13 fevereiro 2017

O jogador mais importante do...


... é o Julian Weigl.


Não me interpretem mal. Não quero com esta afirmação estar a desprezar a qualidade de jogadores já consagrados como Aubameyang, Reus, Kagawa, Göetze, Castro, ou até de jovens como Dembelé, Mor e Raphäel Guerreiro. Não é isso que está em causa. O que quero realçar é que se há jogador absolutamente fundamental no Dortmund de Tuchel, é este menino de 21 anos e que actua na posição 6 do meio-campo de die Schwarzgelben (amarelos e pretos em português). Ele é o verdadeiro maestro daquela equipa. É ele que liga a defesa ao meio-campo e ao ataque, conforme demonstra o video seguinte.


Numa equipa que este ano está órfã de Matts Hummels que se transferiu para o Bayern Munique no verão passado, e com jogadores como o Sokratis, o Matthias Ginter e Marc Bartra no eixo defensivo, toda a 1ª fase de construção está muito dependente do Julian, uma vez que nenhum destes três centrais apresenta a qualidade que o Hummels possuía com a bola nos pés e que era capaz de rasgar linhas de pressão defensiva do adversário. Talvez por esse motivo Tuchel tem tentado incorporar uma defesa a 3 nos jogos internos do Dortmund. A ideia passa por tentar criar as melhores condições para que estes defesas possam explorar cada vez mais o princípio da penetração, mas ao mesmo tempo, salvaguardando as suas costas, caso se atrapalhem com a bola nos pés, através da presença dos outros dois centrais. Contudo, as coisas não têm estado a correr da melhor forma. Daí que, nos jogos europeus, o técnico germânico tenha estado a optar pelo modelo tradicional de 4 defesas (dois centrais e dois laterais). Utilizando uma saída de bola la volpeana na 1ª fase de construção, com a descida do "6" da equipa para o meio dos centrais ou entre o central e o lateral que projecta-se no terreno junto à linha, o Julian tem sido fundamental para os excelentes resultados do Borussia na Champions.

Olhando em maior detalhe para os confrontos fora de porta deste Dortmund nesta edição da Liga dos Campeões, verificamos que na fase de grupos, o Dotmund enfrentou sempre equipas cujas duplas de avançados pouco ou nenhuma pressão souberam criar na 1ª fase de construção dos alemães. Isso a meu ver foi mordaz para os seus excelentes resultados. O Real Madrid com Benzema e Cristiano Ronaldo, não são propriamente o melhor exemplo de dupla atacante que trabalhe arduamente sem bola. Da mesma forma, o Sporting com Bas Dost e Bryan Ruiz, ou com o André "Balada", eram também o melhor exemplo. E, quanto ao Legia, eles jogaram apenas com um ponta-de-lança referência, muito sozinho lá no ataque. Por outras palavras, Weigl teve sempre espaço e tempo para organizar o jogo ofensivo dos germânicos. É, pois, fundamental que o Benfica saiba neutralizar esta enorme ameaça.

É aqui que tanto Mitroglou como o Jonas terão que dar um passo em frente, relativamente às suas formas usuais de jogar. Normalmente, sem bola são elementos passivos, até porque usualmente a estratégia ofensiva dos adversários passa por aproveitar as transições rápidas de bolas recuperadas rapidamente no meio-campo encarnado, ou seja, já no que comparativamente podemos chamar de 2ª fase de construção num processo ofensivo puro. A meu ver, a dupla ofensiva encarnada não sendo constituída por jogadores muito intensos na reacção à perda, deverá adoptar uma postura de contenção relativamente à saída de bola do Dortmund. Por outras, palavras, deverão, na maior parte do tempo, procurar apenas condicionar a saída de bola. Sobretudo, através do Weigl, que deverá merecer uma cobertura especial, sempre em contenção e não tanto na pressão forçando o um contra um, uma vez que o alemão sabe sair bem dessas situações, conforme o video seguinte o demonstra. Mas, não de um dos nossos médios-centro, pois isso seria expor em demasia o nosso meio-campo aos outros dois elementos do meio-campo germânico que deverão jogar amanhã: Castro e Guerreiro ou Kagawa e Guerreiro (?). Assim sendo, essa cobertura tem de ser realizada essencialmente pelo Jonas. Obviamente que quando no corredor central, deverá merecer a ajuda do Mitroglou, da mesma forma que no corredor esquerdo, o Carrillo deverá ajudar o brasileiro, tal como no corredor direito, onde Salvio ou Cervi (escreverei sobre qual destes deverá jogar amanhã, mais tarde) deverão aparecer para ajudar o camisola 10 a tapar os caminhos de Weigl e fazê-lo jogar para trás ou para o lado. E, é precisamente, neste momento em que o camisola 33 do Dortmund jogará para o lado, que podemos montar a armadilha táctica perfeita, uma vez que os centrais que receberão a bola terão mais dificuldades em recebê-la e progredir com ela.


Uma vez que esta estratégia defensiva pode ser muito desgastante para os nossos atacantes, podemos ir alternando com a montagem de outra armadilha táctica, que é deixar o Weigl fazer o passe para o meio-campo ofensivo, normalmente para o Dembelé que sai da extrema direita do ataque deles para o corredor central entre-linhas, jogando como apoio frontal para os médios-centro que por sua vez jogam quase sempre de primeira para a velocidade de Abaumeyang que se escapa em diagonais para as costas da linha defensiva. Aqui teremos que jogar em antecipação. De qualquer maneira, será imperativo jogarmos de forma muito compacta e subida no terreno, para termos resposta à contra-pressão deles, mas também darmos corpo à nossa própria contra-pressão sobre eles. Fica aqui um video que resume bem a influência do jovem alemão.






P.S.: Temos na equipa B, um miúdo que tem a alcunha de Pêpê e que é claramente um protótipo de jogador como este Julian Weigl. Seria importante, o Pedro Rodrigues ver alguns vídeos deste jogador alemão, pois só lhe fará bem.

46 comentários:

  1. «uma vez que nenhum destes três centrais apresenta a qualidade que o Hummels possuía com a bola nos pés e que era capaz de rasgar linhas de pressão defensiva do adversário» Meu caro, quem quiser explicar a quebra dos Schwarzengelben (corrige lá em cima que falta uma preposição;) ) tem aqui o principal sintoma.

    A defesa não é tanto uma defesa a 3 "clássica", como o Conte usa frequentemente no Chelsea, mas um híbrido de 4 com o Ginter frequentemente a actuar como LD a defender e DCD/MDef na saída de bola.

    Quem não concorda com o teor deste post percebe um caracol de futebol. Conseguir tirar Weigl do jogo é meio caminho andado para o sucesso e que o digam as equipas alemãs que batem o pé ao Dortmund. Claro que o Borussia vale pelo colectivo, mas aquela pressão alta foi como o Koln há umas jornadas atrás conseguiu resgatar um jogo em que foi sufocado.

    E sinto que não chegamos ao final desta eliminatória sem suspirar por um tal de Guedes...

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    1. Percebo a tua invocação do Guedes para este encontro. Mas, tens o Raúl e o Rafa... Pessoalmente, manteria o Jonas e o Mitroglou, e jogando o Salvio ou o Cervi, poderia ter aqui um terceiro homem fundamental na pressão ao Weigl. Mas, não quero estragar a surpresa no próximo artigo...

      E, por falar de artigos... já está lá um acima, em alemão.

      ;)

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    2. O artigo está correcto, mas falta a preposição. ;)

      Raul não me convence no momento "defensivo". Corre mas não é correria consequente, ao contrário do que o Guedes fazia. Especialmente à medida que os ajustes iam tomando lugar, Guedes conseguia correr, pressionar e não ficar de fora da jogada mais vezes do que o mexicano o faz. Não me interessa, especialmente contra o Borussia, que o meu avançado para pressionar a defesa saia totalmente da jogada, tem de ser capaz de pressionar, limitar a saída de bola e estar pronto para participar na jogada. Pode ser do longo período de "lesão" mas não me recordo do RJ conseguir responder a isso tudo.

      Rafa parece-me uma boa escolha (ver o que comento no post anterior). Sálvio nem por isso. Carrillo está motivado, é rápido com bola e parece-me, nos dias maus, ter um critério tão mau como o do Sálvio. Se a coisa correr bem o Sálvio pode entrar para queimar tempo nos descontos!

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    3. Podiam dar-te um Morata ou um Diego Costa para as mãos que estou a ver que nunca irias aproveitá-los da melhor maneira. Continuas a ver a posição de ponta-de-lança como um pinheiro plantado no ataque. Assim, vais deixar escapar jogadores como o Abaumeyang e o Higuaín. Repara na lista dos melhores goleadores neste momento a nível europeu. De todos eles apenas tens o Bas Dost como protótipo de "pinheiro" e retirando os dois extraterrestres que por lá andam (Messi e Ronaldo), repara que todos os grandes avançados são da estirpe do Raúl. Ou seja, jogadores que usam e abusam da sua enorme energia, para se moverem em toda a frente de ataque, descendo e subindo, explorando todos os espaços livres no ataque.

      Com um futebol cada vez mais compactado e exprimido em rectângulos de 25 metros de comprimento por 40 de largura, precisas irremediavelmente de jogadores deste tipo, que com esta energia, façam com que as defesas corram atrás deles, sem estes sequer perceberem que o estão a fazer.

      Talvez a principal missão destes jogadores seja a de criarem espaço, para os restantes companheiros poderem aproveitar.

      Por isso, não entendo como podem criticar o Raúl. Se há jogadores que podem beneficiar do seu tipo de jogo é precisamente o Jonas, o Pizzi, o Salvio, o Zivkovic e outro qualquer jogador atrás do mexicano. E, mais, tudo o que o Mitroglou faz, ele também é capaz de fazê-lo, o que o torna no nosso avançado mais completo.

      A comparação com o Guedes é injusta, porque o Guedes jogava como segundo avançado e não como referência atacante. Daí que vez o Gonçalo com bola e percebes que toda aquela movimentação toda serve para ele agarrar na redondinha e progredir para a baliza. Agora, o Raúl mais à frente cria esse espaço para a recepção de bola para o segundo avançado. E, muitas vezes sem tocar nela. Mas, é importante fazer isso.

      Quanto à opção do Rafa, só se for para segundo avançado e numa altura em que o Jonas estiver mais desgastado. O Carrillo para mim fica com o lugar de extremo esquerdo e não o mudaria para a direita neste jogo. Quanto ao Salvio ou ao Cervi, deixo-te a aguardar pelo meu artigo sobre isso.

      ;)

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    4. Bom... Se o Morata quiser vir fazer uma perninha ao Benfica, para mim é Jonas e Morata na frente, sem dúvidas! Quanto ao DC para calçar comigo tinha de mudar e muito, mas ao nível de personalidade.

      O que todos os jogadores que mencionas, por nome ou não, incluindo os ETs dão é precisamente aquilo que digo: percebem os timmings para pressionar e entrar. RJ tanto nos dá coisas como o segundo golo contra o Bayern, o ano passado, como consegue ele próprio retirar-se do lance com o seu ímpeto. Daí que se calhar eu iria apenas para uma opção mais conservadora de avançado ao centro, com pouco desgaste, pressão mais posicional, que o Mitro consegue dar.

      Rafa podia entrar bem como extremo. Até preferia Carrillo na esquerda e Rafa na direita.

      RB

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    5. Estás a ser injusto com o Raúl. O rapaz ainda nem sequer é titular do Benfica. Nem sequer tem uma equipa moldada para ele, daí que essas críticas são injustas. O que achas que aconteceria se viesse o Morata? Seria a mesma coisa...

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    6. Não, o que não me estou a convencer é com as palavras do nosso presidente de que o Jiménez vale 60 milhões não-Mendes.

      O que abordo são comportamentos individuais e não colectivos. As chamadas características do jogador, que podem ser corrigidas ou apuradas com o treino. A questão é: qual o aproveitamento que o RJ faz dessa correria dele quando a equipa não tem bola? Contra uma equipa como o Dortmund, acho que é reduzido o suficiente para serem mais as vezes que nos coloca sobre pressão do que aquelas em que efectivamente limita a acção adversária ou em que tira proveitos concretos. Menciono uma característica, que como pode ser trabalhada e melhorada com treino, RV terá mais dados do que eu para decidir. E nesse aspecto, quer Morata quer Higuaín quer Aubameyang têm muito mais critério, ou conhecimento das suas capacidades do que RJ. Só!

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    7. E, porque não fazeres a questão: a equipa não sairia a ganhar se aproveitasse mais os movimentos do Raúl? Acho que ficarias surpreendido pela positiva com a resposta...

      Sobre o Dortmund, neste momento a nossa dupla atacante tem de ser formada por Mitroglou e Jonas, pois são os jogadores que estão melhor fisicamente e têm ritmo de jogo. Esse sim é o maior dado do RV. Por outro lado, também se prende muito com as características do modelo de jogo do RV, conforme já escrevi por aqui. O Raúl seria e será (porque acredito que mais tarde ou mais cedo a sua qualidade vai-se impor) o melhor complemento para um Benfica que ao que tudo indica irá sofrer uma mudança do modelo de jogo, tal a mudança de estilo de jogo protagonizada por extremos falsos como Zivkovic, Carrillo e Rafa. Esses para terem espaço quando flectem para o centro do terreno, não poderão ter um Mitroglou muito fixo, mas sim um Raúl mais móvel capaz de criar-lhes espaços.

      Olha para o exemplo do Morata: se jogar é óbvio que tem critério. Se não jogar, como tem acontecido no Real, o critério que ele tem nos escassos minutos que joga é o mesmo que o do Raúl. Por isso, eu defendo que o Raúl quando estiver bem fisicamente, tem de ser aposta mais continuada, até porque fará mais sentido táctico a sua presença do que a do Mitroglou.

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  2. Desculpe mas dizer que o Jonas é passivo a defender é não conhecer a maneira de o Jonas jogar.

    Aconselho a visualização do Bayern Benfica.


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    1. Desculpa-me, mas não é isso que escrevi no artigo acima. Aliás, se o tivesse feito, porque razão meteria o Jonas precisamente a cobrir o Weigl?

      Mais, quando escrevi «Normalmente, sem bola são [Mitroglou e Jonas] elementos passivos, até porque usualmente a estratégia ofensiva dos adversários passa por aproveitar as transições rápidas de bolas recuperadas rapidamente no meio-campo encarnado, ou seja, já no que comparativamente podemos chamar de 2ª fase de construção num processo ofensivo puro.» quis dizer que se o adversário recupera a bola e constrói a partir do meio-campo deles e não da sua defesa, é normal que a nossa dupla acaba por não participar na prática no nosso processo defensivo, daí o termo passivo no texto.

      Uma coisa é serem passivos por natureza. Outra é devido às circunstâncias do jogo e da jogada em si, estarem passivos, por um motivo ou outro.

      No entanto, embora possam não ser passivos por natureza, quando escrevi «A meu ver, a dupla ofensiva encarnada não sendo constituída por jogadores muito intensos na reacção à perda, deverá adoptar uma postura de contenção relativamente à saída de bola do Dortmund.» estou a falar das características dos nossos jogadores que têm de ser respeitadas. Ou seja, não podemos exigir o mesmo ao Mitroglou que ao Raúl, ou o mesmo ao Jonas que ao Rafa, em termos defensivos, pois são jogadores diferentes. Temos de adequar o nosso processo defensivo a esses jogadores, e é isso que procuro fazer naquela frase.

      Por fim, nem era preciso ires buscar o jogo do Bayern da época passada. Bastava a enorme segunda-parte frente ao Arouca.

      ;)

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    2. Certo, não foi exactamente isso que disse. Mas o meu ponto é que uma das faculdades do Jonas é precisamente destruir a 1a fase de construção do adversário, do trinco.

      Em jogos ditos pequenos isso nota-se menos (ou não existe) porque o trinco normalmente está para destruir e pouco mais.

      Nos jogos ditos grandes (champs e com clubes grandes cá) isso nota-se. Por exemplo, contra o fcp e scp o Guedes corria muito atrás dos centrais mas deixava quase sempre os trincos começarem a construção, muitas vezes tendo que ir o pizzi fazer a cobertura ficando o Fejsa com dois.

      Com o Jonas isso não acontece tanto porque nesses jogos ele joga mais longe da baliza (e depois é acusado de não criar tanto perigo...pudera).

      Depois também acho que o Jonas sozinho perde muito porque joga fora do seu habitat. Ele não pode estar restringido só à frente. A atacar é muito bom numa primeira fase de construção, a jogar entre linhas, a ir à linha e cruzar (o 1º golo do mitro é um sublime exemplo). Ele sabe sempre o que fazer.

      O Jogo do Arouca é um bom exemplo apesar de ter características diferentes (10 vs. 11 a ganhar por dois). Se tivéssemos empatados seria outra história porque jogavam com o bloco mais em baixo.

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    3. Isso depende da qualidade dos médios adversários questão e das opções que possamos ter, a estratégia pode variar um pouco.

      O Danilo e o William por muito bom que sejam não são o Weigl a definir na 1a fase de construção. Para além disso, o Bas Dost e o André Silva não são o Aubameyang. Ou seja, facilmente consegues colmatar a subida do teu segundo avançado e médio ofensivo na pressão da linha defensiva do adversário subindo as tuas linhas e jogando com o fora-de-jogo para abafar os avançados deles. Mas, com jogadores como Reus e Aubameyang, para além dos restantes do Dortmund, pode não ser a melhor estratégia. Daí que prefira o Jonas a condicionar a saída de bola do Weigl.

      Se já nesses jogos com o Porto e o Sporting essa pressão do Guedes (que ainda tem muito a aprender nesse capítulo) já deixava muito espaço no meio-campo como tu bem referiste, é importante que nós sejamos inteligentes no condicionamento da saída de bola.

      Por isso escrevi que por vezes deveríamos saber montar outro tipo de armadilhas para recuperar a posse de bola.

      Sobre o Jonas estar sozinho. Eu penso que os jogos que ele fez sozinho são insuficientes para dizer que ele joga mal. E a razão é porque não apenas ele como os restantes colegas têm de estar identificados com a estratégia. Algo que não estão ou estarão quando isso só acontece uma vez de vez em quando.

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    4. De acordo, é muito importante construir a equipa (ou tactica, porque muitas vezes a equipa é a mesma) de acordo com o jogador que está na primeira (e segunda) fase de construção. E totalmente de acordo, o Wigl é uma maquina.

      Contra o Nápoles por exemplo, e sem saber o guião que foi entregue, não conseguimos parar o meio campo do Nápoles - aqui mais uma vez pela ineficácia do Guedes a defender numa primeira fase.

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    5. Não foi só o Guedes... foi também o Cervi e outros. Mas, é normal. Estamos a falar de miúdos.

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  3. É. Por isso, estou curioso de perceber como vai moldar Vitória o meio-campo. Ou procura marcação cerrada ao jogador, como fez Adrien ao Modric no Europeu, por exemplo, ou procura dar-lhe liberdade de movimento, procurando cortando qualquer possibilidade de passe- ou pelo menos, deixar-lhe passar para onde o Benfica quer.

    Veremos

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    1. O Modric jogava mais à frente, o que era mais fácil de utilizar uma marcação individual. Agora o Weigl a jogar naquela posição, será contra-producente uma marcação cerrada. Basta cobrir-lo e condicionar a sua saída de bola. A intenção que procuro dar aqui neste texto é que se evite que ele possa fazer passes para o ataque, mas que deixem-no fazer para os centrais que estarão ao lado dele. E é sobre esses que devemos montar a armadilha da pressão.

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  4. Espero é que não jogue com Jonas apenas sozinho na frente. Se quer sacrificar alguém que seja o brasileiro- com muita pena minha. O Benfica sem um jogador-alvo na frente, corre o risco de se deixar sufocar por uma defesa que sabe marcar em cima e construir vindo de trás, sobretudo por Bartra, menino das escolas la masia. Muito cuidado.

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    1. Não é bem assim. Repara na segunda parte frente ao Arouca e o jogão que o Jonas fez jogando como referência de ataque. Tudo vai depender da nossa postura neste encontro. Se vamos querer ser iguais a nós próprios, ou se iremos conceder a gestão do jogo ao Dortmund. Penso que ganharíamos muito em fazer um pouco de ambas ao longo da partida, para gerir o nosso esforço e deixá-los confusos, mas veremos.

      O Bartra com bola nos pés não é grande coisa. Pode ter o selo das escolinhas do Barça, mas está muito, mas mesmo muito longe de ser um Piqué com a bola nos pés. Para mim, até é um dos elementos mais fracos que eles lá têm na defesa.

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    2. Considero Batra um bom construtor de jogo recuado. Tem muita qualidade, mas amanhã tirar-se-á melhoras provas.

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    3. Tens de ver a quantidade de erros que tem provocado na 1ª fase de construção do Dortmund, quer percebes logo o porquê da minha crítica. ;)

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    4. Bartra é inferior a Lindelöf na construção, ao ponto de eu considerar que do Benfica o Ederson e o Lindelöf seriam os únicos que se se mudassem pegavam de estaca no 11.

      RB

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    5. Os únicos?! O Pizzi também seria titularíssimo no Dortmund.

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    6. Não acho. Acho o Pizzi superior por exemplo ao Kagawa, mas não acho que sentasse o Raphaël ou o Reus, por exemplo. Se calhar as outras opções que o Tüchel tem tentado, como o Durm que tem rodado bastante recentemente, talvez sentasse, mas só abdicando do Rapha para funções mais defensivas.

      E estive a ver agora o alinhamento de Sábado. Não é para ligar. O Tüchel pôs-se a rodar a equipa e deu cocó. Já tinha feito isso noutro jogo qualquer com o mesmo resultado. O Tüchel se apanha o equilíbrio de plantel que o RV tem até chora de alegria (e não, TT não está na minha shortlist de substitutos de RV para quando o Barça o vier buscar =P).

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    7. Tens o Weigl e tem o Guerreiro, mas falta alguém naquele meio-campo para completar o tridente... daí o Pizzi.

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    8. Mas o tridente não tem sido bem um tridente, tal como a defesa a três não tem sido uma defesa a três. Nos últimos tempos, a forma do TT ter um tridente no meio campo é descer o avançado mais recuado ou mesmo um dos interiores. Assim, no decorrer das partidas o que tem sucedido é que ou Reus ou Dembele/Pulisic descem ao meio campo quando a equipa não tem a bola, e vão subindo com a equipa quando esta tem a bola. Neste contexto não sei como o Pizzi seria titular. Seria potencialmente um jogador interessante para ter no banco para segurar um resultado, ou para um tudo por tudo final, mas claramente não o vejo como um titular indiscutível.

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    9. Ah! E com o regresso do Pisczek, por vezes é o parceiro do Sokratis (Ginter/Bartra) que sobe para "trinco" e o Weigl para o meio.

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    10. O TT tem de utilizar o Dembélé ou outro segundo avançado como terceiro médio, porque não tem um Gündogan... e é aí que o Pizzi entra. ;)

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  5. Viva PP,

    Também aprecio as qualidades de construção do Weigl, se bem que para médio defensivo (ou será mais correcto dizermos médio recuado?) parece-me pouco agressivo no desarme.

    Quanto à nossa estratégia para amanhã, não seria melhor jogarmos com o bloco um pouco mais baixo que o habitual, para tirarmos profundidade ao Aubameyang? Tão importante como marcarmos seria não sofrermos nenhum golo...

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    1. Mas, jogamos em casa. E, temos a equipa confiante com a actual forma de jogar, enquanto que o adversário está em baixo. Porque deveríamos mudar a nossa identidade de jogo? Ainda por cima em casa.

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    2. Também faz parte da nossa identidade de jogo baixarmos um pouco o bloco, algumas vezes. E como sabemos, um resultado de 1-0 é incomparavelmente mais favorável do que 2-1.

      A minha ideia é anularmos ou dificultarmos um dos pontos mais fortes do Dortmund e deixá-los desconfortáveis.

      Provavelmente haverá fases do jogo em que teremos o bloco mais baixo e noutras pressionaremos mais alto. Eu começava mais baixo.

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    3. A minha ideia é jogarmos como temos jogado. Depois e quando tivermos vantagem podemos gerir como já gerimos vários jogos.

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  6. Caro PP, parabéns pelo texto!
    Percebe-se que acompanhas o Dortmund, pelo que farão certamente todo o sentido as tuas dicas (e de alguns n/ comparsas aqui do blog).

    Com a tua anuência, gostaria de "colar aqui" um comentário meu que acabei de fazer noutro blog Benfiquista, onde encontrei outro post muito bom.
    Eis, então o que prevejo/desejaria para este SLB-B.Dortmund:
    ...
    Penso que neste jogo, seria importante, primordialmente, preservar uma estrutura defensiva equilibrada (1) e, complementarmente, ter 1 onze que saiba "sair para o ataque" com rapidez, inteligência e objectividade (2).

    Daí "o meu onze":
    -Ederson
    -Semedo, Lindelof, Jardel e Eliseu
    -Fejsa (meia-dtª), Pizzi (meio) e Filipe Aug.(meia-esqª)
    -Sálvio, Mitroglou e Cervi

    Ponto (1),
    aumentar a velocidade dos centrais e apostar na "dupla" mais eficaz e capaz, seja, Lindelof na dtª e Jardel na esqª (a solução mais equilibrada).
    Fejsa e o Filipe a preencherem o corredor central e a compensarem (mais o Fejsa) o expectável maior apoio do Semedo ao ataque, com o Eliseu a resguardar a ala esqª..

    Ponto (2),
    Pizzi seria assim 1 variante de "nº10", mais liberto para criar fluidez, dinâmica e objectividade ao n/ ataque, com condições para também aparecer como 2º avançado (nas costas do Mitro), tal como Sálvio, potenciando a disponibilidade do Semedo em subir no flanco dtº..

    Evidentemente, um banco com opções assertivas, quer de reforço à defesa (Luisão), meio-campo (Samaris e Horta) e ataque (Rafa, Carrillo e Jiménez) , além do Júlio C..

    Face ao passado recente da n/ equipa e ao que é expectável deste jogo com o Dortmund, as ideias supra parecem-me claramente uma opção táctica coerente na sua consolidação defensiva e ambiciosa no seu plano atacante.

    Sim, aquele reforço defensivo, mas também esta ambição ofensiva porque, evidentemente, TEMOS QUE TENTAR OBJECTIVAMENTE GANHAR ESTE JOGO!
    Estou convicto que, nessa perspectiva, as n/ chances de ganhar este jogo passam, e muito, por 1 estrutura tipo a supramencionada e, claro, DO 1º AO ÚLTIMO SEGUNDO DE JOGO, por 1 concentração e atitude ganhadora absolutas.

    Abraço Benfiquista,
    RSG

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    1. Percebo a tua ideia, mas será que é o mais correcto?

      Nem contra o Sporting o Benfica jogou em 4-2-3-1... só depois no final do jogo é que recuou. Nem sequer temos jogado dessa maneira nos últimos meses. Portanto, vamos alterar essa forma de jogar quando acabamos de realizar uma das exibições mais convincentes da época?

      Depois sobre (1) preferes apostar num Jardel sem ritmo que deixou-se bater pelo Dramé em velocidade na meia-final da taça da liga frente ao Moreirense, do que apostar num central que esteve em grande no último jogo e estará supermoralizado por fazer 500 jogos pelo Benfica frente ao Dortmund?

      Percebo a tua ideia do reforço do meio-campo do ponto (2), mas é como escrevi acima... perante a confiança actual da equipa eu ia com o último onze.

      😉

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    2. Qualquer táctica com Salvio é brincar ao FM.

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    3. É o quê?! Não digas isso.

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    4. Estou com o jorgen80.

      É ridículo não ter Jonas, nem que seja como Interior e ir com Sálvio. Eu acharia aquela opção muito mais credível com Jonas/Rafa em vez de Cervi/Salvio.

      Concordo com tudo o que sustenta o "nem contra o Sporting" mas como o RV demostrou contra o Bayern, ele nem liga ao treinos ;).

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    5. Mas, quem te disse a ti que o Jonas não vai jogar?

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    6. Estava a comentar a proposta do RSG.

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  7. Ontem à noite era notícia que o Jonas está em dúvida...só espero mesmo que não se confirme.

    Eu hoje jogava com Carrillo à esquerda e Rafa à direita. Com o Jonas no momento defensivo a fazer essa contenção ao Weigl, forçar o passe para os centrais, Rafa e Carrillo prontos para recuperar bolas em cima desses centrais frágeis com a bola no pé.

    Mas em Dortmund optaria talvez pelo que tenho defendido para estes jogos: o plano B táctico, em 4x3x3, com Pizzi e Filipe Augusto à frente de Fejsa, Zivkovic e Jonas com Mitroglou na frente.

    Carregaaaaa!

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    1. Boa! A minha estratégia é parecida. Mas, em vez de Rafa jogaria outro jogador. Em vez do 433 na Alemanha jogaria num 4231. Mas, a ideia é mesmo essa que escreveste.

      😉

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    2. Estás a ver, ainda há esperança para mim! ;)

      Deixa-me adivinhar: optavas pelo 4x2x3x1 na Alemanha para incluir o teu querido Samaris ao lado de Fejsa? E o 1 da frente seria o teu outro querido, Jimenez, ou o Jonas?

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    3. Por acaso, nem estava a pensar no Samaris. Já percebi que o grego só conta para a posição "6" e em situações de querer trancar a porta.

      E, era sim capaz de jogar com o Jonas. Mas, não poderia jogar com ele da mesma forma que se joga para o Mitroglou, ou seja, bola para a cabeça do grego, que aliás nem é assim tão forte nos duelos aéreos quanto isso. Queria era um tridente muito móvel com o Jonas a ser um pivô ofensivo na construção e um finalizador na 3ª fase.

      O Raúl não é meu querido, porque goste mais ou menos dele. Aliás se fosse por aí então até seria o que menos gostava, conforme podes ver por aqui:

      http://o-guerreiro-da-luz.blogspot.pt/2015/08/ja-temos-novo-camisola-9.html

      Acabando com esse mito, a questão é que o Raúl em forma poderia ser o nosso Morata ou o nosso Aubameyang e um jogo deste nível com uma estratégia bem definida e treinada, poderia ser um abre-olhos para muita gente mudar a percepção errada que têm do mexicano.

      E, vou mais longe, se apostarem no mexicano como apostam no Mitroglou, em menos de 10 jogos consecutivos a titular perceberão o porquê de o estar a defender.

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    4. Pronto, pronto não te assaralhopes, como dizia o outro! ;)

      Sou só um leigo em futebol que acha que 'o Benfica não é uma questão de vida ou de morte - é muito mais importante do que isso!' ;)

      Eu acho que o Jimenez, embora tenha sido decisivo na Champions e no campeonato do ano passado, é um avançado que percebe mal o jogo. Corre muito, mas demasiadas vezes corre mal. Tem uma técnica de recepção que me faz lembrar o Martin Pringle - a bola chega-lhe e salta dois metros, comprometendo tantas jogadas de ataque...também por tudo isto, como tu no post de 2015 que aqui colaste, acho que ele não é nem carne nem peixe - para segundo avançado, falta-lhe quase tudo: inteligência táctica, visão de jogo, técnica (recepção, rotação,...) e capacidade de desequilibrar em espaços curtos; para 9, admito que lhe falta bem menos, mas sai demasiado da área, em momentos em que a equipa precisaria dele como referência na área.

      Atenção que apesar de tudo isto acho que é importante tê-lo no plantel e pode ser decisivo em certos jogos ou certas fases de outros tantos - jogos fora complicados (Champions, sobretudo) em que tenhamos uma estratégia clara de abdicar da posse, defender bem e explorar o contra-ataque, com muito espaço (certos jogos) ou outros jogos em que estamos a ganhar e é importante defender a vantagem, mantendo o adversário em sentido no contra-ataque...

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    5. Esse tipo de comparações com o Pringle... epa não!

      A forma como se crucificam os jogadores é brutal. Alguma vez o Pringle marcaria os golos que o Raúl já fez?!

      E esta recepção no golo frente à Académica na época passada?! Vamos lá ver uma coisa, podemos não gostar de um determinado jogador porque preferimos outro para a posição. Mas, temos de saber avaliar bem as características dos jogadores.

      E, com isto volto a referir, o Raúl com 10 jogos consecutivos, já ninguém o tiraria daquele lugar. E, vou mais longe. Se calhar aí os 50M€ até pareciam poucos.

      O mexicano é daqueles grandes jogadores, talvez dos melhores que já passaram por cá, e que poucos saberão disso.

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    6. Português, meu caro: eu não o comparei com o Pringle, globalmente como jogador, mas apenas na técnica de recepção...e mesmo aí, com a perspectiva satírica que escolho quase sempre (repara que até o meu nick é self deprecation humour)...que tu persistes em levar à letra, vá-se lá saber porquê!

      E entretanto, não rebateste nenhum dos aspectos do jogo dele que referi, bem ou mal...

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    7. Primeiro ponto: acho que o Jiménez já passou a fase de comparações com o Pringle.

      Segundo: nisso dos milhões, milhões do Mendes... É um bocado à medida do que as contas precisam, portanto é a mais nuns, a menos noutros.

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