28 abril 2016

Chegou a vez...


Face ao momento de forma do mexicano, quem deverá fazer parceiro de ataque com Jonas? Mitroglou ou o Jiménez?



Esta é para mim a minha única dúvida quanto ao onze titular que defrontará o Vitória de Guimarães amanhã ao início da noite. No estádio da Luz, joga-se a 32ª jornada da 1ª Liga, e mesmo com André Almeida e Fejsa em risco de ficarem de castigo (por acumulação de amarelos) para o próximo encontro, penso que Rui Vitória vai colocar o seu onze mais rotineiro. Este é formado pelo jovem guardião Ederson. Seguido do quarteto defensivo formado por André Almeida e Eliseu na lateral direita e esquerda, respectivamente, e com Lindelöf e Jardel como centrais. Mais à frente, o quarteto de meio-campo é formado por Pizzi e Gaitán nas alas direita e esquerda, respectivamente, e com o Fejsa e o Renato Sanches no meio. Lá na frente, Jonas é titularíssimo, até porque vai lutar pela bota de ouro até ao final do campeonato. Sobra uma vaga... Vaga essa, que Rui Vitória deverá estar a pensar em quem deverá dar. Se ao Kostas? Ou se ao Raúl?

Na minha opinião, penso que o internacional mexicano merece a titularidade neste encontro. Primeiro, por uma questão de mérito. Tem estado melhor nos jogos, está fresquinho e soltinho, enquanto que o seu homólogo grego parece estar a passar por alguma fadiga competitiva (a meu ver uma cura de banco até faria-lhe muito bem). Segundo, o Jiménez tem feito (importantes) golos. Terceiro, penso que Pizzi e Jonas poderão sair tremendamente beneficiados com a energia que o Raúl joga os 90 minutos. Por exemplo, com o camisola 9 encarnado em campo, há muito mais exploração dos corredores laterais e das entre-linhas por parte deste, uma vez que ele sai muitas vezes da grande área, trocando de funções com Jonas. Isto permite ao brasileiro repousar numa posição mais de referência, assim como confundir marcações. Por seu turno, permite mais linhas de passe para Pizzi poder criar jogadas e combinações que quebrem linhas defensivas.




P.S.: E, já agora, porque eu acredito na bota de ouro e em quatro disparos certeiros amanhã, aqui vai a mensagem para o...

11 comentários:

  1. já não há margem para gerir cartões amarelos. joga sempre o melhor onze disponível, agora.

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    1. Completamente, até porque sinceramente acredito na capacidade de quem tiver que entrar, irá cumprir perfeitamente. Tem sido assim durante toda a temporada.

      ;)

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  2. Caro PP,

    Tomaria outra opção hoje: Jiménez no lugar de Pizzi. Isto é, Jiménez ocupando um espaço de meia direita, sempre à procura da bola, do espaço entre o central e o lateral e a perseguir os calcanhares do lateral esquerdo. Teríamos criatividade à esquerda (Gaitán) e ao centro (Jonas) e combatividade e pulmão na direita.

    Se reparar, sendo jogadores diferentes, procuram ambos espaços semelhantes. O que perderíamos em capacidade técnica, ganharíamos em combate e finalização.

    É claro que isto pressupõe que jogue André Almeida e que Fejsa vá tapar muito mais vezes o lado direito que o esquerdo, mas penso que seria um factor surpresa e uma modificação útil para esta partida, poupando e resguardando o Pizzi (até mentalmente) para Braga e/ou Marítimo.

    Ideias, apenas.
    Cumprimentos,
    Isaías

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    1. Olá Isaías!

      Quero-te agradecer pela partilha da tua ideia. Pessoalmente, gosto dela, mas apenas utilizaria num momento em que teria mesmo de marcar golo e o tempo estivesse a escassear.

      Nessa situação, até retiraria o lateral direito (André Almeida) e dava ao Pizzi ou ao Salvio toda essa ala.

      Entrar em jogo com Raúl, Mitroglou e Jonas é ter que exigir demasiado do Gaitán, Renato e sobretudo do Fejsa. Para além disso, perderíamos alguma criatividade e qualidade de posse de bola que o Pizzi dá. O que aconteceria era o seguinte: Mitroglou e Jonas ficariam mais no corredor central, o Raúl na ala direita muito aberto. O Gaitán e o Renato pegariam na bola e tentariam quase sempre forçar as jogadas individuais. O problema é quando eles perderiam a bola, ficaria apenas o Fejsa para resolver. A equipa estaria sempre no "red-line" e embora devemos jogar com intensidade, é fundamental gerir o ritmo de jogo para pensá-lo da melhor forma.

      Depois, e este é talvez a minha maior dúvida, prende-se com as rotinas que o Raúl possa ter na direita e a dos restantes colegas com esta alteração. No fundo, acaba-se por transformar o 4-4-2, num claro 4-3-3 com 3 avançados declarados.

      Grande abraço! ;)

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    2. Caro PP,

      discordo que fosse assim tão desequilibrado, pelos seguintes motivos:

      - O Gaitán, quando está mentalmente focado, defende muito bem o seu flanco. Logo, a protecção a Eliseu seria atribuida ao Nico.

      - Com o Jonas a descer da sua posição até ao meio campo (como aliás fez com o Rio Ave, por ex) para vir buscar jogo, oferecer opções e procurar combinações, retiras a necessidade (que se via na primeira metade do campeonato) de forçar a jogada individual ou de jogar no "chutão" para a frente.

      - A protecção dada ao flanco direito (apesar de considerar que o Jiménez seria capaz de compensar o seu lateral) ocorreria com mais atenção de Fejsa à meia direita. Renato providenciaria apoio sempre que necessário, à frente e atrás, tendo a dupla função de um box-to-box.

      Sim, seria um meio-termo entre 4-4-2 e 4-3-3, dado que é assimétrico.

      Seria mais ou menos assim:

      http://lineupbuilder.com/?sk=sy2gy6

      Claro, que isto somos nós aqui a conversar da bancada, apenas.

      Cumprimentos,
      Isaías

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    3. Isaías,

      A minha dúvida vai para a capacidade de equilibrar o meio-campo, sobretudo na construção de jogo. O Renato, tem a tendência de pegar na bola e fugir com ela, criando espaços nas costas, por mais que o Fejsa o acompanhe como um guarda-costas.

      A descida de Jonas é algo que já acontece, por isso há uma identificação com esse processo. Agora, o Gaitán para mim terá de vir mais para dentro, um pouco como o Pizzi faz.

      Isto faria com que o Raúl fosse um avançado interior, i.e., um avançado mascarado de extremo, enquanto o Nico seria mais um médio-ala que propriamente um extremo.

      No fundo acaba por ser um 4-2-3-1 assimétrico. E, para te ser franco até gosto, apesar de parecer estar a retirar o Jonas das zonas de concretização.

      De qualquer maneira, eu não começaria assim o jogo, mas deste-me uma excelente ideia para se quisermos meter mais pressão sobre o adversário e de como arrumar a equipa para tal.

      ;)

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    4. Caro PP,

      Bom, esse equilíbrio interior, do lado do Renato (meia esquerda) seria providenciado pelo Eliseu, não pelo Gaitán (que faria cobertura defensiva ao flanco esquerdo, ajudando o Eliseu quando em posição defensiva).

      Precisamente devido ao transporte de bola excelente que o Renato providencia, é que considero que já há "muito tráfego" naquela zona e o Gaitán deve abrir na esquerda. Isto traz algumas vantagens:

      - Impede a livre circulação do lateral direito adversário, tirando carga ao Eliseu.

      - Estica horizontalmente o jogo quando necessário, sabendo o portador da bola que há um playmaker à espreita no flanco esquerdo, capaz de inventar qualquer coisa, provocando o constante reajuste defensivo do Guimarães.

      - Não só ganhamos técnica no 1x1 daquele lado, como ganhamos Eliseu no espaço mais interior, onde sabemos que pode fazer uso do seu remate forte, numa segunda bola, por exemplo, como se viu na época passada.

      O amigo disse bem que o Raúl seria como um avançado mascarado de extremo, sim. De notar que o Jonas, como já tive oportunidade de comentá-lo num post meu, é um excelente 10, quando necessário: joga, faz jogar e "aparece" onde é preciso, sempre. Por isto, não seria propriamente retirá-lo da finalização (até porque não andaria longe), seria sim, dar-lhe uma função de criativo central da equipa.

      Considero que seria positivo começar assim, porque, por um lado, há que mostrar a Raúl que contamos com ele para titular e, por outro, porque seria positivo resolvermos este jogo na primeira parte, com pelo menos dois golos de vantagem.

      Para mim, este é jogo para entrarmos forte e resolvermos cedo, tirar-lhes ímpeto e vincar bem a nossa candidatura ao título. Até emocionalmente para os jogadores seria importante!

      Cumprimentos!
      Isaías

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    5. Gosto muito das tuas ideias Isaías !

      Também gosto da possibilidade de Jimenez no flanco direito como avançado interior. Mas neste momento, e sobretudo depois do jogo de hoje e da entrada que o Jimenez fez (iam sendo dois golos de antologia !) já não existe dúvida nenhuma que merece ser titular. Mas por mim mantinha o Pizzi na ala direita, é um jogador importante, tirava é o Mitroglou que apesar de ser um grande jogador não está no melhor momento de forma.

      E a dupla de ataque Jimenez-Jonas pode ser muito interessante, com o Jonas a vir buscar a bola atrás pelo centro e o Jimenez utilizando a sua velocidade para se desmarcar entre o central e o lateral (o que sugeriste, e concordo totalmente, mas com o Jimenez a ponta-de-lança). Com a capacidade que têm Pizzi, Jonas e Gaitan em dar passes em profundidade deliciosos pode ser um mimo ter o Jimenez a desmarcar-se nas costas da defesa ! O que não temos com o Mitroglou que, apesar de ser excelente jogador, não tem velocidade ao contrário do Jimenez que é muito mais rápido e móvel, sendo o complemento perfeito para Pizzi, Jonas e Gaitan.

      E também gosto muito dessa ideia de jogar com o Eliseu mais por dentro e o Gaitan mais por fora, o Eliseu aproveitaria o seu remate e o Gaitan mais junto à linha teria muito espaço para desafiar o lateral adversário no 1x1. E essa ideia do lateral por dentro e o extremo por fora é muito utilizada pelo Guardiola no Bayern, vimos o que deu frente a nós : Douglas Costa e Ribéry, muito rápidos e fortes no 1x1 (tal como o Gaitan), andavam sempre muito abertos juntos à linha e sempre com muito espaço para ir para cima do lateral.

      Além disso, as movimentações de Jonas a vir buscar a bola ao meio-campo pelo centro e o Pizzi a fazer a mesma coisa a partir do flanco direito, soltariam muito espaço tanto para o Gaitan junto à linha como para as desmarcações do Jimenez em toda a largura do campo.

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    6. Isaías e Spirited,

      Estou a gostar muito de ler os vossos comentários. É mesmo isso que pretendo quando escrevo este tipo de artigos e como tal, só tenho de agradecer-vos a participação.

      A propósito dos vossos últimos comentários, repararam nas inúmeras vezes que o André Almeida procurava os movimentos interiores quando o Salvio jogava encostado à linha? O mesmo o Eliseu fez do lado contrário. Tudo isto faz parte de uma estratégia de criação de espaços livres em defesas organizadas.

      A ver se escrevo futuramente sobre este tema.

      ;)

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  3. Seria mais ou menos isto : http://this11.com/play/abK6pGJaef.png

    - Flanco direito : Almeida mais por fora (ainda funcionaria melhor com o Nelson Semedo), Pizzi mais por dentro
    - Flanco esquerdo : Eliseu mais por dentro, Gaitan mais por fora

    Dinâmica diferente em cada flanco. E no centro do jogo teríamos geralmente Eliseu, Sanches, Pizzi e Jonas. Sanches mais transportador de bola, Pizzi e Jonas mais criativos no passe, e Eliseu sempre com a ameaça do seu remate de meia-distância. Com Fesja a proteger este grupo criativo central, Gaitan bem aberto pela esquerda e Jimenez a procurar espaços em toda a frente de ataque.

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    1. Era esse o meu onze titular frente ao Vitória de Guimarães...

      ;)

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