09 fevereiro 2013

O entra e sai de Janeiro


Com o fim de Janeiro, também o conhecido "mercado de inverno" terminou. E é sobre este tema que pretendo debater nas próximas linhas.

Quem saiu e quem entrou?
Nolito foi das saídas mais sonantes.
Já começa a render no Granada.
Será que regressará?
Rapidamente, olhando apenas para o Benfica, houve vários atletas, da equipa A e da equipa B que saíram neste mercado de inverno. Uns a título de empréstimo, outros em definitivo e outros que apenas sabemos que saíram. As saídas foram:
  • Bruno César: o brasileiro e médio-ofensivo canhoto da equipa A encarnada, foi vendido a título definitivo (5,5 M€?), para o Al-Ahli Jeddah, do campeonato da Arábia Saudita.
  • Nolito: o "falso" extremo esquerdo espanhol, ao serviço da equipa A do Benfica, foi emprestado, até ao final da temporada, ao Granada da primeira liga espanhola.
  • José Luís Fernandéz: o extremo esquerdo argentino, emprestado ao Olhanense pelo Benfica, na primeira metade da temporada, saiu (não se sabe se a título definitivo ou por empréstimo do Benfica) para o Godoy Cruz, clube da primeira liga argentina.
  • Hugo Vieira: o avançado polivalente português, que estava emprestado aos espanhóis do Sporting Gijón, regressou neste defeso a Portugal, para alinhar novamente emprestado até final da temporada no Gil Vicente, da nossa 1ª liga.
  • Luís Martins: o jovem internacional português sub20 e lateral/médio/extremo esquerdo, que actuava na equipa B encarnada, foi vendido (por que valor e contrapartidas?) ao Gil Vicente, equipa da 1ª liga nacional.
  • Daniel Martins: o jovem lateral esquerdo de 19 anos e de elevada estatura (1,89 m de altura), da equipa B encarnada, foi adquirido (por que preço e contrapartidas?) neste defeso de inverno pelo Belenenses, que actua também na 2ª liga nacional.
  • Duarte Duarte: o extremo esquerdo português de 25 anos da equipa B do Benfica, foi adquirido pelo Paços de Ferreira (por que quantia e contrapartidas?), equipa da 1ª liga nacional.
  • João Faria: o jovem central encarnado da equipa B, de 22 anos, foi adquirido (por que valor e contrapartidas?) pela equipa espanhola do Salamanca da segunda divisão B.
  • Bakar Mirtskhulava: o jovem georgiano de 20 anos da equipa B (?), foi para o Zimbru da liga moldava, não se sabe se a título definitivo ou se em empréstimo (muito menos os valores envolvidos e as respectivas contrapartidas).
Ou seja, houve duas saídas de jogadores da equipa A, uma venda e um empréstimo. Houve também uma recolocação de empréstimo (possivelmente duas). Na equipa B, houve 5 saídas, destacando que 3 delas foram de jogadores do flanco esquerdo da equipa de Norton de Matos.

Diogo Rosado chegou emprestado
à equipa B. Será que ficará no final
da temporada?
Em termos de entradas, foram contabilizadas neste defeso de inverno, as seguintes:
  • Miguel Santos: jovem guarda-redes português que estava nos juniores encarnados subiu para a equipa B em Janeiro.
  • Roderick Miranda: regressou à Luz, para integrar a equipa B, após meia temporada na La Liga espanhola, ao serviço do Deportivo da Corunha, por empréstimo dos encarnados.
  • Wei Huang: é um jovem central e lateral esquerdo chinês, de elevada estatura, que apenas actuou no Mafra em jogos exibicionais e que veio para reforçar o plantel da equipa B do Benfica (não se sabe que valores envolveu esta transferência?).
  • Gianni Rodríguez: jovem lateral esquerdo de 18 anos e internacional sub20 uruguaio, veio reforçar a equipa B do Benfica, vindo do Danúbio do Uruguai (por quanto e respectivas contrapartidas, não se sabe?).
  • Bryan Garcia: jovem lateral esquerdo brasileiro de 20 anos, vem por empréstimo (fala-se em opção de compra, mas sem adiantar valores?) para a equipa B do Benfica, mas inscrito nas competições europeias para a equipa principal, da equipa brasileira do América Mineiro, do campeonato Mineiro da 1ª divisão.
  • Diogo Rosado: o jovem internacional sub 21 português, de 22 anos, veio por empréstimo do Blackburn (com opção de compra?) para reforçar a equipa B encarnada e é médio ofensivo/extremo canhoto.
  • Rui Fonte: o jovem médio ofensivo/avançado internacional sub21 português, de 22 anos, veio a título definitivo (quanto custou?) para a equipa B encarnada, proveniente do Espanyol da La Liga espanhola.
Ou seja, entraram 7 jogadores para a equipa B encarnada. Um através de promoção interna. Um por regresso de empréstimo. Dois por empréstimo e três a título definitivo.

Ficaram também asseguradas as seguintes aquisições para a equipa B na próxima temporada: João Amorim (Trofense), Élbio Alvaréz e San Martin (Peñarol). Não se sabe é os valores e contrapartidas envolvidas nestes jogadores. Já agora, do "pack" de uruguaios, campeões do mundo de sub17, que se falou estar envolvido na renovação do Maxi Pereira, penso que ficará por assegurar o Gaston Silva e o Jim Varela, não é verdade?


A análise das saídas e das entradas
Na equipa principal, fui um pouco contra as saídas de Bruno César e de Nolito neste defeso. A razão é simples: com estas duas saídas, se somarmos as saídas de início de temporada de Witsel e de Javi Garcia, o Benfica renovou a 100% o quarteto meio-campista titular da época passada. Nestas condições, como é que se pode exigir aumento de qualidade de processos na equipa do Benfica? Para além disso, o Bruno César mal ou bem era um jogador polivalente no meio-campo ofensivo encarnado e parecia estar a adaptar-se bem à posição "8", nos últimos jogos. Por outro lado, tendo em conta a juventude de Salvio, Ola John e, agora de Urreta, o espanhol era dos extremos encarnados com mais traquejo e experiência. Característica muito importante nos jogos mais difíceis.

O uruguaio Urreta poderá ser o
jogador que mais beneficiará
com o empréstimo de Nolito.
De qualquer maneira, ambas as saídas foram colmatadas de forma interna. A saída do espanhol acabou por abrir uma vaga para o uruguaio Urreta poder demonstrar a sua qualidade, que nas últimas temporadas tem ficado congelada. Será uma boa hipótese caso lhe dêem oportunidades de jogar. Também a saída do brasileiro, foi colmatada dentro de portas com a recuperação de lesões graves de Carlos Martins e de Pablo Aimar. Aliás, estas recuperações foram autênticos reforços de inverno, tal o tempo de ausência de ambos os atletas.

Noutra perspectiva, as 5 saídas para 7 entradas na equipa B, ou seja, o acréscimo de 2 jogadores no plantel de Norton de Matos, poderá significar que Jesus poderá ir à equipa B pescar mais dois jogadores para preencher qualquer lacuna na equipa principal. Neste ponto de vista, torço para que Jesus possa, sempre que possível, chamar o Miguel Rosa e o Leandro Pimenta. Penso mesmo que poderão dar um excelente contributo no meio-campo (defensivo e ofensivo), mas também no ataque da equipa A.

Hugo Vieira é jovem, português e
talentoso. Poderá ser muito útil
no futuro.
Ainda relativamente à equipa principal, questiono da utilidade que Hugo Vieira poderia dar à equipa principal encarnada. Penso que o jogador português é muito subvalorizado. Por exemplo, numa aposta clara no 4-4-2, penso que seria o parceiro ideal para um ponta-de-lança como o Cardozo. É que o Hugo Vieira, para além de ter uma excelente finalização, é daqueles avançados móveis que sabem ligar o meio-campo ao ataque, algo que nem Rodrigo, nem Lima têm convencido a 100%. No entanto, compreendo a posição de Jesus. É que com a recuperação de Aimar, e pelo peso e qualidade do argentino no plantel encarnado, muito provavelmente, Jesus poderá adaptar o 4-2-3-1, ou mesmo o 4-4-2, com Aimar a segundo avançado. Nesta última situação, não será bem a mesma coisa. É que o argentino prefere jogar transportando o esférico de trás para a frente. Contudo, Jesus poderá para esses casos específicos chamar o jovem Miguel Rosa, que quanto a mim enquadraria na perfeição nessa estratégia e posição. 

A contratação de Fernandéz
continua a ser um mistério para mim.
A saída para a Argentina de José Luís Fernandéz é para mim um mistério. Em primeiro lugar, ainda não consegui perceber o real valor do jogador com a camisola encarnada. Se ele chegou a fazer 5 jogos pelo Benfica, desde que foi contratado, será um feito. Depois, não se sabe se ele foi para o Godoy Cruz a título definitivo ou a empréstimo. Caso tenha sido por empréstimo, qual é a mais valia de ter voltado para a América do Sul? O que isso poderá contribuir para a sua valorização e adaptação ao futebol europeu? Ou seja, é uma daquelas aquisições que deveria ser bem explicada... não acham?

A contratação do chinês Wei Huang
também me causa muito mistério.
Mas, não é só a equipa A que tem este tipo de aquisições. Também na equipa B podemos encontrar algumas incongruências. Uma delas é a aquisição de um central chinês sem qualquer historial de formação futebolístico e que entra directamente para o plantel da equipa B encarnada. Como é isso possível? Reparem no seguinte, eu acredito que hajam por aí muitos talentos perdidos e que podem muito bem entrar. Mas, nestes casos oferece-se um período de treinos para auferir da real qualidade do jogador. Será que nos juniores não haveria algum jogador com tanto ou mais potencial? Sinceramente, fico algo desconfiado, ainda por cima não se sabe ao certo que valores foram envolvidos nesta aquisição... De qualquer maneira, dos jogos particulares que fez pelo Mafra, Wei Huang deixou excelentes indicações... vamos lá ver.

O jovem brasileiro Bryan Garcia
poderá ser realmente uma mais valia
na lateral esquerda da equipa B.
Teoricamente, as saídas na equipa B foram bem colmatadas com as respectivas entradas. Tirando da equação o jovem guardião Miguel Santos, verificamos que perante as saídas de dois centrais, de dois laterais esquerdos e de um extremo esquerdo/direito, a equipa de Norton de Matos recebeu outros tantos, mais um avançado centro. Para a saída do centro da defesa de João Faria e de Bakar Mirtskhulava (que não era opção esta temporada), entraram o Roderick Miranda e o chinês Wei Huang. Penso que neste sector até podemos ter melhorado, dada a qualidade do vice-campeão mundial de sub20, o Roderick Miranda. Para as saídas dos laterais esquerdos Luís Martins e Daniel Martins, chegaram o Gianni Rodríguez e o Bryan Garcia. Saiu um vice-campeao de sub20, mas entrou um brasileiro de 20 anos já com alguma rodagem de campeonatos brasileiros e rotulado de craque e um campeão mundial de sub17. Veremos se ficámos a ganhar ou não. Saiu Duarte Duarte como extremo esquerdo/direito canhoto e entrou Diogo Rosado para essa mesma função. Aqui penso que foi uma excelente aquisição para o Benfica. Gostava de saber se o Rosado veio com direito de opção ou não, pois penso que é um daqueles jogadores da longa linha da escola de extremos portugueses. Pode inclusive jogar como médio centro ofensivo.

Rui Fonte poderia ser o avançado
que nos faltou até agora na equipa B.
Lamentável a sua lesão.
A aquisição de Rui Fonte penso ter sido importante porque é um jogador que poderá acrescentar qualidade a uma posição que o Benfica B tem tido dificuldade em arranjar um jogador de nível. Com a passagem definitiva de Kardec para a equipa principal (embora nunca tenha saído de lá, foi nos últimos meses opção para a B...), Norton de Matos tinha necessidade de ter um avançado, pois o Deyverson... bem já vou falar dele mais à frente. Por outro lado, é um jogador que pode fazer a posição atrás do avançado, muitas vezes feita por Miguel Rosa, libertando este para a equipa A sempre que Jesus achar necessário. (Lamentável é como passado uma semana se lesionou e já não jogará mais esta temporada...)

As preocupações com os que não saem nem deixam entrar
O que fazer com Michel e com
outros na mesma situação?
No plantel principal existem várias situações que merecem preocupação. São eles os seguintes jogadores:
  • Júlio César: o guardião brasileiro não consta do plantel da equipa principal, nem da equipa B. Questão: o que fazer com o jogador que tem contrato até final da temporada de 2013-2014?
  • Sidnei: está neste momento no plantel da equipa B. Contudo, nem nesta equipa tem sabido aproveitar as oportunidades para poder regressar e comprovar todo o potencial que levou o Benfica a contratá-lo por 7-8 M€ em 2008-2009. Nota: o contrato com Sidnei termina em 2016 e tem uma cláusula de rescisão de 25 M€. Será que devermos pensar nele se Garay sair no final da temporada?
  • Miguel Vítor: pessoalmente tem tanto ou mais talento que o brasileiro Sidnei. Disso é notório sempre que joga, quer pela equipa principal como na B. Ainda na semana passada fez uma bela exibição, apesar de estar muito tempo afastado dos relvados. O contrato dele termina no final desta temporada. Mas, com um jogador desta qualidade, capitão de equipa e das nossas escolas, será uma boa decisão deixarmos ele sair?
  • Michel: o avançado brasileiro foi emprestado ao Braga no início desta temporada, logo após ter sido contratado ao Paços de Ferreira. Neste defeso foi devolvido à Luz e está neste momento sem lugar tanto na equipa A como equipa B. Aliás, não está sequer inscrito. É talvez dos que mais gera preocupações.
  • Alan Kardec: o ponta-de-lança brasileiro ganhou novo fôlego após o golo na taça de Portugal no final do ano de 2012. Contudo, pergunto se com Cardozo, Lima e Rodrigo, mas também com Aimar, o AK irá ter assim tantas oportunidades de jogar ou não. Sabendo que andava triste por jogar na equipa B, será que agora sem Rui Fonte, não se irá importar de manter a forma na equipa de Norton de Matos sempre que for necessário?
Depois, preocupa-me a quantidade de jogadores emprestados que temos espalhados pelo mundo. Muitos deles que foram contratados e nem sequer tiveram oportunidade de vestir a camisola encarnada. Isso faz-me uma certa confusão (ou não!) e como tal merece ser explicado de forma transparente aos benfiquistas.


Preocupam-me contratações como
a de Deyverson.
No plantel da equipa B existem igualmente jogadores que não entendo a motivação das suas contratações. São eles:
  • Rafael Copetti: não se percebe esta contratação tendo em conta que temos um Mika na equipa B. Quanto a mim, o guadião brasileiro de 21 anos, está a tapar o espaço (e tempo de jogo) para jovens guarda-redes portugueses da formação do Benfica, como são Bruno Varela, José Costa e agora Miguel Santos. 
  • Ghislain Mvom: não percebo qual foi o critério para ter feito esta contratação do jovem camaronense. Não reconheço grande qualidade para jogar no Benfica, ainda para mais sendo estrangeiro. Gostaria de entender quais os motivos para a sua contratação.
  • Carlos Ascues: o jovem peruano/venezuelano de 20 anos é um jogador defensivo e polivalente. Contudo, será um jogador com o pedegree técnico e táctico para uma equipa como o Benfica? As suas exibições têm deixado muito a desejar...
  • Victor Lindelöf: é um sueco de 18 anos, que actua como lateral direito. Tem uma boa estampa física, mas tecnicamente fica atrás de João Cancelo e Bruno Gaspar. Isso remete-o como opção para o centro da defesa, onde já existem várias opções. Mais uma vez interrogo os motivos desta contratação estrangeira...
  • Élvis: tem 22 anos, joga como médio ofensivo/extremo e chegou à Luz na época passada. De imediato foi emprestado ao União de Leiria. Com a queda do clube da cidade Lis, voltou ao Benfica para jogar na equipa B. Dada a qualidade demonstrada, não se entende bem o motivo pelo qual foi contratado pelo Benfica. Mais um...
  • Ernesto Cornejo: este espanhol de 19 anos veio com selo da academia de La Masia (Barcelona), pelo que seria de esperar qualidade. Até agora, pouco se viu do jogador, até porque não tem tido oportunidades. A questão aqui é a seguinte: sendo um jogador de qualidade, porque é que já não teve mais minutos de jogo?
  • Deyverson: o avançado canhoto de 21 anos brasileiro não tem conseguido demonstrar o quer que seja que os técnicos encarnados da equipa B viram para o trazerem do Brasil. Nem sequer é um jogador proveniente de uma escola de renome brasileira. Isto por si só não quer dizer nada, mas que traria uma certa garantia, lá isso traria. Não entendo esta contratação, que mais uma vez está a ocupar o lugar se calhar a outro miúdo da cantera do Benfica... por exemplo, o Manuel Lis que foi emprestado ao Fátima, lá na volta não faria pior...
  • João Mário: o ponta-de-lança da Guiné-Bissau, de 19 anos, é ainda novo. Isso é uma verdade. Contudo, não tem demonstrado o que viram nele na antiga equipa senegalesa de Norton de Matos (e cujo dono é José Mourinho). Este será o seu segundo ano de Benfica, pelo que problemas de adaptação não podem ser desculpa...
Todos eles são jogadores estrangeiros cuja qualidade é no mínimo duvidosa. Isto deixa-me pensativo sobre quais os padrões de avaliação que permitem estas contratações. É que é notório que poderíamos ter o mesmo tipo de qualidade com jogadores nacionais. Mais ainda, o dinheiro poupado nestas contratações poderia ser poupado para a aquisição de jogadores estrangeiros verdadeiramente talentosos.

2 comentários:

  1. Boa análise e boas conclusões. Quanto ao Sidnei...ele está ainda no Benfica? Não tem sido convocado para a equipe B nem para a equipe principal. Estará lesionado? Algo estranho se passa com ele. E já agora, falou-se muito do Clésio, uma grande promessa moçambicana ainda junior. Já está no Benfica ou foi mais uma contratação falhada? É que o Porto tb estava interessado nele.

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    1. Boas,

      Quanto ao Sidnei, não sei. Ele e o Michel são duas preocupações. O central acaba por ser mais devido a todo o investimento que fizemos por ele em 2008-2009 e depois em 2011 onde adquirimos o restante do seu passe. Desde cedo fui muito crítico quanto a esta contratação. Recordo que havia o Miguel Vítor a surgir da formação e ainda estávamos a formar o David Luiz. Teria sido melhor termos buscado um central mais experiente, naquela altura... mas enfim... agora isto...

      Eu só contabilizei contratações para as equipas profissionais do Benfica (A e B).

      Esse Clésio é o miúdo de 18 anos moçambicano que veio para o Benfica sendo o melhor marcador da primeira liga moçambicana, não é? Realmente... o rapaz está nos juniores A da Luz.

      Uma coisa que deixa-me preocupado é que com estes interesses e opções pouco claras, ficamos sempre de pé atrás com as equipas técnicas e as suas competências. Por exemplo, este miúdo de 18 anos veio como melhor marcador da principal liga moçambicana. Mesmo que tenha idade para estar nos juniores, não teria melhor qualidade que um João Mário? Fica aqui a questão.

      F.L., eu nem sei-te responder se sequer o Fernandéz tenha sido uma contratação falhada, pois nem sequer tivemos oportunidade de vê-lo jogar para emitir uma opinião.

      Eu só acho que o Benfica deveria contratar segundo as suas necessidades e dentro desse lote, somente o que de melhor existir. Contratar, só porque tem talento não vale a pena. É o mesmo que querer o mundo todo, pois existe muito talento espalhado.

      Preferia que soubessem formar decentemente os nossos jovens para que em vez de um ou dois chegarem aos A's, fossem pelo menos 4 ou 5.

      É que desta forma, acabamos por nem fazer uma coisa, nem outra...

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