09 dezembro 2017

Sprintar para...


... provisória.


O Benfica defronta hoje o Estoril na Luz, em jogo da 14ª Jornada da 1ª Liga NOS. Depois de em menos de uma semana ter averbado um empate no dragão para o campeonato e de uma eliminação premeditada, mas com um recorde negativo para os pergaminhos do clube, os encarnados defrontam a bem organizada equipa de Ivo Vieira. Desde que o novo técnico assumiu os comandos da equipa da linha que têm empatado e, acima de tudo, praticado um futebol atraente, assente num 4-4-2 tradicional e onde despontam os seguintes nomes: o Kléber (ex-Porto), o Victor Andrade e o Moreira (ex-Benfica) e, o que para mim é o craque da companhia, o Lucas Evangelista. Muita atenção amanhã para este jogador que é uma espécie de Pizzi no 4-4-2 dos canarinhos. E, não é de admirar, pois trata-se de um jovem brasileiro que já passou pelas selecções de base do escrete canarinho e que em Alvalade já deixou um belo cartão de visita com um golo de fora-da-área espectacular. Portanto, desengane-se o adepto que pense que lá pelo Estoril estar em último lugar do campeonato que não tem qualidade e que vai ser um massacre. Nada de mais errado.

O Benfica para vencer esta partida terá que entrar muito focado e imprimindo desde muito cedo um ritmo elevado para agitar por completo as linhas do Estoril. Este não deverá jogar enfiado na sua grande área. Muito pelo contrário, pois tem jogadores de qualidade para poderem libertar-se de zonas de pressão na saída para as transições rápidas. Daí que chame especial atenção para a contra-pressão dos nossos jogadores logo após a perda de bola no ataque. Por outro lado, o Estoril jogando com dois avançados declarados, irá tentar impor um distanciamento grande entre as nossas linhas defensivas e de meio-campo. Cabe aqui à nossa dupla de centrais estar muito atentos e não cederem a esta acção do adversário.

Assim sendo, para contrapor ao 4-4-2 do Estoril, defendo que o Benfica deva entrar com um 4-3-3 ligeiramente diferente daquele que entrou no dragão na última jornada. Aliás, as únicas duas diferenças que operaria seriam a entrada do Raúl Jiménez para a posição do Cervi sobre o flanco esquerdo e a entrada de Seferovic para o lugar de Jonas. O leitor deverá estar a interrogar-se porque carga de água não estou a incluir o Jonas no onze titular, como seria suposto esperar. Por um lado, a resposta é mesmo tentar surpreender o adversário que deverá ter treinado uma série de movimentações defensivas para anular o craque brasileiro do Benfica. Por outro lado, prende-se com o facto de jogando com o Seferovic e o Raúl a forçarem a defesa adversária, estão a manter constantemente a linha defensiva deles bem distante do resto da equipa, inclusive quando saem para o contra-ataque. Seguindo o raciocínio, jogando com três médios, sendo dois deles ofensivos, como o Pizzi e o Krovinovic, haverá mais espaço para estes poderem subir no terreno.

Mas, atenção! Não quero que subam única e exclusivamente transportando a bola em drible. Quero sim, que usem o triângulo que eles formam com o Fejsa. Só entre estes três o Benfica hoje tem de fazer mais de 400 passes que servirão para gerir o jogo. Ou seja, pautar e reduzir velocidade quando for necessário e acelerá-lo quando estiver-nos no ataque. Este controlo será determinante para cansar o adversário que terá de correr sem bola, mas também para o ataque posicional e para reorganizar a linha defensiva, mantendo sempre o conjunto compacto.

Na segunda parte, operaria a três substituições: Cervi, Jonas e Samaris. Faria entrar o Chucky fazendo sair um dos médios-interiores ofensivos, i.e., ou Krovinovic ou o Pizzi. A ideia aqui é começar a exigir ao Cervi um jogo mais colectivo e de hábitos de meio-campo, com maior visão e leitura de jogo, ao invés do habitual jogo do camisola 22 que se pode resumir em "ir para cima deles e logo se vê". Penso que é importante que o argentino adquira esses hábitos, pois só assim poderá vir a ser o tal extremo que possa ser o terceiro médio-centro quando a equipa precisa. Para os últimos 20 minutos lançaria o Jonas e o Samaris. Aqui abandonaria de vez o 4-3-3 e apostaria num 4-4-2 mais tradicional. O craque brasileiro entraria numa altura em que haveria mais espaços devido ao desgaste do adversário, para o lugar do Seferovic ou do Raúl, podendo dar continuidade à sua veia goleadora. E, uma vez que passamos a ter apenas dois homens no centro do terreno, faz sentido que entra Jonas para poder muitas vezes fazer de terceiro médio, da mesma forma como fará mais sentido ter um Samaris com maior capacidade para transportar a bola que o Fejsa, por exemplo.


O meu onze e substituições para o jogo frente ao Estoril.

27 comentários:

  1. Devias enviar para o professor de ginástica. Podia apreender alguma coisa.

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    1. Gostaste da estratégia José?

      Confesso que fiquei de pé atrás em relação em não entrar logo com o Jonas de início. Mas, desta forma penso que podemos criar uma surpresa na forma de jogar que o Estoril possa não estar devidamente preparado.

      Outra dúvida que tive depois, foi a da entrada de João Carvalho em vez de Samaris, desta feita seria para sair o Krovinovic ou o Pizzi. Contudo, não tenho ainda muita confiança para jogar apenas com o miúdo à frente do Fejsa, mas seria interessante para avaliar realmente o seu futebol.

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  2. Eh pá, nessa da liderança 'provisória' ou 'à condição', estou a 200% com Bagão Félix...é simplesmente ridículo!

    Só existe uma classificação: a vigente depois de concluída a jornada.

    Ah a loucura de ter sido líder 'à condição' ontem durante uns largos minutos!...

    Por favor...o Benfica não devia precisar disto!

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    1. Sinceramente, já estás naquela fase de criticar porque sim, não é BP?

      E, sobre ideias de jogo debatidas no artigo? Nada? Assim obrigas-me a mandar-te dar um volta!

      ;P

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    2. Caro consócio PP, nem sempre tenho tempo e/ou vontade para debater contigo o jogo jogado...;)

      E como esta moda do líder 'à condição' antes da jornada acabar sempre me irritou solenemente - tendo em conta que a 'condição' é precisamente a jornada acabar...- apeteceu-me vir só fazer este apontamento :)

      Nem todos os posts podem dar debates sobre o jogo jogado - sempre longos, interessantes, acalorados à Benfica e incluindo tanto o RB como o Érre Bê! ;)

      E o João Félix, que já não vai para o Fruta Corrupção Pancadaria? :-D

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    3. O Félix é outro... houve tanto alarido de muitos Benfiquistas, quando tudo já estava tratado com o jogador.

      A malta pensa que o Benfica é um clube amador, mas é do mais profissional que existe a nível mundial.

      É uma grande contratação. Um miúdo com enorme futuro.

      ;)

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    4. Nem sempre estou com um computador à mão onde dê para entrar com as credenciais do Google, mas também acho que essa da liderança à condição é mais desculpa fraca de segundos classificados do que uma coisa que mereça ser destacada. Não me importo de não ser líder durante 33 jornadas desde que quando a condição "final da última jornada" se verificar eu seja líder.

      Mas estes exercícios do PP são de resto muito interessantes. A única pecha que lhes vejo é a cena das "substituições". Porque ter um plano é uma boa ideia, mas esse plano pode ir pela janela assim que um Fernando Aguiar desta vida manda uma patada incapacitante num jogador que contavas ter em campo até ao final.

      De resto acaba por ser interessante de constatar como o PP dá cambalhotas para defender certas escolhas e opções, mas no final até concorda com a essência das críticas que abundam por aí.

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    5. RB, quanto ao teu último parágrafo: exactamente!! É isso que mais me intriga no nosso consócio PP e já o afirmei aqui. Já me aconteceu várias vezes vir aqui comentar defendendo no essencial o mesmo que ele defendeu num post poucos dias antes e ser 'rasgado' por ele na resposta ao comentário! Parece quase um caso de dupla personalidade. Mas obviamente não é. Acho é que ele, proactivamente (ou seja, grosso modo, nos posts antes dos jogos) defende o que ele faria se fosse ele o treinador, mas depois reage aos nossos comentários já duma perspectiva 'caridosa' de empatia, pondo-se no lugar do RV, do Salvio ou do LFV e defendendo-os com aquela boa vontade panglossiana que o caracteriza. Mas isto sou eu a especular, não sei. Que é intrigante, é.

      Quanto ao RB vs Érre Bê, da minha parte foi mesmo um apontamentozinho humorístico só. A identidade e o estilo mantêm-se sempre, independentemente do nick, e essas é que importam. Eu pessoalmente gosto e acho que o Érre Bê faz tanta falta ao blog como o RB :) e o PP de vez em quando chama-nos trolls, mas aposto que lá no fundo também gosta ;)

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  3. E a novidade de ontem? Jogar bem (muito bem na primeira parte) e perder é mais uma inovação do Mister Fezadas.

    Já estava quase habituado a jogar mal e perder, bem como a jogar mal e ganhar à rasquinha contra Olhanenses, Portimonenses com 10, últimos classificados...

    Agora jogar bem e perder na mesma já não me lembrava de acontecer.

    Sim senhor, Mister Fezadas! Sempre a diversificar os contextos das derrotas e eliminações!

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    1. No fundo és mais um daqueles que inveja o lugar do Vitória. Confessa lá...
      😉

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    2. Só se fosse numa de 'Tiririca - pior que está não fica'! ;)

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    3. Olha que ontem perdemos mas não foi por culpa do Vitória. Muito pelo contrário.

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    4. Quase que compreendo o que dizes, mas vou esperar pelo artigo em que falas do jogo dos Arcos para comentar...

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    5. PP, mas eu não disse que ontem perdemos por causa de RV...até disse que jogámos muito bem na primeira parte.

      E jogámos, tanto na anulação estratégica do jogar do Rio Ave, como na qualidade e critério com bola. Acontece de vez em quando ao Mister Fezadas, como acontece ao relógio parado estar certo duas vezes por dia...ou se quiseres, o cavalo do bom futebol passa à nossa porta com a mesma frequência com que o outro cavalo passa pela porta de certos jogadores do plantel...

      Agora, ao intervalo, o Miguel Cardoso virou o jogo completamente enquanto o nosso Mister...coiso. Nem conseguiu que mantivéssemos o jogar da primeira parte, quanto mais mudar o jogo depois quando foi preciso...essa incapacidade de ler o jogo em andamento e mudá-lo a partir do banco é das mais gritantes do Mister Fezadas, desde que chegou! Faz SEMPRE as mesmas intervenções no jogo, em função só do resultado e independentemente de todo o restante contexto do jogo: troca por troca nos extremos se o jogo está a correr bem; entrada de um médio defensivo se é preciso segurar um bom resultado; e a que mais me desespera e mais uma vez implementou - se estamos a perder e temos que ganhar, é à treinador das distritais nos anos 90, tirar médios e o lateral e 'meter a carne toda no assador' com avançados em barda lá para dentro...neste jogo, isso custou-nos muito provavelmente a eliminação porque depois perante o imponderável da lesão do Luisão, foi ver os dois extremos a laterais, o lateral a central, dois avançados centro a extremos e o jogo num molho de brócolos mais parecido com uma futebolada entre amigos do que com um jogo profissional do Benfica...

      Dir-me-ás que os dois primeiros golos deles são erros individuais e o terceiro azar puro na carambola - não sendo legítimo, por isso, responsabilizar o treinador. Certo, mas em primeiro lugar, não invalida o que digo acima (incapacidade de manter o jogar da 1a parte, de responder às mudanças do Rio Ave, de ler o jogo e melhorá-lo com as substituições). Em segundo lugar, o erro individual de Pizzi só acontece porque o Mister Fezadas o mantém no onze apesar de ser evidente para todo o país a crise drástica de rendimento do Pizzi; o do Cervi também não aconteceria se jogasse o Rafa, o Diogo ou o Zivkovic (embora aqui devo dizer que isento o Cervi de responsabilidades pois simplesmente escorregou)...

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    6. «Em segundo lugar, o erro individual de Pizzi só acontece porque o Mister Fezadas o mantém no onze apesar de ser evidente para todo o país a crise drástica de rendimento do Pizzi; o do Cervi também não aconteceria se jogasse o Rafa, o Diogo ou o Zivkovic (embora aqui devo dizer que isento o Cervi de responsabilidades pois simplesmente escorregou)...»

      Não concordo e nota como te contradizes. O erro individual dos jogadores, ou o brilhantismo individual dos jogadores, são variáveis que o treinador não controla.

      O treinador não controla que o Cervi escorregue. Tal como o Miguel Cardoso não controla que o Cervi vai escorregar.

      Podemos falar de como o treinador influencia os comportamentos da equipa, ou seja o desposicionamento da defesa do Benfica ou a forma como o Rio Ave estava todo prontinho para recuperar aquela bola.

      Serve isto para dizer que Rafa, Zivkovic o Diogo ou até Iniesta, Messi ou Xabi Alonso, não estão imunes a escorregarem e perderem com isso a bola.

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    7. O Miguel Cardoso não virou o jogo nada. Para mim, em termos tácticos fomos muito superiores. As ideias estão todas correctas.

      Houve foi erros dos nossos jogadores, quer com, quer sem bola. Com bola o pior dos erros nem foi tanto a perda de bola do Cervo que originou o golo de empate do Rio Ave. O pior foi tanto este, como o Grimaldo desperdiçarem tantas bolas no ataque quando conseguíamos vantagem numérica. Tinham sempre de dar mais um toque na bola ou mais um finta e dessa maneira perder o tempo certo de passe. Quantos ataques foram abortado dessa forma? Vejam a primeira parte...

      Depois sem bola, o problema de sempre: demasiada contenção. Então o Jardel, minha nossa. Podem não gostar do Lisandro, mas a sua agressividade é muito importante e complementa o estilo de jogo do Luisão e do Jardel. Acredito que este teria encortado o espaço ao Rúben Ribeiro, impedindo-o de rematar. Esse golo tirou-nos do sério, pois foi uma abordagem vergonhosa da nossa defesa. O Luisão fez contenção porque pensava que o Fejsa e o Almeida iam tirar a bola, quando nem se percebeu que o Rúben estava no seu raio de acção e não dos outros. Não deveria ter feito tanta contenção até porque o Jardel estava a proteger a profundidade. Por outro lado, o Jardel ao ver isso também não deveria ter permanecido sempre numa linha recuada. Pode e deve fazê-lo até certo ponto. Depois já não, porque a profundidade passa a ser controlada pelo guarda-redes. Então aí tem de juntar-se ao outro central. Faltou agressividade.

      Aliás para defender com 5 (linha de 4 mais o médio-defensivo) é preciso haver pelo menos 4 jogadores mais agressivos. Nós jogámos com 3 (os dois laterais mais o médio defensivo)...

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    8. Já agora, o Rio Ave não mudou nada em termos tácticos da 1a para a 2a parte. Eles cresceram com o golo do empate. Apenas é só isso.

      Já agora, houve falta sobre o Pizzi no 2o golo deles. Isso é algo que se fosse noutro clube estava a ser bem badalado.

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    9. Leste até ao fim, RB? Eu acabo a dizer precisamente que isento o Cervi de responsabilidade porque simplesmente escorregou...e acima também digo 'certo' ao potencial argumento de que erros individuais nos dois primeiros golos e carambola no terceiro não são legitimamente atribuíveis ao treinador.

      E se reparaste, o essencial da minha argumentação é o que está antes da parte final, que citaste. Sobre isso concordas ou discordas?

      De qualquer forma, voltando aos erros individuais, o Cervi escorregou, mas o Pizzi não...o Pizzi perdeu a enésima bola e deu o enésimo contra-ataque ao adversário, nesta época. E que eu saiba a decisão de manter o Pizzi no onze, mesmo depois de tantas exibições miseráveis e até de ter alegadamente mandado o treinador para o crlh, é desse mesmo treinador...

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    10. Li tudo, daí falar da tua contradição. O argumento que usas para justificar a saída do Pizzi é ilógico porque nenhum jogador está imune a isso. Se falasses de uma série de decisões questionáveis do Pizzi aí sim, falar disso no contexto do golo não faz sentido.

      PP, fiquei com essa impressão, mas ao ver uma repetição do lance dá para ver que é um corte limpo. É tão falta esse lance como o não-penalti do Varela.

      Não sei se foi o Rio Ave que cresceu ou nós que abalámos. Ao contrário do que dizes, na primeira parte a construção foi boa, como quase tudo de resto, e falhámos na concretização. O Cervi, que já vi pela blogosfera muito elogiado, falhou decisão atrás de decisão na frente. Uma espécie de Rafa. É daqueles jogos em que se calhar tinha trocado o Argentino pelo Diogo ao intervalo.

      Defensivamente no primeiro golo, há a escorregadela do Cervi, mas acima de tudo há uma defesa em modo "cada um por si" e um Guarda-Redes com uma noção de posicionamento que ainda vinha no túnel de acesso. E que se contamina a julgar pela última exibição do Svilar...

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    11. O Geraldes toca na bola mas para o fazer atropela depois o Pizzi. Tocar primeiro na bola só é aplicável quando a bola não está em posse de um jogador, ou seja, bola jogável para ambos. Neste caso, o Geraldes para tocar na bola tem que atropelar por trás o Pizzi.

      O Veríssimo fartou-se de marcar faltas do Almeida ao Ribeiro exactamente pelo mesmo motivo e não teve contemplações em marcar falta contra o Benfica.

      É lamentável que poucos adeptos falem disso, mas para atirarem-se ao Vitória já são rápidos...

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    12. RB, na questão do Cervi dou-te razão: estiquei um bocado a corda, tal é o pó que já tenho ao Mister Fezadas...

      Agora na questão do Pizzi, acho que há aqui um equívoco qualquer de comunicação. Eu digo que aquela foi só a enésima perda de bola do Pizzi, que está numa crise de rendimento drástica nesta época, não falo só sequer deste jogo, quanto mais só do lance do golo. Claro que crise de rendimento de um jogador de futebol implica 'uma série de decisões questionáveis', tendo em conta a importância da tomada de decisão no rendimento do jogador...o que eu digo é simplesmente que o Pizzi (que eu adoro, como sabes) desta época devia estar no banco - e se tivesse no banco, penso ser seguro afirmar que não perderia aquela bola ;)

      PP, aquilo não é falta...ele não empurra, não agarra, não rasteira. O Pizzi é que estava pouco vigilante do espaço à sua volta e foi surpreendido...agora, se me disseres que em Portugal marca-se quase sempre falta em lances daqueles, concordo...talvez tenha sido verdade que ao contrário marcou muitas 'faltas' iguais àquela - não me recordo com esse pormenor, mas que houve muita dualidade de critérios nas 'pequenas coisas', houve...só que nem uma coisa nem outra fazem com que aquilo seja falta.

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    13. BP, aquilo é falta. O Geraldes tenta antecipar-se, mas ao colocar a perna à frente e tocar na bola acaba por bloquear as pernas do Pizzi. É falta.

      Tu ultimamente, andas a implicar muito com o Pizzi e com o "Fezadas"??? Acho muito incorrecto essa tua postura. Até porque não estás a ver o trabalho que o Rui Vitória e a sua equipa técnica estão a fazer de bom neste novo sistema de jogo.

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    14. Quanto ao resto, PP, eu acho que na primeira parte estivemos muito bem na construção e criação, só pecámos mesmo na finalização/preparação da finalização. Curiosa e ironicamente, é o que o RV disse de muitos jogos desta época em que fomos indigentes na construção e criação, mas ele só viu falta de eficácia na finalização...

      Depois, é verdade que o Rio Ave cresceu com o golo e que, tendo este sido mesmo a abrir a segunda parte, isso pode enviesar a análise da 2a parte versus a 1a. Mas caramba, na primeira parte tiveste um jogo quase de sentido único (um jogo à Benfica, portanto :)), na segunda um jogo muito mais dividido e equilibrado. Achas que uma diferença tão grande se explica só pelo efeito psíquico do golo em ambas as equipas??

      Finalmente, registo o silêncio sobre a intervenção de RV no jogo com as substituições - a fórmula distritais dos anos 90, repetida tantas vezes quantas as que foi preciso virar um resultado...

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    15. Sim. Quando tens uma equipa que está à procura de um equilíbrio que permita ter um certo grau de confiança nos momentos de jogo em que não tenhas o controlo da posse de bola, um erro pode desequilibrar emocionalmente a equipa.

      Há muitos jogadores a cometerem erros simples, por não jogarem simples. Basta olharmos para a quantidade de passes errados destes 4 jogadores: Grimaldo, Cervi, Krovinovic (sim fez muitos passes errados) e o Pizzi. Destes 4 desculpo o croata. Dos restantes 3 já não. Então o Grimaldo, começo a achar que a venda dele será benéfica para o Benfica. Mastiga e estraga muito jogo ofensivo por querer dar mais um toque ou uma finta. Faço a mesma crítica ao Cervi, contudo, este tem a vantagem de jogar mais à frente e nessa posição aceitar que arrisque mais. Sobra depois o Pizzi, que está ainda com o "chip" de jogar apenas ele e o Fejsa. O querer transportar quase sempre a bola é disso sintomático. É preciso alertá-lo para isso.

      Continuo a dizer como já tive oportunidade de falar: é preciso que o trio Fejsa-Pizzi-Krovinovic troquem mais vezes a bola entre eles, quando a equipa precisa de respirar.

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    16. Até concordo, até certo ponto, com o que dizes do Grimaldo, mas entre o deve e o haver, o balanço é muitíssimo positivo - na minha opinião. Sobretudo face às limitações de grande parte da defesa na saída com bola, acho que o Grimaldo e o Rúben Dias são fundamentais por serem os únicos que estão confortáveis com a bola no pé. Isso, como se viu à saciedade no início desta época, antes de Rúben entrar no onze, é fundamental numa equipa grande.

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    17. BP, sinceramente, já o pensei mais. Pode ser um mau momento de forma do espanhol, mas acho que está a render muito pouco para o potencial que parece ter. E, não tem nada a ver com o Rui Vitória, como muita gente anda a dizer. Aliás, este modelo e habituais titulares com que joga actualmente só o benefícia.

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