24 maio 2016

A Besta (Parte II)


A história típica de um jogador que passa de bestial a besta, com uma "pequena" particularidade: ele faz tudo para efectuar essa passagem!


Maxi Pereira e a busca pela filão dourado
Maxi o beato! Em busca da
redenção divina em Junho passado.
Ídolo do terceiro anel, herói de muito jovem Benfiquista, subcapitão de um plantel bicampeão nacional, um dos jogadores mais respeitados em Portugal, um dos mais bem pagos do plantel encarnado... mas, mesmo assim o copo estava demasiado vazio para Maxi Pereira e sua família. Aliás, foi por ter que «pensar na família» que o lateral direito uruguaio, após concílio com os deuses na célebre capela de San Cono (não confundir com coño se faz favor) da cidade uruguaia de Florida, e ter assinado uma camisola encarnada do Benfica, que decidiu não renovar contrato com os encarnados, assinando um contrato milionário com os rivais do norte, o Porto. A ganância do dinheiro falou mais alto. Logo à partida foram 2M€ de prémio de assinatura, algo que mais nenhuma outra proposta em cima da mesa e do exterior dava. Depois, o vencimento mais que duplicou, pois pelo que se sabe, o Porto tem uma despesa de 5M€/anuais com o vencimento do agora camisola número 2 azul-e-branco. Dirão muitos que cada um sabe de si, mas não é bem assim. 

Menos de um mês depois, o que
interessa é a valorização em €.
Há questões morais que entram em conflito e que se o Maxi Pereira tivesse sido mais inteligente poderia ter sabido gerir. Preferiu ir pelo caminho da ganância, aliás, pelo caminho do «Porto valoriza-me mais», e isso é querer brincar com o karma de forma ignóbil. Um jogador com o histórico dele na Luz e com o reconhecimento de excelente profissional que se tem dele, facilmente saindo para o estrangeiro, não só teria sucesso, como retorno desportivo e financeiro. E, mais teria ele a ganhar no momento em que desse por terminada a sua carreira como jogador. Pelo menos, as portas da Luz jamais se fechariam. Ao aceitar a proposta portista e acima de tudo aceitar o discurso deles para connosco, tinha mais a perder do que a ganhar. Em caso de vitória, nunca seria tão ídolo como foi no Benfica porque faltava-lhe anos de Dragão ao peito. Em caso de derrota... bem, é só ver... «só veio pelo dinheiro» dirão muitos adeptos do Porto. Enfim, o Maxi Pereira foi uma autêntica besta, daquelas que podiam ter sido totalmente bestiais, mas que recusaram esse destino nobre para se contentarem com tão pouco. Ah! E, mais não fosse, seria na mesma uma besta, porque induziu-me em erro em Junho passado! Pumba! Toma lá malandro porque o karma é tramado! 

O karma é tramado, não é Maxi?




P.S.: Aproveito para dar os parabéns à equipa do Sporting de Braga pela conquista da Taça de Portugal, 50 anos depois da última que conquistou. Foi merecida, sobretudo, por tudo o que a equipa fez durante esta temporada nesta competição em particular. Destaco três jogadores dos arsenalistas que merecem estar debaixo do nosso olho: o médio todo o terreno Vukcevic (um médio muito completo), o falso extremo Rafa Silva (que temporada este jogador fez) e o avançado móvel Rui Fonte (que está emprestado pelo Benfica). Para além destes jogadores, um elogio especial para o treinador Paulo Fonseca que com uma equipa bem montada e um modelo de jogo atraente consegue "vingar" a forma como foi empurrado para sair do Porto. Enorme chapada de luva branca sobre toda a estrutura portista, que no final não conseguiu disfarçar com caras de bons amigos.

10 comentários:

  1. Carta aberta ao Mini Pereira:
    Deixa lá, Mini! Se até os melhores do mundo falham porque não um mendigo uruguaio não pode falhar também???
    E nunca te esqueças que o mais importante é teres pão na mesa e a saude dos teus filhos e dos que te são mais próximos.
    Neste momento estás feliz, és valorizado (mais que no Benfica, porque depois de arrumares com a Taça só falam de ti) e és um jogador "Á Porto", literalmente "Á Porto".

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    1. Ah e quase me esquecia de te lembrar que tomáste uma boa opção. Se tivesses ficado no Benfica provavelmente andavas a mendigar e a tocar musica uruguaia na Mouraria para sobreviver.

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    2. Realmente, está feito um jogador à Porto! ;)

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    3. LOL Kamikaze! Não diria mendigar, até porque penso que se ele tivesse mantido, teria feito melhor negócio a médio e longo prazo. Mas, as desculpas utilizadas... enfim!

      ;)

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  2. Francamente , tudo é dado a ler , sobre tudo e sobre nada , e avançamos cada vez mais no domînio do fùtil .
    Sou Benfiquista hà 65 anos , socio hà 20 , e continuo a ficar surpreendido com certos artigos sobre jogadores de futebol ...! Mandar abaixo , ou mesmo sequer falar deste jogador é ùtil para quem ? Para aquele que escreve , numa demonstração de saber falar sobre assuntos ...ocos...? Apenas algumas considerações :
    1°-O empresàrio deste jogador é o mesmo que jà tinha roubado o Rodriguez para o porto ( jogador que também não nada no porto...). Não é este o ofîcio de qualquer empresàrio, para receber comissão ?
    2°- Nada a dizer sobre o desejo do atleta querer ir ganhar MUITISSIMO MAIS DINHEIRO , reaiçando eu o facto de NUNCA ele ter tido PROPOSTA ALGUMA vinda de fora.
    3°-O Benfica provou que FEZ BEM em não ter cedido às exigências dos dois , empresàrio/atleta, visto que maxi no porto , nem ganhou tîtulos nem os fez ganhar .
    4°-Tornar a falar de coisas que não contam mesmo nada para a vida do Benfica, é para provar o quê e a quem ???? Jà nem ne lembrava que o maxi tinha passado pelo Benfica e o seu desempenho neste campeonato foi ZERO ...tirando os valentes pontapés (da praxe...)que ele sempre distribuiu !NENHUMAS SAUDADES DELE E DE TODOS OS QUE SE FORAM .Que o atleta tenha saùde e o BENFICA também .

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    1. Eu acho que não percebeu bem o alcance do artigo. Acho que não percebeu a crítica no mesmo para algo tão imoral como a ganância.

      Depois, há ainda outras bestas que vão sendo apresentadas ao longo desta semana. Ontem foi a vez do Jesus, hoje foi de Maxi.

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    2. O Sarilhos está no seu direito de achar o artigo fútil. Mas nesse caso nem o devia ter lido até ao fim, quanto mais dar-se ao trabalho de comentário tão longo...

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    3. Ora nem mais. Nem se percebe o problema de tratar os "bois pelos nomes". Só mesmo em Portugal é que isto parece causar problemas. Muita gente parece autênticos nenúfares. Enfim...

      ;)

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  3. As bestas são bestas, ponto. Os traidores são traidores, ponto. Bestas e traidores deverão ser tratados como bestas e traidores, ó Sarilhos Grandes.

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    1. Neste caso, o Maxi foi uma autêntica besta com ele próprio. Nem sempre seguir o "valor", leia-se, o dinheiro, leia-se também, a ganância, é o caminho certo e correcto.

      Esta é a prova. ;)

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