O jogo nacional mudou completamente com a entrada de Renato Sanches na partida frente à Croácia. Esperemos que Fernando Santos tenha entendido que o "puto" tem de jogar sempre e de início.
Não há volta a dar, a partir deste momento e muito provavelmente até ao final da sua carreira, o Renato Sanches será o titular naquela posição do meio-campo da selecção das quinas. Ontem houve claramente dois jogos distintos de Portugal. Um antes e outro depois da entrada do "Bulo". É verdade que olhando para as inúmeras medidas do estado do jogo em forma de estatísticas, a exibição de Renato Sanches não é de perto nem de longe a melhor em campo. Por curiosidade, o melhor a nível nacional foi o Cédric Soares que quanto a mim ganhou o lugar. O Pepe esteve imperial na defesa e o Quaresma foi o autor do golo da vitória. Mas, a energia contagiante com que o miúdo joga, a sua reacção imediata de lutar contra o erro, de nunca desistir, tudo isto faz-me pensar no quanto a ciência do futebol precisa ainda de evoluir...
Grande jogo do "Bulo" frente à Croácia.
Como se quantifica tudo isto? É muito difícil, mas o mais engraçado é que toda a gente, mas mesmo toda a gente sente isso. Será carisma? Será qualidade? O que eu sei é que no momento em que ele lança o contra-ataque nacional no minuto 117 (após bola no poste de Perisic na baliza de Rui Patrício - depois queixam-se que não temos sorte...), todos nós, incluindo os próprios jogadores em campo, gritámos ou pensámos todos no mesmo: VAI PUTO! E, ele foi! E, fomos todos felizes! Muito felizes! Finalmente, a nossa primeira vitória no torneio. E, merecidíssima, diga-se!
Este Renato Sanches não engana. É um campeão puro!
O Renato pode falhar imensos passes, assim como muitos falham com a sua idade e, sobretudo, a jogar contra os melhores da Europa (e do mundo). Mas, aquela atitude de nunca desistir, de nada temer e de gostar de ir para cima deles... é única! É ela que o faz distinguir de todos os outros médios a nível nacional e até mesmo internacional. É ela que o fará certamente atingir o estrelado onde poucos conseguem atingir. Uma coisa é certa, há um ano atrás estava a fazer a transição da equipa de júniores para a equipa B do Benfica, ao mesmo tempo que estava a fazer alguns treinos com a equipa principal encarnada. Passado um ano, já foi campeão nacional e está a comandar o meio-campo da selecção nacional. Haverá limites para este miúdo? Eu penso que não!
Com exibições destas frente à Croácia, não é de espantar que toda a gente o reconheça como o melhor em campo. Parabéns Renato!
P.S. 1: Fui o único a ver o Modric a ir pedir para trocar de camisolas com o Renato no final da partida? Nada melhor que a aceitação dos seus pares, não acham? P.S. 2: Será que o Fernando Santos vai ter em consideração as seguintes opiniões de alguns ilustres do mundo do futebol?
Segundo o site whoscored o melhor português em campo foi o Cédric com 7.7/10, o melhor do jogo foi o Srna com 8.4/10.
Também gostei do Pepe, apesar de ter-me dado uns valentes sustos. Por exemplo o lance que depois dá origem à bola ao poste do Pericic foi de uma perda de bola dele.
Quero ver se escrevo sobre a nossa forma de jogar, mas posso adiantar que se tivéssemos mais paciência no ataque jogaríamos muito mais.
A irreverência, a velocidade, a agressividade, o meio campo de Portugal transfigura-se com o Renato. Mais uma vez o Renato mexeu com o jogo de Portugal. Para quando a titularidade?
O Renato domina muito o jogo de transição, sobretudo a ofensiva. Está na flor da idade e tem uma energia transbordante. Mas, com tanta potência ainda lhe falta algum controlo. O necessário para poder elevar o seu jogo a outro nível. As perdas de bola que ele tem são disso reflexo. Algo que já tinha falado aqui no blog aquando da eliminatória da Champions frente ao Bayern de Munique.
A nossa sorte é que a tendência é ele ir melhorando. Não sei se a tempo do final do Euro2016, mas na próxima temporada antecipo uma evolução notável, ainda por cima com Don Carletto.
Assim o espero. Só tenho receio do período de adaptação, porque ele vai para um contexto completamente diferente. Mas, acho que será fundamental para ele. Espero que a família também o acompanhe nesse processo de evolução/adaptação, porque será fundamental isso. Veja-se o caso do CR7 por oposição ao Quaresma.
Génio, e decisivo ! Mas mesmo assim na minha opinião o homem do jogo foi o Pepe.
ResponderEliminarSegundo o site whoscored o melhor português em campo foi o Cédric com 7.7/10, o melhor do jogo foi o Srna com 8.4/10.
EliminarTambém gostei do Pepe, apesar de ter-me dado uns valentes sustos. Por exemplo o lance que depois dá origem à bola ao poste do Pericic foi de uma perda de bola dele.
Quero ver se escrevo sobre a nossa forma de jogar, mas posso adiantar que se tivéssemos mais paciência no ataque jogaríamos muito mais.
;)
A irreverência, a velocidade, a agressividade, o meio campo de Portugal transfigura-se com o Renato. Mais uma vez o Renato mexeu com o jogo de Portugal. Para quando a titularidade?
ResponderEliminarO Renato domina muito o jogo de transição, sobretudo a ofensiva. Está na flor da idade e tem uma energia transbordante. Mas, com tanta potência ainda lhe falta algum controlo. O necessário para poder elevar o seu jogo a outro nível. As perdas de bola que ele tem são disso reflexo. Algo que já tinha falado aqui no blog aquando da eliminatória da Champions frente ao Bayern de Munique.
EliminarA nossa sorte é que a tendência é ele ir melhorando. Não sei se a tempo do final do Euro2016, mas na próxima temporada antecipo uma evolução notável, ainda por cima com Don Carletto.
;)
Sem dúvida que na próxima época a trabalhar com esse Grande Senhor do futebol, o Renato vai evoluir muito.
EliminarAssim o espero. Só tenho receio do período de adaptação, porque ele vai para um contexto completamente diferente. Mas, acho que será fundamental para ele. Espero que a família também o acompanhe nesse processo de evolução/adaptação, porque será fundamental isso. Veja-se o caso do CR7 por oposição ao Quaresma.
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