à Hungria? Claro que não! Pior, não estamos a tentar ser construtivos perante o problema que temos em mãos.

Embora por vezes pensemos que o futebol é jogado por
"one man show", a verdade é que não o é. Não podemos
exigir que o Ronaldo marque o canto, cabeceie para o golo
e ainda tire uma selfie com os adeptos na comemoração.
Por vezes penso que há muita gente que vê futebol e pensa que o mesmo jogador que marca um pontapé de canto, pode ir receber a bola a bola na pequena-área e fazer o golo de bicicleta. Só assim se explica muito do que se exige ao Cristiano Ronaldo. Ora exigem que ele seja o marcador principal da equipa, ora exigem que ele seja o criativo do ataque. Ele até tem competências para fazer ambas as coisas. Agora, é preciso que tudo isso seja articulado numa dinâmica colectiva. E, é aqui que a porca torce o rabo! Pessoalmente, não vejo uma equipa nesta selecção nacional. E, não a vejo, não porque o Ronaldo é excessivamente individualista - crítica essa que acho despropositada - mas, porque os restantes jogadores ainda estão a tentar identificarem-se com o modelo de jogo e, consequentes comportamentos e posicionamentos, que devem ter durante os vários momentos e fases do jogo. Ou seja, ao não estarem devidamente identificados há muitas jogadas que acabam invariavelmente em perdas de bola e pouca articulação.

Tanto Pepe como Ricardo Carvalho têm de fazer muito
mais em campo para ajudar toda a selecção nacional,
sobretudo, melhorar os seus posicionamentos.
Ora, este tipo de situação leva a um desgaste energético elevado por parte da equipa, que acaba por estar muito mais tempo em constantes transições defensivas. A principal consequência deste facto é que a nossa linha defensiva começa a ficar cada vez mais atrás enquanto o meio-campo tenta acompanhar o ataque. Esse foi um dos maiores problemas verificados no primeiro jogo frente à Islândia. Teria sido tão mais fácil anular o poderoso ponta-de-lança islandês, Sigthórsson, sobretudo o seu jogo aéreo, uma vez que o triângulo formado por Pepe, Ricardo Carvalho e Danilo Pereira estaria constantemente bem compacto. Por outro lado, não se percebe porque tanto Pepe como Ricardo Carvalho não avançam com a bola nos pés, para atrair um adversário, quando têm espaço livre à sua frente numa fase de construção inicial. Talvez seja por falta de confiança nos sistemas de compensação do modelo de jogo da selecção, mas a verdade é que assim torna-se muito mais fácil para o adversário poder defender de cadeirinha. Pior, torna-se muito mais previsível antecipar o próximo passe do central e criar uma ratoeira para que a bola seja recuperada rapidamente nessa fase. Isto aconteceu invariavelmente frente à Áustria. Os nossos centrais têm de jogar mais no risco, tanto com bola como sem bola. Tão simples quanto isso. Aliás, uma das maneiras de camuflar as deficiências defensivas e da fraca reacção à perda dos jogadores atacantes, é defender alto e de forma compacta, criando número na região onde está a bola. Assim o adversário terá apenas três alternativas: perda imediata da bola, alívio da bol    a para o nosso meio-campo, ou jogar para trás. Óbvio, que se for um adversário de qualidade poderá conseguir libertar-se dessa pressão, mas penso que a nossa selecção com a qualidade que tem não tem de ter receio do valor de qualquer adversário. Com estas mudanças de comportamentos na defesa, penso que resolvemos mais de metade dos nossos problemas.

Mais tarde ou mais cedo o lugar será teu Renato.
Se repararmos bem, a equipa até está a conseguir criar situações de finalização, apesar de todos estes problemas de interpretação do modelo de jogo e também de alguns jogadores estarem em maus momentos de forma. Por exemplo, no meio-campo, o João Moutinho apesar de estar a crescer de jogo para jogo (para a UEFA foi o melhor jogador português em campo, frente à Áustria), não tem feito exibições de encher o olho. Percebo que ele tenha um peso enorme na equipa, pois é um dos sub-capitães, mas se não está a render com e sem bola, então deve dar o seu lugar a outro jogador. Agora a questão será saber a quem? Ao João Mário? Ou ao Renato Sanches? Ou até mesmo ao Adrien? Depois, há ainda a questão da real necessidade de jogar com um médio-defensivo de raiz. Essa questão nasce depois das paupérrimas exibições tanto de Danilo Pereira como de William Carvalho nos primeiro dois jogos da selecção neste Europeu em França, que não só não cumpriram completamente as suas tarefas defensiva (muito por causa do que escrevi acima sobre a linha defensiva, é importante que fique registado isso), como não acrescentaram nada em termos ofensivos (nem mesmo nos lances de bola parada). Sendo assim, há decisões a fazer relativamente ao sistema de jogo, ou seja, se queremos um meio-campo com dois (mais dois alas) ou com três elementos centrais. Olhando para os nossos médios e colocando-os numa escala de 0 a 10, temos: William Carvalho, Danilo Pereira e Adrien com 7 pontos, João Moutinho e Renato Sanches com 8 pontos, e André Gomes e João Mário com 9 pontos. Estes dois últimos são claramente os médios mais completos da nossa selecção a par de João Moutinho e de Renato Sanches. No entanto, estes dois últimos estão neste momento a baixo por dois grandes motivos. O Moutinho porque está em baixo de forma e o Renato porque ainda precisa de mais experiência. Mas, estou certo que se o miúdo-maravilha tem a sua chance, não irá desperdiçar e irá ganhar o lugar até se retirar da modalidade. Quanto aos outros três, facilmente consigo substituí-los por estes. Sendo assim, num meio-campo a dois, André Gomes e João Mário seriam titulares. Ambos podem fazer de médio mais defensivo como de médio mais ofensivo nesse meio-campo. O Renato e o Moutinho poderiam estar de prevenção para esse tipo de meio-campo. Em caso de Fernando Santos optar por três médios, optaria por fazer entrar no onze o Renato, até porque agradou-me imenso a dinâmica que ele teve no meio-campo a 3 frente à Estónia.

Poderá estar aqui, a entrada de Rafa no onze, a solução
para os problemas ofensivos da selecção das quinas.
E, quanto ao ataque, também temos de salientar que o parceiro ideal de Cristiano Ronaldo, no modelo de jogo que Fernando Santos está a incutir na selecção nacional, teve problemas físicos. Escrevo do Ricardo Quaresma. A meu ver, o Nani deverá ser sempre um substituto ora do Quaresma, ora do próprio Ronaldo. Apenas poderá ser um titular se a equipa jogar em 4-4-2 mais tradicional (sistema com dois médios nucleares). De resto, num modelo de 3 atacantes, em 4-3-3, é preferível ter um jogador como o Rafa a acompanhar tanto Ronaldo como Quaresma. É que o jogador do Sporting de Braga é muito mais jogador sem bola do que Nani ou até mesmo Quaresma e Ronaldo. Depois, é um jogador criativo e não tão egoísta, como o Nani, que perde muito por esse aspecto. Com Rafa no tridente, Fernando Santos pode até trazer hibridez ao seu sistema de jogo, pois facilmente o 4-3-3 se transforma num 4-4-2 puro ou até mesmo num 4-1-2-1-2. Isto porque o jovem jogador português sabe interpretar muito bem o que deve fazer sem bola e nas várias regiões do campo.

Não podia deixar de terminar com uma mensagem positiva
para o capitão da selecção nacional.

12 comentários:

  1. Eu já tou como o outro: o Ronaldo trabalha muito nos treinos, mas no campo quase não corre...que raio de trabalho é este. E sim, a culpa não é só de Ronaldo, é verdade, mas não podes achar que ele não tem nenhuma responsabilidade. Enquanto Ronaldo não for apenas mais um (o melhor, mas apenas mais um) de 23, nunca iremos a lado nenhum.

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    1. E quem te disse a ti que ele não é apenas mais um naquele grupo?

      Antes de sequer questionarmos a sua inclusão ou não no onze, o mesmo não deveria ser feito perante outros jogadores? Por exemplo, o João Moutinho? E, o Nani?

      Isto para não falar no porquê de se levar o Bruno Alves ao Euro...

      Mas, mais do que estarmos aqui a apontar dedos, deveríamos isso sim perceber o porquê de não conseguirmos usar o Ronaldo tão bem na nossa selecção como o Real Madrid o faz. Talvez começar a resposta a essa questão possa levar-nos para a solução dos nossos problemas.

      O Ronaldo não pode ser visto como parte do problema, mas sim como parte da solução. Aliás, ele e todos os outros 22 escolhidos.

      O texto tenta procurar essas soluções.

      ;)

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    2. Caro PP,

      Não vou remexer mais no assunto, porque já dei dois bitaites no meu "Ao Colinho", bem como comentários no NGB, acerca do mesmo.

      Contudo, penso ser de extremo mau gosto ter no cabeçalho de um blog Benfiquista, ainda por cima chamado de o Guerreiro da Luz, uma foto de um jogador que, em plena Luz fez isto:

      http://photos1.blogger.com/blogger/2484/3000/1600/Ronaldo-Finger.jpg

      Justifique-se como quiser: que o assobiaram e vaiaram, etc. Não pode ser capitão da selecção nacional - e muito menos tido em destaque num blogue Benfiquista - quem tenha tido este gesto. É um daqueles momentos que definem o resto da relação com um clube e uma massa adepta.

      Agora, claro, o blogue é seu e o caro PP é que sabe o que faz com ele.

      Cumprimentos!
      Isaías

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    3. PP, apenas mais um no grupo não leva o seu staff pessoal para o estágio, os seus amigalhaços dos patrocínios e afins. Todos nós sabemos (e tu também lá no fundo sabes) que o Ronaldo não é mais um no plantel.

      Ronaldo no Real Madrid é apenas mais um. Bale, Kroos, Benzema, Modric são outros. É impossível comparar uma coisa com a outra, o rendimento de Ronaldo no Real é diferente porque tem jogadores de classe mundial ao seu lado. Eu não critico o rendimento do Ronaldo na seleção, critico a atitude, unicamente a atitude, o achar que tem que fazer tudo sozinho precisamente por não ter Benzema ou Modric a seu lado. Mas isto é de capitão?

      E eu não questiono a sua inclusão no onze: os melhores devem sempre jogar e Ronaldo é o melhor. Mas acima de tudo, tem que prevalecer a equipa. Lá porque Ronaldo é o melhor não quer dizer que a prima-dona não possa sair se um jogo lhe está a correr mal. Jonas é substituido, Gaitán é substituido, Ronaldo não pode ser substituído porque? Se houver algum jogo em que ele está a estragar mais jogo que a criar (é raro, mas por vezes acontece, todos temos um dia menos bom), então o treinador tem que mexer para tirar o jogador com sinal menos. Parece-me tão óbvio que até me doi o coração quando vejo que isso não acontece.

      O Nani é outro que tal. E atenção, eu falei do Ronaldo, não falei do Moutinho nem do Bruno Alves, não quer dizer que concorde com as suas inclusões, parece que as vezes dá jeito confundir as coisas.

      O Ronaldo desta atitude egocêntrica, que quer ser só ele a marcar livres, que quer só ele marcar os golos, que só quer que lhe passem a bola e nunca passa a ninguém: este Ronaldo está longe de ser parte da solução. Mas calma, a culpa não é dele, é culpa é de quem lhe deu a liberdade que tem hoje, é que o endeusou, é quem pensa que lá por termos o melhor do mundo, tem obrigação de levar a equipa às costas. E esta pressão que lhe puseram em cima, ele aceitou de bom grado, e agora sofre as consequências dessa confiança que demonstrou. Mas depois quando corre mal, não assume, diz para perguntar ao Queiroz. De novo: isto é de capitão?

      Ontem no programa do anão, surgia a questão de se Ronaldo se devia adaptar ao nosso estilo de jogo, ou se o nosso estilo de jogo se devia adaptar a Ronaldo. O facto de sequer pormos a segunda hipótese, dá a entender que nós próprios (adeptos, comunicação social), achamos que os restantes 10 jogadores não servem para nada, só para fazerem passes para Ronaldo. A culpa é muito nossa. Quando numa conferencia de imprensa só se fala de Ronaldo, está tudo dito.

      Ronaldo é dos melhores do mundo, é inquestionável, mas não podemos achar que ele tem que conquistar o mundo sozinho. Fomos nós que lhe pusemos esse peso nas costas, mas também ele tem culpa por o ter aceite. Agora sofre, e muito bem!

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    4. E já agora, Ricardo Carvalho, no alto dos seus 38 anos, tem sido um monstro absoluto na seleção. Por sequer em causa o seu rendimento, não faz sentido, dos melhores. Pode-se por em causa se a sua substituição poderia ter efeitos, sobretudo para subir a linha defensiva. Mas no que fez, fez muito bem. E já agora, gostaria de fazer uma análise do que tenho visto dos jogos, de todos os jogadores, só para deixar claro que não acho que Ronaldo seja o principal culpado.

      Patrício: um ou outro erro, mas seguro, parece-me que definitivamente ganhou consistência.

      Vieirinha: o golo sofrido do primeiro jogo foi em grande parte culpa dele. Não é lateral, na minha opinião é um erro tremendo a sua colocação ali. No entanto, é relativamente seguro a atacar.

      Guerreiro: um ou outro erro defensivo, mas dos melhores. Adoro este jogador.

      Pepe: nervoso, cometeu erros que poderiam ter consequências. Estranho para um dos melhores centrais.

      Carvalho: seguro, cheio de frieza.

      Danilo: não correspondeu no primeiro jogo, uma nulidade.

      William: chamado ao segundo jogo, muito melhor do que nos jogos de preparação. Para mim o melhor jogador contra a Austria.

      Moutinho: está a carvão. Ao contrário do que se pensa, é Moutinho que leva a equipa e não Ronaldo. Moutinho quando está bem, Portugal está bem. E na verdade não tem estado muito bem. Não compromete mas também não cria desiquilíbrios.

      André Gomes: consistente, trabalhador, mas pouca criatividade;

      João Mário: pode ser um enorme jogador, mas inda não o demonstrou no Europeu.

      Quaresma: o desiquilibrador ainda não desiquilibrou, também muito apagado. De qualquer maneira prefiro o quaresma sem braços que o Nani com 4.

      Nani: não entendo como um jogador tem vindo a decrescer ao longo dos anos desta maneira. Tem a mania que é finta tudo e todos e marca muitos golos. Mas na verdade falha mais do que marca.

      Ronaldo: não vale a pena bater mais no ceguinho. Teve boas oportunidades para marcar mas não conseguiu, tenho noção que isso não acontece muitas vezes, é uma questão de tempo até começar a marcar as oportunidades que tem.

      Éder: já jogou?

      Rafa: não se entende porque não joga mais.

      Renato: no jogo que fez, não demonstrou muito.

      Fernando Santos: epah, a empatar e parece apático nas substituições. Eu sinceramente não entendo, eu acho que temos o meio campo mais consistente dos últimos anos e ele não é capaz de mudar as coisas. Já se fui que Moutinho anda frágil, colocar o Adrien ou o Renato é tão lógico que até dói. A questão do Vieirinha é também discutivel para mim. Enfim, sinal menos para o treinador.

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    5. Acho injusto a forma como o tratam, assim como tratam o Ibra o Neymar ou o Messi, são foras de série, jão os melhores do mundo naquilo que fazem, vivem de golos, mas nas equipas, treinadores e jogadores jogam para ele, alimentam-os, dão-lhes todas as condições para serem eles a resolver, 1 só toque na bola e está feito, golo atrás de golo.
      Na seleção toda a gente espera que ele sozinho pegue na bola, arranque e marque 5 golos depois de fintar toda a equipa adversária, mas em nenhum caso isso acontece, porque ninguém joga sozinho, isto não é o fuga para a vitória com o pelé ao ataque e o Rocky 5 na baliza!
      Isto é futebol e quem entra tem de jogar em equipa em sacrificio, tem de jogar para um bem comum o pais!
      Ronaldo é mais 1 mas é um que vale por muitos, os outros 10 têm de por o orgulho no saco e alimentar a máquina!
      Moutinho, quaresma, Nani rua, não o fazem!
      Rafa Eder e Renato lá para dentro, são novos e estão habituadas a sacrificar-se com algo mais que uma academia de meninos!
      se hoje este trio jogar de inicio ganhamos de forma concludente, 3 ou 4! depois logo se vê!

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    6. Pinheirinho, numa frase disseste tudo: "Na seleção toda a gente espera que ele sozinho pegue na bola, arranque e marque 5 golos depois de fintar toda a equipa adversária"

      Eu não lhe peço isto, mas é o que ele tenta fazer dentro de campo. E peço desculpa mas isto é altamente criticável.

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    7. Isaías,

      Acho que uma coisa não tem nada a ver com outra. Nem sequer devo crucificar o Ronaldo por uma atitude infantil que ele teve em tenra idade num jogo que correu muitíssimo mal para ele muito por culpa da pressão que não soube aguentar.

      Mais, foi no Estádio da Luz que o vi a "marcar" (pode não ter sido contabilizado porque o Nani se intrometeu na jogada dando um toque desnecessário para ser ele a finalizar, quando estava em fora-de-jogo) aquele que seria hoje o melhor golo da sua carreira frente à Espanha campeã do mundo e da Europa.

      O Ronaldo é o capitão da nossa selecção e um jogador exemplar, quer se goste ou não. Ele até poderá não ser Benfiquista, mas não me importava mesmo nada de o ver de águia ao peito. Não seria o primeiro, nem o último a não nascer Benfiquista, mas a tornar-se num depois de cá estar.

      ;)

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    8. El comilone,

      No primeiro texto, o que descreves sabes o que é? É o reflexo da inveja que as pessoas têm dele. Está camuflada, mas bem revista é disso do que se trata.

      Tirando o Ronaldo, a nossa selecção não é mais do que as outras selecções nacionais, que davam uns toques na bola, mas depois no momento "h", era porque faltava sorte, porque o árbitro aquilo, porque houve situações extra campo,...

      Quando o Ronaldo mostra indignação dentro de campo, é verdade que poderia ser mais moderado, mas também deve ser tramado, para um tipo que é um animal competitivo e não gosta de perder nem nas peladas com os amigos, ter que lidar com muita da amorfidade que existe naquela equipa.

      Temos talento, mas falta-nos mentalidade ganhadora. Mentalidade de exigência!

      E, pelo que tenho visto, não será pela equipa técnica que teremos essa mesma exigência. Neste momento, é mesmo o Ronaldo, que com as suas atitudes dentro de campo demonstra para os companheiros.

      Podemos interrogar se o faz sempre da melhor maneira, mas jamais podemos questionar que não o deveria fazer. Se não for ele quem será? Se ninguém fizer, vai estar tudo na boa e o mais certo é perdermos, como em todas as outras vezes.

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    9. Caro PP,

      Quanto à sua resposta ao meu comentário: não se trata de o crucificar, mas sim de lembrar QUEM ELE É, demonstrado nesse gesto em 2005, tanto como com o microfone no lago em 2016 - em ambos os casos o ambiente éra-lhe desfavorável e em ambos reagiu de forma semelhante, à puto. Passaram 11 anos e não cresceu.
      Como lhe disse, o blog é seu e tem a sua completa liberdade para ter como ídolo quem quiser. Apenas aponto que, seja da perspectiva Benfiquista, seja da perspectiva Portuguesa, Ronaldo só é exemplo como jogador, mas nunca um ídolo.

      Quanto à sua resposta ao el comilone: Onde o caro PP vê exigência, eu vejo birra de um rapazola que nunca se fez Homem e que pensa que tem eternamente 20 e tal anos. Ele só foi consistentemente útil quando teve um "pai" no banco. Como se pode deixar alguém assim ser capitão da selecção?
      Exigência? Birra, isso sim! Quer marcar tudo e ser o protagonista, mas o futebol é desporto colectivo. Dava-se bem no atletismo, mas ganhava menos e teria menos holofotes.

      Cumprimentos,
      Isaías

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  2. que outro jogador tem um fisioterapeuta privado? que outro jogador recebe a família a meio do estágio e fora dos horários e dias definidos para o efeito. Ronaldo é o melhor jogador português, mas sem uma equipa que o suporte vale 0, e o problema dele na selecção é pensar que é o único que sabe jogar futebol, mais, pelo que se viu até ao momento, nem sequer estará em condições físicas para jogar, logo não deveria jogar. De que adianta ter Ronaldo em campo se ele só se mexe para rematar à baliza? e o resto dos momentos do jogo? falamos de uma equipa de futebol, por muito bom que o Ronaldo seja, e é, não é o dono da selecção. nenhum país ganha grandes competições com base na vedeta mor e 10 escravos.

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    1. Que outro jogador tem o cuidado que ele tem com o seu instrumento de trabalho, i.e., o seu corpo?

      Quanto a receber a família, o Ronaldo recebeu porque o miúdo dele fez anos. Não é nada de outro mundo e que já não tenha acontecido com os restantes jogadores da selecção nacional.

      Acho que as críticas não podem ir por aí.

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