29 julho 2018

Muitos não vão gostar, mas...


... para ligar todo o nosso jogo é o Talisca.


Sei bem que é um tema sensível. Eu próprio, não gostei da forma como se desenrolou todo o processo do Talisca. Acredito que o baiano sentiu que não seria uma aposta concreta no onze encarnado e, ambicioso como é, de atingir o mais rapidamente possível o estrelato do futebol mundial  e tudo o que ele oferece, não teve muita paciência para contratempos ou promessas que poderiam sair furadas. O futebol é o momento para o Talisca. E, ele fará tudo, sobretudo dentro de campo para atingir os seus objectivos.


É esta "fome" que faz-nos falta no onze. Mas, também o seu poderoso pé esquerdo e o seu perfil físico. Outrora era um jogador algo preguiçoso na pressão sobre o adversário, mas se há evolução no baiano, essa surgiu nas últimas temporadas ao serviço no Besiktas, onde aprendeu muito das funções que um jogador na sua posição deve ter em campo.


Olhando para o possível onze titular, mais concretamente, para o trio de meio-campo encarnado, penso que o Talisca preencheria todos os pré-requisitos. Em primeiro lugar, a questão técnica: é o jogador que com a sua passada larga e a sua técnica é capaz de transportar o jogo do meio-campo para o ataque. Em segundo lugar, como é um jogador longilíneo poderá ser um parceiro ideal para os nossos avançados fisicamente mais modestos e até mesmo para o Ferreyra. Em terceiro lugar, sem bola e com maior disponibilidade física para pressionar o adversário, poderia ser o jogador que o Gedson tenta ser, mas que lhe falta ainda muito. Em quarto lugar, aquele pé esquerdo... reparem que as variações de combinações de passe e de procura de espaços seria muito superior à actual. Ah! E, não esquecer do seu portentoso remate e das suas bolas paradas... E, em quinto lugar, o seu jogo de cabeça.


Ou, o que nos faz falta é um jogador como o Talisca. 😏

103 comentários:

  1. O nosso problema é termos de jogar com apenas 11 jogadores.

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    1. Ah! Ah! Ah! Este comentário esconde muitas verdades, na medida que muitos jogam com os árbitros, VARs e até mesmo com as Federações e as Ligas, não é verdade?

      ;)

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  2. Os benfiquistas perdoam ao presidente tanta mentira, tantos comportamentos de duvidoso interesse para o clube, tanta negociata manhosa, tanta proximidade com os inimigos declarados do Benfica, por que não haviam de perdoar algum comportamento mais censurável de um simples atleta?

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    1. Para mim o problema foi o controlo de expectativas desportivas e financeiras do Talisca. Claramente percebeu-se que não iria aguentar ser suplente durante muito tempo. E, também convenhamos, o miúdo tem muito futebol.

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    2. Falta no Benfica um verdadeiro acompanhamento e gestão dos aspectos psicológicos e motivacionais dos atletas.

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    3. Não tem a ver com isso. Há coisas que são da relação humana. Não podes estar a planear tudo ao detalhe, quando até o próprio jogador não evolui dessa forma tão linear.

      Por exemplo, imagina que apostas no Talisca e ele não evolui como deveria de ser. O que até aconteceu, pois o contexto em que estava inserido não era o melhor (posicionamento muito diferente daquele que o jogador sentia bem, um modelo de jogo que não beneficiava o jogador na altura, um inúmero manancial de conhecimento que faltava ao jogador na altura,...). O problema é que depois foi a gestão de expectativas de uns e de outros.

      Eu até acho que foi encontrada uma solução elegante para todos. Mas, não deixa de ser irónico, que neste momento o que nos faz falta no plantel é precisamente um jogador com as características do brasileiro.

      E, vou mais longe, dizendo que com ele no onze o sucesso desportivo esta temporada estaria assegurado, assim como também o super-encaixe financeiro que tanto procuramos para ele. Da parte dele, não só iria ser figura de proa da equipa, como iria entrar pela porta grande num dos tubarões europeus na próxima época.

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    4. Ele está à espera de entrar num tubarão há 3 anos. Os mesmos tubarões que dão milhões por putos sem jogos em sénior, muito menos nas competições europeias. A porta grande dele só será grande porque ele é "longuilíneo"...

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    5. Esses tubarões dão milhões por miúdos para depois poderem trabalhá-los até conseguirem chegar à titularidade. Aqui o Talisca, seria para sair do Benfica e entrar no onze titular de um desses tubarões, tal como aconteceu com o Di Maria, o Witsel, o Matic, o David Luiz, entre outros que por cá passaram.

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    6. Exacto... E se o Benfica não tem "tempo nem espaço" para formar de João Carvalho a Gedson, para falar de dois putos com potencial diferente, terá para o mimado do Talisca? E o Talisca quer vir ganhar menos para o Benfica para ser "formado" e poder entrar num tubarão pela porta grande de milhões com que ainda nem sonhou?

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    7. O erro do teu raciocínio é pensares que o Gedson ou o João Carvalho estão no mesmo ponto de desenvolvimento do Talisca.

      O Talisca estará a ganhar tanto ou menos que um Ferreyra, por isso, acho que por aí não é o problema.

      Já agora, já viste que com Talisca, Carrillo e Raúl terias um tridente ofensivo de Champions?

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    8. Não quero parecer desmancha prazeres, mas para RV um tridente ofensivos de Champions é Diogo Gonçalves-Jiménez-Sálvio (Estádio da Luz, 2017/10/18 e Old Trafford 2018/10/31).

      Quanto ao Talisca, ou 1)há espaço e tempo para o clube formar jogadores, e isso implica dar tranquilidade aos jogadores para poderem errar e aprender, ou então 2)o clube tem de ganhar já e não há tempo e espaço para se habituarem ao lugar.

      Na primeira o Talisca tem coisas para a aprender se é para se cumprir o que dizes neste post. Só que tem ele e tem o Gedson e tem o Alfa, para não falarmos do passado.

      Na segunda a função do Talisca não é o que preconizas. Quanto muito poderia ser uma alternativa ao Jonas, um segundo avançado, ou até referência isolada de um ataque que conta com dois alas que aparecem muito por dentro (um 433 que na realidade é um 41212).

      A verdade é que se te preocupas com as perdas de bola e a reacção à perda e a seguir queres fazer do Talisca o teu arrumador de jogo... Deduzo que nem o Talisca joga do lado do Sálvio, nem o Sálvio está em campo certo? Depois o Talisca vem e os 20% de jogo do Gedson vão para onde mesmo? É que o futebol é momento e o momento do Gedson nesta altura está acima do que o Talisca estava na mesma fase. Se me disseres que o Gedson devia jogar mais regularmente com alguém que lhe elevasse o jogo, concordo. Que isso abriria uma necessidade no meio campo benfiquista, também concordo. Agora, o que não concordo é que, para aquela posição o Talisca fosse mais solução do que o Gedson.

      De qualquer das formas, como aquilo tem para lá umas cláusulas podemos falar do que realmente importa. Achas que o dinheiro não é problema para o Talisca? Achas que vinha para PT fazer uns trocos só para se expôr as câmaras das EuroLigasEuro quando pode ganhar uns milhões largos na China? Como diz o outro... Nestes casos a vedeta é o empresário pá!

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    9. Continuas a colocar o Talisca no meu estado de evolução, quando o baiano já está muito mais à frente que Gedsons e companhias. Para além disso, é um canhoto que permite a variação de passes a meio-campo que nos dará outro manancial atacante.

      O Talisca pode jogar em todas as posições do meio-campo e ataque. Tem qualidade física, técnica e táctica para isso. A sua lacuna é como a maioria dos jogadores o jogo sem bola, mas com bola, faz coisas que mais nenhum ali faz.

      O Gedson não é para ter 20%. O lugar dele nem sequer é o plantel encarnado neste momento. O lugar dele é jogar com regularidade num clube que o permita. Na próxima temporada será novamente incluído na pré-época e isso permitirá aferir do quanto evoluiu.

      O Gedson não oferece a mesma qualidade de movimentos com e sem bola que o Talisca oferece. E, nem sequer tem de oferecer, porque estás a comparar um miúdo com um jogador já semi-feito.

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  3. o que me assusta e isso mesmo... e que o modelo que o rui vitoria tem esta tao desadequado que tenhamos que precisar do talisca (atençao eu acho que ele e bom jogador e nao tenho odio para com ele) quando temos o gedson, keaton, krov,zivk,

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    1. Ontem viu-se perfeitamente que o Gedson e o Keaton estão muito verdinhos, quer com, quer sem bola para este nível internacional.

      O Krovinovic e o Zivkovic, têm a técnica, mas faltam-lhes a questão física para poder rapidamente ser o 2º avançado e o terceiro médio ao mesmo tempo. Seria necessário uma adaptação ao modelo actual. Aliás, não podemos esquecer na exibição do meio-campo formado por Zivkovic-Fejsa-Pizzi frente ao Porto na Luz, na época passada...

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    2. mas se tens um modelo que da privilegio ao fisico, obvio que esses terao problemas contra equipas estilo porto. mas se o modelo fosse baseado na tecnica e inteligencia a historia seria diferente. ter o pizzi a correr para segundas bolas ou obrigar o zivk ou mesmo o krov a defender boa parte do tempo nao faz sentido. nisso o rui vitoria esta a pecar

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    3. Não é esse o problema. O problema está na forma como não conseguimos manter a posse de bola e a gestão de esforço.

      O Pizzi, o Krovi e o Zivko podem ser muito bons com a bola nos pés, mas não são tão eficazes e eficientes nesse momento como eram o Xavi e o Iniesta, só para nomear estes dois que são a referência nesse modelo de jogo.

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    4. eu vejo mais o nosso problema na nossa 1º fase de construçao que propriamente no mante-la. assim que a bola esta nos pes dos nossos defesas (tirando o grimaldo) o benfica ira quase certo acabar por perde-la ora pk a equipa nao se mexe a dar linhas de passe ora pk tecnicamente eles perdem o tempo para o fazer. tendo em conta que isto ja vem do ano passado muito sensivelmente penso que e o modelo.

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    5. Não vejo isso. Se há coisa que deu para ver o quanto estamos evoluídos é precisamente na 1ª fase do processo de construção.

      Agora, na transição da 1ª para a 2ª, quando se desenrola pela combinação Grimaldo - Cervi, falta qualquer coisa. Mas, pior, é da 2ª para a 3ª fase, pois muitas vezes a bola sai dos pés do Grimaldo ou do Cervi e cai no do meio-campo, mas este não tem a linha de passe para o Gedson, porque este pura e simplesmente está quase sempre mal posicionado. Demora ainda muito para ler o que os companheiros vão precisar de fazer.

      Tendo essa linha de passe, tudo o resto virá, porque o posicionamento do Salvio está lá, assim como do ponta-de-lança da equipa.

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    6. «e que o modelo que o rui vitoria tem» Modelo? Qual modelo?

      Observações da pré-época: a questão do modelo é fundamental e é como diz o alexanderson «se tens um modelo que da privilegio ao fisico, obvio que esses terao problemas contra equipas estilo porto. mas se o modelo fosse baseado na tecnica e inteligencia a historia seria diferente.» Isto é muito verdade.

      Onde o PP vê melhorias brutais na primeira fase, o que se vê é que um jogador do Benfica apertado vai bater na frente. E vai bater na frente porque, qual jogador de futebol americano, mentalmente só quer ganhar jardas. E é sintomático que o PP no comentário antes do meu se ponha a falar de nomes, porque a verdade é que o modelo do Benfica depende isso sim dos nomes. Não há uma verdadeira ideia de jogo enriquecida pelos nomes, há nomes que têm de inventar uma ideia de jogo. O principal problema da construção pelo flanco esquerdo que eu vi na pré-época é o fraco envolvimento do central desse lado no processo. Um processo que deveria decorrer com triângulos variáveis (Grimaldo-Rafa/Cervi e consoante a fase, Jardel-Fejsa-Pizzi) não acontece porque Jardel fica demasiado preso. Normalmente escondido atrás de um adversário ou então demasiado atrás. A equipa poderia compensar e descer um pouco e Fejsa dar então esse apoio, só que isso implicaria algo que parece quase anátema, que seria construção pelo meio. Quantas vezes pensei que isto com Samaris no lugar do "Hummels da Liga Portuguesa" era outra loiça...

      Claro que contra adversários de uma valia superior a Setúbal e Napredak Gedson ia ter dificuldades. Até porque ou desce muito no terreno ou dificilmente a bola lhe chega jogável. Quantos ataques construídos a partir de trás é que começaram no flanco esquerdo e mudaram de flanco não com bola pelo chão, mas através de bolas largas pelo ar sem a equipa adversária estar desequilibrada? O Dortmund, que foi a largos espaços manietado pelo Benfica e que demostrou imensas dificuldades em sair a jogar, construiu os seus poucos lances de perigo através de aberturas largas cruzadas, para mas para zonas do terreno onde os seus jogadores dificilmente teriam de andar a disputar bolas com os jogadores do Benfica. E sempre que pressionavam na frente com 2/3 jogadores os jogadores do Benfica ficavam tipo baratas tontas sem saber como tirar dali a bola.

      Nada se resolve sem treino. É fácil culpar Gedson por não se posicionar, mas a questão é que aquela posição tem tido historicamente problemas. Aliás, seja num meio campo a 3 ou a 4, com RV aquele centro do terreno só carburou quando tinha lá um touro com pior noção de onde estar do que Gedson, mas com uma estampa física superior. "Então porque não funciona com Samaris?" Porque Samaris não constrói com a bola nos pés amigo...

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    7. Bem, que confusão que para aqui vai...

      Um modelo tem de ter sempre em consideração os jogadores que serve. Podes ter ideias de jogo que queiras aplicar na criação de um modelo, mas nunca começas do nada. Se começas do nada, então mais do que um modelo, tens é apenas e só um sistema fixo. É isso que treinadores como o Jesus fazem. E, é por isso que só ganham de tempos em tempos, quando conseguem reunir os jogadores certos para o seu sistema de jogo funcionar como uma máquina. Da mesma, forma que treinadores como o Guardiola têm sucesso após sucesso...

      O Rui Vitória percebeu dois grandes erros nos jogos grandes da época passada: Fejsa e Pizzi têm de jogar mais próximos um do outro para a qualidade de jogo subir, e é preciso termos um terceiro médio que seja intenso e fisicamente robusto para em pouco tempo estar lá na frente a fazer pressão sobre o adversário e cá atrás a ajudar na ligação meio-campo/ataque. Para isso é preciso entender os vários momentos de jogo e as suas funções em cada um desses momentos, coisa que o Gedson por mais simpático que seja, não sabe ainda e estará a uma ou duas temporadas de estar a um nível minimamente aceitável para tal.

      A questão da saída de jogo, até é falsa. Aconteceu apenas por breves instantes em que o Benfica sofreu os dois golos de catadupa do Dortmund. Até lá e depois esteve bem. A crítica que apresentas ao Jardel não faz sentido. Ele a avançar teria que ser pelo flanco, para tal precisaria que o Grimaldo e o Cervi fugissem um pouco do flanco, mas então iriam para onde? E sendo esquerdinos, faria sentido depois receberem um passe do lado esquerdo para o centro? Talvez se o passe fosse em diagonal e em progressão, mas quantas vezes isso depois acontece com uma boa cobertura e pressão adversárias? Pois, normalmente acontece o passe lateral ou ligeiramente em diagonal recuado, que coloca o canhoto de costas para o adversário e com o seu melhor pé virado para o flanco esquerdo e para o centro. Nunca aberto para o flanco direito, onde haverá mais espaço.

      Agora, se me dissesses que o principal problema na 2ª fase de construção pelo flanco esquerdo é o não entendimento e a respectiva solicitação dos jogadores do centro do terreno, por parte de Cervi e Grimaldo, aí sim. Pessoalmente, deveriam procurar deixar o Cervi o mais à linha possível pronto para disparar, um pouco como o City faz com o Sané, e não recuá-lo entre-linhas para construir, pois a sua tomada de decisão e execução não são o seu forte nessa zona do terreno. O ideal será a combinação entre o Grimaldo e o Pizzi. A bola a chegar a este poderá ter inúmeras possibilidades: a combinação para a progressão pelo interior de Grimaldo, a ativação do Cervi supersónico, a tabela com o ponta-de-lança, o apoio do Gedson (aqui é que este está sempre muito subido, esquecendo-se de recuar nessa fase de construção, ele no fundo ainda só vê dois momentos de construção de jogo, o 1º e o 3º...), a abertura para o Salvio no flanco oposto e depois as opções mais conservadoras, como a do Fejsa, a do Rúben e a do Almeida. Normalmente a do Jardel estará sempre escondida pelo atacante adversário quando a equipa bascula para este flanco esquerdo.

      Por fim, dizes que não funciona com o Samaris baseado em que jogos? É que o grego nunca foi testado nessa posição, tal como parece acontecer com o Alfa Semedo, que quanto a mim daria um excelente médio mais ofensivo. Com aquela altura toda até poderia entrar na grande área para finalizar de cabeça. Algo que o Talisca tem feito ultimamente.

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    8. Já vou às citações do que dizes, mas o que não funciona com Samaris é a construção em modo touro do Renato. Ou estás a tentar dizer-me que ter Samaris ou Renato dão no mesmo? E Samaris nunca foi usado nessa posição?

      O que eu digo, e como imaginarás vi o jogo do Benfica com o Borussia com os dois olhos bem críticos para ambos os lados, «O Dortmund, que foi a largos espaços manietado pelo Benfica e que demostrou imensas dificuldades em sair a jogar, construiu os seus poucos lances de perigo através de aberturas largas cruzadas, para mas para zonas do terreno onde os seus jogadores dificilmente teriam de andar a disputar bolas com os jogadores do Benfica.» Não foi só nos dois lances dos golos que o BVB entro na defesa Benfiquista, como muita gente parece querer ver, houveram outros lances. E o sucesso que o BVB conseguiu ter para entrar pelo meio campo do Benfica era esse mesmo, descompensar o Benfica para um flanco e abrir no outro. E é este acto de "descompensar" que o Benfica não faz ou não explora. Não me vou debruçar sobre o quanto esse jogo me fez temer pela qualificação final da Bundesliga, por não ser o tema a ser discutido.

      Onde não concordo na tua questão das 2ª e 3ª fases é que a nota mais positiva do Benfica até acaba por ser como a bola roda "para lá" da linha do meio campo. A única questão que tenho neste momento é como RV vai gerir a equipa, táctica e emocionalmente, nos jogos em que o Benfica não terá em teoria o controle do jogo. Se te questionares entre Gedson, Pizzi e Samaris nesses jogos, repara quão lesto cada um é a aplicar a chamada falta táctica e as zonas onde a fazem, mas este é só um aspecto a ter em conta. De resto em jogos em que o Benfica defronta os super-fechados parece-me que há bons indicíos.

      O DCE não tem de subir pelo flanco, pode simplesmente dar apoio por dentro, se acreditas mesmo em progressão pelo flanco. Podes escolher ter um triângulo com dois vértices (LE e AE) na linha com um por dentro (DCE) ou então um vértice na linha (DE) e dois por dentro (AE e DCE). A questão é os apoios que um e outro dão. Têm aqueles apoios de ser dados por aqueles jogadores? Claro que não, mas a verdade é que uma construção baseada apenas no portador e num receptor é facilmente bloqueada. E o Benfica tem imensas dificuldades quando a pressão adversária se faz sobre esses jogadores, especialmente com adversário que usam não jogadores mais fortes, mas que ocupam melhor o espaço.

      Por fim a tua frase de abertura: «Um modelo tem de ter sempre em consideração os jogadores que serve. Podes ter ideias de jogo que queiras aplicar na criação de um modelo, mas nunca começas do nada. Se começas do nada, então mais do que um modelo, tens é apenas e só um sistema fixo.» Concordo. Direi mesmo mais, eu deveria ter escrito isto quando falei sobre o RV ali em cima. É a mais eloquente crítica ao RV que já li em três anos de Vitorismo. É impossível ler este trecho e não compreender que o sucesso de RV no Benfica se deve muito mais a plantéis fortes e incompetência externa do que a méritos intrínsecos do plantel. E por isso mesmo o quão desaquado RV está do que a Administração diz ser o projecto do Benfica...

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    9. Esqueci-me do que era para ser o penúltimo parágrafo...

      A verdade é que os comportamentos da equipa dizem-nos que essa saída a jogar de forma apoiada não só não é regra da equipa como nem sequer o que o treinador quer para a construção. Ou se o treinador quer isso, então está a falhar no dotar a equipa de comportamentos adequados a tal. E por comportamentos não nos foquemos apenas no chutão para a frente como ferramenta de construção mais comum. Vejamos o que está na origem desse chutão.

      Numa situação de bola no GR ou num qualquer defesa, serão os comportamentos da equipa ajustados a uma saída em posse? Onde e como se posiciona a defesa? E o meio campo, onde está? E os avançados? E os comportamentos mudam com os jogadores (por exemplo Rafa em vez de Cervi, Conti em vez de Rúben, Castillo ou Jonas, etc) ou há comportamentos fixos?

      Se «é preciso termos um terceiro médio que seja intenso e fisicamente robusto para em pouco tempo estar lá na frente a fazer pressão sobre o adversário e cá atrás a ajudar na ligação meio-campo/ataque» como explicar então que o melhor período da equipa o ano passado tenha sido com Fejsa e Pizzi acompanhados de Krov e Ziv, possivelmente os mais franzinos parceiros que podiam ter? A resposta simples é que se tirares robustez física da frase tudo o resto se mantém para o Sérvio e para o Croata em muito mais do que para qualquer outro jogador que por ali tenha passado ao longo da época, ou talvez até que tenhas no plantel, mesmo entre os emprestados.

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    10. Continuas a misturar muita coisa e a ter a ideia errada do que se está a fazer.

      Por mais defeitos que o Rui Vitória tem, todas as alterações ao modelo que tem incutido são as que equilibram a equipa para desempenhar como tem feito.

      Sinceramente, não consigo compreender como podes ser tão cego na avaliação do trabalho do Rui Vitória, ao estares a querer colar à força toda que vive dos desempenhos dos seus atletas. Dou apenas um exemplo: o Jonas! Antes não poderia jogar sozinho no ataque e, o que é que o Rui faz? Coloca-o a jogar sozinho. E, não é que a equipa carburou? O Krovinovic é outro, e poderia falar de muitos mais...

      Quanto à tua triangulação pelo flanco é das coisas mais fáceis de defender no futebol atual. No fundo, pensas que ao criar um triângulo entre o o lateral, o interior e o extremo, safaste na boa. Ora, é precisamente isso que a equipa tem feito e não tem resultado. O motivo tem a ver com os movimentos que os vértices do triângulo fazem ao combinar. O movimento interior do extremo é um erro a meu ver, porque vai muito ao encontro do que as defesas treinam, que é o lateral fechar por dentro e aproximar-se do central e quem fecha à subida do lateral adversário é o extremo em tarefas defensivas. O ideal será manter o extremo bem aberto e ser o lateral a fugir em diagonal para o centro, criando duas incertezas ao extremo e lateral adversário que folgarão nas marcações e no posicionamento, criando o espaço e tempo para o lance conseguir desenrolar-se por esse flanco.

      Depois, a tal variação de flanco só é possível se houver apoios no meio-campo. Se, o Gedson esquece-se de descer nessa 2ª fase de construção, não vale a pena, pois o Pizzi que recebe a bola ou do Grimaldo ou do Cervi, só terá como hipóteses jogar para trás, isto perante defesas organizadas que te roubam as linhas de passe para o ponta-de-lança e para os teus extremos, mesmo o Salvio que está do outro flanco.

      Por fim, o melhor período do Benfica é com Fejsa, Pizzi e Krovinovic/Zivkovic, mas também é preciso contextualizares, pois durante esse período não jogaste contra grandes equipas, porque quando jogaste com o Porto na Luz, jogaste com esse trio e ele fartou-se de perder bolas.

      Não deves confundir ser franzino com o que realmente a equipa precisa tendo em conta o que ela sabe e consegue fazer. Se, tivesses um ataque e meio-campo que segurasse a posse de bola, fosse paciente com ela nos pés e autênticas cheetas sem a bola, assim como uma defesa que estivesse sempre a comprimir o campo útil de jogo para o adversário, conseguirias disfarçar a diferença física. Mas, como não consegues fazer isso, precisas de ter gente com outra genica e perfil físico. É apenas e só nesse sentido que falo na solução de maior pendor físico.

      É preciso ter atenção, porque vejo muita gente a defender jogadores tecnicistas puros e outros a defender jogadores atletas. Eu defendo uns e outros numa óptica contextualizada da equipa. Do que ela é capaz de fazer neste momento, no que se pretende que ela possa fazer e no que se pretende que os jogadores possam evoluir.

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    11. Primeiro, vai lá esquadrinhar a blogosfera para encontrares onde eu digo que o Jonas não pode jogar sozinho na frente! É isso que interpretas quando eu digo que Jonas sozinho contra o mundo a lutar por bolas bombeadas lá para a frente não dá em nada? É que, contextualizando, eu dizia e digo o mesmo para o Jimenéz e para o Mitroglou. E vamos ver o que faz o Porteiro do Urban...

      Não vou desmontar o que dizes sobre "coisa mais fáceis de defender" porque a mensagem chave não é quem faz o quê, é isso sim «a verdade é que uma construção baseada apenas no portador e num receptor é facilmente bloqueada» . Sabes o que é mais fácil de anular do que a "minha" saída? Uma saída a dois pelo flanco na qual o resto da equipa não participa...

      Quando não há a preocupação colectiva sistemática de dar ao portador opções e com isso dificultar a tarefa de quem defende a ti parece que te dá uma indicação de fraqueza dos jogadores. Ao fim de quatro anos, a mim dá-me a entender outra coisa...

      «também é preciso contextualizares, pois durante esse período não jogaste contra grandes equipas, porque quando jogaste com o Porto na Luz, jogaste com esse trio e ele fartou-se de perder bolas» - É preciso contextualizar sim senhora. Só que contextualizar implica tentar perceber porque é que o Benfica entra na segunda parte sem grande vontade de passar da linha de meio campo. E como é que a bola chegava a esse trio do meio campo? E tendo a bola para onde é que a podiam endossar? E, se o problema são as bolas que esse trio vai perder, de forma é que o Talisca diminui o número de bolas endossadas ao adversário?

      E sobre contextualização, como é que desfazer o "trio" no jogo do Porto (quer pela entrada de Samaris a 15 minutos do fim, quer pela saída de Pizzi a 5) ajudou a equipa a perder menos bolas e a segurar o resultado?

      «Não deves confundir ser franzino com o que realmente a equipa precisa» - Eu não confundo! Aliás o meu problema não é com jogadores franzinos nem com jogadores encorpados, o meu problema é jogadores que usam o cérebro e outros que não o usam. E com a falta de dinâmicas colectivas que ajudem uns e outros!

      Como não faço parte da equipa técnica de RV não sei o que ele quer. Sei que é um treinador que, desde os primeiros tempos no Paços de Ferreira que não usava um 442 até chegar à Luz. Quando chegou tentou aplicar um 4231 que dava em 433 camuflado e rendeu-se a usar o que havia antes. O ano passado regressou à estaca quase zero com o 433 de Guimarães, com dois médios musculados. Não resultou como queria, meteu dois criativos. Reentrou na luta mas quando decidiu dar uma de Trapattoni (se não podes ganhar ao menos que não percas) saiu mais um Trapalhoni que parece incapaz de gerir os recursos à sua disposição.

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    12. Espera lá, tu vês isto em campo:

      "«a verdade é que uma construção baseada apenas no portador e num receptor é facilmente bloqueada» . Sabes o que é mais fácil de anular do que a "minha" saída? Uma saída a dois pelo flanco na qual o resto da equipa não participa..."?

      Na realidade, as opções estão lá. A qualidade de movimentos do Cervi e do Grimaldo é que nem sempre são as melhores. Por vezes não percebem que o posicionamento do adversário para com eles e o terceiro apoio, não permite insistir por esse lado (daí utilizar o termo de "flanco fechado"). O que têm de fazer é recircular com paciência, fazendo com que o adversário dance. Normalmente, quem toma essa decisão é o Pizzi. Mas, por vezes, ele não tem opções, pois o Gedson continua muito subido e fora de posição. Aí tem de recircular por trás, o que não é bem visto por muitos, mas é o necessário. Isto é que leva ao abrandamento do nosso ataque. Enquanto não se afinarem posicionamentos, não se pode atacar em carrossel.

      Mas, para mim, pior que isso, é o Cervi e o Grimaldo, verem que o Pizzi está apertado e em vez de serem eles a decidir a recirculação, insistirem em passar ao camisola 21. Isso acontece com defesas muito bem organizadas que esmagam essas triangulações na faixa contra a linha lateral. Aí os esquerdinos ficam pura e simplesmente entalados.

      O Setúbal na época passada fez isso no Bonfim, e gostei na altura da solução encontrada por Rui Vitória que foi pedir ao Grimaldo para sem receios fugir pela zona central ao invés da linha. Eu defendo isso, pois a zona central fica sempre com jogadores. Por outro lado, o Cervi ao manter-se como extremo esquerdo puro, irá sempre criar pressão sobre o quarteto defensivo adversário. Ao mesmo tempo, o lateral direito contrário ficará sempre na dúvida se acompanha o extremo ou se junta ao central do seu lado, que com um bom ponta-de-lança vai-se afastando do seu lateral.

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    13. PP há quatro anos que os jogadores escolhidos têm manifestas dificuldades em perceber o posicionamento do adversário, perceber o terceiro apoio, o terceiro apoio em perceber o que tem de fazer...

      Acho que o que nos distingue é que tu achas que isto vai lá com outros jogadores, eu acho que o mal é mais profundo. Como me disse um dia um assistente na Faculdade: eu sei que o livro diz isso, mas quem dá as notas é o Professor.

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    14. Não é apenas com outros jogadores. É também com mais exigência nos treinos, como é óbvio.

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    15. «É também com mais exigência nos treinos, como é óbvio.» É o que ando a dizer desde Dezembro...

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    16. Pois, mas tens de entender que essa exigência também tem um limite.

      O Benfica é um clube gigante a nível nacional, mas modesto face aos tubarões europeus. É o efeito da escala do mercado que esses clubes que já estão inseridos que faz a grande diferença para nós.

      E, isso repercute-se com o nível de exigência que podemos ter com os nossos jogadores. Não podes estar a exigir a jovens coisas que já podes exigir a jogadores que estejam noutro estágio de evolução. Assim como não podes exigir coisas a veteranos que possas exigir a jogadores no topo das suas capacidades. Se ultrapassas esse ponto, perdes a equipa e perdes o equilíbrio que existia.

      O Benfica tem por isso que conquistar o quanto antes a sua independência financeira, para se lançar noutra fase de crescimento enquanto clube. Uma fase de afirmação europeia.

      Os jogadores mais veteranos como Luisão e Jonas estão a caminhar rapidamente para o fim das suas carreiras desportivas. Não podemos exigir muito mais a eles, a não ser profissionalismo e brio. Contudo, temos de acautelar e manter jogadores que estão no topo das suas capacidades neste momento e os mais jovens, com os quais possamos moldar o novo grau de exigência dentro do clube.

      É por isso, que depois desta derrota do P3N7A que aproveitaria para fazer uma mudança de ciclo, com as saídas de alguns jogadores mais veteranos. Em parte fez-se isso, com as saídas de Paulo Lopes e Eliseu, mas poderiam ter ido mais longe com o Luisão e até mesmo o Jonas (se bem que este me custaria ver a sair... embora com a sua saída pudesse apostar verdadeiramente no Raúl, que entretanto já saiu).

      Bem, resumindo, é preciso exigir mais, mas não nesta fase e neste contexto. Agora, será que o Rui Vitória estará ainda por cá? Acredito que não, porque eu também sou a favor de ciclos olímpicos (4 anos), mas tudo isto depende de muitos factores.

      ;)

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    17. «O Benfica tem por isso que conquistar o quanto antes a sua independência financeira, para se lançar noutra fase de crescimento enquanto clube. Uma fase de afirmação europeia.» - Olha que abdicar de 40 milhões limpinhos, ao mesmo tempo que se metia um nó górdio na concorrência, ajudou e muito para essa independência...

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    18. Nem me digas nada! É aqui que eu critico mais do que a direcção o Rui Vitória. Ao contrário de muitos, eu penso que ele teve boa matéria-prima em qualidade e em quantidade para salvaguardar a conquista do P3N7A.

      Raúl Jiménez, Seferovic e Jonas eram mais do que suficientes para atacar o 37. A forma como ele depois optimizou demasiado o modelo para o Jonas e o tempo que ele demorou a entender que o brasileiro não estaria em condições para a recta final do campeonato, são para mim os maiores erros do Vitória. Até porque tinha armas para poder aplicar e não foi capaz. É aí que aponto a minha crítica.

      Mas, depois quando olho para o contexto, vejo que enquanto outros treinadores podem errar vezes sem conta que parece não haver repercussões, ao Vitória não é possível. Por exemplo, o Conceição errou imenso no jogo frente ao Estoril, mas graças aquela invasão foi capaz de corrigir meses mais tarde. É desvirtuar a competição por completo. E, como tal, custa-me ver tantas críticas ao treinador, quando no fundo tem sido imensamente prejudicado desde que cá está.

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  4. Perdoámos tantas vezes as ambições monetárias do Luisão, do JJ e até do Jonas, porque não perdoar mais um?

    Embora com este espécie de modelo de jogo "davagar, devagarinho, pra trás, pró lado, chutão e corre atrás da bola pra ver se a apanhas" acho que pouco importa quem joga...

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    1. Jogamos "devagar, devagarinho, pra trás, pró lado, chutão e corre atrás da bola pra ver se a apanhas" exactamente porque o elo de ligação no meio-campo não está a cumprir convenientemente. E, mesmo assim teve duas ou três oportunidades claras em frente à baliza do adversário...

      Estou a falar do Gedson! ;)

      Falta-lhe ainda um caminho enorme a percorrer para poder agarrar a titularidade na equipa principal do Benfica. Muito trabalho para o miúdo evoluir.

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    2. Bom bom é o Pizzi esse maestro da bola, tão elogiado por aqui, então aquela oportunidade clara que teve a época passada no jogo em casa com o FCP, demonstrou toda a sua classe...

      Carlos Gomes

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    3. Todos falham e isso inclui os melhores, mas já viste o massacre que foi depois desse lance sobre o Pizzi? Repara que ainda hoje recordas esse lance. Agora imagina o Gedson... seria lançar um miúdo à fogueira.

      Sem bola, o miúdo precisa de aprender muito mais e só o conseguirá jogando e jogando, mas não aqui, porque a margem é nula, conforme dei-te a entender no parágrafo anterior.

      ;)

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  5. Como é que o nosso BENFICA vai ganhar os jogos ? Com Auto-Golos dos adversários ?
    Para se ganharem jogos temos de marcar golos, para marcar golos necessitamos de REMATES Á BALIZA e aqui está o problema do BENFICA de Rui Vitória.

    Para este treinador O FUTEBOL NÃO TÊM BALIZAS, o ADN do BENFICA está a ser destruído com um futebol de bola para os lados e para trás, NÃO SE FAZ UM REMATE Á BALIZA sem a bola passar 5 vezes por todos os jogadores, é frequente em jogadas de ataque no último terço do terreno a bola "vir" atrás aos centrais e ao G.Redes em vez de se procurar a baliza adversária em processos rápidos e simples com REMATES Á BALIZA...

    As Bolas paradas e cruzamentos para a área são uma nulidade total, é desesperante como a bola acaba sempre a "esbarrar" num adversário, os avançados andam á pesca o jogo todo e mal tocam na bola, pior, não são criadas oportunidades para os servir em condições de finalização, o futebol no último terço atacante do GLORIOSO é deprimente, e a culpa é do TREINADOR...

    Para além da qualidade mediana da maior parte dos jogadores do SLB, para mim só existem meia dúzia de jogadores neste BENFICA com capacidade de vestirem o Manto Sagrado e serem titulares, o GRANDE ERRO VAI SER A CONTINUIDADE DE RUI VITÓRIA, NÃO É TREINADOR PARA O GLORIOSO, na minha opinião de Benfiquista, o futebol apresentado até aqui é sempre o mesmo, ganhou 2 Campeonatos mas as 3 épocas foram sempre de um futebol de equipa pequena COM MUITA FEZADA Á MISTURA e pelos vistos esta época vai ser mais do mesmo...

    Se é este futebol que a ESTRUTURA+TREINADOR nos querem impingir estamos muito mal e não nos podemos contentar com isto, o S.L.BENFICA é um clube GIGANTE, não basta só ganhar jogos ou ficar contente por empatar com os grandes clubes da Europa, e a qualidade de jogo, então o futebol não é um espetáculo para os adeptos "vibrarem" com a sua equipa, neste momento assistir a um jogo do BENFICA É COMO VER UM "entusiasmante" JOGO DE XADREZ !!!

    Infelizmente acho que por teimosia da ESTRUTURA vamos penar...

    Saudações Benfiquistas
    P.Pais

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    1. João Oliveira29/07/18, 03:01

      Então nesta pré-época vamos com 8 auto-golos. Em todos os jogos tivemos pelo menos um auto-golo. Mesmo contra equipas como o Sevilha, Dortmund e Juventus. Desses 8 auto-golos, 4 foram de bola parada. 50% dos golos de bola parada. Realmente uma nulidade.

      Quanto ao tema do post. Talisca encaixava que nem uma luva no 4-3-3 mas depois do que ele fez depois de marcar aquele golo na Luz não tem hipóteses de voltar. Não só os adeptos mas principalmente pelos colegas de equipa acham que não iam aceitar.

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    2. Â função de um treinador, parafraseando o Guardiola, é levar a equipa até ao último terço do terreno, até à fase de finalização. Aí cabe aos jogadores definirem da melhor forma.

      É normal que os jogadores chegam e rematam ou tentem passar a outros para rematar nesta fase, porque fisicamente chegam lá à frente muito mais cansados. Seria mais fácil treinar as equipas para um estilo de jogo de transição, em que conservavam a energia com um bloco baixo e depois em contra-ataques cirúrgicos e pontuais criariam perigo. Isso seria fácil, mas perante um campeonato longo não te dá hipóteses para ser campeão nacional.

      Repara como a maioria dos campeões nacionais dos melhores campeonatos europeus, o seu modelo de jogo é exactamente em posse. É preciso afinar neste momento a pressão alta durante 90 minutos. É preciso afinar a transição defensiva e, sobretudo, a reacção à perda e que seja rápida. Ao mesmo tempo ao fazer isso estamos a treinar a questão física e táctica.

      Quando controlarmos bem essa vertente, estamos a aumentar o tempo de posse de bola no meio-campo adversário, logo em zonas de perigo e mais perto das nossas zonas de finalização. Isso por sua vez irá, de forma natural, aumentar o número de criação de jogadas de perigo para o adversário.

      Ou seja, não acho que a culpa é do modelo do Rui Vitória, muito pelo contrário. Agora, há jogadores que não estão a cumprir ao nível que deveriam. E as razões para tal são essencialmente duas: (muita) imaturidade e (falta) frescura física.

      ;)

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    3. João, acho que o Talisca não regressaria agora ao Benfica porque assinou um contrato com os chineses. Essa decisão deveria ter sido feita antes.

      Questões com os colegas, adeptos, direcção,... tudo passa. O que interessa é depois lá dentro de campo.

      O que eu sei é que ele ao vir esta temporada, e com lugar no onze titular, seria a nossa grande venda no próximo verão. E, provavelmente, em dezembro já estaríamos destacados na classificação do campeonato...

      ;)

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    4. Os Benfiquistas que dizem que isto ainda são jogos de pré-época e quando for a sério é que vai ser... são os mesmos que acham que a marcação de grandes penalidades é uma lotaria...pois não é sorte, é competência e capacidade de resistir á pressão e executar bem!!

      Em relação ao futebol (não)jogado do GLORIOSO eu como BENFIQUISTA analiso esta pré-época como uma continuidade de 3 épocas consecutivas com este treinador em que o futebol apresentado está cada vez mais na mesma, ou seja, o Rui Vitória quer interpretar á letra a máxima do futebol "se tivermos a bola ninguém nos marca golos" o que não deixa de ser verdade, mas não consegue ter a criatividade de implementar processos simples e objetivos no último terço do terreno para MARCAR GOLOS, vencer os jogos e proporcionar também bons espetáculos para os Benfiquistas que não se contentam só com esta "sopinha requentada".

      Não tendo nada a apontar á pessoa do Rui Vitória, continuo é a defender que NÃO É TREINADOR PARA O GLORIOSO, dá jeito á estrutura pois não levanta ondas e os maus negócios vão-se fazendo...

      Espero que no final deste TERRIVEL MÊS DE AGOSTO não estejamos á procura de treinador pois seria um sinal de fracasso anunciado.

      O BENFICA ACIMA DE TUDO E TODOS E NÃO SE CONTENTEM COM A MEDIOCRIDADE...

      Saudações Benfiquistas
      P.Pais

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    5. Já pensaste que se calhar não estás a ser sensato com essa exigência toda? Nem sequer a ser realista e justo para com quem está lá a trabalhar?

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  6. Lá estás tu...;-)

    Caríssimo, para terceiro médio do 4x3x3 já temos dois excelentes jogadores: Krovinovic e Zivkovic. E se vier o Gabriel, são três...para um lugar no onze! Isto para não falar nos jogos em que o sistema for o 4x4x2. Aí o excesso de jogadores para a posição ainda é maior - dois ou três terceiros médios para um sistema sem terceiro médio...

    Não foste tu que afirmaste que um dos maiores problemas no ano passado foi o excesso de opções?!?

    Queres melhor que o Krovinovic para ligar todo o nosso jogo??? Ainda por cima tem compromisso defensivo, sentido colectivo do jogo com e sem bola...que o Talisca está muito longe de ter. Pelo menos o Talisca que saíu do Benfica, era o protótipo de jogador com muito pouco sentido colectivo do jogo, muito pouca consciência táctica, obcecado só com o seu protagonismo individual...

    O problema é - como sempre - o Mister Fezadas. Com o Krovinovic indisponível por mais uns meses, já desterrou outra vez a melhor opção para terceiro médio/médio interior com mais chegada à frente para as alas (Zivkovic). RV com Zivkovic é pior que São Tomé: nem vendo ele crê!...está a tentar fazer do Gedson esse médio, quando no ano passado o Zivkovic já lhe demonstrou que é esse médio. Um erro de palmatória, mais um. Gosto muito do Gedson, mas é o típico 8 puro - mais médio de construção que médio de criação...

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    1. O Krovi e o Zivko são excelentes atletas, mas não têm a estampa física para facilmente estarem tanto no ataque como no meio-campo. Para além disso, são jogadores de bola no pé, enquanto o Talisca pode ser muito mais.

      O Gabriel é um jogador mais posicional que o Talisca.

      O Talisca oferece ao Benfica a alteração entre o 4-3-3 e o 4-4-2 de forma natural, basta o baiano subir e ficar lado a lado com o nosso avançado-centro. Depois, tem jogo de cabeça e sabe jogar de costas para a baliza. Sabe jogar como pivô ofensivo e com aquela estatura física acaba por segurar a bola lá na frente.

      Tu com o Krovinovic ou o Zivkovic não tens isto, por exemplo. E, frente a equipas organizadas e pressionantes, ou realmente és um Barcelona a jogar, ou então estás tramado, porque vão te comprimir de tal forma que quando queres sair estás constantemente a perder bolas. Repara na exibição do nosso meio-campo frente ao Porto na Luz. Ainda por cima com a arbitragem nacional que não marca faltas sobre os nossos jogadores... temos de ser mais inteligentes para contornar esse problema.

      O Zivko não tem capacidade física de pressing que o Gedson e, sobretudo, o Alfa tem. Aliás este último deveria ser o titular e não o Gedson.

      Sobre os miúdos, basicamente nenhum deles está ao nível de figurar no plantel principal do Benfica. Ficarem será pior para eles. Há ali uma série de conceitos sem bola que estão completamente fora.

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    2. Estás a referir-te à mesma 'estampa física' que têm o Modric, o Rakitic ou à que tinham o Xavi e o Iniesta?...ainda agora o Modric fez o Mundial que fez, e também na recuperação de bolas e a ganhar duelos, a sério que isso é argumento para ti?

      O Krovinovic não sabe guardar a bola e jogar de costas para a baliza? Really?

      São jogadores de bola no pé e ainda bem que o são, se vão jogar no meio...convém ter entre extremos e avançados quem ataque a profundidade (e nós temos: Castillo, Rafa, Salvio, até Cervi), como convém ter nos médios interiores/médios centro/médios ofensivos jogadores de bola no pé, que saibam o que fazer com ela em função do interesse colectivo, em cada contexto, e o executem com qualidade técnica. É isso que Krovinovic e Zivkovic são e é isso que se quer no corredor central do meio-campo ofensivo.

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    3. Eu acho que estás a desprezar os restantes elementos nessas equipas.

      No caso do Modric, tem nada mais, nada menos que um Benzema e um Bale no ataque. Repara no corpanzil desses animais... Lol! E isto para não falar do Ronaldo que tanto contribuiu para o sucesso do Modric.

      O Rakitic é um jogador alto e esguio, embora possa não parecer...

      Há claramente uma dimensão física que não se deve ser desprezada.

      O Krovinovic até pode conseguir segurar a bola, mas não consegue dar continuidade e é facilmente parado pela chamada falta táctica. Precisas é de jogadores que mesmo carregados conseguem dar continuidade às jogadas. Só dessa forma consegues prosseguir o teu plano de jogo e não entrar no plano defensivo de jogo do adversário.

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    4. Mas em que é que a estampa física do Benzema interfere nos duelos directos que o Modric ganha? Ou nas bolas que recupera?

      O Rakitic é um bocadinho mais alto que o Modric, igualmente franzino...daí até ter 'estampa física', vai uma grande distância!

      Ou então precisamos que o jogo seja limpo e as faltas sejam marcadas...depois, se há quem consiga dar continuidade - normalmente com sentido - às jogadas, é mesmo o Krovinovic. O Ziv ainda dou de barato que não consiga ser carregado e continuar, mas o Krovinovic? Discordo completamente ;-)

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    5. Já estás a misturar muita coisa BP. Em primeiro lugar é preciso entender o porquê de teres um jogador fisicamente mais robusto para subir na equipa encarnada.

      Basta olhares para os extremos e os nossos médios e até avançados. A nossa referência atacante é o Jonas, que frente a equipas organizadas é engolido. Por outro lado, com extremos como Salvio, Cervi, Rafa e Zivkovic, tens pouca presença física ao contacto no nosso ataque. Melhoraste com a aquisição de Castillo e Ferreyra, mas retiraste alguma da energia que foi subaproveitada na época passada, quando dispensou-se o Raúl para o Wolverhampton.

      No meio-campo, Fejsa é o único que dá alguma fibra ao meio-campo. O Pizzi faz por se sentir, mas esta dupla não chega para tudo quando defrontamos equipas de maior valor.

      É aqui que precisamos de um jogador fisicamente mais robusto. O último dérbi, em Alvalde, com o reforço de Samaris no meio-campo reflectiu exactamente que esse era o caminho.

      A forma como o Gedson tem sabido pressionar e causado problemas aos adversários, é sinal de que estamos no bom caminho. No entanto, o jogo tem vários momentos e em todos os outros o jovem canterado tem tido imensos problemas em identificar os melhores posicionamentos e comportamentos. Falta-lhe maior maturidade. O perfil físico é esse, mas falta-lhe a capacidade de processamento. O mesmo parece faltar a Keaton Parks. Falta experimentar o Alfa... de qualquer forma, é com isto em mente que fui buscar o tema Talisca.

      Para fazer o contraponto, para teres um meio-campo formado por Fejsa, Krovinovic ou Pizzi e um Zivkovic ou Krovinovic, precisas que os nossos extremos sejam também atacantes e que o nosso ponta-de-lança seja muitas vezes um quarto médio-centro, mas acima de tudo que assegurem posse de bola e que tenham uma reacção à perda fluida. Ora, não é isso que acontece. Cervi e Salvio, assim como o Rafa tendem a perder a posse de bola por insistirem na jogada individual. Por outro lado, tens agora avançados mais finalizadores como o Castillo do que construtores como o Jonas. Isso faz com que quando perdes a bola gastes ainda mais energia para recuperar a posse de bola. Porque estes jogadores tendem a depois estar à frente da linha de bola.

      Depois, com bola, porque tens de manter o equilíbrio para evitar a transição ofensiva do adversário, acabas por não libertar tanto um dos três médios. Para além disso, os nossos médios não têm energia suficiente para estarem constantemente a testar as zonas de finalização e recuperar a posição no meio-campo.

      Se fossemos mais eficazes e eficientes na posse de bola e movimentos entre as alas e o ataque, aí sim poderíamos apostar num meio-campo mais tecnicista, como aquele que Xavi e Iniesta constituíram.

      Depois, não te podes esquecer que o Fejsa é muito bom com passes até 15 metros. Passes longos já não é com ele. Agora repara quem o Xavi e o Iniesta contavam para variar a bola de flanco? O Busquets. Dessa forma conseguiam ser mais eficazes e eficientes com a bola nos pés.

      ;)

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    6. Bela lição de futebol, sim senhor ;-)

      Mas eu continuo na minha: um meio-campo com Fejsa, Krovinovic e Zivkovic ia dar-nos um futebol como nunca vimos neste Benfica de RV. Ia dar-nos nomeadamente mais jogo dentro do bloco adversário e mais posse de bola entre linhas, que é quanto a mim o que mais falta faz a este 'modelo' de RV de circulação segura mas inofensiva, sempre por fora do bloco...

      E é mais que suficientemente equilibrado para 80% dos nossos jogos...nos outros, admito que possa ser uma boa ideia que um dos interiores seja mais médio centro que médio ofensivo, mais robusto fisicamente e mais efectivo defensivamente; nestes casos, introduzia o Gedson a 8 e ficava o Krovi como terceiro médio. O Ziv ia para a ala direita - ou para o banco, com Pizzi a entrar para falso extremo direito/4o médio, em certos jogos de Champions, por exemplo.

      Em qualquer dos casos, Rafa tem que ser titular indiscutível na ala esquerda do ataque, de uma vez por todas...

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    7. O que dá equilíbrio a essa estrutura com médios tão criativos e fisicamente mais diminuídos, é a organização da equipa ter que ser excelente. Para tal, é preciso que todos estejam bem focados no seu plano de jogo. É preciso que os adornos dos lances não sejam feitos em situações proibitivas. É preciso que se jogue simples e que acima de tudo tenha presente que essa é a forma mais elaborada de jogar e não fazer uma roleta no meio-campo ou um showboat nessa zona do terreno. É preciso também ter paciência e perceber que não se pode insistir sempre no mesmo flanco se ele está condenado ao insucesso e, mais do que isso, se os nossos colegas ainda estão a reposicionarem-se para essa fase de jogo. E, muito mais, como a regra dos 5 segundos após a perda de bola (reacção à perda forte), ou a linha defensiva jogar sempre encostada ao meio-campo.

      Já agora, eras capaz de manter o Gedson apenas para os 20% de jogos que vais disputar? Não faz sentido. Ainda para mais com um miúdo que nem sequer segurou ainda uma boa exibição no onze titular.

      E, essa do Rafa tem muito que se lhe diga. Até agora, não tem merecido titularidade nenhuma. Tem estado péssimo e quando escrevi acima sobre insistir num lado fechado, lembrei-me de dois jogadores: Rafa e Cervi. Esses dois teriam as orelhas bem vermelhas comigo ao comando do Glorioso.

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    8. «A nossa referência atacante é o Jonas, que frente a equipas organizadas é engolido.» Certo mas errado. Jonas é engolido quando é deixado sozinho na frente à espera de bolas pelo ar. Tanto é o Jonas como era o Jiménez, e vamos ver o desempenho do Castillo, um tipo feito para o cruzabol do Rui Carlos.

      E é engraçado falar do último derbi em Alvalade. Um bonito jogo em que poderíamos ter ganho (e seriam dois pontos importantes), mas ao ver duas ou três defesas imperiais do Patrício, RV achou que não valia a pena querer ganhar o jogo e mais valia defender com unhas e dentes o pontinho. Mais um bom sumário, caso dúvidas houvessem, daquilo que RV tem para dar a um clube que quer ganhar... E Samaris foi importante porque é um tipo grande e assustou os jogadores do Sporting a lateralizarem. E Rafa não foi importante, como Ziv não o foi, porque o principal motor do perigo Benfiquista foram as combinações Douglas-Samaris-Sálvio pela ala direita...

      O facto é que poderíamos estar aqui a falar de fulano e sicrano o dia todo, mas no fundo: qual o papel do treinador? Se assumirmos que é adaptar a ideia de jogo aos jogadores que tem, não adianta estarmos a dizer "ah fulano devia fazer", se assumirmos antes que é adaptar os jogadores à sua ideia de jogo temos de nos perguntar "porque é que ao fim de X anos fulano não faz". E para alguém que vai iniciar a quarta temporada no clube, impõe-se perceber qual o seu papel e da sua ideia de jogo (que podemos não concordar mas ela existe) na hora de escolher os reforços.

      Porque escolhendo bem os 20% que o Gedson joga, poderá estar ali o futuro 8 do esquema de RV ou um futuro "bom lateral esquerdo" de um qualquer clube Mendista.

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    9. Mas o Ziv e o Krovi, sendo criativos, jogam simples - tanto um como outro. Normalmente, havendo linhas de passe boas para a equipa, é para lá que vai a bola, a um/dois toques. Não são daqueles criativos de se agarrarem à bola em progressão e fintas, quando têm colegas com espaço livre.

      O Gedson jogava até o Krovi voltar (ainda faltam uns três meses), mais os tais 20% mais Taças...acho que era jogo suficiente para ele, nesta fase. Mas a 8/segundo médio, não nesta função que o Mister das voltas à rotunda desencantou para ele, de ser o médio mais ofensivo.

      Eu acho que o Rafa quando jogou na esquerda até jogou bem, tentou que explorássemos mais o espaço interior no corredor central, mas não houve enquadramento colectivo para que essas incursões para dentro fossem consequentes. Cervi estou de acordo contigo: lateral esquerdo ou ala de um sistema com três defesas.

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    10. As bolas vão pelo ar, porque não tens criatividade e rigor no teu jogo para ultrapassar as linhas de pressão do adversário. Achas que por um jogador ser excelente tecnicamente que consegue fugir a essas linhas de pressão. Nada de mais errado.

      É preciso que esse talento esteja totalmente ao serviço de um modelo de jogo e que este seja cumprido com rigor. Por exemplo, não podes endereçar a bola ao Cervi ou ao Salvio, ou ao Zivkovic ou ao Rafa na faixa fechada e aceitar que eles tentem à mesma furar, perdendo logo de seguida a bola.

      Quando por mais que lhes dês em cima, eles não cumprem, tens que tomar outras opções. Uma delas é o que o Vitória acaba por fazer: um estilo de jogo mais directo. Não acho nada mal.

      Ainda este mundial, a Bélgica consegue ganhar ao Brasil dessa maneira. O Uruguai ganha a Portugal dessa maneira,... olha, a França ganhou o mundial dessa maneira. Porque não utilizar quando não tens jogadores que consigam ser eficazes num cumprimento de um modelo mais elaborado? Qual o mal?

      Alguém se importa que o Porto tenha ganho um campeonato com bola longa no Marega?

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    11. «Um modelo tem de ter sempre em consideração os jogadores que serve. Podes ter ideias de jogo que queiras aplicar na criação de um modelo, mas nunca começas do nada. Se começas do nada, então mais do que um modelo, tens é apenas e só um sistema fixo.» Vou só pôr isto aqui que acho que fica bem.

      «não podes endereçar a bola ao Cervi ou ao Salvio, ou ao Zivkovic ou ao Rafa na faixa fechada e aceitar que eles tentem à mesma furar, perdendo logo de seguida a bola.» Errado! De acordo com o autor da Arte da Guerra para treinadores ao Sálvio isso é aceite e tolerado e é até uma mais valia.

      «Alguém se importa que o Porto tenha ganho um campeonato com bola longa no Marega?» Eu importo e muito. Porque com um bocadinho mais de competência da parte do treinador do Benfica não havia bola pelo ar para o Marega que lhes desse o campeonato.

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    12. Não acredito que o autor desse livro tenha dito isso, até porque nesse mesmo livro fala em ser como a água, que se molda ao adversário e consegue dessa forma ultrapassá-lo, encontrando sempre um caminho.

      E, não houve bola pelo ar para o Marega, pelo menos na Luz. Foi um jogo que perdemos porque não soubemos controlar o ritmo de jogo a meio-campo. Deveríamos ter sido como a água, e quisemos ser como o fogo. Mas, este extingue-se quando não há oxigénio.

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    13. Eu não disse que ele disse, eu limito-me a observar o que ele faz. E a verdade é que ainda há menos de uma época Sálvio podia ter esses pecadilhos todos, mas nem Rafa nem Ziv podiam. O mesmo para outros jogadores que já não estão no clube.

      Pois não, não houve bola no Marega. Os mais cínicos diriam que isso indicia que em jogos grandes, mais importante do que meter touros é não oferecer bolas ao adversário... Quanto ao fogo sem oxigénio é só fazer o trabalho de casa e escolher a reacção certa. Há fogo sem oxigénio sim senhora, tem de haver é um oxidante! Eu diria é que alguém se esqueceu de fazer o trabalho de casa e escolher o oxidante certo, para esse e outros jogos!

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    14. https://www.youtube.com/watch?v=Ng79utnURVY

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    15. Lol!

      Tu pensas que consegues não oferecer bolas ao adversário com a qualidade dos nossos jogadores, mas já paraste para pensar que se calhar a qualidade dos nossos jogadores só dá para isto? Ou seja, não dá para ter um estilo de jogo como o do Barcelona de Guardiola, Xavi e Iniesta? Aliás, já reparaste que nem mesmo em equipas com grandíssimos jogadores consegues impor um modelo desses, como aconteceu com o City à duas épocas atrás, ou até mesmo com o Bayern que nunca teve aquela hegemonia e segurança de posse de bola como a do Barcelona?

      Face a isso tens que encontrar outras formas de manter a chama, tal como disseste e bem, se não tens oxigénio podes usar outro oxidante disponível, desde que o combustível seja compatível.

      ;)

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    16. «Tu pensas que consegues não oferecer bolas ao adversário com a qualidade dos nossos jogadores, mas já paraste para pensar que se calhar a qualidade dos nossos jogadores só dá para isto?»

      Estás a divagar! O Queiroz há uns 11 anos jogou uma eliminatória contra a Dinamarca em Alvalade. A aposta clara foi em cruzamentos para o Hugo Almeida. A defesa Dinamarquesa chamou-lhes um figo. Apesar dos dois golos que marcámos, quando o Queiroz tira o Hugo Almeida os defesas dinamarqueses ganham 10/15 metros no terreno e Portugal, na sua aposta em bolas longas para a corrida não só nunca mais ganha o controle do jogo, como ainda leva com duas batatas e perde o mesmo. Seria uma piada demasiado fácil dizer que Alvalade anda de mão dada com a expressão "erro táctico de Carlos Queiroz".

      O caso das bolas oferecidas é esse mesmo. Não é que eu não compreenda que o adversário vai interceptar passes, que os nossos jogadores vão falhar passes, que duelos se vão perder e ganhar. O que tenho dificuldade em compreender é que, tendo o meio campo em Portugal mais talhado para jogar em posse e progressão apoiada, a aposta seja em bola pelo ar para a molhada, onde, se não pela estampa física, pela desvantagem númerica, vamos perder os duelos, oferecendo livremente a posse ao adversário. Repara, não é o adversário lutar pela posse, é oferecermos nós a posse.

      Volto a chamar a atenção para esta bonita frase de um pensador contemporâneo: «Um modelo tem de ter sempre em consideração os jogadores que serve. Podes ter ideias de jogo que queiras aplicar na criação de um modelo, mas nunca começas do nada. Se começas do nada, então mais do que um modelo, tens é apenas e só um sistema fixo». O que faltou dizer é que se o teu modelo não for trabalhado, nunca vais ter jogadores para ele. O City foi buscar defesas que soubessem sair a jogar (aquisição da matéria prima), no Bayern adaptaram-se jogadores a novas funções (adaptação da matéria prima). E no Benfica? O modelo que o Benfica trabalha será um de oferecer a posse ao adversário para depois matar na transição?

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    17. [i]«Não é que eu não compreenda que o adversário vai interceptar passes, que os nossos jogadores vão falhar passes, que duelos se vão perder e ganhar. O que tenho dificuldade em compreender é que, tendo o meio campo em Portugal mais talhado para jogar em posse e progressão apoiada, a aposta seja em bola pelo ar para a molhada, onde, se não pela estampa física, pela desvantagem númerica, vamos perder os duelos, oferecendo livremente a posse ao adversário. Repara, não é o adversário lutar pela posse, é oferecermos nós a posse.»[/i]

      Podes ter o meio-campo mais talhado para a posse de bola, mas se ele não reage como deveria de ser à perda da bola, estás lixado.

      Acabas por recuar muito sempre que tens que a recuperar. Se adicionares a isso os ciclos em que acontece a recuperação e a perda de bola, facilmente consegues contabilizar as piscinas de vai-e-vem que a equipa no seu todo tem de fazer e com isso teres uma ideia bastante clara da quantidade de energia despendida nesse ciclo ininterrupto. É brutal.

      E, sabes qual é o resultado disso? É que sem energia, os teus jogadores acabarão por partir o jogo. Utilizarão a bola longa como forma de atacar, para aqueles jogadores que fisicamente são mais robustos.

      O problema de Portugal não é a posse de bola, mas sim defender em concordância com ela. Somos bons a defender em números, com superioridade numérica e lá atrás. Isso somos bem organizados. Mas, defender carregando o adversário, é a mais bela das artes de saber defender. É o nível máximo de defesa. E, para isso precisas de ter jogadores que mentalmente estejam preparados para tal. Não apenas focados no jogo, como também terem inteligência de jogo suficiente para entender o que está em jogo.

      Agora, achas que formamos jogadores para esse nível máximo de saber defender? Eu penso que não. Basta olhares para a forma como regra geral se treinam os defesas centrais em Portugal. Tirando o Benfica, e a espaços o Sporting de Braga, a maioria dos clubes mete os altos e toscos na defesa, quando na realidade é ali que se começa a construir jogo e é importante teres jogadores que saibam pensar o jogo e sejam bons com a bola nos pés. Estes normalmente, são os jogadores mais inteligentes em campo e aqueles que sabem decidir mais rápido que os outros. São normalmente, os jogadores que se singram no meio-campo. Não é à toa que defendo muito a adaptação de médios à posição de central. É exactamente para fazer face a essa carência da formação de há 10 ou 15 anos atrás.

      O modelo pode ser trabalhado sim, mas, há o limite de entendimento do modelo por parte do jogador. Quando vês que mais do que 2 ou 3 atletas não conseguirão adquirir esse conhecimento nos próximos tempos, tens de encontrar uma solução mais rápida, porque tens a pressão dos resultados.

      Depois, não entendo porque pensas que por ter um jogador mais físico no meio-campo, vais passar a oferecer a posse ao adversário e jogar em transição. O que defendo é ir buscar um jogador fisicamente robusto e com um nível técnico tão ou mais elevado que os "rodapés". O Talisca é o perfeito exemplo disso.

      Penso que estás demasiado fechado em preconceitos que quanto a mim estão errados. Tens de libertar um pouco a mente neste aspecto, pois senão não consegues entender o que estou aqui a escrever.

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    18. O cerne é «Podes ter o meio-campo mais talhado para a posse de bola, mas se ele não reage como deveria de ser à perda da bola, estás lixado».

      Portanto o teu meio campo não está talhado para reagir à perda de bole em posse, mas está talhado para entregar a bola ao adversário e ficar à espera dele? É que dificilmente esta questão não é dicotómica. É que a bola não é entregue pelos jogadores que tens, a bola é entregue ao adversário pelas opções tácticas da equipa.

      Na volta o meio campo do Benfica até deveria era ser bem musculado para poder ganhar aquelas bolas divididas. Simplesmente, do que vi do Talisca, não acredito que ele seja esse jogador no entanto não pelo seu físico mas pelas suas características técnicas.

      Sobre entender, eu entendo bem demais, há é um desfazamento com o que a equipa técnica entende!

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    19. «Na volta o meio campo do Benfica até deveria era ser bem musculado para poder ganhar aquelas bolas divididas.»

      Não é esse o meio-campo da campeã mundial França? Assim como era o da ex-campeã mundial Alemanha?


      Bem, mas acho que não compreendeste ainda a minha ideia e o raciocínio por detrás dela. Tu podes ter muitos artistas da bola, mas se eles decidem mal, vão perder mais vezes a bola. Agora, se não têm capacidade para reagir rapidamente à perda de bola, vão recuar no campo. Mais atrás, depois de juntar linhas eles vão conseguir recuperar a bola. Voltam para o ataque. Aqui voltam a decidir mal e recomeça o ciclo de perda e recuperação de bola. Este ciclo é energeticamente ineficiente, porque consome muita energia.

      O ideal seria aplicar uma rápida contra-pressão no momento de perder a bola. Mas, este tipo de modelo requer que o jogador tecnicista seja também altruísta e com elevados índices de trabalho. Não é simples de encontrá-los. E, normalmente quando os encontras, vais reparar que são péssimos a decidir com a bola nos pés. É o caso do Cervi, por isso é que vês ele constantemente em ciclos de perda e recuperação, quase sem parar de respirar.

      Ora e se admitirmos que isso acontece? Pura e simplesmente admitirmos que com a maioria dos nossos jogadores não vai ser possível adaptar uma contra-pressão que funcione não apenas para os Moreirenses, como também para os Barcelonas?

      Aí sim, percebemos que vamos ter que precisar de alguém que nos dê mais energia ao meio-campo. É uma espécie de método de força bruta. Com um jogador mais energético consegues trazer maior pulmão à equipa e ela não se recente tanto nesses ciclos. No fundo estás a tratar um problema colectivo com individualidades, mas é o que é mais fácil e rápido de se tratar.

      Por outro lado, podes ver isto do seguinte prisma: esta solução permite ganhar tempo para ires trabalhando a outra colectiva. Acabas por desta forma arranjar um plano de contingência, uma segurança acrescida, para manteres o teu modelo de posse de bola.

      Notar, que contra-atacar todas as equipas sabem-no fazer. É o modelo mais velho do mundo. Por isso, qualquer jogador não terá dificuldades de interpretá-lo. Por isso, não podes afirmar que jogadores como Talisca ou Pogba são de contra-ataque.

      Por fim, a equipa técnica tem toda a legitimidade para entender o que queira entender. Eles podem até ter outra visão igualmente válida sobre o modelo que querem aplicar no Benfica. E, eu entendo isso de forma perfeitamente natural, porque reconheço que há inúmeros caminhos para o sucesso. É por isso que muitas vezes despendo a minha energia a tentar entender o que estão a fazer, mais do que a criticar segundo a perspectiva que conheço ou tenho de determinados temas.

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  7. se engolimos o pacheco..que nada acrescenta de valor ao slb...este ja la devia estar ha muito tempo...é um jogador do caraças...mas como temos la um presidente pior que o brunalgas...comemos e calamos

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    1. Houve opções tomadas e até posso concordar com elas, mas isso não me impede de dizer que precisamos de um jogador com as características do baiano.

      O mais engraçado é que o Vitória poderia ter evoluído o modelo noutra direcção, mas acabou nesta necessidade...

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  8. Boas PP, o Talisca, à semelhança do Carrillo, e mesmo do Raúl, é quanto a mim um caso de sub-aproveitamento de recursos existentes.

    Não desfazendo na necessidade que temos de colocar jogadores na "montra", e de facto sermos actualmente um clube mais negociador que um clube virado para a hegemonia a todo o custo, penso que conseguíamos conciliar a vertente negócio com a vertente sucesso desportivo de forma mais conseguida se tivessemos outro treinador.

    Não quero fazer aqui uma grande crítica a Rui Vitória porque penso que excepto no ano passado, ele até tem conseguido atingir objectivos com um mérito e muitas vezes subavaliado, e claro com alguma sorte à mistura.

    Gostaria que esta época se verificasse como de facto a da reconquista, e que no final da época Rui Vitória saísse, em grande e por cima, pois se queremos mesmo voltar a ser grandes lá fora precisamos de ter outro treinador.

    Uma vez mais não coloco em causa a competência de Rui Vitória, mas julgo que ele é tipo aquele funcionário certinho que cumpre os objectivos, por vezes até os excede, mas relativamente ao qual sabemos (ou julgamos) que não será capaz de fazer o upgrade que a empresa precisa.

    Por isso defendo a sua continuidade até ao final da época, independentemente de entrarmos ou não na Champions, o único cenário que admito para a sua saída antes do final da época, é aquele que nenhum de nós deseja ou quer imaginar.

    Dentro de uma lógica de crescimento precisamos de um treinador que empolgue os adeptos, e sobretudo os jogadores, uma espécie de Mourinho, para a nossa carteira claro.

    Eventualmente a vir alguém, se vier alguém, até nos habilitamos que os seus números em termos de troféus possam ser inferior aos de Rui Vitória, é um risco que corremos, o sucesso depende de inúmeras variáveis além do bom trabalho, mas sinto que talvez já esteja na hora de se preparar uma mudança.

    Saudações

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    1. Engraçado mencionares o Carrillo, o Raúl e o Talisca, pois já reparaste que trio atacante poderoso poderíamos fazer dali?

      Mas, repara que falo em trio e não falo em dupla ou em somente um único avançado, porque já estou a falar de um modelo que foi introduzido pelo Vitória na época passada. As mudanças demoram sempre o seu tempo e fazê-las de forma tão calma como até tem sido feita, não é para todos. Acho que só, realmente, iremos dar o devido crédito ao Vitória quando ele se for embora da Luz.

      Pessoalmente, estivesse na posição dele, ganhasse ou não esta temporada com os encarnados, seria a minha última, porque pura e simplesmente sou a favor de projectos no máximo de 4 anos (talvez seja influência do ciclo olímpico).

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  9. Concordo em absoluto que o Talisca devia ter tido outro aproveitamento, aliás a gestão de recursos humanos dentro do futebol profissional do Benfica á anos que é miserável. A meu ver, e são inumeros os exemplos, retornos de jogadores, treinadores e mesmo dirigentes em tempos proscritos é
    Algo que ocorre nos dias de hoje com cada vez maior frequência.

    Falando da vertente que realmente interessa, a desportiva que acontece na cancha. É verdade que traria para já a meia distância que ao nível de um campeonato fraco como o português tanta falta faz. Também aqui se encontram demasiados exemplos de sucesso de jogadores que se limitavam a isso (o que não é o caso do Talisca claro) como Barrosos e Timoftes e afins.
    Para além disso todas as outras qualidades que ele poderia trazer ao jogo da equipa como a execução de bolas paradas, jogo aereo, combinações com o homem da frente - se se jogar em 4-3-3 ou 4-4-1-1- etc.etc. a maior parte delas ja foi, parece-me, aqui referidas.

    Mas tenho que rejeitar completamente a noção de que qualquer dos medios/extremos com capacidade criadora no plantel, o que claro não é o caso de Salvio muito menos de gedson. Nao possam resultar por falta de estaleca física. Isso é uma visão cinicamente redutora do que é o futebol hoje em dia e das dinâmicas que são empregues na prática.
    Outra coisa é também a pressão alta ou outro termo qualquer( Gegenpressing) para descrever a única forma de defender no jogo atual. Saber como e quando pressionar o portador e em que situação e cada vez mais o caminho das melhores formações na Europa.
    Por fim não compreendo essa desconfiança toda do Gedson especialmente ao apresentar razões como que ele não tem ainda a chegada a área de outros ou nao tem a capacidade de distribuição de um Krovinovic. Guedson é claramente um 8 puro e não lhe pode ser pedido para fazer algo que não esta no seu adn. Nada disto significa que esta não venha a ser decisivo já esta epoca epoca em qualquer esquema.

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    1. A questão do Gedson é que ele é ainda muito verdinho, tanto para a posição 8 como para a atual. Não se trata de uma questão física. Aliás, se assim fosse não estariam a dar-lhe estas funções. Trata-se sim em entender as suas funções em todos os momentos de jogo.

      As suas maiores lacunas neste momento são o posicionamento quando a equipa tem e não tem a posse de bola. A outra maior lacuna que lhe aponto é de dar mais um toque na bola do que é realmente necessário para dominá-la. Aliás, isso é sintoma do mau posicionamento.

      Com um Alfa Semedo muito mais forte nesse campo do que o Gedson e com a aquisição de um Gabriel, o espaço para o miúdo no plantel vai ser diminuto. É preferível emprestá-lo para amadurecer.

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    2. Olha que também vi, no jogo contra a Juve, falhas básicas de posicionamento. Lembro-me de uma em que a bola estava do lado oposto, com a Juve em 2a fase de construção e ele, na linha de 4 do nosso 4x1x4x1 a defender, era o mais adiantado...estava inclusive entre o adversário que estava na zona dele e a baliza...da Juve!! Resultado: a bola circulou para o lado dele, esse jogador recebeu a bola e o Alfa, em vez de estar entre ele e a nossa baliza para poder sair, baixou para tentar desarmá-lo, vindo de trás dele...resultado, não desarmou, ele ficou com a bola e veio para dentro, estava no corredor central já com a nossa linha média pelas costas. Claro que a Juve criou perigo nesse lance...

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    3. * falhas básicas de posicionamento do Alfa Semedo

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    4. O Alfa está longe de ser um produto acabado, mas está mais à frente do Gedson. Não enrola tanto com a bola e tenta sempre prosseguir em frente. Um estilo de jogo mais ofensivo.

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    5. Não desgosto do Alfa de maneira nenhuma e até posso concordar que tenha um pouco mais de "calo" que o Gedson neste momento, fruto de ter experiência de primeira liga. E mesmo a 8 pode ser solução de futuro. Agora sinceramente onde é que um tipo mais limitado tecnicamente é mais ofensivo só porque não sabe mais e joga simples?!

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    6. Desde quando o Alfa é limitado tecnicamente? 🤔

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    7. Mais limitado do que Gedson; da mesma forma que este o é em relação ao Renato por exemplo.

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    8. Não tenho a mesma leitura. Muito pelo contrário. Acho que o Alfa é muito bom tecnicamente. Provavelmente, num país nórdico teriam-no colocado a jogar desde sempre mais à frente no terreno, mas como fez formação em Portugal, colocaram-no lá atrás na defesa por ser dos mais altos... É o estigma do jogador físico em Portugal.

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    9. O futebol de formação da Noruega, Suécia, Islândia e Dinamarca (e Finlândia se não acharem que esses são mais russos) não costuma ser reconhecido como melhor do que o português, nem dado a grandes tecnicistas, apesar de alguns exemplos pontuais.

      Bom a formação Islandesa faz de facto milagres, mas mesmo assim...

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    10. Gedson mais limitado tecnicamente do que o Renato? Não estás a confundir técnica com físico? É que o Gedson com o físico do Renato tinha o lugar garantido...

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    11. Tore André Flo da selecção Norueguesa do final da década de 90, início de 2000, jogava maioritariamente como um falso extremo esquerdo, aproveitando as debilidades entre o lateral e o defesa direito dos adversários. Era um tipo muito longilíneo (1,95m) mas com enorme agilidade e um nível técnico acima da média. Vê o que ele conseguiu fazer contra uma das mais poderosas selecções daquela altura:

      https://www.youtube.com/watch?v=HKlR6Fx7osc

      Quando alias capacidade física à técnica e bons treinadores que vêem esse potencial todo em situações de campo, tens o que se chama de "game changer" e que possibilitará aproximares-te de outras grandes equipas ou conseguires a tal vantagem que necessitas para superiorizares-te a eles.

      A selecção do Nandinho poderia ter aproveitado muito mais o "game changer" do GOAT do Ronaldo, mas enfim... é preciso ter unhas para tocar guitarra.

      ;)

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    12. «é preciso ter unhas para tocar guitarra» Pois é. A diferença é que o bom guitarrista faz-te bons solos numa guitarra da treta, já o mau nem a boa guitarra o salva. Eu que o diga! ;)

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    13. Se estás a referir ao Fernando Santos, concordo. Mas, se estás a referir ao Rui Vitória, custa-me a concordar contigo, apesar de todos os insucesso da época passada.

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    14. Não acho nada que o Gedson seja tecnicamente mais limitado que o Renato. Não porque ache que o Gedson é um Modric, mas porque sempre achei o Renato muito limitado técnica e tacticamente. Posicionamento e tomada de decisão, então, nem se fala...era muito bom a queimar linhas em progressão com bola e de resto...bola ;-) não tinha grande técnica de drible, de recepção ou de passe - quanto a mim, claro. A sua descomunal força física e psicológica foi um aporte importante, naquele contexto. Contexto de Mister Fezadas: equipa à deriva, sem processos colectivos minimamente dignos do Benfica, tacticamente rudimentar, previsível como um metrónomo, etc...

      Já o disse, não sei se aqui se noutro sítio: acho que Gedson tem tudo para ser muito mais jogador que Renato. Mas é como '8' puro, um verdadeiro box-to-box. Não é como terceiro médio...muito menos num plantel que tem Zivkovic e Krovinovic - além de Pizzi, claro.

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    15. PP, já o disse naquele outro blog em que já fiz publicidade ao teu blog :-) se há treinador parecido com RV é precisamente Fernando Santos! Em todos os aspectos - de jogo, de discurso, de atitude, de escolhas por um determinado perfil de jogador em detrimento de outro, etc...

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    16. RB e BP, a comparação que fazia era entre Gedson e Alfa. Andar a comparar ou justificar porque o Renato é ou não mais evoluído que o Gedson, é secundário e digo mais irrelevante já que este tá lá em Munique.

      E sim o Gedson é um oito puro, um box-to-box. O elemento de ligação para mim entre o 6: Fejsa ou Semedo e o 10: Krovi, Pizzi ou Jonas.

      E lembro-me também do Flo e sa dupla com Zola! Grandes tempos e equipas dos nineties :)

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    17. «sempre achei o Renato muito limitado técnica e tacticamente»
      Concordo do ponto de vista táctico, agora tecnicamente, o bulo joga muito.

      Já agora, sobre as suas limitações tácticas, prende-se muito com a sua formação. São jogadores que estão muito à frente da média nos seus escalões, mesmo subindo-o mais cedo a outro escalão superior. Estamos a falar de jogadores de percentil superior a 95, i.e., topo do topo, daqueles raros. Logo, passam por essas etapas sem dificuldades e como tal, nunca aprimoram coisas que outros têm de aprimorar se querem chegar ao topo, e que normalmente é na forma como vêem os jogos (inteligência de jogo) quer com e, sobretudo, sem bola. Depois, jogando em equipas que perdendo a bola conseguem recuperar rapidamente a mesma para eles, nunca trabalham o seu jogo sem bola. Já agora, o mesmo parece acontecer com o Félix, por isso puxem pelo miúdo, se faz favor.

      Ainda há pouco falava do RB sobre a exigência por parte da equipa técnica, esta situação do Sanches é um daqueles exemplos em como a equipa técnica de RV poderia e deveria ter sido mais exigente com o miúdo... Mas, percebo porque isso poderia ser um trabalho para uma 2ª temporada de evolução, pois caso contrário, quando se tenta ensinar tudo ao mesmo tempo, os miúdos não reagem bem e ficam bem confusos.


      «equipa à deriva, sem processos colectivos minimamente dignos do Benfica, tacticamente rudimentar, previsível como um metrónomo»
      A sério que viste isso? Então e ao sistema defensivo altamente elogiado pelo Guardiola? E, a recuperação fantástica num campeonato com recorde pontual? Não brinques Benfiquista...

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    18. O RV não tem nada a ver com o FS. O Fernando Santos tinha apenas e só um onze titular e nunca o rodava. Por isso chegávamos a metade da época e quando havia uma lesão era o descalabro. O Rui Vitória, trabalha constantemente os jogadores. Há uma contrariedade, há uma oportunidade para outro que estava sendo trabalhado na sombra dos habituais titulares.

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    19. Se colocares um Krovinovic ou um Pizzi à frente do Gedson e este à frente de um Fejsa, não vai dar resultado. No momento em que a bola chegar ao Krovi/Pizzi, já estão de costas para o adversário e totalmente esmagados pelos adversários, porque o timing de passe do Gedson será o mesmo que tem na equipa B, o que é mais lento do que o necessário numa equipa de nível principal.

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    20. Sim, a sério que vi isso...mas não foi na eliminatória contra o Bayern, foi no contexto a que me referi, uns meses antes, quando o Vitória vai buscar o Renato e o lança no onze. Isso não acontece por acaso: foi uma medida de desespero do RV, que já não sabia o que fazer para a equipa melhorar - nessa altura, estávamos a 8 pontos da liderança e tínhamos já um acumulado respeitável de humilhações, incluindo os três secos no derby da Luz. RV já não sabia o que fazer e, como sempre, foi pela fezada de que o Renato ia dar outra 'força' e 'determinação' à equipa...

      A equipa melhorou, de facto, mas quanto a mim até foi mais pela saída do Luisão e entrada do Lindelof, pela entrada do Ederson (ambas por lesões dos titulares) e, antes disso, quando o Renato entrou, pela derivação de Pizzi para médio ala direito.

      Mesmo assim, apesar das melhorias, o nosso futebol ainda estava muito longe dos nossos pergaminhos e se ganhámos o tri foi porque o Sporting foi Sporting e porque nós tivemos muita sorte em muitos momentos decisivos do último terço desse campeonato...

      PS. Fizemos de facto uma excelente eliminatória contra o Bayern, no momento da organização defensiva. Foi a isso que o Guardiola se referiu. Não invalida nada do que escrevi acima porque se uma andorinha não faz a Primavera, um momento de jogo não faz os quatro momentos, nem uma eliminatória da Champions com um tubarão faz um modelo de jogo de uma época.

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    21. Continuo sem perceber porque achas que o tempo de passe de Gedson será assim tão mau. O elemento mais adiantado do meio campo, vulgo 10, deve procurar o espaço ora no corredor Central ora explorando o espaço entre sectores.
      No caso, Gedson ou quem quer que seja que faça a posição 8, não tem sequer de ser o distribuidor de jogo. Se se optar por um futebol mais directo para o ponta-de-lanca ou 10, queimando linhas e aproveitando o balanceamento ofensivo do adversário facilmente se contorna a pressão alta.

      A posição do Krovinovic é a de 10 ou médio de ataque centro. Sem ele o Benfica é uma equipa que até se pode superiorisar a onzes mais fracos em termos individuais (Homem por homem) mas em termos colectivos é um vazio de ideias.

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    22. Benfiquista Primário, não foi apenas graças ao Renato que ganhámos. Antes dele já tínhamos ganho em Madrid ao Atlético de Simeone.

      Defensivamente a equipa ganhou quando saiu o Luisão, porque este se tornou com o passar do tempo num central muito de contenção. Talvez porque perdeu muita velocidade e agora tenta-se proteger, mas é um erro, pois essa protecção é recuar e aumenta as distâncias entre a linha defensiva e a do meio-campo.

      Houve muitas melhorias em termos defensivos e houve muito dedo do treinador nessa fase, por mais que queiram dizer o contrário.

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    23. Consideras que o Gedson fez um bom jogo ontem frente ao Lyon, Batigol?

      Podemos defender a formação, mas dizer que todos estão no ponto para envergar o manto sagrado, não acho sensato, porque não estão.

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    24. «RB e BP, a comparação que fazia era entre Gedson e Alfa.» OK, aí há espaço para discussão!

      A vitória do Rui "Chouriço" em Madrid ainda dá para lhe dar créditos? Isso e o perder por poucos com o Bayern? É que tudo isso aconteceu há três anos! De lá para cá onde anda essa organização defensiva de génio? Os processos geniais? Onde está esse dedo do treinador fenomenal?

      E defender RV por ter tirado Luisão depois de o impôr e impigir para lá do razoável é como elogiar o Trump por dar apoios aos agricultores para um problema que ele lhes causou!

      «Ainda há pouco falava do RB sobre (...) um daqueles exemplos em como a equipa técnica de RV poderia e deveria ter sido mais exigente com o miúdo.» Trunquei o texto assim para ser verdade para todos os putos atirados por RV para o 11 titular. Porque jamais em tempo algum se viu um puto a evoluir com RV. Só dois produtos da formação se impuseram sem lesões ou impedimentos de um concorrente directo: Semedo e Renato. E no caso do Semedo, bendita a hora em que o Maxi foi comer tripas, senão era outro 15 milhões com cláusulas. Já Renato passa um ano todo sem ter noção de como jogar sem bola ou de como fazer contenção do ataque adversário. Um ano a treinar e a jogar e não aprende nada!

      Porquê estas rants? Para enquadrar aquilo que podemos esperar que RV dê aos jovens da formação...

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    25. Que ódio de estimação ao Vitória!!!

      O Nélson Semedo, o Gonçalo Guedes, o Lindelöf e o próprio Renato foram potenciados por quem? O que faz falta a esses jogadores é depois ter continuidade de trabalho. A transmissão de conhecimentos não é feita toda numa sessão, mas sim em várias sessões de jogo-correcção-treino assim sucessivamente até o jogador adquirir as competências necessárias.

      Por exemplo, para se ser um excelente médio é essencial prever o que vai acontecer, para saber colocar-se na melhor posição, tanto para interceptar um adversário, como receber uma bola de um colega e dar o seu melhor seguimento. Uma coisa é a teoria, outra é a prática. E, esta última só vem com o treino.

      Eu posso apontar ao Rui Vitória que aparentemente parece exigir pouco aos seus jogadores, mas pode não ser isso que aconteça. Uma coisa é berrar lá no campo, outra é nos treinos. Depende muito da personalidade do treinador.

      O que sei é que tendo em conta o entra-e-sai de jogadores, todas as temporadas, torna-se difícil também para um treinador conseguir ter uma continuidade fácil nos seus métodos de treino.

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  10. Ainda vou ler os comentários por isso se calhar alguém já o disse ou ainda me vou repetir, mas...

    «Outrora era um jogador algo preguiçoso na pressão sobre o adversário, mas se há evolução no baiano, essa surgiu nas últimas temporadas ao serviço no Besiktas, onde aprendeu muito das funções que um jogador na sua posição deve ter em campo.»
    Nenhum dos vídeos que colocas justificam minimamente esta afirmação. Se alguma coisa eu vejo o mesmo tipo preguiçoso que dificilmente poderia ser algo mais do que um segundo avançado ou mesmo o PL da equipa. Ou seja, o mesmo Talisca que saiu.

    Ou seja, ou és um seguidor atento do Besiktas, e agora do campeonato chinês, para perceber onde está essa evolução, hipótese na qual temos de acreditar em ti, ou então tens de arranjar vídeos que ilustrem melhor o que dizes. Até agora, de todos os vídeos em que Talisca "brilha" não vi nada que o torne algo mais do que alternativa ao Seferovic. Talisca não liga jogo, Talisca recebe jogo. Talisca joga para o Talisca e para o brilho do Talisca. Se há por aí qualquer coisa que indique o contrário, venham de lá essas imagens...

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    1. Por acaso na época passada segui sim o Besiktas com alguma atenção. Criaram um excelente onze para competir ao alto nível na Champions. E, foi aí que vi um Talisca muito mais focado sem bola. Não andava ali perdido. Verdade, que ele já de si não é muito de perseguir o adversário feito maluco, como um Gonçalo Guedes ou um Raúl Jiménez, mas está muito melhor ao "nhaca" que era por cá.

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    2. Então mas diz lá o que fazia ele com bola nas zonas mais recuadas do terreno. Porque aqueles vídeos não me tiram da cabeça o extraordinário jogador cuja principal arma era "a facilidade de remate"... Só que fosse donde fosse, estivesse quem estivesse à frente.

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    3. Confunde-se uma boa pressão com morder os calcanhares ao adversário e esquecemos que cortar linhas de passe é algo tão ou mais importante na pressão alta.

      É aqui que o Talisca evoluiu muito com o Senol Günes. Hoje consegue ser o tal terceiro médio, mas também o segundo avançado. Com a sua passada envergadura e passada larga rapidamente consegue cobrir várias zonas do terreno sem ter que ir à queima e de uma forma mais inteligente e eficiente.

      Com bola nos pés, faz o que sabe fazer e ainda melhor, pois está confiante. Com um pé esquerdo daqueles no meio-campo, não apenas ganharíamos outra meia-distância, como também ganharíamos segundas bolas tal o tamanho do bicho. Por outro lado, jogando do lado direito do meio-campo, poderia ativar melhor essa ala direita, ou até fazer a variação do flanco para o lado esquerdo com um passe médio-longo, algo que um destro tem sempre muita dificuldade em fazer naquela zona do terreno e apertado.

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    4. «faz o que sabe fazer» O meu problema não é o que ele sabe fazer, é tudo aquilo que ele nunca soube e não me parece que saiba. Coisas como o dilema passar vs rematar; coisas como fixar adversários; coisas como "o Talisca faz parte de uma equipa". Como é que ele poderia activar aquela ala direita composta por André Almeida e Sálvio?

      Não sei qual o nível táctico da Liga Chinesa ou da Liga Turca, mas em Portugal os adversários parecem mais disciplinados e matreiros do que esses defesas chineses aí do vídeo...

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    5. Dando outra variação de sentido. Já reparaste que um esquerdino ali pode fugir para o centro com o pé direito a proteger a bola? Já reparaste que ele pode inclusive solicitar a corrida do Salvio para a linha de fundo? Já repaste que ele pode combinar com o Almeida servindo de muro cortina? Já reparaste que ele da meia direita pode rematar ao segundo poste com grande facilidade? Já reparaste que ele dali poderá abrir jogo no flanco contrário para um Cervi ir à linha a cruzar, podendo nessa altura o Talisca atacar o segundo poste ou a entrada da área?

      Um destro ali estará sempre virado para o Salvio e o Almeida, daí o que achas que acontece?

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    6. PP, por isso é que eu, quando surgiu a hipótese de médio interior para Ziv no ano passado, sugeri médio interior direito - por ser esquerdino e ter a proteção do pé de apoio nos movimentos para dentro...

      Ou seja, esse argumento é válido para qualquer jogador esquerdino, não diz nada especificamente das valências do Talisca para a função...

      Estou com o RB, até prova em contrário o Talisca parece ser, grosso modo, o mesmo jogador que saíu do Benfica...e nem que pusesses aqui 50 vídeos de 50 golaços do Talisca em remates de meia distância na liga chinesa, irias adiantar um milímetro que fosse ao argumento que ele já sabe agora o que não sabia quando envergava o manto sagrado. Pela simples razão de que os remates de meia distância eram das poucas coisas que ele já sabia na altura! ;-)

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    7. O Talisca tem dimensão física para aguentar com as vicissitudes da nossa "posse de bola", enquanto o Zivkovic, frente a grandes equipas terá algumas dificuldades.

      Já repararam que as equipas que têm "rodapés" como interiores nos seus meio-campos, são muito agressivas e energéticas no seu trio ofensivo? É exactamente para isso, para colmatar uma perda de bola do meio-campo por causa dos duelos físicos. Dessa forma, com jogadores mais intensos e fortes na contra-pressão, conseguem fazer conjuntamente o que uma torre faria naquela região.

      «Estou com o RB» mas, alguma vez estiveste contra?! Lol! O Talisca evoluiu imenso, meus caros. Sobretudo, evolui no seu jogo sem bola.

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    8. Eu e o BP temos tido as nossas discordâncias. À conta disto dei por mim ontem a ir ver resumos do Talisca. O que me salta à vista é que se alguma coisa não vi esse médio de ligação de que tu falas... Mas tem algo que RV poderia de facto utilizar.

      Explicando. Nos resumos que vi, o Talisca a jogar em posições recuadas é um jogador que não transporta bola. Joga a dois, três toques e se estiver longe da área dá com um passe longo. Só que a qualidade do passe dele diminui com o número de metros que a bola tem de percorrer. Na proporção inversa ao remate, digamos.

      O que salta à vista desses resumos (dois jogos na China e um "skills and tricks" no Besiktas) é também a falta de critério dele quando pressionado apesar de já não ser o coelho assustado que saltitou pela Luz. Mas sem pressão de maior, em transições rápidas parece de facto uma mais valia para o meio campo, se jogarmos num jogo de transições rápidas com atacantes rápidos.

      No capítulo do remate fácil a meia distância parece de facto temível (resta saber quantos remates foram para a bancada ou contra adversários) e o que me parece que ele poderia dar era um finalizador de livres como não temos desde que o Tacuara nos deixou.

      Resumindo, face ao que RV parece querer, até pode ser que Talisca tivesse lugar no meio campo do Benfica, mas na verdade a posição em que ele poderia ser realmente útil era como parceiro de um Jonas ou um Ferreyra (duvido que o Castillo seja o jogador para combinar e abrir espaços que o Talisca precisa como parceiro). Se assim fosse e de cabeça limpa, eu temia pelas defesas contrárias.

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    9. Olha que o Castillo é jogador para jogar em combinações, uma vez que sabe jogar de costas para a baliza...

      Por fim, o Talisca não é apenas e só jogador de transição.

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    10. Castillo e combinações? Vamos ver o que a época nos traz...

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    11. Será combinações do tipo Alex Mitrovic, ou Lukaku, i.e., tipo tanque Panzer. Para mim, é importante, pois é algo que Soares e Aboubakar fazem muito bem e que o Jonas não faz. Frente a equipas de nível Champions é essencial, pois a maioria das vezes a luta do meio-campo não permite sair com bola no pé. Se equipas de topo do futebol mundial têm dificuldades, quanto mais um Benfica que época após época reconstroi o seu onze titular.

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