Esta semana foi vendido o melhor jogador a actuar em Portugal na última temporada: o sérvio Matic. Foi vendido pelo Benfica ao Chelsea de José Mourinho, por 25 M€ em pleno mercado de inverno, conforme pode-se ver pela figura acima. Existe muito por debater sobre esta venda, nomeadamente o momento em que ela é realizada, os valores envolvidos e até sobre possíveis soluções para colmatar esta perda de vulto. Contudo, prefiro discutir sobre as reais necessidades do Benfica vender e acima de tudo sobre a (falta de) transparência que estes negócios parecem ter.
A meu ver, o Matic já estava negociado com o Chelsea desde que chegou à Luz. Só um direito de preferência associado com uma cláusula de recompra no valor máximo de 25 M€ poderá explicar o porquê deste valor de venda tão baixo, se considerarmos a cláusula de rescisão do Matic no Benfica, ou seja, 50M€. Faltava então saber quando regressaria ao Chelsea e se regressaria alguma vez. Bem, esta última parte dependeria do sucesso do sérvio no conjunto encarnado. As exibições da época passada e os holofotes na final de Amesterdão, foram como que um preencher os requisitos para o regresso a Stamford Bridge. Aqui é que poderá ter acontecido um pedido especial do presidente Luís Filipe Vieira para o Matic ficar mais uma temporada, até porque o Benfica tinha reais pretensões em fazer uma excelente campanha na Liga dos Campeões, cuja final se disputava na Luz. Acredito também que o presidente tenha movido os cordelinhos contratando o irmão Uros Matic para o Benfica, assim como todo o restante contingente sérvio, como que a tentar agradar o gigante Nemanja. A bem da verdade, essa deverá ter sido só parte das razões. A outra encontra-se no bom relacionamento com o empresário do Matic que praticamente é o mesmo dos outros sérvios. Ou seja, poderá ter havido aqui uma cobrança de favores do tipo, para teres mais um tempo o gigante, levas mais uns quantos. Enfim, uma mão lava a outra e as duas lavam a cara... Eu estou a especular um pouco, mas acredito que a realidade não tenha sido muito diferente disto.
Continuando... com o término da participação na Liga dos Campeões, o acordo feito inicialmente já não tinha razão de persistir. Ainda para mais num momento em que o Chelsea de Mourinho precisa urgentemente de um médio com as características do Matic para conseguir equilibrar o seu jogo e fazer finalmente o assalto à liderança da liga inglesa. Assim sendo, foi só o Chelsea telefonar e reactivar as cláusulas a que tinha direito. É óbvio que o jogador tem sempre a última palavra, mas o Matic também terá as suas ambições e metas. Para o sérvio, provavelmente estava a ganhar menos do que iria ganhar para o Chelsea e como já sabia qual seria o seu futuro, se calhar era mais correcto para a sua carreira mover-se já para Londres e adaptar-se à sua futura equipa. Para o Benfica também foi como tirar um peso de cima. Após a renovação do contrato em Março de 2013 com o Matic (aquela que blindou com uma cláusula de 50 M€), os encarnados deveriam estar a pagar-lhe acima da média e com um plantel tão vasto como o que tinham criado para atacar a Liga dos Campeões, talvez tenha sido igualmente uma boa altura do ponto de vista financeiro.
De qualquer maneira que queiramos ver esta transferência, ela está envolta de muito secretismo, ou falta de transparência, que deve deixarmos todos um pouco desconfiados. Matic é um activo do clube ou SAD do Benfica. Logo é um activo nosso. Vendê-lo por metade do seu valor deve ser bem explicado. Assim como deve ser bem explicada esta clara parceria com o Chelsea.
Reparem que o Chelsea gastou ao todo com o David Luiz e o Matic 50M€ no Benfica. Parece muito dinheiro, mas se repararmos no pormenor da qualidade de ambos os atletas, verificamos que de maneira nenhuma o Chelsea conseguiria comprar aqueles dois jogadores por 25 M€ cada. Isto é um valor cerca de 30% a 50% abaixo do valor real de mercado de cada um desses jogadores. Individualmente custariam muito mais. Depois, temos de verificar o custo e o risco de formação, todo ele suportado pelo Benfica e não o Chelsea. Torna-se uma situação "win-win" para o Chelsea, até do ponto de vista financeiro. Reparem que o clube londrino tem capitais aplicados em vários fundos, uma espécie de conta aberta com alguns empresários de futebol e respectivos fundos, que possibilita a compra de certos jovens jogadores de grande potencial. É o caso do sérvio Markovic. Este chegou ao Benfica por metade do preço, sendo que o restante passe pertence a um fundo controlado pelo Chelsea. Resultado, caso o Markovic evolua como o esperado, fala-se de uma cláusula que permite a saída do sérvio por apenas 15 M€. Como é óbvio, e a existir realmente essa cláusula ela deverá ser dependente do nível e cotação do mercado no momento da activação da mesma.
Em suma, para o Chelsea isto é óptimo, pois acaba por conseguir um fornecedor e potenciador de jogadores de grande qualidade. Para os empresários, é chapa ganha duas e três vezes, pois fazem a transferência do jogador do clube pequeno (origem) para o intermédio (Benfica) e depois do intermédio para o tubarão europeu (Chelsea). Ganham pelo menos duas vezes a sua comissão. Para o Benfica é benéfico porque os melhores jovens do mundo estão cada vez mais referênciados pelos grandes agentes do futebol e como tal tendem a fazer parte destes grandes fundos de capitais que não brincam em serviço, pois querem taxas de rentabilidade elevadas, pelo que desta forma o Benfica tem acesso a estes valores. Por outro lado, o Benfica assegura quase sempre uma receita futura importante.
Com não há bela sem senão, existem alguns riscos com este tipo de parceria. Em primeiro lugar, é se o jogador não rende e não evolui o esperado. Perde-se o investimento partilhado e perde-se acima de tudo a tal venda futura, ou seja, cria-se um passivo e perde-se uma receita considerável futura. O Benfica pode suportar isso se for com jogadores de "1 M€", mas com jogadores de "10 M€", já se torna perigoso. Para o poderio financeiro do Chelsea, é melhor assim. Em segundo lugar, quando o jogador começa a render na Luz é quando está feito o trabalho do clube e é quando recebe o telefonema do tubarão europeu para o mandar para lá. Ora, isto poderá ser muito prejudicial para a dinâmica desportiva do Benfica. Para além disso, acabamos por ser uma espécie de equipa satélite do Chelsea. Em terceiro lugar, nunca conseguiremos potenciar ao máximo o investimento que fazemos pelos jogadores, ou seja, vender pelas suas cláusulas de rescisão.
Se este tipo de parcerias acontecesse apenas com o Chelsea, ainda vá que não vá, pois era apenas um ou outro jogador e em projectos de 2 a 3 anos. Ou seja, era controlado. Contudo, quando olhamos para o actual plantel encarnado, o que não faltam são jogadores com parcerias do mesmo molde. Por exemplo: o Garay e o Rodrigo com o Real Madrid. Depois há os jogadores de parcerias com os diversos fundos/empresários de futebol a qual deverão ter cobrados favores, como são o Siqueira, o Sílvio, o Ola John, o Fejsa, o Sulejmani, o Djuricic,... Sinceramente, não vejo o porquê de haver tantas situações deste tipo. O Benfica é o maior clube português, com acesso ao crédito que muitas poucas instituições nacionais têm, pelo que terá sempre condições para a aquisição por completo de certos jogadores que achar apostas seguras. Não tem necessidade de estar constantemente a fazer favores a empresários, pois estes em qualquer situação optam sempre pelas que lhes tragam maiores lucros, tanto para eles como para os seus representados. O Benfica deve chegar lá e bater-lhes as cláusulas (um pouco como faz o Manchester United). É talvez melhor do que pagar "com choradinho" e depois ter que vir o jogador referenciado, mais a família e o contingente de jogadores pertencentes à carteira desse empresário. É que estas situações depois minam a evolução natural dos projectos internos dos encarnados, conforme já tinha referenciado no artigo sobre a formação.
A única hipótese do porquê do Benfica estar cheio deste tipo de negociatas só pode ser apenas uma: está haver um abuso de confiança e rápido enriquecimento por parte de muitos agentes internos no Benfica, com clara conivência do nosso presidente Luís Filipe Vieira. Por isso, é que os negócios são poucos transparentes. Não é porque o segredo é a alma do negócio, mas sim porque não deixando as coisas em pratos limpos, as pessoas não poderão questionar de nada e terão que aceitar as desculpas que eles dão. Igualmente, dessa forma esconde-se o processo de luvas e comissões do público em geral. Acontece que há ainda adeptos encarnados, que sabem fazer umas quantas contas e verificar que há outra forma de fazer negócio. Uma forma que coloque verdadeiramente os interesses do Benfica à frente dos interesses de terceiros. Uma forma que permita o Benfica crescer desportiva e financeiramente, tornando-se a médio e longo prazo um verdadeiro tubarão europeu.
A meu ver, o Matic já estava negociado com o Chelsea desde que chegou à Luz. Só um direito de preferência associado com uma cláusula de recompra no valor máximo de 25 M€ poderá explicar o porquê deste valor de venda tão baixo, se considerarmos a cláusula de rescisão do Matic no Benfica, ou seja, 50M€. Faltava então saber quando regressaria ao Chelsea e se regressaria alguma vez. Bem, esta última parte dependeria do sucesso do sérvio no conjunto encarnado. As exibições da época passada e os holofotes na final de Amesterdão, foram como que um preencher os requisitos para o regresso a Stamford Bridge. Aqui é que poderá ter acontecido um pedido especial do presidente Luís Filipe Vieira para o Matic ficar mais uma temporada, até porque o Benfica tinha reais pretensões em fazer uma excelente campanha na Liga dos Campeões, cuja final se disputava na Luz. Acredito também que o presidente tenha movido os cordelinhos contratando o irmão Uros Matic para o Benfica, assim como todo o restante contingente sérvio, como que a tentar agradar o gigante Nemanja. A bem da verdade, essa deverá ter sido só parte das razões. A outra encontra-se no bom relacionamento com o empresário do Matic que praticamente é o mesmo dos outros sérvios. Ou seja, poderá ter havido aqui uma cobrança de favores do tipo, para teres mais um tempo o gigante, levas mais uns quantos. Enfim, uma mão lava a outra e as duas lavam a cara... Eu estou a especular um pouco, mas acredito que a realidade não tenha sido muito diferente disto.
Continuando... com o término da participação na Liga dos Campeões, o acordo feito inicialmente já não tinha razão de persistir. Ainda para mais num momento em que o Chelsea de Mourinho precisa urgentemente de um médio com as características do Matic para conseguir equilibrar o seu jogo e fazer finalmente o assalto à liderança da liga inglesa. Assim sendo, foi só o Chelsea telefonar e reactivar as cláusulas a que tinha direito. É óbvio que o jogador tem sempre a última palavra, mas o Matic também terá as suas ambições e metas. Para o sérvio, provavelmente estava a ganhar menos do que iria ganhar para o Chelsea e como já sabia qual seria o seu futuro, se calhar era mais correcto para a sua carreira mover-se já para Londres e adaptar-se à sua futura equipa. Para o Benfica também foi como tirar um peso de cima. Após a renovação do contrato em Março de 2013 com o Matic (aquela que blindou com uma cláusula de 50 M€), os encarnados deveriam estar a pagar-lhe acima da média e com um plantel tão vasto como o que tinham criado para atacar a Liga dos Campeões, talvez tenha sido igualmente uma boa altura do ponto de vista financeiro.
De qualquer maneira que queiramos ver esta transferência, ela está envolta de muito secretismo, ou falta de transparência, que deve deixarmos todos um pouco desconfiados. Matic é um activo do clube ou SAD do Benfica. Logo é um activo nosso. Vendê-lo por metade do seu valor deve ser bem explicado. Assim como deve ser bem explicada esta clara parceria com o Chelsea.
Reparem que o Chelsea gastou ao todo com o David Luiz e o Matic 50M€ no Benfica. Parece muito dinheiro, mas se repararmos no pormenor da qualidade de ambos os atletas, verificamos que de maneira nenhuma o Chelsea conseguiria comprar aqueles dois jogadores por 25 M€ cada. Isto é um valor cerca de 30% a 50% abaixo do valor real de mercado de cada um desses jogadores. Individualmente custariam muito mais. Depois, temos de verificar o custo e o risco de formação, todo ele suportado pelo Benfica e não o Chelsea. Torna-se uma situação "win-win" para o Chelsea, até do ponto de vista financeiro. Reparem que o clube londrino tem capitais aplicados em vários fundos, uma espécie de conta aberta com alguns empresários de futebol e respectivos fundos, que possibilita a compra de certos jovens jogadores de grande potencial. É o caso do sérvio Markovic. Este chegou ao Benfica por metade do preço, sendo que o restante passe pertence a um fundo controlado pelo Chelsea. Resultado, caso o Markovic evolua como o esperado, fala-se de uma cláusula que permite a saída do sérvio por apenas 15 M€. Como é óbvio, e a existir realmente essa cláusula ela deverá ser dependente do nível e cotação do mercado no momento da activação da mesma.
Em suma, para o Chelsea isto é óptimo, pois acaba por conseguir um fornecedor e potenciador de jogadores de grande qualidade. Para os empresários, é chapa ganha duas e três vezes, pois fazem a transferência do jogador do clube pequeno (origem) para o intermédio (Benfica) e depois do intermédio para o tubarão europeu (Chelsea). Ganham pelo menos duas vezes a sua comissão. Para o Benfica é benéfico porque os melhores jovens do mundo estão cada vez mais referênciados pelos grandes agentes do futebol e como tal tendem a fazer parte destes grandes fundos de capitais que não brincam em serviço, pois querem taxas de rentabilidade elevadas, pelo que desta forma o Benfica tem acesso a estes valores. Por outro lado, o Benfica assegura quase sempre uma receita futura importante.
Com não há bela sem senão, existem alguns riscos com este tipo de parceria. Em primeiro lugar, é se o jogador não rende e não evolui o esperado. Perde-se o investimento partilhado e perde-se acima de tudo a tal venda futura, ou seja, cria-se um passivo e perde-se uma receita considerável futura. O Benfica pode suportar isso se for com jogadores de "1 M€", mas com jogadores de "10 M€", já se torna perigoso. Para o poderio financeiro do Chelsea, é melhor assim. Em segundo lugar, quando o jogador começa a render na Luz é quando está feito o trabalho do clube e é quando recebe o telefonema do tubarão europeu para o mandar para lá. Ora, isto poderá ser muito prejudicial para a dinâmica desportiva do Benfica. Para além disso, acabamos por ser uma espécie de equipa satélite do Chelsea. Em terceiro lugar, nunca conseguiremos potenciar ao máximo o investimento que fazemos pelos jogadores, ou seja, vender pelas suas cláusulas de rescisão.
Se este tipo de parcerias acontecesse apenas com o Chelsea, ainda vá que não vá, pois era apenas um ou outro jogador e em projectos de 2 a 3 anos. Ou seja, era controlado. Contudo, quando olhamos para o actual plantel encarnado, o que não faltam são jogadores com parcerias do mesmo molde. Por exemplo: o Garay e o Rodrigo com o Real Madrid. Depois há os jogadores de parcerias com os diversos fundos/empresários de futebol a qual deverão ter cobrados favores, como são o Siqueira, o Sílvio, o Ola John, o Fejsa, o Sulejmani, o Djuricic,... Sinceramente, não vejo o porquê de haver tantas situações deste tipo. O Benfica é o maior clube português, com acesso ao crédito que muitas poucas instituições nacionais têm, pelo que terá sempre condições para a aquisição por completo de certos jogadores que achar apostas seguras. Não tem necessidade de estar constantemente a fazer favores a empresários, pois estes em qualquer situação optam sempre pelas que lhes tragam maiores lucros, tanto para eles como para os seus representados. O Benfica deve chegar lá e bater-lhes as cláusulas (um pouco como faz o Manchester United). É talvez melhor do que pagar "com choradinho" e depois ter que vir o jogador referenciado, mais a família e o contingente de jogadores pertencentes à carteira desse empresário. É que estas situações depois minam a evolução natural dos projectos internos dos encarnados, conforme já tinha referenciado no artigo sobre a formação.
A única hipótese do porquê do Benfica estar cheio deste tipo de negociatas só pode ser apenas uma: está haver um abuso de confiança e rápido enriquecimento por parte de muitos agentes internos no Benfica, com clara conivência do nosso presidente Luís Filipe Vieira. Por isso, é que os negócios são poucos transparentes. Não é porque o segredo é a alma do negócio, mas sim porque não deixando as coisas em pratos limpos, as pessoas não poderão questionar de nada e terão que aceitar as desculpas que eles dão. Igualmente, dessa forma esconde-se o processo de luvas e comissões do público em geral. Acontece que há ainda adeptos encarnados, que sabem fazer umas quantas contas e verificar que há outra forma de fazer negócio. Uma forma que coloque verdadeiramente os interesses do Benfica à frente dos interesses de terceiros. Uma forma que permita o Benfica crescer desportiva e financeiramente, tornando-se a médio e longo prazo um verdadeiro tubarão europeu.
Não acham que poderíamos fazer as coisas de forma diferente?
Nota final e para que fique bem esclarecido. Não sou contra este tipo de parcerias como acontece com o Chelsea. Acho que é uma pareceria óptima para os dois clubes, pois acabam por repartir custos de investimento e os clubes acabam por lucrar a médio e longo prazo com o jogador. Sou contra é isto passar de ser excepção para ser a regra. Sou contra é fazer isto constantemente e quase com qualquer tipo de jogador. Às tantas isto conduz em utilização do Benfica para fazer negócios próprios, o que coloca então a seguinte questão: Afinal o Benfica é de quem? Dos sócios, adeptos e accionistas encarnados ou desta tribo do futebol?
Esta abuso é que depois torna estas parcerias com má resputação. Reparem que em excesso estas parecerias são prejudiricais para os clubes porque:
Nota final e para que fique bem esclarecido. Não sou contra este tipo de parcerias como acontece com o Chelsea. Acho que é uma pareceria óptima para os dois clubes, pois acabam por repartir custos de investimento e os clubes acabam por lucrar a médio e longo prazo com o jogador. Sou contra é isto passar de ser excepção para ser a regra. Sou contra é fazer isto constantemente e quase com qualquer tipo de jogador. Às tantas isto conduz em utilização do Benfica para fazer negócios próprios, o que coloca então a seguinte questão: Afinal o Benfica é de quem? Dos sócios, adeptos e accionistas encarnados ou desta tribo do futebol?
Esta abuso é que depois torna estas parcerias com má resputação. Reparem que em excesso estas parecerias são prejudiricais para os clubes porque:
- Em termos desportivos, prejudica a coesão do grupo. Por exemplo, haverá sempre pressões para que os jogadores pertencentes a estas parecerias tenham de ser sempre titulares para se valorizarem. Por outro lado, a constante chegada de jogadores nestes moldes prejudica os projectos internos de formação pois irão carecer de espaço para evoluirem. Nos casos de sucesso, teremos de vender o jogador quando os nossos parceiros assim o entenderem, o que normalmente não é coincidente com os objectivos da equipa encarnada.
- Em termos financeiros, acho que já foi explicado acima. Em grande quantidade, e fazendo parcerias com qualquer um, sem critério aumenta o risco de insucesso das operações e gasta-se imenso em custos supérfluos como comissões e luvas aquando da vinda do jogador para a Luz. Depois, nos casos de sucesso, a taxa de rentabilidade tem de ser repartida por várias partes, pelo que a nossa margem de lucro fica esbatida, o que não favorece na redução do passivo. Por outras palavras, temos basicamente o trabalho todo e pouco proveito financeiro (e desportivo).
Grandíssimo post meu caro... aquele abraço.
ResponderEliminarPapoilas,
EliminarTive para fazer uma espécie de infografia sobre isto, mas há muitos cenários que podem ser reais.
Abraço!
PS: Rúben Amorim ou Fejsa para daqui a pouco? ;)
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ResponderEliminarCaro Socio slb nº218219,
EliminarNão entendo o seu nervosismo. Nem tão pouco as críticas quanto à especulação. Todas as questões que eu coloquei a nu neste artigo prende-se com maior transparência sobre a política de transferências do clube.
Os sócios podem ter eleito esmagadoramente o senhor presidente Luís Filipe Vieira, mas isto é muito diferente de passar um cheque em branco. Aliás, depois de Vale e Azevedo, devemos ter muito cuidado e atenção com a forma como os negócios são celebrados.
Acho que se votou no actual presidente e sendo este tema da transparência uma das bandeiras da actual direcção, deveria interrogar neste momento porquê não há uma explicação mais concreta aos sócios.
Já agora, mesmo que queiramos ver da perspectiva de um accionista, tal informação explicativa também seria muito importante, pois um accionista tem dinheiro investido na SAD, dinheiro esse que quer ser rentabilizado e não perdido. Ora quando se sai um importantíssimo activo por metade do preço, não é uma acção que rentabilize o valor em bolsa do Benfica... resumindo, o accionista está a perder dinheiro. Numa empresa a sério, sabe o que acontece ao presidente que obtenha resultados negativos? Sabe? É despedido!
E, quanto à perspectiva de um adepto, se és presidente de um clube que queres elevar o número de sócios - a tal meta dos 300000 - acho que ser transparente na vida do clube só transmite confiança e faz mais do que campanhas de RP de angariação de novos sócios. Até porque a verdadeira marca do Benfica é baseada em grandes valores sociais...
De qualquer das formas, não entendo, onde o seu comentário refuta a possibilidade ou não de qualquer dos cenários que indiquei.
Por fim, só alguém muito "ceguinho" e muito "anjinho" é que não percebe como o mundo funciona. Ainda para mais no futebol. Negar as evidências é um erro crasso, no qual todos nós Benfiquistas deveríamos já ter bem presente, se é que me faço entender!
Já agora, até para refutar estas "especulações", não achas que seria indicado o senhor presidente vir a público explicar de forma transparente os moldes dos negócios do Benfica?
Quem não deve, não teme... e não treme!
Por fim, não entendo o porquê da questão de saber se votei ou não votei em quem ou o quê. O assunto deste artigo não são eleições. São contratações.
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarEm primeiro lugar, queira o Socio slb nº 218219 dirigir-me por "meu amigo" e demais impropérios, pois não o conheço de lado nenhum. Nem tão pouco deixo-lhe duvidar do meu Benfiquismo.
EliminarEm segundo lugar, leia em voz alta o primeiro ponto para ver se compreendeu a extensão das minhas palavras. É que mais facilmente retiro os seus comentários difamatórios e sem nexo do blogue do que propriamente os símbolos do Glorioso.
Em terceiro lugar, ainda não me respondeu à questão que coloquei no comentário anterior. Se sabe de alguma coisa em concreto sobre esta temática, porque não partilhar em vez de estar a puxar assuntos que nada tem haver com a questão.
Em quarto lugar, então vejamos... se eu criticar as PPP's em Portugal, serei filiado em que partido? E, se eu também criticar a conduta dos sindicatos? Bem, às tantas, para si nem serei português, não?! Não se poder questionar as elites... é por isso que o pais e em particular o Glorioso está como está.
Em quinto lugar, faça um favor a si e a mim e se não tem nada para acrescentar ao debate cale-se se faça o favor e volto do sítio onde veio. Relembro que a opção de ler e vir cá participar é sua, não minha!
tem toda a razão... meu amigo Força... até um dia
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