Uma análise fria à derrota frente ao Zenit.
O Benfica perdeu pela primeira vez na Luz esta temporada para uma competição oficial, ontem, frente ao Zenit de São Petersburgo no 1º jogo do Grupo C da fase de grupos da Liga dos Campeões. Uma competição no qual o Benfica já não perdia em casa há pelo menos dois anos. O último adversário dos encarnados da Liga dos Campeões que saiu da Luz com uma vitória foi nada mais, nada menos que o Barcelona de Messi.
Expulsão de Artur é um mal que vem por bem
Os pupilos de Jorge Jesus entraram acusaram a pressão de jogar nesta competição, nomeadamente, jogadores como Artur, Jardel, Samaris, Talisca e Lima. O guarda-redes brasileiro já se sabe que acusa a pressão dos jogos mais exigentes. Não é que tenha estado muito mal, mas a verdade é que transpira a insegurança. Basta verem a sua linguagem corporal com e sem bola, basta notar na forma como defende remates de livres frontais a dois tempos, basta notar como está desatento e sai da baliza com hesitação no lance da expulsão. Quanto ao companheiro do eixo defensivo de Luisão, o brasileiro Jardel, foi para mim uma desilusão, na forma como algumas vez entregou facilmente a bola. Onde está o Jardel super confiante da época passada? É esse o Jardel que precisamos e queremos ver! A bem da verdade, muita gente pode culpabilizar o central no primeiro golo do Zenit, por causa da perda de bola através de um passe errado, mas, também a falta de dinamismo do nosso meio-campo contribuiu para que isso acontecesse. E, aqui, entra a minha crítica ao reforço grego. Samaris fez ontem o seu segundo jogo a titular pelo Benfica. Nota-se claramente que ainda não se sente como peixe na água naquele meio-campo. Por outro lado, noto que não está fisicamente no ponto. A contextualizar isso, são alguns atrasos nas marcações e nas antecipações na zona central do meio-campo defensivo. Talvez Jesus deveria ter arriscado a titularidade de André Almeida ou então utilizar este para reforçar aquela zona do terreno com mais um jogador... para isso teria que retirar um dos dois avançados, e nesse caso o candidato seria o brasileiro Talisca. Tendo em conta os quase 20 minutos em que esteve em campo e no qual efectuou 4 passes e apenas um deles foi completo, talvez fazia mais sentido essa opção de reforçar o meio-campo com outro jogador, libertando Enzo Pérez para criar jogo e jogar entre-linhas, solto, atrás do avançado. Talvez assim, Lima não se desgastasse tanto em correrias e tivesse mais bola nos pés para poder atacar com mais perigo e energia. Vi o avançado brasileiro a ser igual a ele próprio em termos de trabalho, ou seja, um autêntico guerreiro. Faltou-lhe o discernimento em um ou outro momento, mas também alguma sorte e frescura.
Javi + Witsel > Samaris + Enzo por enquanto
Esquemas tácticos do Benfica e do Zenit neste 1º jogo do grupo C. Notar na vantagem numérica do tridente russo face à dupla portuguesa. |
Jogadores do Benfica correm mais com a bola do que os jogadores do Zenit (71 ocasiões contra 64) e efectuam menos passes que o adversário (391 passes contra 577)
O maior reparo que posso fazer aos nossos jogadores é que continuam a transportar demasiado a bola, quando poderiam e deveriam recorrer mais ao passe curto-médio-longo, para fazê-la circular e fazer com que o adversário corresse atrás da bola. Percebo que neste encontro, com menos um jogador, tal fosse mais difícil, pois para fugir à pressão do adversário, era necessário fintar um ou outro jogador, para libertarem-se da marcação. Mas, fazer isso é correr o risco e entrar na estratégia defensiva do adversário. Assim sendo, a equipa encarnada deve posicionar-se de tal forma a estarem próximos uns dos outros e manter as linhas de passe disponíveis. Tudo isto requer treino... muito treino.
Tanto tempo para mexer na equipa significa que não há um plano de contingência?
A minha solução para o Benfica reduzido a 10 jogadores, frente ao Zenit. Realce para o reforço da zona central e liberdade para o trio de argentinos (Salvio, Enzo e Nico). |
Os Benfiquistas são sem sombra de dúvida os melhores adeptos do mundo
Se não somos os melhores adeptos do mundo somos com certeza os adeptos mais apaixonados... se não vejam:
O Hulk demonstrou que é um monstruoso jogador
ResponderEliminarO Villa Boas demonstrou que é um grandioso treinador
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