Mais do que qualquer aspecto táctico, técnico ou até mesmo físico, foi o lado emocional que quanto a mim ditou o resultado deste clássico na Luz.
A derrota da noite de sexta-feira frente ao Porto, em pleno inferno na Luz, por uma bola a duas, tem como explicação o saber lidar com as emoções dentro de um encontro deste cariz. Talvez a melhor personificação desta minha opinião é espelhada pelo duelo entre Nico Gaitán e Maxi Pereira. O capitão encarnado em termos defensivos, podemos dizer que impediu o seu adversário directo e amigo pessoal de avançar no terreno como ele tanto gosta. Por outro lado, o uruguaio ex-Benfica impediu que o camisola 10 encarnado fosse o desbloqueador de bom jogo que tem sido quase sempre desde que chegou a Portugal. Em suma, ambos anularam-se mutuamente.
Ora a meu ver, esta espécie de pacto de não agressão, sobretudo do Gaitán, pois é o jogador mais desequilibrador do campeonato nacional, demonstra uma fraqueza do argentino. Uma fraqueza na gestão emocional do jogo. Não é à toa que ele foi dos jogadores encarnados que mais erros cometeu com e sem bola durante os 90 e poucos minutos de jogo. Acima de tudo um jogador de futebol tem ser um "animal competitivo". Isso é algo que o Maxi Pereira sabe discernir perfeitamente e por isso mesmo conseguiu anular o seu amigo argentino muitas vezes recorrendo a jogadas à margem da lei, i.e., através de faltas. O Nico que já tinha demonstrado no Dragão parte dessa fraqueza emocional, não soube lidar com isso e separar a amizade fora de campo com uma atitude competitiva ao nível do que se exigia. Ele até poderá argumentar que o uruguaio o conhece de ginjeira, mas também ele o conhece! Sabendo que o amigo ferve em pouca água, porque não levá-lo ao limite? Basta usar a sua prodigiosa técnica e bailar em frente até que ele caia na esparrela. Mas, não. O conflito entre amizade e a competição não o permitiu fazer isso.
Com isso, o Benfica perdeu o seu maior desequilibrador, e numa tentativa de ajudar a ganhar essa zona intermediária do terreno, Rui Vitória deu ainda mais liberdade para o Pizzi avançar no terreno, tentando resolver este conflito de interesses com aumento do número de jogadores nessa zona atacante. Isso levou ao nosso golo, mas também colocou a nu outras debilidades da nossa equipa: a imaturidade dos nossos miúdos e a desvantagem numérica em certos momentos do jogo. Os miúdos também jogaram dois clássicos num só: um frente à equipa do Porto e um frente ao medo de errar. E, numa história tantas vezes repetida, quando a mente está cheia e difusa, os erros aparecem. Sejam eles através de más decisões ou passes errados, sejam eles por estarem mau posicionados ou não terem poder de reacção. Por exemplo, no primeiro golo do Porto, tanto o Renato como o Victor poderiam e deveriam ter feito muito mais nesse lance.
O empate contra a corrente do jogo, mas também o desequilíbrio do meio-campo não ajudou em nada a equipa a encontrar um ritmo de jogo uniforme. E, com isso maior o desgaste físico, que por sua vez devido a uma oxigenação do cérebro mais deficiente, conduz a um desgaste mental muito maior. E, com desgaste mental, maior a avalanche de erros. Estão a ver aqui a bola de neve a aumentar não estão? Pois bem, não é à toa que o Benfica tenha conseguido inúmeras oportunidades de golo frente ao Porto. De facto, tacticamente e tecnicamente os jogadores são melhores. Contudo, os inúmeros falhanços devem-se ao descontrolo emocional, não só porque estavam a empatados contra uma equipa perfeitamente ao nível deles, como também devido ao desgaste mental de estarem constantemente a corrigir erros de uns e de outros.
O que me entristece-me mais, é que o Benfica foi para intervalo com um empate e não a perder. Durante esse período poderia-se ter acertado algumas nuances tácticas que poderiam não estar a funcionar tão bem, mas sobretudo a equipa deveria ter serenado emocionalmente. Mas, não! O Benfica entra para a segunda-parte do encontro com pouca chama e muito aluado do jogo. Há um lance logo nos minutos iniciais deste segundo tempo, que o Jardel faz um passe a média altura para o Eliseu que está a escassos 3 metros dele, obrigando o açoreano a ter que sacudir para o meio-campo. Logo ali vi que a equipa estava mal. Emocionalmente instável. Senti que estavam pressionados pelo rótulo de terem perdido todos os clássicos nesta temporada. E, para pior dos meus pecados, Nico continuava a sua senda do "bom amigo", Pizzi era cada vez mais chamado a fazer de Nico e Pizzi, e no meio disto, estava um Sanches imaturo na gestão física do jogo e um Samaris a lutar que nem um espartano naquele meio-campo. Lá atrás, tanto Lindelöf e Jardel davam mostras de intranquilidade, enquanto o Almeida e o Eliseu iam disfarçando as lacunas dos primeiros como podiam. Ora foi numa perda de bola de um contra-ataque de 4 para 4, que o Porto faz uma "transição ofensiva" (chega a ser ofensivo chamar de transição ofensiva esse lance tal a velocidade lenta de execução do ataque azul-e-branco, o que torna mais caricato a acção defensiva encarnada) envolvendo o Brahimi e o Aboubakar que finaliza muito bem o segundo golo do Porto. Este foi o verdadeiro murro no estômago em todos os jogadores do Benfica. Mas, o KO da equipa encarnada acontece momentos depois em que após umas quantas jogadas de perigo o Benfica teima em marcar golo. Sobretudo, depois da jogada em que Gaitán fica cara-a-cara com o Casillas e permite a defesa da noite ao guardião espanhol, naquilo que seria a melhor ocasião de golo de toda a partida para as duas equipas.
Rui Vitória leva as mãos à cabeça, tal como todos nós perante estes desperdícios e estas ofertas dos encarnados. Poderemos criticá-lo tacticamente, ao ter arriscado o Pizzi tão liberto ofensivamente e não o ter ancorado mais ao meio-campo como já o fez noutros jogos. Mas, olhando para os lances de perigo concretizados pelo Benfica, vejo o Pizzi em quase todos eles. Já o Gaitán... vejo-o a disparatar. O que poderei criticar de forma mais veemente são as substituições do RV. Primeiro que tudo, todas elas muito tardias. Acho que ao fim de 5 minutos da segunda-parte era preciso dar outra chicotada à equipa. Penso que a entrada de Carcela e até de Talisca justificam-se. Contudo, não seriam Pizzi e Samaris que sairiam, mas sim Gaitán e Lindelöf, respectivamente. A ideia era simples: baixar Samaris para o centro da defesa, posicionar o Renato a 6 com o Talisca a 8, o Carcela no lugar do Gaitán e com isto fazer com que a linha defensiva subisse no terreno, tornando a equipa muito mais compacta para poder ser muito mais pressionante sobre o Porto. Outra substituição que não fez sentido, foi a entrada de Salvio. Por mais, que toda a gente quisesse dar esse doce ao Toto, ele seria o primeiro a entender uma não entrada neste encontro. Na minha opinião, quem deveria ter entrado era o Raúl para o lugar do desgastado Mitroglou, tentando aproveitar a energia do mexicano frente à desgastada defesa portista. Aliás, face à intensidade que penso que o Benfica deveria jogar todos os jogos, esta seria uma das substituições obrigatórias em todos esses encontros. Já agora, e porque o Vitoria vai sofrer ainda maior pressão, sobretudo da imprensa que o já o tenta colocar rótulos negativos como as derrotas nos duelos directos com os principais rivais, convém que ele mantenha a calma e continue a acreditar no processo que tem estado a desenvolver, mas com cada vez mais incidência também nos aspectos emocionais do jogo. Por fim, gostava de saber qual teria sido o desfecho do encontro se: (1) o Carcela tivesse sido o titular em vez do Gaitán, (2) o Brahimi ser amigo de infância do André Almeida, ou (3) o Layún ser amigo de Pizzi?
P.S.: Queria aproveitar para desejar o feliz aniversário ao nosso capitão Luisão e ao nosso jovem canterado Nuno Santos, ambos a recuperarem de graves lesões. Como tal... Parabéns e rápidas melhoras Luisão e Nuno Santos!
Parabéns Luisão e Nuno Santos. |
Já é tempo de o Gaitan sair. O melhor jogador da equipa tem der mesmo isso, tem de ser o melhor jogador da equipa.
ResponderEliminarEu no lugar do RV teria corrido o risco de lançar o Carcela como titular neste encontro. Mas, entendo a opção do técnico encarnado... "em equipa que ganha não se mexe".
EliminarMas, agora que se perdeu, penso que o RV tem toda a razão de mudar algo. Uma coisa é certa, do ponto de vista mental já não iria olhar para o Gaitán da mesma maneira. Neste momento, o argentino é que está a dever-nos.
Depois do jogo torna-se fácil opinar sobre as opções do RV...de qualquer forma o momento chave foi por volta dos 60`m,nesse momento RV devia ter "mexido"...começava aparecer espaço entre a defesa o meio campo e mesmo sem a solução que seria Fejsa acho que seria descabido tirar Mitroglou(já desgastado)meter Carcela e colocar Gaitan atras de Jonas.
ResponderEliminarTambém não seria mal pensado...
Eliminar(não seria descabido)
ResponderEliminar... mas, olha, por essa altura estávamos empatados no jogo e estávamos a criar lances de perigo na baliza do Porto. Uma substituição desse tipo seria retirar um pouco de poder de fogo no ataque, pois ficaríamos com Gaitán e Jonas perante Chidoize e Indi. Acho que perderíamos um pouco a nível físico, nesse caso. Para além de poder estar a passar a imagem errada para dentro da equipa e adeptos - de que o empate estaria bom.
EliminarEu acho que precisávamos era de puxar o "tapete" para a frente e com isso retirar algumas âncoras que estivessem lá atrás, para que a nossa linha defensiva estivesse mais próxima do nosso meio-campo. Algo que com um Lindelöf intranquilo não conseguimos. Repara que nos poucos momentos em que o sueco estava focado no jogo, ele conseguiu estar subido no terreno e foi dos pés dele que nasceu o golo encarnado, quando ele a meio-campo entrega a bola ao Renato.
No entanto, apesar de preferir um refrescamento da linha ofensiva (saída de Mitro e Gaitán e entradas de Raúl e Carcela respectivamente, e saída de Lindelöf para entrada de Talisca, descendo o Samaris para o centro da defesa), percebo que estávamos empatados e o Porto é que precisava de ganhar. Ou seja, poderíamos ter sido mais pragmáticos e por isso mesmo não deixo de concordar contigo.
Por vezes dá mesmo vontade de ter forma de conseguir testar todas estas alternativas para verificar qual delas realmente funcionaria, não é verdade?
;)
Eu pensei assim porque neste tipo de jogos lembro-me sempre do Trapattoni...alem disso a prolongar-se o 1-1 quem tinha de vir pra cima era o peseiro(bem sei que era na Luz e a matriz do BENFICA não é a contenção)mas tenho a sensação que com um plano B nos ultimos 30 min tínhamos vencido.Este porto exemplifica bem a questão da "manta"...se puxasse pra frente destapava atras!!
EliminarExactamente Ventura!
EliminarA minha única dúvida era de saber se os jogadores iriam perceber isso ou se tal medida iria agravar ainda mais a instabilidade emocional dos jogadores. Por exemplo, se eles iriam baixar as linhas defensivas e tremerem que nem varas ao vento, por isso eu inicialmente apostar em subir ainda mais a equipa, mas como um bloco coeso. De resto, estou completamente de acordo com a tua ideia. Faltou-nos muito pragmatismo.
Aliás, olhando para o caminho do Benfica no campeonato, já reparaste que ainda só averbámos um empate? Se tivéssemos empatado em pelo menos dois desses jogos, estaríamos em primeiro. Ou seja, nem era preciso vencer estes confrontos directos, mas sim não perdê-los.
O 2º golo deles resulta de uma perda de bola infantil nossa a meio campo e em que ganham vantajem do lado esquerdo da nossa defesa com 3 (porto) contra 5 (S.L.B.).Estavamos a DORMIR...
ResponderEliminarE pior que isso, já reparaste que esse ataque nem foi assim tão veloz por parte do Porto? Fiquei super chateado nesse lance.
EliminarRui Vitória devia ter mexido mais cedo e de outra maneira na equipa. Poderia ter tirado talvez o Jonas ou o Gaitán e ter posto ou Carcela ou Talisca, no meio-campo teria que arriscar mas mais à frente no jogo em tirar Samaris ou Renato e colocar o Semedo fazendo o André ir para o meio-campo, por fim numa altura mais adiantada do jogo poderia tirar o segundo avançado (caso Jonas ainda estivesse), ou o único (se só estivesse o Mitroglou).
ResponderEliminarÉ fácil fazer substituições depois do jogo acabado mas quantos de nós não terão pensado em trocas similares ao fim de 5/10 minutos da segunda parte?
Conclusão: Rui Vitória até ao momento não mostrou capacidade para cerca um Benfica, falha sempre rotundamente nos jogos decisivos e parece-me que não tem poder e autoridade suficiente nos jogadores.
A única coisa que espero(amos) é que ainda possamos continuar a lutar pelo título, mas o rombo de sexta vai ser muito difícil de superar.
Saudações benfiquistas
Posso concordar com as tuas ideias de substituições. Mas, quanto a conclusão que tiras do Rui Vitória discordo totalmente.
EliminarUma coisa era o Benfica não ter feito um único remate à baliza do Porto e ter jogado pessimamente. Outra foi o que aconteceu dentro de campo. E, sinceramente, a haver um vencedor neste jogo deveria ter sido o Benfica. O Porto ganha este encontro quase sem querer.
A questão não é não ter poder sobre os jogadores. O que eu acho é que ele foi traído pelo lado emocional de certos jogadores, conforme mencionei no artigo acima... Gaitán contra o Maxi, juventude de Renato e Lindelöf, nervosismo do Jardel, cansaço do Mitroglou, são alguns exemplos. O que ele poderá fazer é no futuro adoptar uma estratégia mais conservativa por causa disso, ajudando-os tacticamente a ultrapassar essa barreira emocional. Por exemplo, se calhar não se deveria jogar com dois avançados declarados como jogamos, mas sim com o reforço do meio-campo com mais um médio-centro ofensivo, ou seja passar de 4-4-2 para 4-2-3-1.
Pessoalmente, fiquei com pena de duas coisas no onze titular - se bem que entenda que em onze que ganha não se mexe - e são elas o Mitroglou e o Gaitán. O argentino já tinha as minhas suspeitas que iria anular-se neste duelo com o "amigo". Já o grego, apesar dos golos nos últimos jogos, e do golo marcado na 6ª feira, é mais fixo e menos pressionante que o Raúl e perante um central como o Chidoize, teria sido mais benéfico para o Benfica o Raúl. Aliás, talvez o Gaitán com esse jogador poderia ter outro comportamento, porque a movimentação do Raúl para as alas, poderia confundir marcações entre o Chidoize e o Maxi e com isso criar espaços para o argentino ou marroquino. Depois em termos de finalização, vimos que o grego também falhou tanto como o Raúl poderia falhar. A questão é que o mexicano iria equilibrar muito mais a equipa a nível defensivo pela sua enorme capacidade de trabalho. Aliás, já na próxima 3ª feira, frente ao Zenit, gostava que o RV testasse esta solução.
;)
Se o treinador não trabalha o lado emocional, mas também falhou na táctica, no posicionamento dos jogadores, na leitura do jogo e nas substituições, podemos esperar o quê? Acresce o facto de a direcção não ter resolvido as debilidades do plantel. Aquele sector defensivo não está à altura dum candidato ao título.
EliminarNão é bem assim Ramalhete.
EliminarPara se marcar golos, é preciso muitas vezes desequilibrar, i.e., jogadores que são normalmente mais defensivos ocuparem espaços mais ofensivos. Obviamente que o resto da equipa deve acompanhar encurtando espaços e com isso manter a equipa compacta. Mas, isto é difícil quando tens miúdos em zonas nevrálgicas do terreno.
O RV pediu ao Pizzi para apoiar mais o ataque e foi devido a isso que o Benfica criou oportunidades atrás de oportunidades claras de golo. Bastava o Benfica ter conseguido o 2º golo antes ou mesmo após o 1º do Porto, para a equipa serenar e o Porto tremer por todos os lados.
Agora é fácil criticar o treinador, mas na altura a decisão dele foi lógica.
Mesmo as substituições que ele realizou tem a sua lógica. Ele quis flanquear o jogo nos últimos 10 minutos de jogo. Por isso apostou em Gaitán a lateral esquerdo e em Salvio no lado direito. Eu teria feito as coisas de forma diferente, mas percebi a intenção dele.
Só espero que este encontro tenha deixado claras algumas coisas para o RV: a dificuldade emocional do Gaitán, a imaturidade de alguns dos miúdos, a incapacidade de pressão mais intensa da dupla atacante. Conseguir resolver estes três problemas será a chave para vencermos já na 3ª feira frente ao Zenit.
E a falta de qualidade de todo o sector defensivo incluído o médio, mais os jogadores que não vêm atrás ajudar a defender, limitando-se a acompanhar os adversários ou defender com o olhos?
EliminarNão podes separar as águas, i.e., o lado emocional do lado táctico. Um leva ao outro. O jogador ao estar bloqueado emocionalmente, vai ser um jogador desfocado do jogo, logo vai estar sempre mais lento e mal posicionado que outro que esteja focado no jogo.
EliminarE, basta que um ou outro esteja assim num jogo destes para eles caírem que nem um baralho de cartas, sobretudo, da forma como o Benfica joga, que é com muita gente no ataque.
Há três grandes formas de ultrapassar isto:
1) Os jogadores em questão realmente ultrapassam as suas barreiras emocionais e conseguem focar-se no jogo, evitando uma mudança táctica.
2) O RV tenta utilizar outros jogadores que permitem outro foco emocional e também outras características físicas, técnicas e tácticas para manter o mesmo esquema táctico e com sucesso.
3) Há necessidade de mudar o esquema táctico para poder colmatar estes problemas.
Este último cenário pode ser contraproducente, pois as equipas são treinadas segundo um modelo e sistema de jogo durante vários meses e mudá-lo por causa do adversário pode trazer outros problemas. Portanto, é crucial que o treinador saiba fazer a leitura correcta.
O Benfica na 1ª parte jogou muito bem tendo muitas oportunidades mas na finalização foi 0. De realçar que o golo do Benfica foi mais uns milhões no Sanches!! xD
ResponderEliminarMas desde o início do jogo que vi que algo estava mal, o Benfica não estava a jogar à Benfica, algo estava mal, mas como tu dizes e bem falta de estabilidade mental. Concordo contigo à cerca do Raúl ele teria criado muita instabilidade na defesa do Porto, mas pronto agora não há nada a fazer a não ser continuar a lutar.
Verdade Anínimo!
EliminarPor curiosidade, apostarias no Raúl a titular em detrimento do Mitroglou ou preferias apostar no reforço do meio-campo, se pudesses jogar novamente este jogo?
As minhas substituições seriam Raúl por Jonas(Apagado do jogo), colocava o carcela a jogar no lado do gaitan. tirava o pizzi e colocava o gaitan a jogar na outra lateral recuava o samaris e colocava o talisca a jogar a 10
EliminarTiravas o Lindelöf, recuavas o Samaris para central e metias o Talisca no meio-campo ao lado do Renato tal como o RV fez. Gosto!
Eliminar;)
Grande PP, só passei por aqui para te dar os parabéns.
ResponderEliminarBoas análises, com pés e cabeça e uma ponderação de realce. Um bom exemplo de como é possível discutir futebol sem colocar imediatamente em causa tudo e todos.
Dás sem dúvida um baile aos pseudo-especialistas da bola que grassam pela Blogosfera.
A tua chamada de atenção para os factores emocionais que estiveram presentes no jogo e que de algum modo limitam alguns dos nossos, está simplesmente perfeita e deve ser levada em conta.
Abraço.
Obrigado Mathayus!
EliminarJá no jogo frente ao Sporting na Luz, notei esse factor emocional a fazer grandes mossas na equipa. Algo, que muito pouca gente não falou. Agarraram-se aos 3 golos do Sporting e pensaram que eles nos massacraram futebolisticamente. O massacre foi mais um bloqueio emocional dos nossos jogadores que um enorme jogo do adversário. Desta feita aconteceu um pouco do mesmo, apesar de termos estado muito melhor em campo que frente ao Sporting.
Abraço e espero contar com mais opiniões tuas na minha caixa de comentários.
;)
Mas o bloqueio emocional não é trabalho da equipa técnica?
EliminarSe acontece o mesmo contra o Porto é porque não deram por isso ou não sabem resolver?
Bloqueio emocional, depois de estar a ganhar??!! Deixem-se de tretas, os do "bloqueio emocional".
EliminarA ganhar, era carregar pra cima dos corruptos que andavam às aranhas. Mas para isso é preciso uma voz forte do banco e..isso não temos...
Viva o Benfica!
José Ramalhete,
EliminarO bloqueio emocional não é totalmente da responsabilidade da equipa técnica. É muito dos jogadores.
Perfeito Correia,
EliminarMas, então não exactamente a "carregar pra cima" deles que não fomos sofrer dois golos deles?
Repara bem como ambos os golos nasceram? E, repara na quantidade de golos falhados por nós por estarmos a "carregar pra cima" deles.
E os jogadores resolvem isso sozinhos? Se não está resolvido o treinador tem que ter outras opções.
EliminarO treinador pode, deve e tenho a certeza que neste caso, ajuda. Mas, tem de ser o jogador em último caso a ultrapassar esses bloqueios.
EliminarOutro factor que o pessoal está a esquecer-se é que o Benfica vinha a consolidar todo um trabalho emocional desde a derrota caseira frente ao Sporting. Trabalho esse realizado segundo um modelo e sistema de jogo. Assim sendo, poderemos criticar a equipa técnica que poderia ter escondido um pouco esses problemas emocionais alterando o sistema de jogo (por exemplo, colocando mais um médio na equipa como todos os outros fazem). Mas, isso era jogar fora o trabalho já feito.
Preferiu-se arriscar na equipa e nos jogadores que estavam a vir a ser vitoriosos nos últimos encontros. Confiou-se que seriam capazes de ultrapassar as barreiras emocionais que poderiam ser colocadas pelo adversário. Mas, agora podemos ver que não.
Podemos criticar um pouco o RV por não ter visto alguns sinais anteriores (o Gaitán é um deles) ou até mesmo o perfil futebolístico de alguns deles (Mitroglou é um finalizador nato, mas no que se refere ao jogo sem bola e à pressão do adversário fica a dever ao Raúl, por exemplo). E estes pormenores, mesmo não tendo certeza absoluta que iriam resultar (tal como a aposta em mais um médio declarado em vez de dois avançados), teria ao menos uma lógica por detrás coerente e mais abrangente, que permita que possa pensar que teria maior probabilidade de sucesso.
No entanto, acho demasiado cruel julgar o RV nesses aspectos, pois o Benfica teve as melhores ocasiões de golo e não fossem os "nervos" estou certo que sairíamos claramente vencedores.
E que tal fazer pelo menos essa leitura durante o jogo?
EliminarO Peseiro soube corrigir ao intervalo para melhor e o RV nem deu por isso. Reagiu tarde e mal. Então a entrada de Sálvio para mim é motivo para despedimento com justa causa.
O RV fez boas leituras durante o jogo. Se tivéssemos marcado nas oportunidades que criámos estaríamos aqui a louvar as decisões que ele tomou durante o encontro.
EliminarUma delas referi no texto acima. O Pizzi jogou mais adiantado, para que Gaitán e os outros dois tivessem vantagem numérica no sector recuado do Porto. Não é à toa que eles conseguem ter inúmeras ocasiões de golo. E, isto depois de um começo em que se viu que o Gaitán estaria completamente atado na ala esquerda pelo Maxi.
Outro pormenor a meio da primeira parte foi ter trocado o posicionamento do Pizzi e do Gaitán, por exemplo.
Sobre as substituições do RV, confesso que não fui nada fan delas. Mas, percebo a ideia que ele quis colocar em prática: lateralizar o jogo ofensivo e através da exploração dos corredores laterais conseguir chegar à área do Porto.
Repito-me mas adoro mesmo ler os teus artigos ! Sempre muito bem escritos e nota-se que tens um excelente conhecimento táctico do futebol !
ResponderEliminarEm relação ao jogo achei que foi mesmo um desperdício porque começamos o jogo da melhor maneira com uma dominação total e um golo... A equipa não soube gerir correctamente o jogo inteiro, não só a nível emocional mas também a nível físico e táctico.
E também acho que era demasiado cedo para lançar o Salvio... E também espero que quando ele voltar à titularidade que o Pizzi não venha para o banco ! Era um escândalo, pode muito bem jogar a 10 ou na esquerda (onde ainda jogaria melhor na minha opinião) quando o Salvio regressar à boa forma.
Obrigado Goleador SLB pelo elogio.
EliminarA meu ver o problema da gestão deste jogo por parte dos jogadores encarnados também advém do lado emocional deles. Pois sem a mente focada, há mais erros, sobretudo tácticos, logo há maior necessidade de corrigir erros, logo há maior consumo de energia para corrigir esses erros, o que significa maior desgaste físico. Normalmente é assim.
Quanto ao Salvio, completamente de acordo. E, não esquecer que ainda há o Guedes. ;)