03 agosto 2015

Fazer jus ao nome


Rui Vitória rima com... Vitória!


E, não com derrota!

Com uma pré-época de 5 jogos em que o melhor resultado foi um empate com sabor a vitória na marcação de grandes penalidades e o segundo melhor resultado foi outro empate mas com derrota na marcação de grandes penalidades, o resto foi tudo derrotas. O Benfica precisa mesmo de ganhar o próximo encontro. Estatisticamente falando é quase impossível o Benfica não ganhar um único jogo em 6 jogos e isso é algo que também deveria acalmar um pouco os seus adeptos.

Ao Rui, a minha mensagem é de confiança no seu trabalho, mas também de exigência, em forma da seguinte afirmação:
O próximo jogo só pode ter um único resultado para nós: a Vitória!
Não vale a pena os adeptos estarem a pensar que deveria ter vindo Fulano ou Sicrano em vez do RV. Ou até mesmo pensar em mandá-lo já embora. Recordam-se do que aconteceu com o Fernando Santos? Valeu de muito... ainda para mais, quando ainda nem sequer começaram os "jogos a doer". Que tal canalizarmos toda esta energia, toda esta vibração, de querer ganhar, em apoio ao nosso treinador e equipa?

Bem, independentemente de reforçar o meu exigente apoio a toda a equipa, em particular, ao técnico encarnado, gostava de tecer alguns comentários sobre o que tenho visto nesta pré-época (embora irei escrever nos próximos dia um artigo sobre a exibição na Eusébio Cup) e que considero serem a causa para os maus resultados:
  • Equipa titular está recheada de jogadores que estão em paupérrimas condições físicas.
  • A condição física deveria ser o critério principal nesta fase da temporada e não tanto o "ter sido" titular da equipa bicampeã nacional. Por exemplo, se Sílvio e André Almeida estão piores fisicamente que Nelson Semedo, este tem de ser a primeira aposta. Os outros têm que fazer pela vida nos treinos.
  • Sem condição física, a equipa não consegue jogar, nem executar bem os movimentos/comportamentos que são ensaiados nos treinos (pressão, linha de fora-de-jogo, construção de jogo, posicionamentos,...). Sobretudo, se boa parte dos que estão em baixo de forma são habituais titulares (Luisão, Jardel, André Almeida, Eliseu,...).
  • Sem condição física, torna-se mais difícil os jogadores estarem clarividentes durante as várias fases do jogo. O corpo não estando ainda habituado ao elevado estado anaeróbio, faz com que a mente mais privada de oxigénio não funcione de forma mais clara, prejudicando a concentração no jogo (jogadas de bola parada), tomadas de decisões e tempos de reacção.
Jogar contra adversários que estão uma (PSG), duas (Fiorentina), três (Monterrey) semanas, ou até mesmo com metade da temporada (New York Red Bulls) à frente na preparação, também não ajuda, mas não devem nem podem ser motivo de explicação para as derrotas. Aliás, RV até poderia aprender alguma coisa sobre isso com o seu homólogo Laurent Blanc. O francês nos primeiro encontros da pré-época, porque sabia que os habituais titulares veriam de férias em piores condições físicas, preferiu aproveitar os primeiros jogos para avaliar os miúdos. Até posso entender e aceitar no primeiro encontro da pré-época, o RV querer ver a habitual equipa titular do Benfica. Mas, ao verificar que poucos eram os que tinham ritmo de jogo, deveria desde logo começar a incorporar a juventude que claramente se tinha preparado durante as férias. Por exemplo, Nelson Semedo.


Neste momento, olhando para os 30 jogadores encarnados que seguiram digressão e as suas condições físicas, temos:
  • Os que aguentam os 90 minutos: Samaris e Nelson Semedo. Como é óbvio os guarda-redes Júlio César, Ederson e Paulo Lopes também estão neste grupo.
  • Os que aguentam mais de 60 minutos: Jonas, Nelson Oliveira, Gaitán, Carcela, Pizzi, Fejsa, Sílvio e Lisandro López.
  • Os que aguentam até 60 minutos: Jonathan Rodriguez, Talisca, Nuno Santos, Djuricic, João Teixeira e Cristante.
  • Os que aguentam até 45 minutos: Gonçalo Guedes, Eliseu, André Almeida e Jardel.
  • Os que aguentam menos de 45 minutos: Taarabt, Ola John e Luisão.
  • Os jogadores que não deu para avaliar correctamente: Raphäel Guzzo, Marçal e Victor Lindelöf.
Assim sendo, tendo em conta o que foi escrito acima, tentando manter um pouco as ideias que RV está a implementar e atendendo que Luisão e Jardel têm lesões musculares, uma proposta para o melhor onze encarnado neste momento será o seguinte:

O actual melhor onze encarnado.

Esta é uma temática sempre muito discutível, mas olhando para este onze, e perante o que já foi escrito, Rui Vitória, poderia ter como alternativas no banco os seguintes jogadores: Ederson, André Almeida, Eliseu (ou Marçal fica aqui a dúvida), Cristante, Talisca, Nuno Santos e Jonathan Rodriguez. Estou certo que não vai fugir muito deste núcleo para o jogo da Supertaça no próximo domingo.




P.S.: Percebo a intenção de Rui Vitória estar a preferir colocar o habitual onze titular encarnado em campo, ou pelo menos com os jogadores que tiveram mais tempo de jogo nos últimos anos. A ideia é óptima, pois seria trabalhar com a base já formada. No entanto, foi vítima desse processo de tentativa de fazer com que eles adquirissem ritmo de jogo. E, acho que perdeu uma grande oportunidade para ter já feito algumas alterações de encontro aos seus princípios de jogo. Apesar de tudo, ainda vai muito a tempo...

4 comentários:

  1. Também não concordo com a equipa mas penso que há que haver respeito nas respostas. Isso não é forma de responder, anónimo!

    Conforme referi noutro post acho que o caríssimo PP tem uma forma muito peculiar de ver o futebol e deixa que a sua visão fique muito turva com algo que diga respeito ao nosso clube. Penso mesmo que exagera muito e enaltece muito jogadores que não são merecedores desse respeito e consideração.

    Exemplos: NOliveira, NSemedo, GGuedes, VLindelöf, etc, etc...

    Temos de perceber que temos uma equipa muito fraca e débil em várias posições. Que haja a coragem de se assumir isso. Se sair o Gaitán até atrás do #notsportinglisbon ficaremos. Não temos laterais de nível (única excepção e´o Sílvio que é de cristal), só temos um central de jeito e que não caminha para novo. Falta um parceiro de jeito ao Jonas. E saindo o Gaitán precisámos de dois extremos de nível até Salvio voltar (resta saber em que condições após duas operações).

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    1. Exagero muito?

      - Nelson Oliveira foi o que mais convenceu na pré-época como ponta-de-lança da equipa. Jogou e fez jogar. O Jonathan Rodriguez parece sempre um jogador muito fora da equipa. Basta vermos o número de passes que faz por tempo de jogo.

      - Gonçalo Guedes, já escrevi aqui que desiludiu-me imenso nesta pré-época, ao ponto de ter escrito que não fez o trabalho necessário de preparação nas férias.

      - Victor Lindelöf, se realmente eu só visse os nossos meninos, então porque é que não escolhi para o meu actual melhor onze encarnado?

      Não temos de perceber que temos uma equipa muito fraca e débil. Isso é o que todo o mundo quer que nós pensemos. Têm todo o interesse nisso, por vários motivos:

      - Nivelar a diferença que existe entre a equipa campeã do Benfica e as equipas que estão a ser construídas pelos nossos adversários.

      - Há muito investimento de muita gente que quer ver a sua equipa a ganhar para posteriormente ver capitalizado esse investimento. Gente que tem dedo nos media.

      - Há interesse por parte de todo um sistema financeiro ligado ao futebol que o Benfica também abra os cordões à bolsa. Escrevo de bancos e seus empréstimos, empresários de futebol,...

      Se o Gaitán sair para mim abre-se espaço para jogadores como Djuricic (7M€), Taarabt (jogador de muita qualidade), Nuno Santos (jovem de grande potencial), Gonçalo Guedes (outro jovem de enorme potencial), Bilal (outro miúdo com grande potencial),... e até mesmo o Ola John (embora considero que não vale 9M€). Ou seja, durante as últimas temporadas fizemos avultados investimentos em jovens que têm de começar a ser colocados na montra para podermos ver esses investimentos a darem resultados.

      Agora, se o comum adepto prefere outro tipo de jogador isso é com ele. Já agora, quando o Benfica vendeu Di Maria e Ramires na mesma pré-época, e veio dois pouco conhecidos e muito jovens Gaitán e Salvio, também não tinham preferido que tivessem vindo dois extremos de nível?

      Ah! E notar que esta temporada já vieram dois extremos de grande nível: os marroquinos Taarabt e Carcela. (Verdade que o primeiro precisa de rapidamente estar em forma, mas o Benfica tem os meios, precisa é de trabalhá-los).

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  2. ja ouvi akguem escrever nos blogues ke ele tem a tatica da pilinha do autuori lol 4 2 2 2 horrivel tatica nunca a uso no fm pronto mais valia jogar em 4 3 3 entao ou sei la pra ja e rui derrota hahahahahahahahhahahaahahahahahahahahahahah

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    1. Agora ele utiliza a táctica do "pirilau"... Lol!

      Meu caro, o futebol evoluiu tanto desde os anos 90...

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