27 dezembro 2017

Está muito em jogo no...


... do ano de 2017.

«Teoricamente falando, este jogo não conta para nada.» É o que temos ouvido, um pouco por toda a comunicação social e também um pouco por todo o lado em que discute futebol. Mas, quem pensar assim, não percebe ou não dá relevo às dinâmicas e cultura de campeão. O Benfica tem a oportunidade, neste último encontro de 2017, de dar uma imagem do porquê de ter sido rei e senhor em Portugal neste ano civil. O que está em jogo não é um troféu, mas é muito mais do que isso: o brio e a sede de vitória. Noutra perspectiva, o Benfica tem de procurar um bom fim para este ano, demonstrando a todos que só não chegará à final da Taça da Liga, ou seja, para sagrar-se campeão de inverno (nome atribuído ao campeão desta competição, conforme vimos na época passada), por tamanha infelicidade no último encontro frente ao Portimonense. Encontro esse que diga-se, o Benfica poderia ter facilmente goleado a equipa algarvia. Sendo assim, frente aos sadinos, é entrar com tudo e fazê-los pagar essa factura. Estou certo que um resultado volumoso e sem espinhas calará muita gente e colocará muitos mais em sentido.

Sendo assim, que onze apresentar frente ao Vitória de Setúbal? Sabemos pelo que o José Couceiro referiu na conferência de imprensa que antevê este encontro que não irá colocar uma equipa de recurso, mas sim o seu onze titular. Do lado do Benfica, não defendo a titularidade de todos os jogadores, mas tendo em conta que entre o jogo contra o Portimonense e o dérbi na Luz, estamos a falar de cerca de 17 dias de paragem, pelo que também não será aconselhável tanto descanso como isso. De qualquer maneira, apostaria num onze com Varela na baliza (pois o Svilar depois da última exibição pura e simplesmente não merece jogar de início neste jogo), Salvio a lateral direito, Lisandro e Rúben Dias a centrais, e Eliseu a lateral esquerdo, completando o quarteto defensivo. À frente destes regressaria o Fejsa para "trinco". A compor o restante trio de meio-campo, colocaria o Samaris a fazer de Pizzi e o Krovinovic a assumir a batuta da equipa. O croata teria mais liberdades ofensivas em transporte de bola, enquanto o grego poderia explorar mais as subidas para as zonas de finalização, algo que ele é muito forte, mas jogando usualmente na posição "6" pouco tem mostrado no Benfica. Quanto ao trio de ataque, avançava com o Rafa de início sobre a direita e o Zivkovic sobre a esquerda. Ambos estariam bem abertos, mas ao longo do jogo trocariam de posições para testar novas nuances de ataque. Como ponta-de-lança, confiava a missão ao Seferovic, até porque o Jonas passou o Natal no Brasil e o Raúl vem de lesão.

As ideias aqui envolvidas neste onze são: (1) aumentar a comunicação entre Varela e estes dois centrais; (2) nivelar e aumentar o ritmo de jogo de Lisandro e de Rúben Dias; (3) dar ritmo de jogo a Eliseu para o que resta de temporada; (4) testar a opção Salvio a lateral direito durante um jogo inteiro, poupando o André Almeida a um jogo e ao risco de ficar de fora do dérbi; (5) testar o Samaris a "8" para o reforço do meio-campo defensivo e entender o que ele poderá dar a mais em termos ofensivos; (6) envolver o Rafa no modelo de jogo, dando-lhe minutos; e (7) dar a titularidade a Seferovic e a Zivkovic para aumentarem a sua confiança e serem opções futuras.

Da mesma forma, na segunda parte tentaria sempre incorporar as seguintes substituições: Filipe Augusto por Fejsa e para a posição deste; Raúl Jiménez por Zivkovic ou Rafa, o que estivesse maior desgastado ou a jogar pior; e Cervi por Seferovic ou Krovinovic. A ideia nestas substituições seria para testar várias nuances. A primeira seria para testar o Augusto como médio mais defensivo num modelo de 3 médios, alterando um pouco a configuração 1+2 para 2+1, ou seja, invertendo o triângulo a meio-campo, com a subida entre-linhas do camisola 20 suportada pelo duplo pivô grego-brasileiro. Já a entrada do avançado mexicano, é para ele ganhar ritmo de jogo depois da lesão que o impediu de defrontar o Portimonense. Gostava de vê-lo jogar nas faixas sem bola, mas depois disparar para junto de Seferovic quando a equipa tivesse a bola. Mais tarde com a saída de Seferovic ou de Krovinovic pela entrada de Cervi, poderia jogar no corredor central, ou como único avançado ou acompanhando o suíço.


Onze titular e substituições para o último jogo do ano de 2017.



P.S.: E, se o Porto e o Sporting não conseguirem ganhar o último jogo na fase de grupos da taça da Liga? A ideia que transparece é que já estão na final, mas olhando para os adversários, poderá haver surpresas...

8 comentários:

  1. Salários do Sporting. Época 2016/2017

    https://twitter.com/DividasCarvalho/status/946804507849216001

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  2. Ao intervalo 2-0....caputadetristeza.

    Viva o Benfica!

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    1. No final da partida 2-2. Penso que as substituições não foram muito felizes...

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    2. Ando tão desgostoso...que só tenho saudades de ver o Benfica a jogar futebol...

      Viva o Benfica!

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    3. Pois, mas este jogo foi importante para ver quem é que pode ficar por cá...

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    4. Acho que isso...já deu para ver há algum tempo...
      Já não tenho pachorra...
      Crlh! Eu vi jogar ao vivo muitas vezes o Águas, o Zé Augusto, o Cruz, o Cavem, o Ângelo, o Simões, etc...
      Até me custa ver a nossa Camisola vestida em certos tipos...(des)comandados por outro tipo...

      Viva o Benfica!

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    5. Estás a falar de um tempo onde só jogavam 11 e não havia substituições. Onde o Benfica era uma equipa profissional e os outros tinham métodos de treino artesanais.

      Hoje em dia, o futebol modernizou-se. Não consegues fazer um campeonato com apenas 11 jogadores. Precisas de pelo menos mais 11. Decerto que naquele tempo, sempre que jogavam os reservas nos últimos jogos do campeonato, ou naqueles torneios particulares de final de temporada que também sentias a diferença de qualidade a baixar. Hoje foi isso que aconteceu.

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