07 março 2019

Se havia jogo que podíamos...


... era este!


Relativamente ao onze titular que Bruno Lage escolheu para o encontro em Zagreb, talvez tivesse ido um pouco mais fundo nas mudanças. Por exemplo, teria apostado em Svilar na baliza, Yuri Ribeiro na lateral esquerda e Jota no lugar do João Félix, para além das mudanças que o técnico encarnado reservou para o jogo deste final de tarde. Acerca do meio-campo, eu gostei da ideia e acho que com aquela dupla atacante e os laterais de projecção ofensiva que actuaram pode dar resultado. O Florentino, o Gabriel e o Gedson formando um trio de meio-campo descaído sobre a direita, tem tudo para conseguir controlar as manobras a meio-campo, tanto sem bola (recuperando rapidamente com Gedson e Gabriel na pressão e Tino com as sobras), como com bola (à colocação com precisão de Gabriel junta-se a capacidade de transporte e aceleração de Gedson e o jogo de apoios do Tino). Depois o Krovinovic, descaído sobre a meia-esquerda do meio-campo ofensivo, pode ser o apoio ideal para juntar o meio-campo e a dupla atacante, mas também servir quase de pivô para ajudar a subida em apoio do Grimaldo, ou projectar o Corchia com uma variação rápida para o lado direito. Sem bola, Krovi e a dupla poderiam cobrir muito bem a tentativa de saída a jogar por parte do adversário. A ideia como podem ver é muito boa.


Agora é preciso muito trabalho e treino para afinar a máquina. Sobretudo, porque a este nível qualquer grainha na engrenagem é o suficiente para empancar toda a dinâmica da equipa. Concordo, com a leitura do treinador do Benfica, quando diz que após a saída por lesão do avançado Seferovic a equipa perdeu muita profundidade atacante e isso era fundamental para que com esse tipo de movimentação, as linhas de defesa e do meio-campo adversário não fossem tão compactas. Dessa forma, Gedson, Gabriel e, sobretudo, Krovinovic teriam muito mais espaço para construir, como tão bem gosta de fazer. É certo que, enquanto houve o ponta-de-lança suíço em campo, mesmo criando esses tais espaços entre-linhas, a nossa dinâmica também não foi a melhor. Isto porque tanto Gedson e Krovinovic mastigavam muito a recepção (des)orientada e a tomada de decisão. Há pois dois tipos de grainhas nesta engrenagem do meio-campo/ataque que é preciso resolver: posicionamento correcto para facilitar a recepção, antecipar a tomada de decisão antes da recepção da bola, movimentos que se deve fazer para desequilibrar o adversário/criar espaços, mas também movimentos que se deve tomar para reequilibrar a equipa. Desta forma, conseguimos ser muito mais rápidos com a bola nos pés e assim aproveitar os poucos espaços que o adversário vai dando em determinados momentos. Perante defesas compactas, isto é fundamental.


É igualmente fundamental os movimentos para reequilibrar a equipa, sobretudo na transição defensiva. Tal como o Bruno Lage fez bem em salientar, o golo do Dínamo de Zagreb até pode ter acontecido por causa da grande penalidade infantilmente cometida pelo Rúben Dias. No entanto, o erro começa antes, quando o Corchia posiciona-se mal em termos de posição do corpo, fechando o caminho pelo corredor lateral mas deixando em aberto o corredor central que com um extremo de pé trocado sobre a esquerda (nossa direita), é um convite à penetração do corredor central e passe para cortar a linha. Este é um "pormaior" que mais do que ser treinado para evitá-lo, tem de fazer parte da inteligência de jogo intrínseca dos jogadores. E não foi apenas o Corchia a fazer isso. Já vi o Grimaldo, o Gedson, o Krovinovic, o Cervi, etc a fazerem erros semelhantes. São esses erros posicionais que acabam por desequilibrar a equipa defensivamente. São estes erros que fazem com que a nossa transição defensiva perca eficácia. São estes erros que fazem com que recuperemos a bola 30 metros atrás de onde deveríamos recuperar. E, quando temos de fazer 10 recuperações do mesmo género, estamos a adicionar a todos os jogadores mais 300 metros de corrida às suas pernas. O desgaste físico e mental acumula-se e, é também por isso, que se deve exigir maior rigor nas movimentações e posicionamentos.


Sem o camisola 14 em campo, o jovem técnico encarnado fez entrar o Cervi. O extremo argentino entrou para a sua posição natural: extremo esquerdo puro. A ideia foi tentar atacar o problema do ataque da profundidade de forma diferente: em vez de utilizar dois avançados próximos, tentaria agora utilizar o João Félix no corredor central e o Cervi no corredor esquerdo. Desta forma, o Krovinovic em vez de ficar no meio-espaço esquerdo, ocupou o corredor central atrás do avançado, o jovem camisola 79, passando o Benfica a jogar numa espécie de 4-2-3-1. O Gedson continuava a ter as mesmas funções. Até aqui tudo bem, até porque a posição natural do Krovinovic era exactamente esta de número "10". O que funcionou mal (e funciona desta maneira há já bastante tempo) é que que Grimaldo e Cervi gostam de combinar muito entre si. Mas, para que isso aconteça, o argentino aproxima-se demasiado do espanhol. Ora se isto até resulta numa transição ofensiva, porque depois eles têm espaço à sua frente, num ataque posicional isso não resulta de todo. Aliás, a aproximação do Cervi ao Grimaldo para combinarem entre si acaba por concentrar a linha defensiva e média do adversário, i.e., exactamente o oposto que o treinador pretendia. O que o Cervi tem de fazer é manter a posição bem aberta e subida no terreno. Se sentir que a bola está nas suas costas, tem de fugir da esquerda para o centro, mas sempre numa diagonal a procurar as costas da defesa adversária e não uma transversal à linha lateral ou a recuar para a frente da defesa. Isso só deve ocorrer após a combinação do Grimaldo ou com o Gabriel ou com o Krovinovic (que neste momento joga como número "10"). Reparem que estes dois últimos são jogadores mais cerebrais de bola no pé, enquanto o Cervi é muito mais vertical e bola no espaço. Esta é que tem de ser a dinâmica. Pois caso seja o Cervi a procurar combinar com o Grimaldo, o que acontece é que o Gabriel não vai fugir em profundidade, porque a equipa precisa dele ali posicionado. E, o Krovinovic não foge em diagonal porque está à espera de construir jogo, ou seja, está à espera de poder decidir que melhor caminho deve a bola ter quando lhe chega aquela posição central.


Mas, não foi apenas o Cervi a falhar na missão que deveria ter em campo. Ao verificar que o problema de profundidade se mantinha, o Lage procedeu a nova alteração: entrada de Rafa Silva para a saída de Florentino. Esta entrada fez o Gedson reposicionar-se no centro do meio-campo, ao lado do Gabriel. Verificando que Grimaldo e Cervi iriam continuar a combinar e não conseguindo resolver a falta de profundidade ofensiva, resolveu fazer entrar o Rafa para o flanco direito, jogando como extremo direito puro e fazer com que o internacional português fosse muito vertical nos seus movimentos. Este ainda bem que procurou essa situação. Contudo, a nossa construção ou era através de uma saída pelos dois anões na esquerda (Grimaldo e Cervi que combinavam entre si, mas depois não soltavam em condições para os colegas no corredor central, pelos motivos já referidos acima) ou pela libertação de Gabriel para Gedson (e o seu transporte e tomada de decisão incorrectos). A certa altura, o problema já não era termos jogadores a tentar atacar a profundidade. O problema era a bola nem sequer chegar-lhes lá. Depois a impaciência da desvantagem do marcador e a fadiga acumulada, quer física e mental, começava a dar sinais. O resultado é que às tantas, já víamos o Félix e o Rafa a tentar vir buscar jogo a uma zona onde o Krovinovic cada vez mais ficava claustrofóbico, jogando para os lados e para trás, sem conseguir ter espaço para jogar de frente para a baliza adversária.


A última substituição do Lage foi correcta, a meu ver. Retirar o Gedson que estava a mastigar o jogo a meio-campo, recolocando o Krovinovic a jogar ao lado do Gabriel, tendo dois motores construtores de jogo naquela zona do terreno. Fazer entrar o Zivkovic para o flanco direito, procurando a diagonal e posterior passe para as costas da defesa adversária, fazendo uso da mobilidade e do ataque à profundidade de João Félix e Rafa (este jogando já como segundo avançado), mas também para activar o Cervi para essas funções. O acerto não foi imediato, porque o Gabriel continuou na meia-esquerda, com o Krovi na meia-direita do meio-campo. Na minha opinião, deveriam ter trocado, para que tanto o Krovinovic como o Gabriel conseguissem em, no máximo, dois toques conseguirem fazer a variação do flanco. Desta forma, recebiam com o pé dominante no lado externo ao corredor central, tendo depois que rodarem com a bola controlada e só depois conseguirem fazer o passe para o lado oposto. O tempo que demoraram a executar estes movimentos, já o adversário tinha basculado e estava reposicionado para defender no flanco oposto. O Zivkovic nunca conseguiu receber uma bola com apenas um adversário pela frente. Tinha sempre o lateral oposto e a sua cobertura pela frente.


Desta forma, e com o menor rigor posicional, sem bola, de Krovinovic a nível defensivo, começamos cada vez mais a definir mal a nossa transição defensiva, deixando os croatas contra-atacarem algumas vezes com perigo. Nesta altura também o cansaço físico começava a sentir-se imenso. Sobretudo, nos nossos centrais. Em particular, no Ferro (que quanto a mim ainda tem dificuldades em aguentar 3 jogos intensos por semana). Pessoalmente, apesar da derrota acho que o jogo foi pertinente para averiguar o estado de evolução de alguns jogadores no actual modelo de jogo que o Bruno Lage tem implementado como base para este Benfica. Deste encontro, deu para perceber as dificuldades de Cervi, Gedson e Krovinovic em entender os posicionamentos e as dinâmicas neste modelo de jogo e as nuances que devem obedecer dadas as características dos colegas que jogam à volta deles. Há pormenores que só se ganha no treino, mas há outros que são intrínsecos. E, tendo em conta que jogando de 3 em 3 dias o tempo para treino de aquisição de princípios é diminuto, dá para perceber que este trio poderá ter dificuldades em merecer a confiança do Bruno, nos próximos tempos. Quem parece ter ganho o seu aval são o Florentino e o Corchia. Fica para rever o que poderão realmente dar à equipa jogadores como Zivkovic e o Jota (que não foi utilizado hoje).



Sobre o jovem canterado, depois desta exibição paupérrima de Cervi, questiono se o Jota teria feito pior que o extremo argentino?! É que tenho para mim, que o Jota poderia trazer a tal profundidade que faltou à equipa e ao Krovinovic quando o Seferovic saiu, uma vez que o jovem extremo é muito mais objectivo e com olhos na baliza adversária, pelo que iria de forma natural explorar a profundidade da defesa adversária. Quanto à possível lesão do avançado suíço, poderá ser a oportunidade para o Jonas regressar ao onze titular. Mas, também poderá ser a oportunidade para o Taarabt regressar a uma convocatória da equipa principal do Benfica, pois o marroquino pode jogar em três posições neste Benfica: como médio-centro ofensivo, como médio-ala esquerdo e como segundo avançado. E, quanto ao desgaste de Grimaldo, que saiu de Zagreb a coxear, porque não apostar num Cervi como lateral esquerdo. À primeira vista, a aposta seria no Yuri Ribeiro, mas a exibição não muito convincente do jovem lateral esquerdo encarnado, faz-me pensar no argentino para esta posição. Esta minha opção seria para recuperar a confiança do extremo e, ao mesmo tempo, salvaguardar o lateral espanhol caso a queixa seja impeditiva.





P.S.: Como nota final, referir que se havia jogo para fazer um certo experimentalismo com jogadores menos utilizados, esse jogo era este frente ao Dínamo de Zagreb. Os croatas são uma equipa perfeitamente ao nosso alcance e uma derrota por um golo é facilmente recuperável com uma equipa encarnada mais entrosada e capaz de executar a um ritmo muito mais elevado. Do ponto de vista emocional, pode até ser bem canalizado pela equipa técnica já para o próximo encontro frente ao Belenenses, na próxima segunda-feira. Por fim, recordar as palavras de Sir Alex Fergunson sobre o Manchester United, mas que podem e devem ser aplicadas a este Benfica...

50 comentários:

  1. António Madeira08/03/19, 02:56

    Excelente análise, PP.

    Talvez pudesse realmente ter entrado o Jota, mas acho que o Cervi teve hoje a derradeira oportunidade em circunstâncias destas...
    De referir que dois dos jogadores do Dínamo que mais se destacaram defensivamente não vão poder estar presentes na Luz, o lateral esquerdo e o trinco.

    O que mais me preocupa é a lesão do Seferovic. Não porque não confie no Jonas, claro, mas porque não há alternativa na frente para o suíço. E nem vamos pensar no caso de o Jonas não poder jogar segunda-feira...
    Uma palavra para o terreno. Os nossos jogadores passaram o tempo a escorregar e a bola parecia não rolar convenientemente. Não justifica tudo, mas aliado a todas as vicissitudes do jogo de hoje e contra uma equipa que se dá ao luxo de fazer rodar os 11 jogadores no campeonato mais que ganho lá do burgo, ajuda a explicar a exibição menos conseguida de hoje.
    Temos tudo para virar o resultado na segunda mão, mas o mais importante são os três pontos contra o Belenenses.


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    1. O terreno estava algo pesado e lento (relva alta). Mas, se tivéssemos o nosso jogo bem assimilado, teriamos vantagem.

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  2. Isto sim, é que é falar de futebol. Parabéns!

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    1. Obrigado. ;)

      Mas, podem contribuir com as vossas opiniões.

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  3. Excelente analise! Os meus parabens. Faltou apenas referir que neste jogo os centrais tentaram, mas nao conseguiram criar transicoes ofensivas com passes longos.

    Tambem referir que este Dinamo esteve uma equipa bastante equilibrada e que estudou o futebol do Benfica ao pormenor pois tinha sempre as linhas de passe controladas. Nao e uma grande equipa, e verdade, mas e uma boa equipa que sabe jogar tacticamente o jogo.

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    1. Bem visto 1 Benfiquista in the UK! E esse não aproveitamento deve-se à falta de jogadores em número suficiente para atacar a profundidade (o ideal são dois).

      O equilíbrio do Dínamo deve-se ao facto de não termos desequilibrado com movimentações sem bola (o tal ataque à profundidade), que tem como missão também arrastar as marcações e criar espaço para os jogaores do meio-campo conseguirem atacar as entre-linhas.

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  4. Excelente post.. obrigado por falares de futebol que é o que realmente importa.. E não tentares meter a direção e o Treinador abaixo como outros blogs.. estava haver que nem tinha reparado que a relva estava alta e a bola prendia muito..
    P.S:Não conhecia o blog mas gostei muito, vou voltar mais vezes.

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    1. Ainda bem que gostaste Cris22. Sê bem-vindo e volta sempre.

      ;)

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  5. Verdade, verdadinha, é que o treinador croata deu um banho táctico ao nosso Bruno, não obstante a grande competencia deste, tambem no aspecto táctico e estrategico.Como não vejo o Bruno a por toda a carne no assador na próxima quinta-feira, acho mesmo que os croatas sairão vencedores da Catedral, pois o grande foco deve ser o campeonato.
    A lesão do suiço veio na pior altura!
    Não acho que o Ferro tivesse feito um grande jogo.
    Aliás, acho que o pseudónimo dele não deve ser Ferro, mas "Soneca".
    Infelizmente, ele não tem as virtudes que tu teimas em lhe atribuir.
    direi mesmo, que nesta dupla de centrais, o que salta à vista é que um tem "pica" a mais ( o Rambo,que em quase todos os lances em que intervei comete falta!) e o outro (o Soneca) tem "pica" a menos!
    A equipa esteve sem chama, sem alma, sem intensidade competitiva, com muitos jogadores totalmente fora dela!...
    enfim, foi uma pobreza franciscana!
    Esperam-se melhorias para segunda-feira...

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    1. Não acho que o croata tenha dado um banho táctico, porque já vi o Benfica fazer bem melhor esta temporada. Acontece que Krovinovic e Gedson, não é o mesmo que Pizzi e Rafa, por exemplo. Depois, em termos físicos se é verdade que os jogadores tiveram tempo suficiente de descanso, a fadiga mental da competição fez mossa.

      O Seferovic está impedido, temos outros que podem jogar. Em último caso que se vá buscar o José Gomes ou o Saponjic à equipa B.

      O Ferro a meu ver também não fez um jogo de encher o olho e tal como referi, foi dos que mais acusou da falta de frescura física (aos 70 minutos já estava morto).

      Que virtudes eu teimo em atribuir ao Ferro? Eu até acho que tenho sido bastante exigente com ele.

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    2. «Verdade, verdadinha, é que o treinador croata deu um banho táctico ao nosso Bruno, não obstante a grande competencia deste, tambem no aspecto táctico e estrategico» Isto é dito com base exactamente em quê?

      Em termos pessoais gosto de usar as oportunidades criadas, daí a minha dificuldade em ver esse banho táctico.

      É aceitável também um abstracto "domínio de jogo". Neste jogo podia-se falar desse domínio face à incapacidade de o Benfica passar, com bola, o meio-campo. Mas houve mais incapacidade do Benfica, ou uma superior organização adversária que forçou o erro?

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  6. bom post.
    hoje vim para o trabalho a ouvir a conferência de imprensa do BL, a maneira como explicas o jogo aqui complementa a ideia de jogo que me ficou de ouvir a conferência.
    Parabéns

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  7. Que grande post - obrigado!

    Já não posso ver o Cervi à frente...ou recua para lateral, como ambos já defendemos há bastante tempo, ou então que vá à vida dele...

    Gedson aparentemente está mesmo estagnado - ou mesmo a andar para trás. Krovinovic, que eu adoro, ainda é uma sombra do que foi antes da lesão. Muito trabalho pela frente para ambos...

    Mas para mim de longe o mais preocupante é a lesão de Seferovic!....se temos várias opções para segundo avançado, para primeiro não há alternativas a Sefe! Isto porque Jonas, além de ter como função ideal a de segundo avançado também, tem estado quase sempre indisponível...

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    1. O Cervi é o que já escrevi. O Gedson idem e o Krovi é preciso ter mais jogos para ganhar estaleca. No fundo é trabalhar sobre os vícios que estes jogadores possuem e que não se coadunam com o modelo de jogo do Lage. De qualquer modo, penso que Tino, Corchia, Jonas e Jota são mais do que suficientes para irem rodando com os habituais titulares.

      Seferovic é preocupante, mas não é o fim do mundo. Há Jonas (?), Jota e como escrevi no texto, há Taarabt.

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    2. Jota ou Taraabt a primeiro avançado? Eh pá não, são opções para segundo avançado, não para a posição 9. Não tendo Jonas, só se for mesmo o Zé Gomes ou o Saponjic...ou o Salvio! Não acho nada que o Salvio tenha perfil para médio ou até segundo avançado, muito menos neste modelo de jogo do Lage, mas para atacar a profundidade e finalizar, na posição 9, até pode resultar. E se perder a bola, perde-a em zona muito alta, no centro do jogo, onde costumamos ter vários jogadores...

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    3. Não. O João Félix seria o ponta-de-lança e o Jonas como seu substituto. Taarabt poderia ser falso extremo esquerdo, médio-centro (gostei imenso na equipa B) ou 2º avançado. Depois Saponjic e José Gomes para "primeiro avançado".

      O Salvio tem muito golo e é talvez dos jogadores mais inteligentes a explorar a porfundidade para além do Seferovic.

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    4. Graças a S. Eusébio, D. Coluna e P. Aimar, Sálvio está fora.

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    5. Depois do Rui Vitória, o Salvio é o teu bichinho de estimação, já percebi. Faz lá um ranking de quem não gostas no Benfica. ;D

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  8. Só discordo de uma opinião.
    A possível utilização do Svilar por troca com o Vlachodimos.

    Na minha opinião, com o Svilar na baliza teríamos vindo de lá com uma derrota por 3. Correndo bem, talvez fosse apenas 2.

    As substituições de guarda-redes não se fazem para poupar o habitual titular. Só fazem sentido para dar rodagem ao 2º gr em jogos "fáceis", o que não era o caso.

    Aliás, espero que na taça de Portugal o Bruno Lage jogue em Alvalade com o Vlacho.

    AP

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    1. Talvez AP. De facto, depois do jogo verificamos que o Odysseas esteve irrepreensível.

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    2. Com um pouco de formação o Svilar daqui a 5 anos (qdo estiver na mesma fase) será mais GR do que o Vlacho. Vlacho está um glorified Varela com melhor jogo com os pés (não necessariamente de pés). E não fosse uma propensão para se desligar em dados momentos, que o grego também tem, já seria globalmente melhor.

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  9. Parabéns, mais uma vez. O que faz falta é crítica construtiva, e isso é o que podemos ler aqui. É lamentável como por essa blogosfera há tanto benfiquista bipolar a passar da euforia desmedida à depressão por causa de um jogo menos conseguido, e em que, afinal de contas, nada ficou perdido...

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    1. A maioria deles ouve e lê de fontes de informação que se querem representar como credíveis, mas não são nada mais que extensões de certos grupos por detrás de certos clubes adversários do Benfica. É aqui que se vê o poder desta indústria. Por outras palavras, há muitos Benfiquistas que vão na onda da propaganda.

      Por exemplo, ontem na SIC, depois da derrota do Benfica, não faltaram bonecos a comentarem que o Lage deveria ter utilizado outros jogadores na frente de ataque, para evitar a lesão do Seferovic. Isto depois de terem lançado veneno sobre um suposto "acaso" táctico.

      Como referi no artigo, 4 dias de repouso são mais do que suficientes para recuperar fisicamente. Pode haver fadiga mental competitiva fruto de ter que estar sempre em alto rendimento e não poder relaxar um pouco, mas até nisso o Lage tem sabido gerir (Pizzi ficou na Luz, por exemplo). Depois o tal "acaso" táctico prende-se pela forma como eles não entendem o modelo de jogo do treinador Bruno Lage e no que ele queria em cada momento do jogo, conforme expliquei aqui no artigo.

      Para eles havia uma enorme confusão táctica, dizendo que os jogadores estavam baralhados. Enfim, esquecem-se é que os jogadores nas posições chave para não emperrarem a máquina tinham pouca rodagem, etc. Preferiram utilizar argumentos do "bota-abaixo".

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    2. Sim, tens razão, essa propaganda dos antis é bem evidente nos pasquins que todos conhecemos, mas não só... É reparar na quantidade de comentadores pela blogosfera, muitos deles anónimos, que certamente não passam de dragartos encardidos, a fazer esse bota-abaixo. E depois há aqueles que nem têm vergonha de dar a cara. Não foi só depois do jogo que esses frustrados apareceram nos debates. Até durante o jogo aquele narrador da SIC andava nessa de criticar a suposta anarquia táctica de BL. Chegou até a dizer que não se compreendia como é que a perder o Benfica estava a jogar com "dois médios defensivos"!!! (WTH!?!?!)

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    3. Lol! Eu ouvi essa. Com que então considera o Gabriel médio-defensivo. Deve ser daqueles que pensa que o camisola 8 do Benfica é lento, como já ouvi falarem...

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    4. Também reparei nesse e noutros disparates do mesmo quilate. O homem como não percebia nada do que se estava a passar chamou-lhe anarquia táctica lol e depois na SIC Notícias, continuou alegremente a revelar quão profundo é o seu desconhecimento do jogo, enquanto o Luís Cristóvão quase se contorcia de tão incomodado com a saraivada de tiros ao lado...

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. És exigente com o Ferro porque lhe reconheces virtudes.
    Ainda é novo. Vamos ver a sua evolução.
    No que respeita ao Svilar, creio que o seu empresário não lhe está a gerir bem a carreira. Não tem lógica nenhuma que o jovem com tantas potencialidades esteja praticamente desde os 17 anos sentado no banco e a treinar.
    Ele tem que jogar, tem que ter baliza.Aquando das suas últimas aparições, infelizmente, ele revelou que se encontra em estado regressivo. Se for titular contra o Sporting, podemos correr o risco de vermos o Jamor por um canudo!
    O treinador croata deu a bola aos jogadores do Benfica e, depois,posicionou os seus jogadores de forma a impedir que o Benfica explanasse o seu habitual futebol, ao ponto de estes não saberem o que fazer com a bola.Certamente que o baixo rendimento individual de muitos jogadores também ajudou para o sucesso da estratégia.
    Espero que o mau jogo de ontem, não tenha sido também devido a alguma descompressão após a brilhante vitória no Dragão!

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    1. É mesmo isso guti. O Ferro tem virtudes, mas está naquela fase em que precisa de adquirir o ritmo de elite, para evitar cair em vícios que lhe não permitirão crescer.

      O Svilar a meu ver já deveria ter sido emprestado. O problema é que no contexto de elite, como emprestado dificilmente irá jogar. Teria que baixar as espectativas e entrar num clube de menor dimensões para jogar. Depois, também seria importante ele ir para uma equipa em que apostasse num modelo de jogo de posse, porque precisamos que ele domine o capítulo do passe e do jogo de pés.

      O treinador croata para mim foi o mais arrogante. Repara que a descrição que fazes (correctíssima!) dá a ideia de que "toma lá a bola, porque sei que não vais conseguir fazer grande coisa com ela, mas como te vais esfolar para fazer algo, vais acabar por escorregar e eu no contra-ataque meto-te o golinho". É de arrogância e diria mais, sobranceria.

      Não acho que a derrota tenha sido por descompressão do clássico de sábado. Foi um misto do que referi.

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  12. Boas PP,

    Bom artigo, já disseste tudo sobre o jogo.

    O que acho preocupante é haver jogadores que com a alteração de treinador não conseguem mostrar nada nas oportunidades que têm tido.

    Não me recordo de boas entradas de cervi, zickovic e krovinovic nos minutos que têm jogado. É já os vimos fazer bons jogos, recebem mal passam mal, tomam constantemente a opção errada. Não me faz sentido, só não incluo o gedson neste lote porque num ou outro jogo até esteve razoável e não tem a experiência dos outros

    Abraço

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    1. Não conseguem mostrar nada nas oportunidades que têm tido porque estão a crescer. Não estão a crescer porque não só não estão a fazer o TPC, como o próprio Lage já veio falar que jogando 3 vezes por semana, não há muito tempo para treinar novos princípios.

      São os jogadores mais inteligentes os que conseguem por si só conseguirem adaptar-se ao modelo de jogo do Lage. Os mais individualistas e mais verdinhos naquilo que é o jogo, são os que apresentam maiores dificuldades.

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  13. Off topic

    O brahimi ficou sem castigo..A liga só pode estar a brincar..

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    1. O Conselho de Disciplina faz parte da Federação, mas não deixa de ser curioso que é no mandato de um presidente da Liga que foi um árbitro internacional que mais incentiva a indisciplina.

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  14. Já o de ontem não podíamos sequer empatar...😡

    Duas paragens cerebrais numa 'final' do campeonato é demais! Ambas por sobranceria e excesso de confiança, que parece ter-se apoderado da equipa depois da vitória no antro frutista...não parem com as sarapitolas não, que não é preciso!...

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    1. Sobranceria? Não acho.

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    2. Então aquele frango de YouTube é o quê? Confiar no golpe de vista assim, aquilo nem nos juvenis se admite! Nem do Roberto ou do Moretto me lembro de ver frango assim no Benfica...o Rúben Dias também anda muito deslumbrado, é o segundo jogo seguido em que tem erros decisivos...o de ontem, então, é de bradar aos céus!

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    3. Sobranceria não sei se é, mas que alguns precisam de aprender a lidar com o sucesso, ai disso não duvido… Agora é confiar que Bruno Lage vai pôr a malta com a cabeça no lugar, e que os níveis de concentração vão voltar ao ponto em que estavam antes.

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  15. É hoje que o Jota parte aquilo tudo!😁

    Grande onze de Bruno Lage! Gere esforço de alguns para o campeonato, mas mantendo uma equipa forte, que pode perfeitamente ganhar a eliminatória.

    Carregaaaaa!

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  16. Estava a ver que o Florentino nunca mais marcava um golo com um dos seus desarmes! 😁

    Joga tanto este Benfica de Bruno Lage! Impressionante a qualidade em todas as fases do jogo e em todos os contextos - a dominar ou a controlar, em organização ou em transição, de bola corrida ou de bola parada...

    Vitória e exibição com cheirinho a 37 😉

    Carrega Benficaaaaa!
    Obrigado Bruno Lageeeee!

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Deixa-me adivinhar, PP: agora ficas um mês sem publicar nada, deixando aqui os tertulianos residentes até preocupados com a tua saúde, para depois publicares quatro posts em três dias, todos eles interessantíssimos, longuíssimos e recheadissimos de nuances e subtilezas, deixando os tertulianos residentes a precisar de um mês para comentar os posts com o cuidado e a atenção que eles merecem??!? 😁🤣

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    1. O problema é que profissionalmente tenho tido imenso trabalho. E nos artigos que escrevo gosto muito de aprofundar alguns temas e tem quase sempre um trabalho de pesquisa e amadurecimento de ideias, o que por si só requer tempo.

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    2. Por amor de Deus, não tens que te justificar! Só estava a meter-me contigo, amigavelmente. E a ver se sacava um post teu sobre a maravilha que foi Moreira de Cónegos! 😉

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    3. O único problema é não deixares os posts em draft para espaçares e depois publicares aos 3 por dia. Um gajo quer resmungar e nem sabe onde!

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