07 janeiro 2019

O terceiro lugar ainda não nos...


... mas, ao menos já reconquistaram o 3º anel!


Com apenas dois treinos seria insensato da parte do Bruno Lage proceder a grandes alterações ao onze titular. Ele apostou num onze com alguma inovação (entrada de João Félix para acompanhar o Seferovic no ataque), mas também muito conservador: (1) Odysseas na baliza, (2) habitual quarteto defensivo formado por André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo (isto da direita para a esquerda), (2) Salvio e Cervi como extremos e (3) Pizzi e Fejsa como médios-centro. Tudo isto envolto num sistema de 4-4-2, tentando aproveitar um sistema que a maioria dos jogadores já conhecia e que melhor impressão tinha deixado em Portimão. Resultado: vencemos, com remontada e goleada e, com um "bi-bis" de Seferovic e do "novo menino de ouro" João Félix. Mas, nem tudo foi um mar de rosas...


Nos primeiros 20 minutos andámos à nora, porque pura e simplesmente, o menino João pensou que poderia deixar as funções de ligação meio-campo/ataque para o Seferovic. Não é que o suíço não estivesse a fazer as coisas bem. O problema é que o miúdo não é o Seferovic como avançado. Ou seja, aquele jogo de desmarcações sem bola, para criar espaço e para facilitar linhas de passe? Nada! E, depois em termos defensivos e sem bola... enfim, é muito menino ainda! Por isso é que tenho tentado meter água na fervura quando se fala no Félix, porque sei o quanto ele terá de crescer ao nível do jogo sem bola, para ser um titular indiscutível no Benfica. Isso e ter pulmão para aguentar 90 minutos de jogo de altíssimo ritmo. De qualquer maneira, viram quando ambos os avançados trocaram de funções o que aconteceu? Magia? Alinhamento dos planetas? Sim, talvez, mas acima de tudo futebol de altíssima qualidade.


Mas, não foi só essa mudança que originou a reviravolta encarnada. Foi uma mudança de atitude na agressividade de jogadores como Pizzi, Cervi, Salvio, Grimaldo, Jardel e Rúben Dias, que durante os primeiros 20 minutos, pareciam atordoados. Na minha opinião, se temos que aprender algo com o Rio Ave do Daniel Ramos, é o nível de agressividade deles durante os 90 minutos. Foram espectaculares! Eu sei! Eu sei! Eu sei, que muitas vezes foram às margens da lei, com entradas por trás que o árbitro nem "amarelou". Mas, conseguiram ganhar quase todas as bolas divididas e segundas bolas. Reparem como é que eles chegam ao primeiro golo, com inferioridade numérica na zona de finalização. Reparem depois no segundo golos deles, como conseguem ganhar a bola a meio-campo?!



Isto não é só uma questão física e técnica. É muito de mental. E, é aqui, que quer se goste ou não do discurso do Rui Vitória, que temos de lhe dar razão ao que referiu após o último encontro em Portimão: «(...) para se competir a um nível elevado, o índice de foco e de concentração, têm de ser melhores do que aqueles que nós tivemos (...)». Esta é a parte mental que falta a muitos dos nossos jogadores, nomeadamente ao Rúben Dias, ao Jardel, ao Grimaldo, ao Cervi, ao Salvio, ao Pizzi entre outros. Ontem só vi o Seferovic e o Fejsa com os mesmos índices de agressividade que o adversário. Se conseguimos ganhar por 4 a 2 ao Rio Ave apenas com estes dois a jogarem no redline, nem quero imaginar quantos teríamos dado à equipa do Daniel Ramos!?



Depois, também é uma questão de enquadramento. Com apenas 2 treinos, não dá para passar e trabalhar todas as ideias de jogo que um 4-4-2 com estes atletas precisa de ter para atingir o nível exibicional pretendido. Por exemplo, trabalhar bem os posicionamentos com e sem bola. As funções que cada um deve ter nos vários momentos de jogo, etc. Por isso, jogadores talentosos como o Galeno, o Gabrielzinho e o Vinicius, conseguiam ter espaço e tempo para jogarem e causarem muito perigo à nossa baliza. Na verdade, as distâncias das linhas de defesa e meio-campo encarnadas, muitas vezes alargaram demasiado. Os jogadores desligavam-se... Enquanto uns respiravam sem bola, outros com bola tentavam acelerar o jogo... criando espaço entre linhas. Ora o Rio Ave apanha uma bola, tem via aberta para lançar uma transição rápida, que perante jogadores talentosos e com um ou dois jogadores encarnados pela frente torna-se fácil.


Este problema pode ser resolvido de três formas: ou (1) deixa-se estar como está e jogamos com a sorte dos deuses; ou (2) trabalhamos muito mais os processos, com mais rigor e exigência; ou (3) colocamos mais energia (jogadores fisicamente mais potentes), nomeadamente no meio-campo. Como é óbvio, o ponto (1) está fora de questão. O ponto (2) é talvez aquele que defendo mais a médio e longo prazo, pois é aquele que transmite a cultura de excelência e permitirá a criação de uma identidade de jogo e com isso uma mística. Mas, o ponto (3) é talvez aquele que mais rapidamente trará os resultados no curto espaço de tempo e que permita comprar mais tempo ao treinador para depois aplicar o ponto (2). E, temos jogadores para aplicar o ponto (3): o Gabriel, o Alfa Semedo, o Gedson e até mesmo o Samaris. Tudo jogadores de perna longa com boa qualidade técnica para apenas dar continuidade e fluidez de jogo a meio-campo e com enorme poder de reacção à perda. Mas, sobre este tema regressarei futuramente.



P.S. 1: Excelente conferência de imprensa por parte do Bruno Lage. Revelou muito carácter, conhecimento de jogo, inteligência, sentido de humor e gratidão. No entanto, há muito jornalista e comentador que já o querem queimar...



P.S. 2: E já estamos no terceiro lugar...

17 comentários:

  1. No estádio não descortinei essa nuance na função dos dois avançados, antes e depois dos 20 minutos. Mas acredito em ti, que tu é que és o treinador de futebol. Poderá ter sido estratégia, induzindo o RA a ajustar-se a essa disposição, para depois descer o JF para dinamitar todo o terceiro espaço, como dinamitou? E que grande jogo ele fez, como segundo avançado, no corredor central como certos Benfiquistas mais Primários sempre defenderam! ;-) Temos novo JVP - ou se preferires, temos novo Jonas. A mesma genialidade, a mesma capacidade de acrescentar decisivamente, tanto na construção e criação, ligando todo o jogo ofensivo da equipa, como depois na finalização. Saviola e Cardozo num só jogador, é o que é este nosso João Félix! Claro que tem que amadurecer muito, nos momentos defensivos, mas fdx, teríamos virado o resultado sem o JF? Parece-me evidente que não!

    De resto, subscrevo as tuas críticas aos nossos momentos defensivos - sobretudo a transição, que continua a ser uma catástrofe à espera de acontecer, mas também a organização defensiva. E não ilibo o Odysseas, que cada vez mais se assume como um excelente gr entre os postes, e a fazer a mancha no 1x1 com o avançado, mas que também se revela cada vez mais incompetente quando tem que sair da baliza, noutros contextos que não o 1x1 versus avançado. A pequena área deve ser do guarda-redes, mas do Odysseas é mesmo só a linha de baliza. Já nem falo de verdadeiro controle da profundidade, mas pelo menos dar um passo em frente em certos lances e defender cruzamentos que sobrevoam a pequena área...

    Mas não tens nada a dizer de tantas mudanças que o BL conseguiu implementar em apenas dois dias, na minha opinião todas para melhor? Como já disse no post anterior, o homem mudou sistema táctico e modelo de jogo, na fase de organização ofensiva, em apenas dois dias. Claro que foi só o início dessas mudanças, mas não viste uma forma diferente de sair a jogar, na primeira fase de construção, e depois de progredir para a segunda fase de contrução e para a criação? Além da mudança para 4x4x2 clássico (bem diferente do de JJ e do de RV), da aposta em JF na dupla de avançados do meio, da reabilitação de Castillo, Ferreyra e Samaris, não viste Fejsa e Pizzi mais altos na saída de bola, já no segundo espaço? Não viste mais jogo interior? Não viste menos obsessão com os corredores laterais? Não viste mais linhas de passe disponíveis para o portador, por dentro do bloco deles? Uma muito maior e melhor utilização do corredor central e espaços entre-linhas? Não viste também mais presença na área, além de mais presença nos espaços entre-linhas?

    A meu ver, todas estas mudanças foram evidentes (e disse-o logo no estádio aos meus vizinhos de bancada, não estou influenciado pelo que os comentadores depois disseram), embora naturalmente ainda algo incipientes pois o BL teve dois treinos.

    Confesso que acho um pouco estranho que tu, que conseguias desencantar elogios a RV quando todos os outros o submergiam num mar de críticas, agora faças este post sobre o jogo de Domingo, em que praticamente só criticas, quando todos os outros viram melhorias significativas no nosso jogo, sobretudo tendo em conta o contexto da equipa e só dois dias de treino...

    É que ou és um optimista inveterado ou não és. Assim só baralhas certos Benfiquistas mais Primários...;-)

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    1. Não creio que houvessem funções pré-definidas. Por esse motivo tanto um como o outro repartiram os 4 golos. Agora notei que o Félix andou muito escondido nesses 20 minutos. É normal. Gostei muito da sua reacção. Ele tem o dom de saber aparecer no lugar certo e no momento certo para finalizar. De resto, em termos de construção de jogo tirando um ou outro pormenor, falta-lhe crescer, sobretudo, sem bola.

      Odysseas, ele também pode errar, não é por aí. Quero é ver como ele evolui com bola nos pés, porque para o estilo de jogo que defendo no Benfica isso seria muito importante.

      «(...) o homem mudou sistema táctico e modelo de jogo, na fase de organização ofensiva, em apenas dois dias (...)» que exagero. Imagina lá se tivéssemos perdido. Dirias o mesmo?!

      Não vi assim tanto jogo interior (não conseguimos dominar o meio-campo) e o Rio Ave jogava também em 4-4-2. Menos obcessão pelos corredores laterais? Viste o mesmo jogo que eu?! Houve sim, mais lançamento para atacar a profundidade da defesa do Rio Ave, onde o Seferovic (mais do que o Félix) fez grande diferença.

      Eu acho é que as tuas lentes já vêem o que queres acreditar ver. E digo isto, não como crítica ao Bruno Lage, mas sim como crítica a ti.

      Este post não é uma crítica ao Bruno Lage. Seria incorrecto da minha parte fazê-lo. É um post que coloca o dedo na ferida. É um post realista. Que muito me interessa que o Félix será um grandíssimo jogador de futebol se neste momento sem bola não faz o que deveria fazer? O mesmo para Grimaldo, Cervi, Salvio e Pizzi? Posso compreender que a imaturidade não permita maior qualidade de jogo, mas neste caso, se calhar mais vale adoptar um modelo mais condizente com as reais capacidades do plantel encarnado.

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    2. O Odysseas tem que melhorar o jogo de pés, sim, mas também as saídas a cruzamentos e o posicionamento demasiado conservador nalguns lances.

      Eu não disse "assim tanto" jogo interior, também não disse que parecíamos já o Manchester City ou assim. Disse que houve mais jogo interior, mais e melhor utilização do corredor central e dos espaços entre-linhas. E usou-se o passe longo como recurso ofensivo quando o Rio Ave subia muito, não se usou o chutão para a frente por não se saber o que fazer à bola...

      Essa crítica que me fazes tens que fazê-la a todos os seres humanos, meu caro...todos temos uma perspectiva, quando observamos a realidade, que a enviesa de alguma forma, procurando nós que a 'realidade' confirme o que a nossa perspectiva achava que já sabia...chama-se confirmation bias e é da natureza humana, meu caro. É também um dos pilares da Física Quântica: não existe uma 'realidade' cristalizada, existem muitas potenciais realidades que depois cada observador, consoante a sua perspectiva, vai fazer manifestar-se de uma determinada forma. Há muitas ondas, só o observador as transforma em partícula...

      Este é um post realista, que põe o dedo na ferida. Certo. Mas com RV houve jogos muito piores do que o de Domingo, e nesses muito raramente fazias posts realistas de pôr o dedo na ferida...era mais posts optimistas a branquear o que se tinha passado e a dourar a pílula...mas pronto, são as tuas lentes, que só te deixam ver o que queres ver.

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    3. Tu tens a percepção que com o RV era chutão para a frente porque o passe era feito e ninguém explorava esse espaço como o Seferovic explora.

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    4. Sim, porque o Seferovic nesta época não jogava com o RV...

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    5. Se jogavamos em 4-3-3 e o ponta-de-lança era o Jonas...

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  2. Outra coisa: a manter-se o 442 clássico, deixamos de ter propriamente uma posição 6...não será altura de começar a questionar o dogma Fejsa e pensar antes em pôr ali no meio dois médios centro que acrescentem às competências defensivas as ofensivas? Em vez de forçar o Fejsa, com as suas características, a participar no processo de construção, partindo já do segundo espaço? Até porque o Fejsa este ano não tem tido o rendimento habitual, mesmo em momentos defensivos...

    Partindo do princípio que mantemos este sistema táctico, eu jogaria com Gabriel e Gedson no meio (eu e tu devemos ser os únicos benfiquistas que gostam do Gabriel...), em certos jogos, e com Gabriel/Gedson e Krovinovic noutros. E por falar em Krovinovic, uma coisa que me preocupa com esta mudança de sistema é que ele vai ter ainda menos espaço para entrar no onze...um jogadorzaço daqueles, até dói! Talvez aquela função de falso ala esquerdo, tendo nós Grimaldo para assumir o corredor, seja uma boa solução - um pouco à semelhança do Pizzi na direita, uma mistura de interior e ala, mas com a vantagem adicional de ser destro a partir da esquerda. O que achas?

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    1. Tu precisas da agressividade do Fejsa na equipa do Benfica. Ela já de si é uma equipa pouco energética. Sem o sérvio...

      Estás a querer meter o Krovinovic, quando ele nem sequer conseguiu agarrar o lugar. Eu colocaria o Gabriel ao lado do Fejsa. É o mais experiente médio, tirando o Samaris e o Pizzi. O Samaris, já está mais do que visto que vai sair. E, quanto ao Pizzi, falta-lhe aquela energia sem bola. Acho que o Gabriel sendo canhoto até facilitava o jogo. Colocaria o Pizzi a médio-ala direito e com o Fejsa e o Gabriel, poderiam formar um tridente em certos momentos do jogo (momentos de equilíbrio).

      Questão 1: onde colocaria o Salvio? A lateral direito!

      Questão 2: onde colocaria o Cervi? A extremo esquerdo, pois tem maior poder de explosão do que o Zivko.

      Questão 3: porque não colocaria o Zivkovic? Porque queria que ele fosse o substituto do Pizzi, mas do lado esquerdo. Ou até do lado direito, mas com uma dinâmica de meio-campo diferente.

      Questão 4: E quanto ao Gedson? Teria que lutar por uma posição no meio-campo seja a #6, a #8 ou a #7, ou até mesmo a #2...

      Questão 5: E, quanto ao Krovinovic? Teria que lutar com o Gabriel pela posição #8 ou com Pizzi (#7) ou Cervi (#11) ou até mesmo Jonas e Félix (#10).

      Temos é que reduzir o número de jogadores do plantel, para estes jogadores poderem jogar com regularidade.

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    2. Como queres que o Krovi agarre a titularidade se não joga?! Dá-lhe três ou quatro jogos seguidos a titular e depois falamos.

      O Cervi tem maior poder de explosão que o Ziv. Pois tem. E o resto? Inteligência de jogo, criatividade, tomada de decisão em função do contexto - em tudo isto, o Ziv dá 10 a 0 ao Cervi. E se queres manter a posse de bola, é melhor nem compararmos as perdas de bola de um e outro...depois, ainda em relação ao Ziv: tu apontas, e muito bem, falta de competências defensivas a muitos dos nossos jogadores. Entre esses jogadores que mencionaste, estão Salvio e Cervi, mas não está Zivkovic...então tu eleges um problema como um dos mais preponderantes nesta altura, mas depois eleges jogadores que, segundo tu próprio, estão a contribuir para esse problema! E deixas de fora outros que, segundo tu próprio, não contribuem para esse problema!

      Ou escolhes certos jogadores em detrimento de outros só para irritar o BP e o RB, ou então não percebo ;-).

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    3. Sim, mas não podes dar 3 ou 4 jogos a titular, porque pura e simplesmente há outros que estão melhores do que ele na actualidade e como a equipa está ainda muito desequilibrada, não podes pura e simplesmente mudar.

      O Krovi terá que ir entrando. Hoje 15 minutos, amanhã 30, depois 60 e, por aí fora.

      Na minha óptica, eu colocaria o Pizzi como médio-ala direito, o Fejsa mais defensivo e o Gabriel a 8. O nosso lado direito seria o de construção. Deixava o Cervi sempre bem aberto no flanco esquerdo. E explorava a sua velocidade.

      Ele e o Seferovic seriam os jogadores propícios para explorar a profundidade da defesa adversária.

      Quando jogasse o Zivkovic, poderia formar um trio semelhante ao do Pizzi, mas do lado esquerdo. Dessa forma poderias por exemplo dar liberdade ao Salvio, com os mesmos princípios que referi para o Cervi.

      Repara no que o Guardiola faz com o Sané no City? É um pouco o que estou a defender. O Cervi e o Salvio com maior confiança depois poderão estar preparados para ganharem mais conhecimento de jogo com outras funções que lhes possam ser imputadas. Eles têm potencial, mas é preciso ir com estratégia.

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    4. Admito que possas ter razão em relação à entrada do Krovi - os teus argumentos são sensatos. Mas nem isso - entrar progressivamente, cada vez com mais tempo de utilização - está a acontecer...e para mim ele é claramente o melhor médio-centro/interior que temos.

      De resto, eu já percebi a tua ideia e pode ser boa. Mas continuas sem explicar porque é que escolhes o Pizzi na direita para a construção, em vez do Ziv na esquerda, quando tu próprio atribuis ao Pizzi problemas defensivos que estão a contribuir para o desastre defensivo que é a equipa, e não os atribuis ao Ziv. Repara que, se optares por dar esse papel ao Ziv na esquerda, tens mais opções à direita para o papel de ataque à profundidade, mais vertical: além de Salvio, tens Rafa. Rafa seria aliás a minha escolha para essa função pois quanto a mim, mesmo esquecendo as outras diferenças entre ambos (inteligência e decisão), o Rafa é mais vertical, rápido e explosivo que o Salvio. Este podia jogar a lateral direito, como também sugeres...

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    5. Muito bem, há uns anos havia um jogador que tinha de jogar porque se lhe dessem 3/4 jogos a titular agarrava o lugar, agora já têm de merecer o lugar. Estaremos sempre cá para aplaudir o amadurecimento de ideias!

      Eu não metia Gabriel ao lado de Fejsa, eu metia era o Gabriel a fazer de Fejsa. Nos treinos e nos jogos. Mesmo que nos jogos não fosse de início. Ou o Gedson. O parceiro depois pode rodar entre Krov e Pizzi. Mas sim, não mudaria tudo de uma vez. E tirem o Sálvio deste filme pff...

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    6. Não está a acontecer BP, porque não há equilíbrio na equipa. Isso só podes fazer quando tens a equipa equilibrada. É por isso que o Corchia e o Yuri não têm mais tempo de jogo. É por isso que o Lema e o Ferreyra não fizeram mais jogos, etc.

      A escolha da solução de progressão pela direita com Pizzi, em vez da solução progressão pela esquerda com o Zivko é simples: o Pizzi está entrosadíssimo com o Jonas, o Fejsa, o Salvio e o André Almeida. O Zivko tem um potencial terrível, mas a química com os restantes ainda não é a melhor. Se fizer um "rondo" com Pizzi, Jonas, Fejsa, Salvio e Almeida a trocarem a bola frente a outros, eles terão melhores resultados que Zivkovic, Grimaldo, Fejsa, Gedson, Jonas e Cervi, por exemplo.

      O Rafa sim, tens razão. Por isso é que defendo que o Salvio seja adaptado a lateral direito. Olha, neste momento, num "rondo" de 2 para 2 em que o Pizzi e o Rafa jogam juntos teriam melhor resultados que num "rondo" em que Zivkovic e o Rafa participassem. Por aqui dá para entenderes o grau de entrosamento.

      Depois, repara, eu estou a organizar o plantel para um 4-4-2, mas que consiga fazer duas equipas equilibradas. Neste momento, não temos equipa para competir 3 vezes por semana a um ritmo e exibição que pretendemos.

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    7. RB, o Fejsa é o único médio com agressividade sem bola que temos a jogar no onze titular. Tirares o sérvio pelo Gabriel continuas a ter esse handicap no onze. Tu precisas é de ter um médio-centro que seja bom com bola, mas que sem ela tenha intensidade e agressividade. Os jogos da taça de Portugal, frente ao Paços de Ferreira deu para perceber que o Gabriel tem isso tudo. Falta-lhe maior enquadramento táctico e trabalho com ele.

      Veio muito tarde e perdemos muito tempo com o Gedson que ainda é muito imaturo, apesar do potencial que tem.

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    8. Neste momento, o melhor onze em 4-4-2 que poderíamos formar seria:

      - Odysseas na baliza;
      - Salvio, Samaris, Jardel e Grimaldo como quarteto defensivo;
      - Pizzi, Fejsa, Gabriel e Cervi como quarteto de meio-campo;
      - Seferovic e Jonas como dupla atacante.

      São os mais veteranos e com eles tentaria estabilizar a equipa. Depois, ia lançando os miúdos e as outras opções. Por exemplo, o André Almeida poderia rodar com o Salvio. O Zivkovic poderia entrar nas segundas partes, o mesmo para o João Félix, o Ferreyra e o Rafa. Dependendo das exibições destes poderiam ganhar a titularidade,... Agora, metem os miúdos sem essa estrutura... torna-se difícil porque vão estar a competir com jogadores que sabem tudo.

      Ah! E reparem que, por exemplo, o Jonas não aguenta 90 minutos e com 3 jogos por semana. Portanto, só pedia para fazer 60 minutos em alta rotação. O Félix também não aguenta 90 minutos, mas jogando em alternância com o brasileiro conseguiríamos ter um nível muito mais elevado que temos para aquela posição.

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  3. António Madeira08/01/19, 21:17

    Concordo com quase tudo, mas há uma coisa que me continua a deixar preocupado: a incapacidade de o Odysseas sair a cruzamentos. Não foi a primeira nem a segunda vez esta época que fica debaixo da trave num cruzamento. E o pior é que não se veem melhorias nesse aspeto.

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    1. Prende-se com a comunicação com a defesa e o momento de indecisão. Nesse lance o Jardel fez a dobra ao Rúben Dias e o Rúben acabou por ficar sobre a meia-esquerda do centro da defesa. Claro que o grego deve ter mais atenção. Mas, crucificá-lo e catalogá-lo já está errado.

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