Ora bem! Como é que ele conseguiu mudar tanta coisa em dois dias?!?! É que mudou sistema táctico e modelo de jogo! Finalmente levantou-se a excomunhão do corredor central...que diferença na primeira e segunda fase de construção. Saída a 2 com Pizzi e Fejsa mais altos, a dar linhas de passe entre linhas já no segundo espaço, construção apoiada por dentro do bloco, obrigando o Rio Ave a ajustar e assim abrindo espaço nos corredores laterais para a fase de criação; muito maior imprevisibilidade e alternância nas dinâmicas dentro/fora e jogo curto e apoiado/ataque à profundidade; muito mais presença na área...
O ataque posicional já está bem melhor, o quarto golo foi um tratado de transição ofensiva...falta melhorar o desastre Fezadas nos momentos defensivos - organização e transição. Mas em dois dias, tantas melhorias foi quase miraculoso!
Agora, se me permites, alguns "afinais" que não resisto a fazer, face aos nossos debates aqui nos últimos tempos:
- afinal o João Félix está preparadíssimo para o onze
- afinal o João Félix é mesmo 'jogador de corredor central"
- três anos e meio era pouco tempo para o Mister Fezadas pôr a equipa a jogar futebol de equipa grande, com jogo interior e ligações por dentro do bloco adversário, mas afinal dois dias chegaram para o Bruno Lage pôr o Benfica a jogar assim
- afinal o Rúben Dias sabe sair em progressão com bola no pé e arriscar passes verticais que queimam linhas
- afinal o Fejsa pode contar nos momentos ofensivos e contribuir para dar linhas de passe entre linhas e ligar o jogo ofensivo da equipa por dentro
- afinal o treino acaba por ser o mais importante...
Primeiro que tudo, não é com 2 treinos que fazes o quer que seja em termos de organização ofensiva, sobretudo, essas loas que apontas.
Segundo, como explicarias os primeiros 20 minutos, em que o João Félix era o ponta-de-lança e o Seferovic é que fazia a ligação?
Terceiro, a saída de bola fazia-se com o Pizzi e Fejsa, é verdade, mas depois o primeiro tinha de arriscar no passe longo. Raramente saíram em progressão e em jogo curto, até porque a agressividade do Rio Ave foi excelente.
É tudo 8 ou 80 convosco. Nem tudo estava mal com o Vitória, tal como o Bruno Lage falou. Foi graças ao trabalho que o Rui teve nos últimos três anos e meio, que permitiu ao Bruno em apenas 2 treinos reconquistar a Luz.
«- afinal o Fejsa pode contar nos momentos ofensivos e contribuir para dar linhas de passe entre linhas e ligar o jogo ofensivo da equipa por dentro»
Não tenho tempo, agora para tudo, mas BP isto é tão falso como RV ser o homem indicado para o Benfica! É urgente o Benfica arranjar alguém que, aproximando-se do que Fejsa dá defensivamente, possa acrescentar o que o Benfica precisa ofensivamente.
Ora RB, agora o debate começa a ficar interessante. Tenham atenção, porque deverei terminar hoje a minha rúbrica ao jogo de ontem e um dos pontos que falo está precisamente a meio-campo.
RB, sabes bem que eu também acho que o Fejsa é um a menos com bola e que eu também sempre critiquei isso - acho até que fui o primeiro aqui da nossa tertúlia encarnada virtual a sugerir recuar um 8 melhor com bola para aquela posição 6 (na altura do 433) - no caso falei do Gabriel, ou até Gedson.
Mas a verdade é que o BL ontem deu um papel diferente ao Fejsa (pudera, foi um 442 clássico) no início da nossa construção e resultou melhor para o processo de ataque posicional do que o papel que RV reservava a Fejsa nesse momento. Pelo menos era uma linha de passe já dentro do bloco do Rio Ave, nas costas da primeira linha defensiva deles, a juntar à do Pizzi, no mesmo segundo espaço. O que nos permitiu construir mais por dentro e assim desorganizar mais o bloco do Rio Ave, levando-nos a conquistar mais espaços, dentro ou fora, para progredir para a criação e finalização. Apesar das limitações técnicas de Fejsa com bola.
O Fejsa é menos um com bola porque tem de fazer o trabalho defensivo dos que não fazem tão bem, como por exemplo, o Jonas, o Cervi, o Gedson, o Pizzi, o Grimaldo, o Salvio e o André Almeida.
Esse deficit de trabalho defensivo de qualidade por parte destes jogadores (não falo apenas de entrega e corrida, mas falo de aspectos qualitativos, como por exemplo, reacção imediata à perda, adopção dos melhores posicionamentos, retirar linhas de passe ao adversário, coberturas defensivas eficazes e eficientes, etc) foi o motivo principal para a passagem do 4-4-2 para o 4-3-3 na época passada depois de termos apanhado 5 do Basileia.
Ao contrário de ti, não tiraria o Fejsa do onze, mas tiraria um dos extremos, ou um dos laterais, para que o Pizzi regressasse a uma ala, funcionando como interior/ala ao mesmo tempo, reforçando o corredor central com um jogador com a estampa física de um Gabriel, que a meu ver é mais inteligente tacticamente que o Gedson e o Alfa. Do ponto de vista físico e de futuro, o melhor seria o Alfa, tem muito futebol.
PP, as minhas "loas" são: primeiro, só sobre o momento de organização ofensiva; segundo, são relativas, não absolutas. Relativas porque versus o nosso ataque posicional dos últimos largos meses. Eu aí vi mudanças francas, e para francamente melhor. Agora, claro que em termos absolutos, mesmo em ataque posicional podemos melhorar ainda muito mais, e cheira-me que vamos mesmo melhorar muito mais se ele se mantiver.
Na transição ofensiva, elogiei o lance do quarto golo, mas é o momento em que éramos, apesar de tudo, melhores com RV, e por isso não posso dizer que ontem vi grandes melhorias relativas nesse momento. Já agora, nos dois momentos defensivos (transição e organização) o RV deixou um legado pesadíssimo, que naturalmente ainda se manifestou ontem em todo o seu esplendor negro. Muuuito trabalho pela frente para o BL nessas duas fases...
Mas, tu não tiveste controlo de jogo absoluto para poderes dizer que jogámos em ataque posicional. Repara no primeiro golo do Benfica: é de uma transição. O mesmo para o segundo. O terceiro nem tanto, mas o 4º é outro de transição pura.
O tempo acabará por dar-me razão, porque penso que ainda iremos sofrer muito ao longo desta temporada em termos de transições defensivas. Isto está claro, se não resolverem esses problemas. Para mim, boa parte desses problemas advêm das características da maioria dos jogadores, relativamente ao trabalho defensivo. Nem é uma questão de não quererem ou terem vontade. É simplesmente não ter jeitinho nenhum.
Também é óbvio que precisam de outro nível de exigência para apertarem-lhes as orelhas, mas a meu ver, há demasiada imaturidade. Há muitos que só terão nível para um Benfica europeu lá para os 28 ou 29 anos, depois de cometerem muitos erros. Falta-lhes aquelas qualidades intrínsecas que os permitem aprender mais rapidamente e sem muito treino personalizado.
O Bruno Lage, nem sequer vai ter grande tempo, pois daqui a uma semana, pelo que percebi hoje, vamos ter novo treinador... enfim! Vai ser ano zero...
É bem verdade tudo o que dizes do momento defensivo e até subscrevo os nomes. Mas acho que também é muito falta de treino de qualidade nos últimos três anos e meio. Afinal de contas, não é nos momentos defensivos que o treinador mais interfere?
Não sei se daqui a uma semana vamos ter novo treinador. Até porque já tinha sido mais ou menos anunciado para hoje...mas não só por isso: das palavras do presidente, partindo do pressuposto que se cumprem, não se retira necessariamente que vamos ter novo treinador para já. A notícia para a semana, a confirmar-se, pode tanto ser essa como ser que o novo treinador só vem no final desta época (muito poucos dos que se falam quererão vir agora...) e que até lá o Bruno Lage é o treinador. Neste momento, sinceramente era o que eu preferia.
Mas sim, de uma forma ou de outra, o mais provável é este ser o ano zero, mesmo :-( tivesse o RV sido despedido há um ano ou, no máximo, no final da época passada, e outro galo cantaria agora, com o plantel que temos e a falta de qualidade de jogo dos frutistas...
Não acho que seja falta de treino de qualidade. Se o fosse, então o Rui Vitória não conseguiria aplicar aquela defesa de ferro na segunda volta da época 205-2016 que fez com que o Benfica fosse campeão e merecesse os elogios de Pep Guardiola.
Aqui tem a ver com a qualidade dos jogadores numa e noutra equipa. Aliás, é mais o estado de maturação da qualidade dos jogadores. Actualmente, temos um leque muito maior de jogadores imaturos do ponto de vista da leitura de jogo.
O Lage pouco ou nenhum tempo teve para treinar como bem lhe apetecia. Ele pegou naquilo que os jogadores estavam mais identificados. E, mais, não jogou Jonas.
A pior coisa para o Benfica era adiar a decisão do treinador por muito mais tempo. O próprio Lage está a fazer um excelente trabalho na equipa B, por isso se é para apostar que seja nele e sem essa de ser apenas até final da época. Para mim, seria até ele começar a perder e não atingir os resultados.
Eh pá, esse elogio do Guardiola foi merecido para aquele jogo na Alemanha, com o Samaris a central (...), em que realmente defendemos muito bem. Mas esse jogo foi: primeiro, na primeira época de RV, que foi a menos má de todas - daí para cá, cada época foi pior que a anterior; segundo, foi a excepção que confirma a regra de era RV. E a regra na era RV foi que qualquer equipa pequena de Portugal ou da Europa criava oportunidades de golo aos magotes contra nós, e muitas nos marcavam aos dois e três golos, muitas vezes de rajada, muitas vezes na Luz! RV há-de ficar para sempre como o treinador com quem o Portimonense parecia a Juventus, o Chaves o Barcelona, o Tondela o Borussia de Dortmund...
O Samaris jogou a central, mas não foi contra o Bayern...
O que eu quis dizer é que na primeira época tinhas jogadores com outro tipo de maturidade competitiva e de lá para cá esse nível tem vindo a baixar drasticamente, por causa da renovação do plantel.
Fui ver e...tens razão! Ia jurar que foi naquele jogo contra o Bayern lá que ele jogou a central, mas não foi. My bad.
De qualquer forma, não muda nada do meu argumento: embora possa admitir algum peso do que tu falas, a falta de qualidade, exigência e rigor nos treinos foi, sempre, a principal razão. Até porque já tivemos muitas vezes planteis com muitos jogadores menos maduros, e nunca levámos tantos banhos de bola nem derrotas claras contra equipas pequenas. Isto para não falar no número de oportunidades de golo concedidas contra essas equipas pequenas, que deve ser a média mais alta da história do clube...
BP, tens de entender que não podes exigir o mesmo a um João Félix nos treinos que a um Messi, por exemplo. Existe todo um enquadramento por detrás que tem de ser devidamente bem adaptado.
Enquanto com um Messi ou jogadores mais experientes podes partir de um nível acima, com miúdos como o Félix não. Repara que os banhos de bola tem surgido cada vez que o núcleo base da equipa se está a desfazer.
PP tu teimas que o único factor de culpa é a renovação do plantel. Mas nem o plantel é assim tão renovado como tu, nem essa renovação é tão brusca como tu dás a entender.
O exemplo Samaris é um bom exemplo. A fazer fé no que tu dizes, o Samaris esteve nos últimos 3,5 anos na curva descendente da carreira, como um Luisão ou um Júlio César? Quer dizer, nós sabemos que esteve, a questão é se seria expectável que estivesse.
Poderíamos também falar do aproveitamento do Jiménez, que tanta porrada levou de mim e do BP aqui nos primeiros tempos. Será que tudo o que ele tinha a dar era aquele triste papel de lobo solitário que lhe foi destinado o ano passado?
Tanto nos criticaste por pedirmos o ano passado o João Carvalho, mas fez sentido a utilização do Filipe Augusto no lugar do puto, numa óptica de dar maturidade competitiva a um activo jovem?
E como é que os menos rodados vão adquirir essa maturidade competitiva? É como o RV dizia "o Seferovic teve uma oportunidade e aproveitou-a, o Ferreyra tem de se mostrar para ser opção" [adaptação, não citação] e depois o Ferreyra nem da bancada sai?
Caríssimo, todos os processos de transição implicam cedências, mas há uma coisa chamada "Gestão da mudança" que nos ajuda a minimizar esse impacto. RV não foi o único culpado, certamente, mas há coisas que tem culpas imensas no cartório, porque a rotação do plantel não é de todo o principal factor para a quebra assombrosa que o Benfica teve em 3 anos.
«Não acho que seja falta de treino de qualidade. Se o fosse, então o Rui Vitória não conseguiria aplicar aquela defesa de ferro na segunda volta da época 205-2016 que fez com que o Benfica fosse campeão e merecesse os elogios de Pep Guardiola.»
Continuamos, sempre que é preciso demonstrar qualidade defensiva, a ir buscar o que RV adaptou no primeiro ano, quando os jogadores ainda tinham fresquinho na cabeça outros treinos e outras rotinas.
E para falar do que é essa defesa de sonho herdeira de Sacchi e elogiada por Guardiola, é só irmos ver como estava essa defesa de ferro quando RV queria aplicar a sua versão do que devia ser o Benfica no início dessa época.
Não disse que «único factor de culpa é a renovação do plantel».
O Samaris é o melhor exemplo de como também não se tem aproveitado muito bem o plantel. Já aqui critiquei que temos opções a mais.
Quanto ao Raúl estou convicto que ele seria a chave de sucesso para o P3N7A, caso o Vitória tivesse apostado nele em vez do Cervi a partir de certo momento. Isto porque com mais tempo de jogo, os restantes companheiros entrosariam melhor com a sua forma de jogar. Ele ganhava peso na equipa e depois quando o Jonas se lesionou estariam todos mais bem preparados para essa ausência.
O Joãozinho provou que não estava ainda preparado. O contexto não foi o melhor, mas ele também não estava preparado. Foram vários jogos em que ele não respondeu afirmativamente e que precisávamos de uma resposta em campo (por exemplo em Belém, na época passada).
O Filipe Augusto não era tão mau como pintavam. Poderia ter sido melhor aproveitado, mas também é bem verdade que não aguentou a pressão. Gostava das características dele, pois penso que nos faz falta um esquerdino a meio-campo.
Os menos rodados vão adquirir maior maturidade competitiva se em vez de termos 28 jogadores, tivermos 23 atletas por plantel.
O Ferreyra foi o primeiro a ter oportunidade, mas jogando apenas um avançado e com 3 no banco, não se poderia estar à espera que ele rendesse ad eterno. Apostou-se depois em Castillo e rendeu. Depois em Jonas e rendeu. Agora em Seferovic e está a render.
«o que RV adaptou no primeiro ano, quando os jogadores ainda tinham fresquinho na cabeça outros treinos e outras rotinas»
Se tivessem bem fresquinho, não teríamos tido aquela entrada na época medonha!
O Benfica com o Jesus defendia muito diferente do Benfica com o Rui Vitória da primeira época. Ele levou cerca de 3 a 5 meses para a equipa defender como ele queria e, repara no pormenor, com jogadores já maduros na equipa (Júlio César, Luisão/Jardel, Eliseu, Fejsa, Pizzi, Gaitán e Mitroglou).
A defesa de ferro só se construiu quando entrou o Lindelöf para o lugar do Luisão, para além do Semedo e do Ederson que entretanto substituiu o Júlio César. Estamos a falar de cerca de 60% da defesa do Jorge Jesus, portanto, isso é uma daquelas falácias...
Agora, se disseres que ele tinha jogadores mais à frente que permitiam outro tipo de ajuda à defesa quer com e sem bola, como por exemplo o Gaitán, o Mitroglou, o Pizzi na ala direita, isso concordo. Agora tens outros jogadores que não têm a mesma maturidade. Tão simples quanto isso.
Começando pelo fim, sim tens razão, com JJ defendíamos com poucos atrás, portanto todos tinham de fazer a sua parte. RV conseguiu pôr o Benfica a defender com muitos, mas só quando lá estavam todos. Uma espécie de Simeone 50 metros mais atrás e em mau. E mais do que sair Luisão, sair Lisandro. Não sejas injusto para com o Argentino! Se não fosse a frescura queria ver como o RV os orientava quando decidiu "retomar" o 442... Havia de ter sido bonito havia!
Se esquecermos que Castillo e Ferreyra se lesionaram, e que RV queria mostrar à viva força que não precisava de Jonas para nada, sim Seferovic teve a sua oportunidade. E depois à boa maneira Vitoriana é estoirar com o titular até não poder mais.
Está por aí nos comentários o que acho que FA poderia ter dado, o que a acontecer seria noutra posição que não aquela. E se falo no que FA não deu é porque não se pode dizer que JC não aproveitou as chances e FA demonstrou merecer muito mais os minutos. É como Ziv/Rafa na direita. Quando se sabe por decreto que o merdas que lá está joga, esteja bem ou mal, a motivação é outra.
«Quanto ao Raúl estou convicto que ele seria a chave de sucesso para o P3N7A, caso o Vitória tivesse apostado nele em vez do Cervi a partir de certo momento.» Já discutimos isto, estamos de acordo.
«Isto porque com mais tempo de jogo, os restantes companheiros entrosariam melhor com a sua forma de jogar. Ele ganhava peso na equipa e depois quando o Jonas se lesionou estariam todos mais bem preparados para essa ausência.» Discordo. Ironicamente o jogo em que a equipa está mais entrosada é aquele em que ele nem era para ter sido titular. A partir daí é sempre para baixo. Imagina só que se treinava em vez de descansar, o que poderia ter sido aquele jogo com o Porto se a equipa aproveitasse Jiménez e Seferovic?
Vi o jogo com atenção até ali ao minuto 60, depois fui vendo.
Gostei da equipa a atacar, não gostei a defender. Reacção à perda ainda está em níveis vitorianos. Não gostei do Fejsa por aí além, acho que precisamos de outras características. Se for para treinar a sério é ver o que o Samaris pode dar a central, porque acho que a dupla Gabriel/Gedson tem mais potencial para jogar no meio. Precisamos de um LD urgentemente que o Almeida está a acusar a falta de concorrência e se o Sálvio sair depressa pode ser que o Cervi não se perca. Que desperdício renovar-se contrato... Pizzi e Krov, é pensar nisso!
Félix melhor em campo, mas tinha tirado Seferovic por Ferreyra, ou lançado Castillo para o lugar do Félix.
Vlachodimos teve a pior exibição desde que chegou à Luz. O melhor reforço seria mesmo um treinador de GR de topo.
A defesa encarnada em 2015/2016 melhorou imenso com a lesão do Luisão e a entrada de Lisandro. Continuou essa melhoria porque o Lindelöf pegou de estaca após a lesão do argentino.
Antes só defendiamos bem em jogos como frente ao Atlético de Madrid, com duas linhas de 4. Depois, já conseguíamos defender a 60 metros da nossa área. Esse foi a grande mais valia para o TRI.
Percebo o que escreves do Ziv e do Rafa, mas também tens de concordar que estes dois ainda não atingiram uma regularidade exibicional que lhes permita ganharem definitivamente a titularidade. Depois, ambos são bem diferentes sem bola do que o Salvio. E, talvez esteja aí a grande diferença. Não é à toa que o Bruno Lage aposta no Salvio ainda sem ritmo de jogo e não num Zivkovic... (bem aqui também há uma questão tática pois não queria que o Zivkovic afunilasse para o centro do terreno, deixando essa zona para o João Félix e o Seferovic...)
Jiménez: estás a falar no jogo do Bonfim? Em que é ele que resolve o jogo para nós? Se sim, então estás a cair no erro de leitura comum: o de avaliar segundo o resultado. Nesse jogo, o Raúl transforma um cruzamento a fugir em golo. Ou seja, transforma uma azelhice em jogo. Não houve fio entre a restante equipa e ele a não ser esse lance.
A imagem do blogue está um espectáculo não está?! Velhinha Luz, pantera negra, braçadeira de capitão, olhar para o relvado instrospetivo, barba à guerreiro...
«Se for para treinar a sério é ver o que o Samaris pode dar a central» acrescentaria o Alfa Semedo, formando cada um destes uma dupla com os outros dois centrais de raiz: Jardel e Rúben Dias. A 5ª opção seria o Ferro da equipa B.
A intenção seria melhorar drasticamente o comportamento da nossa defesa com bola, melhorando a saída na 1ª fase de construção.
Por exemplo, no último jogo conforme o BP apontou e bem, o Fejsa e o Pizzi desceram muito para pegar no jogo. Isso foi bom, mas penso que é desnecessário, porque depois perdemos homens para fixar o ataque posicional. Se tivermos defesas que estejam confortáveis com a bola nos pés e que tenham outra técnica para gerir pressões dos adversários, ganhamos mais um jogador que o adversário (temos um 2 em 1).
Sem bola, e sobretudo, quando temos que fazer uma transição defensiva do campo do adversário para o nosso, ter um médio como defesa central pode ser útil, pois na prática ele tenderá a ficar mais próximo do médio que é colega, ficando nesse primeiro momento o central de raiz mais atrás e a definir a linha de fora-de-jogo. Com dois centrais de raiz a tendência é para ambos definirem a linha com dois pontos paralelos... inútil naquele momento imediatamente seguinte à perda de bola (os tal intervalo de 5 segundos após a perda de bola).
Pessoalmente, penso que o Jardel não aguenta 3 jogos por semana. O Rúben Dias pelas quebras de concentração que tem por vezes no jogo, apesar de ter estofo para aguentar, esgota-se rapidamente por não saber controlar o esforço. O ideal é irem rodando com os jogos da taça e nos jogos mais importantes, dependendo da estratégia (defender mais atrás ou mais à frente) optar ou não por dois defesas de central de raiz ou dois defesas centrais adaptados.
É radical, mas é por aqui que se está a inovar no futebol. Basta olharmos para os perfis de centrais das grandes equipas (City, por exemplo).
«Vlachodimos teve a pior exibição desde que chegou à Luz. O melhor reforço seria mesmo um treinador de GR de topo.» Gostava que o grego tivesse um treinador para o jogo de pés. Aliás, esse deveria ser a matriz até mesmo para os guarda-redes de formação. Também é por aí que o futebol vai evoluir.
«(...) porque acho que a dupla Gabriel/Gedson tem mais potencial para jogar no meio.» No curto prazo, apostava forte no Gabriel. É o jogador que menos trabalho daria a adaptar ao meio-campo, sendo o melhor apoio para o Fejsa. Tem intensidade, com bola poderá fugir para o lado esquerdo, deixando espaço para o Pizzi e acabando por compensar melhor as perdas de Grimaldo e Cervi (ou Zivkovic que também perde muitas bolas).
«Precisamos de um LD urgentemente que o Almeida está a acusar a falta de concorrência e se o Sálvio sair depressa pode ser que o Cervi não se perca. Que desperdício renovar-se contrato...» Eu acho que o Salvio pode ser a solução para a lateral direita já este ano.
Não se justifica termos o Corchia no plantel para o que ele joga, ou poderá vir a jogar. Tendo em conta o 4-4-2 e a renovação do contrato do Salvio, eu utilizaria esta época para ele fazer a transição para lateral direito e ir ainda a tempo de ser um lateral de top mundial para nós e para a selecção argentina.
Outra opção para esta posição seria retornar de empréstimo o Diogo Gonçalves, também ele uma adaptação à lateral direita. No entanto, precisamos de experiência e deixava ele manter-se no estrangeiro, mas na próxima época regressaria para essa posição. Quem sairia? O André Almeida para o centro da defesa (para a tal vaga de defesa central construtor), colmatando a possível saída de Samaris ou a subida de Alfa para o meio-campo (tem um potencial enorme este tipo se lhe derem oportunidade).
«(...) Pizzi e Krov, é pensar nisso!» O Pizzi pode jogar em quatro posições, mas penso que ele rende mais em duas: médio-centro ofensivo e médio-interior/ala direito. O Krovinovic é idêntico, embora, ele prefira jogar mais como médio-interior/ala esquerdo, mas pode jogar ainda como médio-ofensivo puro (#10) num modelo de 4-2-3-1 (uma variante do 4-4-2).
Com Fejsa, Gabriel e Gedson reservados para o meio-campo, falta-nos pelo menos mais um para a competitividade que pode muito bem ser do Krovinovic e do Pizzi, ou até mesmo do Zivkovic.
Vejo ainda o croata a dar luta na posição de Jonas e Félix, como opção mais conservadora para aqueles jogos em que precisamos que o meio-campo seja mais compacto.
«Félix melhor em campo, mas tinha tirado Seferovic por Ferreyra, ou lançado Castillo para o lugar do Félix.» Concordo, com o que escreveste do Seferovic. Quem teria lançado para o lugar do Félix era o Krovinovic por aquilo que escrevi acima.
«A defesa encarnada em 2015/2016 melhorou imenso com a lesão do Luisão e a entrada de Lisandro.» - Continuas a querer ver coisas que não estão lá. Mais, não percebo como para ti o Conti não conta e continuas a defender um dos melhores criativos adversários que passaram pelo nosso plantel nos últimos 10 ou 15 anos!
«Percebo o que escreves do Ziv e do Rafa, mas também tens de concordar que estes dois ainda não atingiram uma regularidade exibicional que lhes permita ganharem definitivamente a titularidade.» Enquanto Sálvio tiver o direito sagrado a fazer 75 a 85 minutos como os miseráveis que fez contra o Rio Ave, nunca atingirão. Quando se começar a cobrar a Sálvio a merda (que não consigo definir de outra forma) que faz e se colocarem os jogadores em pé de igualdade, então falamos. Sálvio esteve mal com e sem bola. E tem estado sempre que chamado a jogar desde o início da época. O número de golos que sofremos e que são construídos pelo flanco direito não podem ser só assacados ao AA, e a frequência baixa significativamente quando Sálvio não está. Se pode render mais a DD? Neste momento duvido, mas como até fui dos proponentes dessa opção para aproveitar o jogador, estou aberto a ver como evolui. A outra alternativa é como segundo avançado, mas quer Jonas lesionado como Seferovic ou Félix dão muito mais que ele nessa posição.
Sobre o Jiménez não falo de um jogo, falo do envolvimento entre ele e a equipa ao longo de 3/4 jogos. Se achaste que esteve desligado no Bonfim, quão ligado esteve na Luz frente ao Porto? O que eu falo é de como a relação entre ele e a equipa muda ao longo de uma série de jogos, não tem a ver com toques ou golos. Basta ver o "não toque" do Félix no primeiro golo para perceber que "entendimento" ou "entrosamento" não querem dizer necessariamente toques na bola.
Alfa tem um problema. Não acredito que dê central e o tipo de médio que pode dar está tapadíssimo. Ou uma temporada na B ou empréstimo, mas até que ponto isso é adiar uma carreira? Pessoalmente já tive mais esperanças, pode ser que com um treinador a sério ele se faça.
Jardel para mim tem um problema disciplinar. Não lhe perdoo a forma como se retirou de 3 jogos esta época. Enquanto não pedir desculpas por isso, para mim está na bancada... Tirando isso para mim os centrais neste momento eram Samaris/Conti com bola, Ruben/Jardel sem ela (grosso modo).
Fejsa e Pizzi têm uma boa leitura, mas no caso do primeiro a questão física também já se começa a colocar e é só por isso que a incapacidade dele com bola tem sido mais tópico de conversa nos últimos tempos. A solução para mim passaria mesmo pelo meio com Gedson e Gabriel que podem alternar. Isso também abriria espaço para a integração do Alfa Sem/Mete-medo como opção nesse meio campo. que mesmo assim teria 6 (4+2) opções, sendo que eu se calhar metia Pizzi/Krov mais descaídos para a direita.
«No curto prazo, apostava forte no Gabriel. É o jogador que menos trabalho daria a adaptar ao meio-campo, sendo o melhor apoio para o Fejsa.» Só não concordo porque acho que é o que mais facilmente pode ser trabalhado para fazer de Fejsa, algo que a equipa precisa desesperadamente. Quase mais do que substituto para o Grimaldo e concorrência para o AA! Entre Alfa e Samaris, o grego está mais perto, mas não serve, Gedson acho que é mais útil mais à frente e não tem ainda a maturidade, pelo que sobra mesmo o Brasileiro.
Gosto muito da ideia de Pizzi e Krov alternarem numa ala. Dar-nos-ia um "extremo" mais puro e outro mais comedido. Rafa, Ziv podem jogar de bem a muito bem nas duas alas; Cervi pode ser trabalhado para jogar na esquerda ou no centro e isso dá uma flexibilidade interessante ao plantel. E nem estou a falar da possibilidade de, no decorrer de uma partida, o Félix poder descair numa ala (esq preferencialmente) para flectir para dentro!
Penso que Krov deveria começar a ganhar tempo no lugar do Pizzi. Era melhor para os dois e para o clube por arrasto. Não deveríamos confundir aquilo que achamos com o que queremos, mas correndo o risco de o fazer, acho que o lugar destinado a Pizzi e Krov se toca imenso e a estrutura vê-os como concorrentes. Já numa lógica de dois avançados, quer Castillo quer Ferreyra precisam de minutos para se ver o que podem dar e para perceberem o que têm de dar.
O Lisandro em 2015/2016 estabilizou a defesa com o Jardel. Isso é inegável. Também é inegável que ele nunca teve a série de jogos seguidos que por exemplo, o Rúben e o Lindelöf tiveram.
O Salvio está actualmente sem ritmo. Mas, para o Bruno Lage, o Rui Vitória, mas também o Jesus preferirem apostar nele é porque algo se passa nos treinos, não achas? Não é só imposição da direcção... A frequência de golos baixa quando Salvio não está? Só aceito isso com números, tens?
Essa do Raúl e do Félix... epá. Que raio de comparação. Estás a comparar um jogador que explora o espaço nas costas da defesa e que adora ter mobilidade, com um que gosta de bola no pé e de estar envolvido na criação?! E, depois, para comparares bem, terias que colocar o Félix a jogar sozinho no ataque... queria ver se a diferença era assim tanta. Pois, a grande diferença está nos restantes jogadores de equipa. Por isso é que o Raúl está a render em Inglaterra num campeonato muito mais competitivo que o nosso.
O Alfa Semedo só não vira um excelente jogador no Benfica devido a muitos mitos criados nas cabecinhas de adeptos e técnicos que pensam que apenas a questão técnica é importante. Ficam tão obcecados com isso que associam rapidamente a técnica a qualquer miúdo com 1,70m de altura e o rótulo de jogador físico aqueles que têm 1,90m. O Alfa é daqueles jogadores que com o treinador certo, faz-se jogador de classe mundial. Ele tem feito os jogos das taças e se numa semana ele jogou mal, duas semanas depois jogou muito e com um adversário de maior nível de dificuldade. Durante essas duas semanas, não jogou. Isto acontece porque ele percebeu a que nível físico estava e trabalhou para aguentar melhor.
O Conti não tem mentalidade para o nível do Benfica. Desiludiu-me imenso e para aquilo que falta do campeonato só se até ao final de janeiro ou o Rúben ou o Jardel se lesionassem com gravidade e, mesmo assim, temos o Ferro na B.
Pizzi para a direita e Krovinovic para #10, transformando o 4-4-2 em 4-2-3-1. Outra opção será apostar no Krovinovic para o lugar do Gabriel (#8), mas isso só muito pontualmente. A posição #6 é do Fejsa e a espaços será do Gabriel. O Gedson será a primeira opção para #8 a seguir ao Gabriel (a última e mais ofensiva seria a de Krovinovic). O pouco jogo com bola do Fejsa não se prende com o facto dele não aguentar fisicamente. Prende-se com o facto de aceitarem que Pizzi, Salvio, Cervi e outros não defendem bem e portanto, é preciso manter o sérvio cá atrás.
O Gabriel só poderá depois fazer de Fejsa se jogar com regularidade. Não é através de substituição directa que ele vai conseguir agarrar o lugar, até porque o Gabriel apesar do tamanho é um jogador ofensivo. O próprio Gedson também fazia-lhe bem jogar naquela posição de #6 para saber dosear o esforço e entender melhor o jogo.
O Lisandro na sua carreira (in)gloriosa foi o maior foco de instabilidade da defesa. Tu continuas a querer não ver isso, mas ele já passou e só lamento os minutos que somou para lá daquele jogo com o Arouca em Aveiro.
A frequência de golos construídos pela direita. Não vou rever os golos todos que sofremos desde o início da época, são demasiados para isso. Fica na minha lista junto a "esperar que o PP faça os quatro 11s habituais do RV".
Na questão do Raul e do Félix recomendo-te que leias o que escrevo, para perceberes que não estou a comparar um com o outro. Nem sequer a dizer que o Félix na situação do Raul faria melhor. Vai, lê o que digo e se no fim ainda achares que estou a comparar um com o outro, então volta atrás e lê bem devagarinho, com um dicionário e uma gramática ao lado...
Tens uma fé no Alfa desproporcional às capacidades mentais dele, que as técnico-tácticas trabalham-se. Por muito bom que possa vir a ser, não tem o foco que um jogador de nível mundial tem de ter. Se pode ser útil? Os rasgos em que é bom, podem. O problema é que são poucos e alternam com demasiados em que não é útil. E é estranho que digas o que dizes do Alfa e não apliques o mesmo ao Conti. Preferências...
Para ti esse 4231 faz sentido, eu sou mais adepto de o 442 se desdobrar num 433 ou um 343 assimétricos, consoante o que o jogo está a pedir. E sim, o Gabriel só ganha rotinas com treino e jogo. Mas pode começar a entrar aos poucos para ser ver o que é preciso treinar mais, individual e colectivamente, antes de assumir a titularidade.
Estás a falar de que jogo. E, mesmo que seja verdade estás a falar de um jogo só. Eu vi sempre um Lisandro a ser agressivo ao invés de jogar constantemente em contenção. Tu só consegues jogar bem em transição defensiva se tiveres jogadores que sejam agressivos na reacção. Se eles recuam logo estás a aumentar o buraco defensivo.
Não vais, mas deverias ir rever e contabilizar porque parece-me que é mais uma percepção errada tua do que o contrário.
Estás a comparar sim. Comparar o relacionamento com o jogo e com a equipa de um e de outro. E, pior estás a escolher lado, quando neste caso até estás errado. O Félix aparece mais em jogo porque gosta de bola no pé. Mas, é necessário jogadores que gostem de explorar a profundidade, sobretudo, quando atrás deles tens jogadores que gostam de ter bola no pé. Se toda a gente gosta de ter bola no pé e não sabe atacar o espaço, não há princípio do terceiro homem e facilmente entras em rodriguinhos que não te leva a nada. Estás no meio-campo adversário passas para o lado, continuas no mesmo lugar e nem sequer rematas para o adversário ter que repor a bola em jogo através de um pontapé de baliza.
O Alfa tem mentalidade caso contrário não tinhas visto uma evolução do seu jogo nos dois jogos que entrou a titular esta época. Depois dizes que não tem foco... tem o Gedson? Tem o Rúben Dias? Tem o João Félix? Tem o Grimaldo? Tem o Cervi? Tem o Zivkovic? Rasgos são poucos? Mas, tem jogado com regularidade? Preferências, digo eu.
O Lisandro sempre jogou o jogo dele esquecendo a equipa. É o filho na parada que é o único que está afinado.
Tu também tens a percepção que o RV teve imensa rotação no 11 titular imposta. E recusas-te a mostrar que tens razão!
Não comparo um com o outro, porque o que está em questão não é isso, ó idiota! Quando eu disse que o Jiménez a cada jogo aparecia mais desligado, vieste com a conversa do golo que marcou e dos que não marcou, dizes que foi um chouriço e portanto não traduz ligação com a equipa. Como se ligação com a equipa fossem apenas golos! Como se fossem apenas golos aquilo por que se mede um avançado. Se fosse por isso Marega era muito melhor que Jiménez. Achas que é?
Gedson, Ruben e Félix (e este nem sequer é do mesmo escalão) têm um comportamento muito mais homogéneo, do ponto de vista mental, do que Alfa. Tu é que estás tão apaixonado por ele que não queres ver!
Ora bem! Como é que ele conseguiu mudar tanta coisa em dois dias?!?! É que mudou sistema táctico e modelo de jogo! Finalmente levantou-se a excomunhão do corredor central...que diferença na primeira e segunda fase de construção. Saída a 2 com Pizzi e Fejsa mais altos, a dar linhas de passe entre linhas já no segundo espaço, construção apoiada por dentro do bloco, obrigando o Rio Ave a ajustar e assim abrindo espaço nos corredores laterais para a fase de criação; muito maior imprevisibilidade e alternância nas dinâmicas dentro/fora e jogo curto e apoiado/ataque à profundidade; muito mais presença na área...
ResponderEliminarO ataque posicional já está bem melhor, o quarto golo foi um tratado de transição ofensiva...falta melhorar o desastre Fezadas nos momentos defensivos - organização e transição. Mas em dois dias, tantas melhorias foi quase miraculoso!
Agora, se me permites, alguns "afinais" que não resisto a fazer, face aos nossos debates aqui nos últimos tempos:
- afinal o João Félix está preparadíssimo para o onze
- afinal o João Félix é mesmo 'jogador de corredor central"
- três anos e meio era pouco tempo para o Mister Fezadas pôr a equipa a jogar futebol de equipa grande, com jogo interior e ligações por dentro do bloco adversário, mas afinal dois dias chegaram para o Bruno Lage pôr o Benfica a jogar assim
- afinal o Rúben Dias sabe sair em progressão com bola no pé e arriscar passes verticais que queimam linhas
- afinal o Fejsa pode contar nos momentos ofensivos e contribuir para dar linhas de passe entre linhas e ligar o jogo ofensivo da equipa por dentro
- afinal o treino acaba por ser o mais importante...
Acho que há muito wishfull thinking no que escreveste. A grande melhoria foi no resultado e na reconquista do 3º anel.
EliminarPodes concretizar? O que é que, das melhorias que eu vi em organização ofensiva, mencionadas acima, tu não viste e atribuis ao meu wishful thinking?
EliminarPrimeiro que tudo, não é com 2 treinos que fazes o quer que seja em termos de organização ofensiva, sobretudo, essas loas que apontas.
EliminarSegundo, como explicarias os primeiros 20 minutos, em que o João Félix era o ponta-de-lança e o Seferovic é que fazia a ligação?
Terceiro, a saída de bola fazia-se com o Pizzi e Fejsa, é verdade, mas depois o primeiro tinha de arriscar no passe longo. Raramente saíram em progressão e em jogo curto, até porque a agressividade do Rio Ave foi excelente.
É tudo 8 ou 80 convosco. Nem tudo estava mal com o Vitória, tal como o Bruno Lage falou. Foi graças ao trabalho que o Rui teve nos últimos três anos e meio, que permitiu ao Bruno em apenas 2 treinos reconquistar a Luz.
«- afinal o Fejsa pode contar nos momentos ofensivos e contribuir para dar linhas de passe entre linhas e ligar o jogo ofensivo da equipa por dentro»
EliminarNão tenho tempo, agora para tudo, mas BP isto é tão falso como RV ser o homem indicado para o Benfica!
É urgente o Benfica arranjar alguém que, aproximando-se do que Fejsa dá defensivamente, possa acrescentar o que o Benfica precisa ofensivamente.
Ora RB, agora o debate começa a ficar interessante. Tenham atenção, porque deverei terminar hoje a minha rúbrica ao jogo de ontem e um dos pontos que falo está precisamente a meio-campo.
EliminarRB, sabes bem que eu também acho que o Fejsa é um a menos com bola e que eu também sempre critiquei isso - acho até que fui o primeiro aqui da nossa tertúlia encarnada virtual a sugerir recuar um 8 melhor com bola para aquela posição 6 (na altura do 433) - no caso falei do Gabriel, ou até Gedson.
EliminarMas a verdade é que o BL ontem deu um papel diferente ao Fejsa (pudera, foi um 442 clássico) no início da nossa construção e resultou melhor para o processo de ataque posicional do que o papel que RV reservava a Fejsa nesse momento. Pelo menos era uma linha de passe já dentro do bloco do Rio Ave, nas costas da primeira linha defensiva deles, a juntar à do Pizzi, no mesmo segundo espaço. O que nos permitiu construir mais por dentro e assim desorganizar mais o bloco do Rio Ave, levando-nos a conquistar mais espaços, dentro ou fora, para progredir para a criação e finalização. Apesar das limitações técnicas de Fejsa com bola.
O Fejsa é menos um com bola porque tem de fazer o trabalho defensivo dos que não fazem tão bem, como por exemplo, o Jonas, o Cervi, o Gedson, o Pizzi, o Grimaldo, o Salvio e o André Almeida.
EliminarEsse deficit de trabalho defensivo de qualidade por parte destes jogadores (não falo apenas de entrega e corrida, mas falo de aspectos qualitativos, como por exemplo, reacção imediata à perda, adopção dos melhores posicionamentos, retirar linhas de passe ao adversário, coberturas defensivas eficazes e eficientes, etc) foi o motivo principal para a passagem do 4-4-2 para o 4-3-3 na época passada depois de termos apanhado 5 do Basileia.
Ao contrário de ti, não tiraria o Fejsa do onze, mas tiraria um dos extremos, ou um dos laterais, para que o Pizzi regressasse a uma ala, funcionando como interior/ala ao mesmo tempo, reforçando o corredor central com um jogador com a estampa física de um Gabriel, que a meu ver é mais inteligente tacticamente que o Gedson e o Alfa. Do ponto de vista físico e de futuro, o melhor seria o Alfa, tem muito futebol.
PP, as minhas "loas" são: primeiro, só sobre o momento de organização ofensiva; segundo, são relativas, não absolutas. Relativas porque versus o nosso ataque posicional dos últimos largos meses. Eu aí vi mudanças francas, e para francamente melhor. Agora, claro que em termos absolutos, mesmo em ataque posicional podemos melhorar ainda muito mais, e cheira-me que vamos mesmo melhorar muito mais se ele se mantiver.
EliminarNa transição ofensiva, elogiei o lance do quarto golo, mas é o momento em que éramos, apesar de tudo, melhores com RV, e por isso não posso dizer que ontem vi grandes melhorias relativas nesse momento. Já agora, nos dois momentos defensivos (transição e organização) o RV deixou um legado pesadíssimo, que naturalmente ainda se manifestou ontem em todo o seu esplendor negro. Muuuito trabalho pela frente para o BL nessas duas fases...
Mas, tu não tiveste controlo de jogo absoluto para poderes dizer que jogámos em ataque posicional. Repara no primeiro golo do Benfica: é de uma transição. O mesmo para o segundo. O terceiro nem tanto, mas o 4º é outro de transição pura.
EliminarO tempo acabará por dar-me razão, porque penso que ainda iremos sofrer muito ao longo desta temporada em termos de transições defensivas. Isto está claro, se não resolverem esses problemas. Para mim, boa parte desses problemas advêm das características da maioria dos jogadores, relativamente ao trabalho defensivo. Nem é uma questão de não quererem ou terem vontade. É simplesmente não ter jeitinho nenhum.
Também é óbvio que precisam de outro nível de exigência para apertarem-lhes as orelhas, mas a meu ver, há demasiada imaturidade. Há muitos que só terão nível para um Benfica europeu lá para os 28 ou 29 anos, depois de cometerem muitos erros. Falta-lhes aquelas qualidades intrínsecas que os permitem aprender mais rapidamente e sem muito treino personalizado.
O Bruno Lage, nem sequer vai ter grande tempo, pois daqui a uma semana, pelo que percebi hoje, vamos ter novo treinador... enfim! Vai ser ano zero...
=(
É bem verdade tudo o que dizes do momento defensivo e até subscrevo os nomes. Mas acho que também é muito falta de treino de qualidade nos últimos três anos e meio. Afinal de contas, não é nos momentos defensivos que o treinador mais interfere?
EliminarNão sei se daqui a uma semana vamos ter novo treinador. Até porque já tinha sido mais ou menos anunciado para hoje...mas não só por isso: das palavras do presidente, partindo do pressuposto que se cumprem, não se retira necessariamente que vamos ter novo treinador para já. A notícia para a semana, a confirmar-se, pode tanto ser essa como ser que o novo treinador só vem no final desta época (muito poucos dos que se falam quererão vir agora...) e que até lá o Bruno Lage é o treinador. Neste momento, sinceramente era o que eu preferia.
Mas sim, de uma forma ou de outra, o mais provável é este ser o ano zero, mesmo :-( tivesse o RV sido despedido há um ano ou, no máximo, no final da época passada, e outro galo cantaria agora, com o plantel que temos e a falta de qualidade de jogo dos frutistas...
Não acho que seja falta de treino de qualidade. Se o fosse, então o Rui Vitória não conseguiria aplicar aquela defesa de ferro na segunda volta da época 205-2016 que fez com que o Benfica fosse campeão e merecesse os elogios de Pep Guardiola.
EliminarAqui tem a ver com a qualidade dos jogadores numa e noutra equipa. Aliás, é mais o estado de maturação da qualidade dos jogadores. Actualmente, temos um leque muito maior de jogadores imaturos do ponto de vista da leitura de jogo.
O Lage pouco ou nenhum tempo teve para treinar como bem lhe apetecia. Ele pegou naquilo que os jogadores estavam mais identificados. E, mais, não jogou Jonas.
A pior coisa para o Benfica era adiar a decisão do treinador por muito mais tempo. O próprio Lage está a fazer um excelente trabalho na equipa B, por isso se é para apostar que seja nele e sem essa de ser apenas até final da época. Para mim, seria até ele começar a perder e não atingir os resultados.
Eh pá, esse elogio do Guardiola foi merecido para aquele jogo na Alemanha, com o Samaris a central (...), em que realmente defendemos muito bem. Mas esse jogo foi: primeiro, na primeira época de RV, que foi a menos má de todas - daí para cá, cada época foi pior que a anterior; segundo, foi a excepção que confirma a regra de era RV. E a regra na era RV foi que qualquer equipa pequena de Portugal ou da Europa criava oportunidades de golo aos magotes contra nós, e muitas nos marcavam aos dois e três golos, muitas vezes de rajada, muitas vezes na Luz! RV há-de ficar para sempre como o treinador com quem o Portimonense parecia a Juventus, o Chaves o Barcelona, o Tondela o Borussia de Dortmund...
EliminarO Samaris jogou a central, mas não foi contra o Bayern...
EliminarO que eu quis dizer é que na primeira época tinhas jogadores com outro tipo de maturidade competitiva e de lá para cá esse nível tem vindo a baixar drasticamente, por causa da renovação do plantel.
Fui ver e...tens razão! Ia jurar que foi naquele jogo contra o Bayern lá que ele jogou a central, mas não foi. My bad.
EliminarDe qualquer forma, não muda nada do meu argumento: embora possa admitir algum peso do que tu falas, a falta de qualidade, exigência e rigor nos treinos foi, sempre, a principal razão. Até porque já tivemos muitas vezes planteis com muitos jogadores menos maduros, e nunca levámos tantos banhos de bola nem derrotas claras contra equipas pequenas. Isto para não falar no número de oportunidades de golo concedidas contra essas equipas pequenas, que deve ser a média mais alta da história do clube...
BP, tens de entender que não podes exigir o mesmo a um João Félix nos treinos que a um Messi, por exemplo. Existe todo um enquadramento por detrás que tem de ser devidamente bem adaptado.
EliminarEnquanto com um Messi ou jogadores mais experientes podes partir de um nível acima, com miúdos como o Félix não. Repara que os banhos de bola tem surgido cada vez que o núcleo base da equipa se está a desfazer.
PP tu teimas que o único factor de culpa é a renovação do plantel. Mas nem o plantel é assim tão renovado como tu, nem essa renovação é tão brusca como tu dás a entender.
EliminarO exemplo Samaris é um bom exemplo. A fazer fé no que tu dizes, o Samaris esteve nos últimos 3,5 anos na curva descendente da carreira, como um Luisão ou um Júlio César? Quer dizer, nós sabemos que esteve, a questão é se seria expectável que estivesse.
Poderíamos também falar do aproveitamento do Jiménez, que tanta porrada levou de mim e do BP aqui nos primeiros tempos. Será que tudo o que ele tinha a dar era aquele triste papel de lobo solitário que lhe foi destinado o ano passado?
Tanto nos criticaste por pedirmos o ano passado o João Carvalho, mas fez sentido a utilização do Filipe Augusto no lugar do puto, numa óptica de dar maturidade competitiva a um activo jovem?
E como é que os menos rodados vão adquirir essa maturidade competitiva? É como o RV dizia "o Seferovic teve uma oportunidade e aproveitou-a, o Ferreyra tem de se mostrar para ser opção" [adaptação, não citação] e depois o Ferreyra nem da bancada sai?
Caríssimo, todos os processos de transição implicam cedências, mas há uma coisa chamada "Gestão da mudança" que nos ajuda a minimizar esse impacto. RV não foi o único culpado, certamente, mas há coisas que tem culpas imensas no cartório, porque a rotação do plantel não é de todo o principal factor para a quebra assombrosa que o Benfica teve em 3 anos.
«Não acho que seja falta de treino de qualidade. Se o fosse, então o Rui Vitória não conseguiria aplicar aquela defesa de ferro na segunda volta da época 205-2016 que fez com que o Benfica fosse campeão e merecesse os elogios de Pep Guardiola.»
EliminarContinuamos, sempre que é preciso demonstrar qualidade defensiva, a ir buscar o que RV adaptou no primeiro ano, quando os jogadores ainda tinham fresquinho na cabeça outros treinos e outras rotinas.
E para falar do que é essa defesa de sonho herdeira de Sacchi e elogiada por Guardiola, é só irmos ver como estava essa defesa de ferro quando RV queria aplicar a sua versão do que devia ser o Benfica no início dessa época.
Não disse que «único factor de culpa é a renovação do plantel».
EliminarO Samaris é o melhor exemplo de como também não se tem aproveitado muito bem o plantel. Já aqui critiquei que temos opções a mais.
Quanto ao Raúl estou convicto que ele seria a chave de sucesso para o P3N7A, caso o Vitória tivesse apostado nele em vez do Cervi a partir de certo momento. Isto porque com mais tempo de jogo, os restantes companheiros entrosariam melhor com a sua forma de jogar. Ele ganhava peso na equipa e depois quando o Jonas se lesionou estariam todos mais bem preparados para essa ausência.
O Joãozinho provou que não estava ainda preparado. O contexto não foi o melhor, mas ele também não estava preparado. Foram vários jogos em que ele não respondeu afirmativamente e que precisávamos de uma resposta em campo (por exemplo em Belém, na época passada).
O Filipe Augusto não era tão mau como pintavam. Poderia ter sido melhor aproveitado, mas também é bem verdade que não aguentou a pressão. Gostava das características dele, pois penso que nos faz falta um esquerdino a meio-campo.
Os menos rodados vão adquirir maior maturidade competitiva se em vez de termos 28 jogadores, tivermos 23 atletas por plantel.
O Ferreyra foi o primeiro a ter oportunidade, mas jogando apenas um avançado e com 3 no banco, não se poderia estar à espera que ele rendesse ad eterno. Apostou-se depois em Castillo e rendeu. Depois em Jonas e rendeu. Agora em Seferovic e está a render.
Sobre as culpas do RV, já escrevi aqui:
http://o-guerreiro-da-luz.blogspot.com/2019/01/obrigado-rui.html
«o que RV adaptou no primeiro ano, quando os jogadores ainda tinham fresquinho na cabeça outros treinos e outras rotinas»
EliminarSe tivessem bem fresquinho, não teríamos tido aquela entrada na época medonha!
O Benfica com o Jesus defendia muito diferente do Benfica com o Rui Vitória da primeira época. Ele levou cerca de 3 a 5 meses para a equipa defender como ele queria e, repara no pormenor, com jogadores já maduros na equipa (Júlio César, Luisão/Jardel, Eliseu, Fejsa, Pizzi, Gaitán e Mitroglou).
A defesa de ferro só se construiu quando entrou o Lindelöf para o lugar do Luisão, para além do Semedo e do Ederson que entretanto substituiu o Júlio César. Estamos a falar de cerca de 60% da defesa do Jorge Jesus, portanto, isso é uma daquelas falácias...
Agora, se disseres que ele tinha jogadores mais à frente que permitiam outro tipo de ajuda à defesa quer com e sem bola, como por exemplo o Gaitán, o Mitroglou, o Pizzi na ala direita, isso concordo. Agora tens outros jogadores que não têm a mesma maturidade. Tão simples quanto isso.
Começando pelo fim, sim tens razão, com JJ defendíamos com poucos atrás, portanto todos tinham de fazer a sua parte. RV conseguiu pôr o Benfica a defender com muitos, mas só quando lá estavam todos. Uma espécie de Simeone 50 metros mais atrás e em mau. E mais do que sair Luisão, sair Lisandro. Não sejas injusto para com o Argentino! Se não fosse a frescura queria ver como o RV os orientava quando decidiu "retomar" o 442... Havia de ter sido bonito havia!
EliminarSe esquecermos que Castillo e Ferreyra se lesionaram, e que RV queria mostrar à viva força que não precisava de Jonas para nada, sim Seferovic teve a sua oportunidade. E depois à boa maneira Vitoriana é estoirar com o titular até não poder mais.
Está por aí nos comentários o que acho que FA poderia ter dado, o que a acontecer seria noutra posição que não aquela. E se falo no que FA não deu é porque não se pode dizer que JC não aproveitou as chances e FA demonstrou merecer muito mais os minutos. É como Ziv/Rafa na direita. Quando se sabe por decreto que o merdas que lá está joga, esteja bem ou mal, a motivação é outra.
«Quanto ao Raúl estou convicto que ele seria a chave de sucesso para o P3N7A, caso o Vitória tivesse apostado nele em vez do Cervi a partir de certo momento.» Já discutimos isto, estamos de acordo.
«Isto porque com mais tempo de jogo, os restantes companheiros entrosariam melhor com a sua forma de jogar. Ele ganhava peso na equipa e depois quando o Jonas se lesionou estariam todos mais bem preparados para essa ausência.» Discordo. Ironicamente o jogo em que a equipa está mais entrosada é aquele em que ele nem era para ter sido titular. A partir daí é sempre para baixo. Imagina só que se treinava em vez de descansar, o que poderia ter sido aquele jogo com o Porto se a equipa aproveitasse Jiménez e Seferovic?
Já agora, parabéns pela mudança da imagem de topo. Muito mais ajustada.
EliminarRB, viste o jogo no Domingo? O que achaste do nosso processo de construção, em ataque posicional? Viste mudanças ou nem por isso?
EliminarVi o jogo com atenção até ali ao minuto 60, depois fui vendo.
EliminarGostei da equipa a atacar, não gostei a defender. Reacção à perda ainda está em níveis vitorianos. Não gostei do Fejsa por aí além, acho que precisamos de outras características. Se for para treinar a sério é ver o que o Samaris pode dar a central, porque acho que a dupla Gabriel/Gedson tem mais potencial para jogar no meio. Precisamos de um LD urgentemente que o Almeida está a acusar a falta de concorrência e se o Sálvio sair depressa pode ser que o Cervi não se perca. Que desperdício renovar-se contrato... Pizzi e Krov, é pensar nisso!
Félix melhor em campo, mas tinha tirado Seferovic por Ferreyra, ou lançado Castillo para o lugar do Félix.
Vlachodimos teve a pior exibição desde que chegou à Luz. O melhor reforço seria mesmo um treinador de GR de topo.
A defesa encarnada em 2015/2016 melhorou imenso com a lesão do Luisão e a entrada de Lisandro. Continuou essa melhoria porque o Lindelöf pegou de estaca após a lesão do argentino.
EliminarAntes só defendiamos bem em jogos como frente ao Atlético de Madrid, com duas linhas de 4. Depois, já conseguíamos defender a 60 metros da nossa área. Esse foi a grande mais valia para o TRI.
Percebo o que escreves do Ziv e do Rafa, mas também tens de concordar que estes dois ainda não atingiram uma regularidade exibicional que lhes permita ganharem definitivamente a titularidade. Depois, ambos são bem diferentes sem bola do que o Salvio. E, talvez esteja aí a grande diferença. Não é à toa que o Bruno Lage aposta no Salvio ainda sem ritmo de jogo e não num Zivkovic... (bem aqui também há uma questão tática pois não queria que o Zivkovic afunilasse para o centro do terreno, deixando essa zona para o João Félix e o Seferovic...)
Jiménez: estás a falar no jogo do Bonfim? Em que é ele que resolve o jogo para nós? Se sim, então estás a cair no erro de leitura comum: o de avaliar segundo o resultado. Nesse jogo, o Raúl transforma um cruzamento a fugir em golo. Ou seja, transforma uma azelhice em jogo. Não houve fio entre a restante equipa e ele a não ser esse lance.
A imagem do blogue está um espectáculo não está?! Velhinha Luz, pantera negra, braçadeira de capitão, olhar para o relvado instrospetivo, barba à guerreiro...
EliminarFinalmente, um elogio ao cabeçalho novo!
;D
«Se for para treinar a sério é ver o que o Samaris pode dar a central» acrescentaria o Alfa Semedo, formando cada um destes uma dupla com os outros dois centrais de raiz: Jardel e Rúben Dias. A 5ª opção seria o Ferro da equipa B.
EliminarA intenção seria melhorar drasticamente o comportamento da nossa defesa com bola, melhorando a saída na 1ª fase de construção.
Por exemplo, no último jogo conforme o BP apontou e bem, o Fejsa e o Pizzi desceram muito para pegar no jogo. Isso foi bom, mas penso que é desnecessário, porque depois perdemos homens para fixar o ataque posicional. Se tivermos defesas que estejam confortáveis com a bola nos pés e que tenham outra técnica para gerir pressões dos adversários, ganhamos mais um jogador que o adversário (temos um 2 em 1).
Sem bola, e sobretudo, quando temos que fazer uma transição defensiva do campo do adversário para o nosso, ter um médio como defesa central pode ser útil, pois na prática ele tenderá a ficar mais próximo do médio que é colega, ficando nesse primeiro momento o central de raiz mais atrás e a definir a linha de fora-de-jogo. Com dois centrais de raiz a tendência é para ambos definirem a linha com dois pontos paralelos... inútil naquele momento imediatamente seguinte à perda de bola (os tal intervalo de 5 segundos após a perda de bola).
Pessoalmente, penso que o Jardel não aguenta 3 jogos por semana. O Rúben Dias pelas quebras de concentração que tem por vezes no jogo, apesar de ter estofo para aguentar, esgota-se rapidamente por não saber controlar o esforço. O ideal é irem rodando com os jogos da taça e nos jogos mais importantes, dependendo da estratégia (defender mais atrás ou mais à frente) optar ou não por dois defesas de central de raiz ou dois defesas centrais adaptados.
É radical, mas é por aqui que se está a inovar no futebol. Basta olharmos para os perfis de centrais das grandes equipas (City, por exemplo).
«Vlachodimos teve a pior exibição desde que chegou à Luz. O melhor reforço seria mesmo um treinador de GR de topo.»
Gostava que o grego tivesse um treinador para o jogo de pés. Aliás, esse deveria ser a matriz até mesmo para os guarda-redes de formação. Também é por aí que o futebol vai evoluir.
«(...) porque acho que a dupla Gabriel/Gedson tem mais potencial para jogar no meio.»
EliminarNo curto prazo, apostava forte no Gabriel. É o jogador que menos trabalho daria a adaptar ao meio-campo, sendo o melhor apoio para o Fejsa. Tem intensidade, com bola poderá fugir para o lado esquerdo, deixando espaço para o Pizzi e acabando por compensar melhor as perdas de Grimaldo e Cervi (ou Zivkovic que também perde muitas bolas).
«Precisamos de um LD urgentemente que o Almeida está a acusar a falta de concorrência e se o Sálvio sair depressa pode ser que o Cervi não se perca. Que desperdício renovar-se contrato...»
Eu acho que o Salvio pode ser a solução para a lateral direita já este ano.
Não se justifica termos o Corchia no plantel para o que ele joga, ou poderá vir a jogar. Tendo em conta o 4-4-2 e a renovação do contrato do Salvio, eu utilizaria esta época para ele fazer a transição para lateral direito e ir ainda a tempo de ser um lateral de top mundial para nós e para a selecção argentina.
Outra opção para esta posição seria retornar de empréstimo o Diogo Gonçalves, também ele uma adaptação à lateral direita. No entanto, precisamos de experiência e deixava ele manter-se no estrangeiro, mas na próxima época regressaria para essa posição. Quem sairia? O André Almeida para o centro da defesa (para a tal vaga de defesa central construtor), colmatando a possível saída de Samaris ou a subida de Alfa para o meio-campo (tem um potencial enorme este tipo se lhe derem oportunidade).
«(...) Pizzi e Krov, é pensar nisso!»
O Pizzi pode jogar em quatro posições, mas penso que ele rende mais em duas: médio-centro ofensivo e médio-interior/ala direito. O Krovinovic é idêntico, embora, ele prefira jogar mais como médio-interior/ala esquerdo, mas pode jogar ainda como médio-ofensivo puro (#10) num modelo de 4-2-3-1 (uma variante do 4-4-2).
Com Fejsa, Gabriel e Gedson reservados para o meio-campo, falta-nos pelo menos mais um para a competitividade que pode muito bem ser do Krovinovic e do Pizzi, ou até mesmo do Zivkovic.
Vejo ainda o croata a dar luta na posição de Jonas e Félix, como opção mais conservadora para aqueles jogos em que precisamos que o meio-campo seja mais compacto.
«Félix melhor em campo, mas tinha tirado Seferovic por Ferreyra, ou lançado Castillo para o lugar do Félix.»
Concordo, com o que escreveste do Seferovic. Quem teria lançado para o lugar do Félix era o Krovinovic por aquilo que escrevi acima.
«A defesa encarnada em 2015/2016 melhorou imenso com a lesão do Luisão e a entrada de Lisandro.» - Continuas a querer ver coisas que não estão lá. Mais, não percebo como para ti o Conti não conta e continuas a defender um dos melhores criativos adversários que passaram pelo nosso plantel nos últimos 10 ou 15 anos!
Eliminar«Percebo o que escreves do Ziv e do Rafa, mas também tens de concordar que estes dois ainda não atingiram uma regularidade exibicional que lhes permita ganharem definitivamente a titularidade.» Enquanto Sálvio tiver o direito sagrado a fazer 75 a 85 minutos como os miseráveis que fez contra o Rio Ave, nunca atingirão. Quando se começar a cobrar a Sálvio a merda (que não consigo definir de outra forma) que faz e se colocarem os jogadores em pé de igualdade, então falamos. Sálvio esteve mal com e sem bola. E tem estado sempre que chamado a jogar desde o início da época. O número de golos que sofremos e que são construídos pelo flanco direito não podem ser só assacados ao AA, e a frequência baixa significativamente quando Sálvio não está. Se pode render mais a DD? Neste momento duvido, mas como até fui dos proponentes dessa opção para aproveitar o jogador, estou aberto a ver como evolui.
A outra alternativa é como segundo avançado, mas quer Jonas lesionado como Seferovic ou Félix dão muito mais que ele nessa posição.
Sobre o Jiménez não falo de um jogo, falo do envolvimento entre ele e a equipa ao longo de 3/4 jogos. Se achaste que esteve desligado no Bonfim, quão ligado esteve na Luz frente ao Porto? O que eu falo é de como a relação entre ele e a equipa muda ao longo de uma série de jogos, não tem a ver com toques ou golos. Basta ver o "não toque" do Félix no primeiro golo para perceber que "entendimento" ou "entrosamento" não querem dizer necessariamente toques na bola.
Alfa tem um problema. Não acredito que dê central e o tipo de médio que pode dar está tapadíssimo. Ou uma temporada na B ou empréstimo, mas até que ponto isso é adiar uma carreira? Pessoalmente já tive mais esperanças, pode ser que com um treinador a sério ele se faça.
Jardel para mim tem um problema disciplinar. Não lhe perdoo a forma como se retirou de 3 jogos esta época. Enquanto não pedir desculpas por isso, para mim está na bancada... Tirando isso para mim os centrais neste momento eram Samaris/Conti com bola, Ruben/Jardel sem ela (grosso modo).
Fejsa e Pizzi têm uma boa leitura, mas no caso do primeiro a questão física também já se começa a colocar e é só por isso que a incapacidade dele com bola tem sido mais tópico de conversa nos últimos tempos. A solução para mim passaria mesmo pelo meio com Gedson e Gabriel que podem alternar. Isso também abriria espaço para a integração do Alfa Sem/Mete-medo como opção nesse meio campo. que mesmo assim teria 6 (4+2) opções, sendo que eu se calhar metia Pizzi/Krov mais descaídos para a direita.
«No curto prazo, apostava forte no Gabriel. É o jogador que menos trabalho daria a adaptar ao meio-campo, sendo o melhor apoio para o Fejsa.»
EliminarSó não concordo porque acho que é o que mais facilmente pode ser trabalhado para fazer de Fejsa, algo que a equipa precisa desesperadamente. Quase mais do que substituto para o Grimaldo e concorrência para o AA! Entre Alfa e Samaris, o grego está mais perto, mas não serve, Gedson acho que é mais útil mais à frente e não tem ainda a maturidade, pelo que sobra mesmo o Brasileiro.
Gosto muito da ideia de Pizzi e Krov alternarem numa ala. Dar-nos-ia um "extremo" mais puro e outro mais comedido. Rafa, Ziv podem jogar de bem a muito bem nas duas alas; Cervi pode ser trabalhado para jogar na esquerda ou no centro e isso dá uma flexibilidade interessante ao plantel. E nem estou a falar da possibilidade de, no decorrer de uma partida, o Félix poder descair numa ala (esq preferencialmente) para flectir para dentro!
Penso que Krov deveria começar a ganhar tempo no lugar do Pizzi. Era melhor para os dois e para o clube por arrasto. Não deveríamos confundir aquilo que achamos com o que queremos, mas correndo o risco de o fazer, acho que o lugar destinado a Pizzi e Krov se toca imenso e a estrutura vê-os como concorrentes. Já numa lógica de dois avançados, quer Castillo quer Ferreyra precisam de minutos para se ver o que podem dar e para perceberem o que têm de dar.
O Lisandro em 2015/2016 estabilizou a defesa com o Jardel. Isso é inegável. Também é inegável que ele nunca teve a série de jogos seguidos que por exemplo, o Rúben e o Lindelöf tiveram.
EliminarO Salvio está actualmente sem ritmo. Mas, para o Bruno Lage, o Rui Vitória, mas também o Jesus preferirem apostar nele é porque algo se passa nos treinos, não achas? Não é só imposição da direcção... A frequência de golos baixa quando Salvio não está? Só aceito isso com números, tens?
Essa do Raúl e do Félix... epá. Que raio de comparação. Estás a comparar um jogador que explora o espaço nas costas da defesa e que adora ter mobilidade, com um que gosta de bola no pé e de estar envolvido na criação?! E, depois, para comparares bem, terias que colocar o Félix a jogar sozinho no ataque... queria ver se a diferença era assim tanta. Pois, a grande diferença está nos restantes jogadores de equipa. Por isso é que o Raúl está a render em Inglaterra num campeonato muito mais competitivo que o nosso.
O Alfa Semedo só não vira um excelente jogador no Benfica devido a muitos mitos criados nas cabecinhas de adeptos e técnicos que pensam que apenas a questão técnica é importante. Ficam tão obcecados com isso que associam rapidamente a técnica a qualquer miúdo com 1,70m de altura e o rótulo de jogador físico aqueles que têm 1,90m. O Alfa é daqueles jogadores que com o treinador certo, faz-se jogador de classe mundial. Ele tem feito os jogos das taças e se numa semana ele jogou mal, duas semanas depois jogou muito e com um adversário de maior nível de dificuldade. Durante essas duas semanas, não jogou. Isto acontece porque ele percebeu a que nível físico estava e trabalhou para aguentar melhor.
O Conti não tem mentalidade para o nível do Benfica. Desiludiu-me imenso e para aquilo que falta do campeonato só se até ao final de janeiro ou o Rúben ou o Jardel se lesionassem com gravidade e, mesmo assim, temos o Ferro na B.
Pizzi para a direita e Krovinovic para #10, transformando o 4-4-2 em 4-2-3-1. Outra opção será apostar no Krovinovic para o lugar do Gabriel (#8), mas isso só muito pontualmente. A posição #6 é do Fejsa e a espaços será do Gabriel. O Gedson será a primeira opção para #8 a seguir ao Gabriel (a última e mais ofensiva seria a de Krovinovic). O pouco jogo com bola do Fejsa não se prende com o facto dele não aguentar fisicamente. Prende-se com o facto de aceitarem que Pizzi, Salvio, Cervi e outros não defendem bem e portanto, é preciso manter o sérvio cá atrás.
O Gabriel só poderá depois fazer de Fejsa se jogar com regularidade. Não é através de substituição directa que ele vai conseguir agarrar o lugar, até porque o Gabriel apesar do tamanho é um jogador ofensivo. O próprio Gedson também fazia-lhe bem jogar naquela posição de #6 para saber dosear o esforço e entender melhor o jogo.
EliminarO Castillo não dará mais do que o Seferovic.
O Lisandro na sua carreira (in)gloriosa foi o maior foco de instabilidade da defesa. Tu continuas a querer não ver isso, mas ele já passou e só lamento os minutos que somou para lá daquele jogo com o Arouca em Aveiro.
EliminarA frequência de golos construídos pela direita. Não vou rever os golos todos que sofremos desde o início da época, são demasiados para isso. Fica na minha lista junto a "esperar que o PP faça os quatro 11s habituais do RV".
Na questão do Raul e do Félix recomendo-te que leias o que escrevo, para perceberes que não estou a comparar um com o outro. Nem sequer a dizer que o Félix na situação do Raul faria melhor. Vai, lê o que digo e se no fim ainda achares que estou a comparar um com o outro, então volta atrás e lê bem devagarinho, com um dicionário e uma gramática ao lado...
Tens uma fé no Alfa desproporcional às capacidades mentais dele, que as técnico-tácticas trabalham-se. Por muito bom que possa vir a ser, não tem o foco que um jogador de nível mundial tem de ter. Se pode ser útil? Os rasgos em que é bom, podem. O problema é que são poucos e alternam com demasiados em que não é útil. E é estranho que digas o que dizes do Alfa e não apliques o mesmo ao Conti. Preferências...
Para ti esse 4231 faz sentido, eu sou mais adepto de o 442 se desdobrar num 433 ou um 343 assimétricos, consoante o que o jogo está a pedir. E sim, o Gabriel só ganha rotinas com treino e jogo. Mas pode começar a entrar aos poucos para ser ver o que é preciso treinar mais, individual e colectivamente, antes de assumir a titularidade.
Estás a falar de que jogo. E, mesmo que seja verdade estás a falar de um jogo só. Eu vi sempre um Lisandro a ser agressivo ao invés de jogar constantemente em contenção. Tu só consegues jogar bem em transição defensiva se tiveres jogadores que sejam agressivos na reacção. Se eles recuam logo estás a aumentar o buraco defensivo.
EliminarNão vais, mas deverias ir rever e contabilizar porque parece-me que é mais uma percepção errada tua do que o contrário.
Estás a comparar sim. Comparar o relacionamento com o jogo e com a equipa de um e de outro. E, pior estás a escolher lado, quando neste caso até estás errado. O Félix aparece mais em jogo porque gosta de bola no pé. Mas, é necessário jogadores que gostem de explorar a profundidade, sobretudo, quando atrás deles tens jogadores que gostam de ter bola no pé. Se toda a gente gosta de ter bola no pé e não sabe atacar o espaço, não há princípio do terceiro homem e facilmente entras em rodriguinhos que não te leva a nada. Estás no meio-campo adversário passas para o lado, continuas no mesmo lugar e nem sequer rematas para o adversário ter que repor a bola em jogo através de um pontapé de baliza.
O Alfa tem mentalidade caso contrário não tinhas visto uma evolução do seu jogo nos dois jogos que entrou a titular esta época. Depois dizes que não tem foco... tem o Gedson? Tem o Rúben Dias? Tem o João Félix? Tem o Grimaldo? Tem o Cervi? Tem o Zivkovic? Rasgos são poucos? Mas, tem jogado com regularidade? Preferências, digo eu.
O Lisandro sempre jogou o jogo dele esquecendo a equipa. É o filho na parada que é o único que está afinado.
EliminarTu também tens a percepção que o RV teve imensa rotação no 11 titular imposta. E recusas-te a mostrar que tens razão!
Não comparo um com o outro, porque o que está em questão não é isso, ó idiota! Quando eu disse que o Jiménez a cada jogo aparecia mais desligado, vieste com a conversa do golo que marcou e dos que não marcou, dizes que foi um chouriço e portanto não traduz ligação com a equipa. Como se ligação com a equipa fossem apenas golos! Como se fossem apenas golos aquilo por que se mede um avançado. Se fosse por isso Marega era muito melhor que Jiménez. Achas que é?
Gedson, Ruben e Félix (e este nem sequer é do mesmo escalão) têm um comportamento muito mais homogéneo, do ponto de vista mental, do que Alfa. Tu é que estás tão apaixonado por ele que não queres ver!