04 maio 2014

Bloco de Notas: Benfica - Vitória de Setúbal


4 comentários:

  1. muitos falam de djuricic a verdade é que corre e trabalha o triplo do cardozo, que parece uma anta que mete dó...

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    1. mpcp,

      O Cardozo é um finalizador nato. A equipa do Benfica neste momento é uma equipa muito "comprida", i.e., a maioria dos seus jogadores (retirando os centrais) têm grande amplitude de movimentos. Por isso mesmo, com Lima e Rodrigo, a equipa defende mais compacta e mais atrás.

      O problema é que com Cardozo, a forma de defender tem de ser em cima do adversário. Porquê? Para evitar que o rapaz faça tantos deslocamentos e como tal esteja mais "fresco" quando solicitado.

      É óbvio, que do lado do Cardozo, este não pode estar "à mama"! É preciso que ele também se adapte um pouco à forma de jogar da equipa.

      De qualquer maneira, há ainda dois pormenores, neste encontro, que poderiam ter ajudado e muito a exibição de 3 jogadores (Cardozo, Salvio e Djuricic):
      - o recúo de Djuricic no campo, fazendo-o jogar de trás para a frente, libertando ao mesmo tempo o Salvio para zonas de finalização;
      - exigir ao Salvio que assista mais vezes o Tacuára.

      A o fim e ao cabo, quem colocaria mais entre-linhas, seria o Sulejamni (sobre a esquerda) e o Djuricic (sobre o centro). Numa linha mais ofensiva estariam o Cardozo (ao centro) e o Salvio (sobre a direita).

      Se adicionarmos a esse reposicionamento, uma ideia de jogo cujo processo defensivo incluiria uma linha defensiva bem subida no terreno e uma pressão forte na reacção à perda, dá para entender um pouco da ideia de jogo que defendia para hoje.

      É óbvio que também devemos dar mérito ao Setúbal, pois aquele trio atacante soube muitas vezes esticar o jogo. Mas, também fê-lo pelos dois motivos acima mencionados. Com um Djuricic a ser mais um terceiro médio que um segundo avançado, o meio-campo ficaria mais compacto, tanto a defender como a atacar. Por outro lado, com um Salvio numa zona mais avançada, as suas perdas de bola e jogadas individuais, seriam melhor enquadradas do ponte de vista ofensivo e defensivo.

      No entanto, percebo que o optimo é inimigo do bom... Por outras palavras, entendo que o Jesus não tenha tido muito tempo para preparar convientemente esta partida, dada a exigência de tantas mudanças.

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    2. Caro PP, concordo plenamente com tudo o que dizes, no entanto já não faz sentido adaptar a equipa ao estilo de Cardozo, quando a forma de jogar do Benfica com Rodrigo e Lima tão bons resultados tem trazido ao Benfica... a verdade dura e crua é que Cardozo é cada vez mais uma carta fora do baralho e sinceramente não estou a ver ele ficar na próxima época, para o bem dele e do Benfica, nos dias de hoje o Benfica evoluiu para uma forma completamente diferente de jogar e Cardozo é de facto um jogador muito estático para este novo Benfica... veremos o que vai acontecer no verão!

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    3. Papoila Saltitante,

      A verdade é que um jogador com as características do Cardozo, fazem sempre falta a uma equipa. Por isso mesmo é que defendo um pouco a continuidade do Cardozo.

      Por outro lado, com Rodrigo vendido, o Lima a ser apetecível para muitos clubes estrangeiros e com dois miúdos como o Djuricic e o Nélson Oliveira a espreitarem uma oportunidade, acho que o Cardozo poderá ganhar nova vida...

      Criticamos muito o Cardozo, porque ele não se envolve tanto no jogo. Contudo, esquecemos que a presença dele no ataque, só por si só, faz muitas vezes esticar as linhas defensivas e de meio-campo adversárias (no jogo Benfica - Juventus, na Luz, foi bem notório isso). Isso significa que cria espaços.

      É óbvio que poderia ser mais voluntarioso e algo mais eficaz no jogo de cabeça, no apoio frontal, na protecção da bola e consequente temporização para o resto da equipa poder subir. No entanto, será que muitas vezes a culpa é dele?

      Hoje por exemplo, o Salvio teve "n" oportunidades de procurar o cruzamento ao segundo poste, onde o Cardozo estava, mas procurou quase sempre a jogada individual e o remate ao primeiro poste.

      O Djuricic, meio-perdido e desfasado do ritmo dos restantes colegas, não ligava o jogo ao paraguaio, nem tão pouco estava em consonância com o Tacuara em termos de tabelas.

      Quando entrou o Lima, as coisas não melhoraram assim tanto. Houve maior intensidade (maior ritmo de jogo), mas a ligação teimava a existir. Por outro lado, o Lima em vez de procurar o primeiro poste nos cruzamentos, procurava o segundo, o mesmo que o Cardozo...

      Logo por aqui, vê-se como foi preparado o encontro...

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