Vitória pouco convincente antes do Natal.
Sobre o jogo pouco à a dizer senão o seguinte: o Benfica foi superior e foi mais controlador, se bem que não tão acertado no último terço do terreno, enquanto o Gil Vicente, foi sempre uma equipa que procurou criar perigo através do contra-ataque.
Apesar do Benfica ter criado várias situações de golo, continua com grandes dificuldades para controlar os ritmos de jogo. Neste encontro, tal deveu-se aos seguintes factores:
- Gaitán e Ola John ao jogarem como extremos puros e a terem tendência para movimentarem-se para o corredor central, perdem algum tempo no domínio de bola que lhes rouba o tempo para a combinação com os restantes colegas. de equipa. Por outro lado, não lhes permite o posicionamento mais adequado para combinar com os restantes colegas.
- Jonas e Lima não funcionam ainda como uma dupla e, como tal, não conseguem ligar bem o jogo entre-linhas. Faltam-lhes muitas dinâmicas colectivas e maior qualidade na recepção e passe.
- Talisca a "8" é ainda muito macio. Apesar da sua envergadura física, não aguenta os 90 minutos de jogo. Para além disso, precisa de ser um jogador com mais "coração", por exemplo, ele tende sempre a cair quando lhe agarram. Penso que deveria ter mais força para aguentar com a carga e sair a jogar. O sucesso da sua carreira vai depender quase exclusivamente deste ponto, pois o resto tem tudo.
- Houve muita gente com sinais de fadiga neste encontro, sobretudo, na frente do ataque.
Perante estas situações, e pegando um pouco nas ideias que debati no artigo anterior, questiono os seguintes pontos para melhorar o controlo de jogo por parte do Benfica:
- Porque não trocar o Nico Gaitán e o Ola John de posição, i.e., jogando ambos como "falsos" extremos?
- Porque não utilizar o Derley como parceiro de ataque para o Jonas ou o Lima, sobretudo, quando um destes está cansado? E o
Nélson Oliveira? (*) - Não seria preferível jogar a titular o Pizzi na posição "8", em vez do Talisca?
- Sílvio, Benito, Sulejmani e Bébé serão fundamentais para contrariar possíveis sinais de fadiga da equipa, se forem utilizados, i.e., se darem-lhes a oportunidade de ter minutos de jogo nas pernas. A taça da Liga é a competição que se segue. Será que vão já ter oportunidades? Já agora, e porque o Sílvio e o Sulejmani regressaram de prolongadas lesões, não seria benéfico para a eles e para a equipa que ganhassem ritmo competitivo na equipa B?
Esta última questão é muito pertinente. De facto, a equipa B deve também ser usada para estas situações. Não quero dizer que os jogadores sejam obrigatoriamente titulares na equipa B, mas poderiam ganhar minutos de jogo nessa equipa, para que quando regressassem à equipa principal tivessem outro ritmo competitivo nas pernas. Fica aqui a sugestão.
(*) - Entretanto o Nélson Oliveira foi emprestado ao Swansea City da Liga Inglesa. Muitas questões deveriam ser levantadas pelos adeptos encarnados, pois a meu ver não entendo como o avançado com maior potencial tenha de sair por empréstimo. Ainda para mais, se formos ao mercado de inverno buscar outro avançado como se fala...
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